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II Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG
http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao
ISSN 2318-8014
ERITROBLASTOSE FETAL: UMA ATUALIZAÇÃO DA LITERATURA
Camila Alquati Tarellia, Alisson Santosb, Gabriel Romanic, Micael Marques Piresd, Cíntia
Tussete
a
Graduanda em Biomedicina (FSG); Faculdade da Serra Gaúcha (FSG); [email protected]
b
Graduando em Biomedicina (FSG); Faculdade da Serra Gaúcha (FSG); [email protected]
c
Graduando em Biomedicina (FSG); Faculdade da Serra Gaúcha (FSG); [email protected]
d
Graduando em Biomedicina (FSG); Faculdade da Serra Gaúcha (FSG); [email protected]
e
Doutora em Ciências da Saúde; Faculdade de Medicina da USP; cí[email protected]
Informações de Submissão
Autor Correspondente
Cintia Tusset
Rua Os Dezoito do Forte, 2366
Caxias do Sul /RS
CEP: 95020-472
Palavras-chave:
Doença hemolítica perinatal, anemia fetal. eritroblastose fetal,
aloimunização
INTRODUÇÃO: A eritroblastose fetal consiste na destruição das hemácias do feto Rh
positivo por anticorpos específicos da mãe Rh negativos. O objetivo desse trabalho foi revisar
a literatura em relação à etiologia da eritroblastose fetal e principalmente em relação ao
diagnóstico e prevenção da doença. Esse trabalho foi desenvolvido por meio de uma revisão
em bases de dados científicas, tais como Scielo, Pubmed, bem como em sites e livros de
cunho científico. As palavras chaves busca foram: doença hemolítica perinatal, anemia fetal.
eritroblastose fetal, e aloimunização. ETIOLOGIA: O antígeno mais comumente envolvido
no desenvolvimento da doença hemolítica do recém-nascido é o antígeno D, o qual é
responsável por determinar o tipo sanguíneo Rh. Dessa forma, se uma pessoa é D positivo, ela
será Rh positivo; porém uma pessoa sem o antígeno D será Rh negativo (BRAUN;
ANDERSON, 2009). O desenvolvimento da eritroblastose fetal ocorre se a mãe desenvolver
anticorpos contra as hemácias do feto, o que ocorre somente se a mesma já foi sensibilizada
anteriormente por meio de uma transfusão sanguínea incompatível, ou após a primeira
gestação de uma criança Rh positiva, em que as hemácias do feto passaram à circulação
(BAIOCHI; NARDOZZA, 2009). Diante dessa situação, o feto passa a ser reconhecido como
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um “invasor” no corpo da mulher, e os anticorpos maternos atravessam a placenta e passam a
atacar os eritrócitos fetais. Esse ataque traz sérias consequências ao bebê e desencadeia um
processo de hemólise; o que pode levar a um quadro profundo de anemia. As complicações
podem ser maiores ou menores, dependendo do grau da sensibilização materna. Em grande
parte dos casos, a criança nasce morta. Todavia, quando isso não ocorre, o bebê pode nascer
com lesões no sistema nervoso, o que acarretará deficiências em diversas partes do corpo,
além de icterícia em virtude do depósito excessivo de bilirrubina no sangue.
DIAGNÓSTICO: A eritroblastose pode ser diagnosticada por meio do exame clínico,
laboratorial, ultrassonográfico e após o nascimento. O diagnóstico clínico consiste na
investigação dos tipos sanguíneos dos pais e da pesquisa da possibilidade de sensibilização
materna prévia. No diagnóstico laboratorial, poderá ser feito o teste de Coombs indireto, em
que os anticorpos maternos para o antígeno D são detectados no soro para determinar se a
gestante já foi sensibilizada. A ultrassonografia pode ser realizada para analisar a placenta, o
volume amniótico, bem como detectar o crescimento anormal do abdômen. Ainda existe um
novo método, não invasivo, que consiste na medida do pico da velocidade sistólica da artéria
cerebral
média
para
detectar
a
anemia
fetal
(BRAUN;
ANDERSON,
2009).
TRATAMENTO: A exsanguineotransfusão foi à primeira terapia de sucesso para tratamento
de icterícia neonatal grave contribuindo para a redução morbimortalidade dos recém-nascidos
com doença hemolítica perinatal. Esta terapia consiste na substituição de quase todo o sangue
do paciente pelo sangue de um doador, o que se consegue pela retirada e transfusão de sangue
realizado simultaneamente (CARVALHO, 2001). Apesar dos novos tratamentos diminuírem a
necessidade da exsanguineotransfusao, ela ainda ocupa um papel de destaque na abordagem
terapêutica dos casos graves de doença hemolítica perinatal e hiperbilirrubinemia, pois é a
única modalidade capaz de retirar os anticorpos anti Rh e as hemácias sensibilizadas, com
rápida correção da anemia e diminuição da concentração sérica da bilirrubina (SÁ, 2006).
CONCLUSÃO: A prevenção é o melhor tratamento para a doença por incompatibilidade de
RH e deve começar antes mesmo de a mulher engravidar. Tão logo seja confirmada a
gravidez, de uma mulher Rh negativo com parceiro Rh positivo deve-se realizar o exame de
Coombs indireto para detectar a presença de anticorpos anti-Rh no sangue. Após 72 horas do
parto do primeiro filho, nos casos de incompatibilidade sanguínea por fator RH, a mulher
deve tomar gamaglobulina injetável para que os anticorpos anti-Rh sejam destruídos. Desse
modo, os anticorpos presentes em seu sangue não destruirão o sangue do próximo filho.
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REFERÊNCIAS
BAIOLCHI, E.; NARDOZZA, L. M. M. Aloimunização. Rev. Bras. Ginecologia e
Obstetrícia. v.31, n.6, p.311-319, 2009.
BRAUN, C. A.; ANDERSON, C. M. Fisiopatologia: Alterações funcionais na saúde
humana. Porto Alegre: Artmed, . p.115 – 118, 2009.
CARDOSO, Mayara Lopes. Doença Hemolítica do Recém Nascido. Disponível em: <
http://www.infoescola.com/doencas/doenca-hemolitica-do-recem-nascido/>. Acesso em 30
out. 2013.
CARVALHO, M. Tratamento da icterícia neonatal. Jornal de Pediatria. vol. 77, Supl.1,
2001.
SÁ, C.A.M. Doeça hemolítica perinatal pelo fator Rh: experiência de 10 anos do
Instituto Fernandes Figueira. Disponível em:
<http://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7361/2/56122.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2014.
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