UNIVERSIDADE TUÍUTI DO PARANÁ MBA EM FINANÇAS EMPRESARIAIS O MERCADO FINANCEIRO PERANTE A OSCILAÇÃO DA TAXA SELIC CURITIBA 2012 O MERCADO FINANCEIRO PERANTE A OSCILAÇÃO DA TAXA SELIC Ana Carolina Barbosa1 Daiane Nascente da Silva2 RESUMO O presente artigo tem por finalidade apresentar os elementos que constituem o Mercado Financeiro bem como de forma geral a relação do mercado financeiro perante a oscilação da taxa básica da economia brasileira. As informações aqui apresentadas baseiam-se em dados relevantes do mercado financeiro, o comportamento dos intermediários bancários, investidores e desempenho da taxa Selic. Palavras-chave: Mercado financeiro, Intermediários financeiros, Taxa Selic. ABSTRACT This paper aims to present the elements that constitute the Financial Market and the relationship in general financial market shake before the base rate of the Brazilian economy. The information presented herein is based on data relevant financial market, the behavior of banking intermediaries, investors and performance of the Selic rate. Keywords: Financial Markets, Financial Intermediaries, Selic. 1 Acadêmica do curso MBA em finanças empresariais; Bacharel em Administração de Empresas – e-mail: [email protected] 2 Acadêmica do curso MBA em finanças empresariais; Bacharel em Ciências Econômicas – e-mail: [email protected] 1. INTRODUÇÃO O mercado financeiro é o cenário onde as empresas e pessoas negociam valores monetários, faz o elo entre as pessoas ou empresas que têm dinheiro e as pessoas ou empresas que precisam de dinheiro. Para que isso ocorra é preciso de um intermediário – os bancos. O mercado financeiro empresta o dinheiro de quem tem para quem não tem, estipulando uma taxa que chamamos de juros. Considerado a taxa básica da economia brasileira, a Taxa Selic regula diariamente as operações interbancárias em curto prazo, refletindo assim o custo que o dinheiro tem no país. Como não é fixa tem variação diária, e seu valor sempre é determinado com o calculo da média ponderada pelo volume de operações financeiras, atualmente tem apresentado o menor índice já registrado tendo como justificativa a atual fragilidade do mercado financeiro global que aumenta consideravelmente contribuição no mercado nacional. A taxa Selic atual (7,25%) causa certa instabilidade ao investidor, pois tira da zona de conforto quem estava acostumado com ganho fácil do juro alto. Um ganho maior pode ter como consequência maior risco e menor liquidez ou talvez migre para Bolsa de Valores ou em fundos Imobiliários. Levando em consideração a redução da Selic, a mesma permanece atrativa se comparada a taxas de outros países, de acordo com o atual cenário dos indicadores do Risco país o Brasil é um país em desenvolvimento, apresenta baixo risco e um bom valor em reservas. O investimento adequado é aquele que corresponde os seus objetivos financeiros ao longo do tempo e com a melhor relação entre risco e retorno. 2. O Mercado Financeiro A palavra mercado remonta a períodos anteriores à existência da moeda e o seu significado original designa o local onde as pessoas se encontram para comprar, vender ou trocar mercadorias, atualmente esse conceito evoluiu para um conjunto de elementos envolvidos para o comércio de determinado produto, tais como produtores, consumidores, intermediários, regulamentos, preços, entre outros. Segundo Andrea Fernandes Andrezo e Iran S. Lima: O mercado financeiro é composto pelo conjunto de instituições e instrumentos financeiros destinados a possibilitar a transferência de recursos dos ofertados para os tomadores, criando condições de liquidez no mercado. (ANDREZO, Andrea Fernandes. LIMA, Iran Siqueira. Mercado financeiro – Aspectos históricos e conceituais, São Paulo/SP.1999, p. 3). Não diferente dos outros mercados o mercado financeiro também tem seu produto de oferta, ele é o uso do dinheiro. Essa utilização acontece de forma temporária, entre agentes econômicos, de acordo com a capacidade de consumo considerando o poder de compra que esse dinheiro proporciona. Assim, o mercado financeiro é composto por mecanismos voltados para as transferências de recursos entre agentes econômicos, cujo papel principal é viabilizar e operacionalizar os fluxos financeiros da economia do país tendo como figura básica os compradores (tomadores de empréstimos), vendedores (poupadores) e os intermediários (instituições financeiras). 2.1 A Intermediação Financeira Poupar ou economizar dinheiro é uma atividade que faz com que as pessoas deixem de utilizar a sua capacidade de consumo, isso decorre da vontade de ter maiores benefícios futuros, sejam essas frente a algum imprevisto, compras de produtos com alto valor monetário ou para uma sonhada aposentadoria tranquila. Quando esses poupadores resolvem “vender” ou utilizar seus recursos guardados esses se transformam em investidores, pois passam a aplicar na produção de bens e serviços. Em um conceito econômico esses investimentos são direcionados para obtenção de juros e lucros, portanto os poupadores fazem o papel de agentes econômicos superavitários dispostos a gerar ativos financeiros significativos para a economia. Segundo Gitman: As Instituições financeiras são intermediárias que canalizam as poupanças de indivíduos, empresas e governos para empréstimos ou investimentos. Muitas instituições financeiras, direta ou indiretamente, pagam aos poupadores juros sobre os fundos depositados; outras prestam serviços que são cobrados de seus depositantes (por exemplo, a taxa de serviços incidente sobre contas correntes). (GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. São Paulo/SP,1997, p. 30). Qualquer investimento esta sujeito aos riscos do mercado, na tentativa de amenizar esses riscos foi criado os fundos de investimento que visam garantir ao máximo o retorno real e positivo, assim caracterizando os principais financiadores e responsáveis pelo crescimento econômico. Outros responsáveis pela movimentação financeira são as indústrias, comerciantes, pessoas físicas, entre outros que consomem o produto comercializado pelo mercado financeiro para o exercício de seu poder de compra dispostos a pagar qualquer valor por essa utilização. Assim, se tornando agentes deficitários que demandam recursos com disposição para financiar o déficit a custo de mercado. E de responsabilidade do intermediário financeiro efetuar a ponte entre os segmentos, que ao concentrar os recursos dos agentes superavitários viabilizam a ampliação das escalas de produção financiando investimentos de maior vulto. 2.1.1 O Ciclo da intermediação Financeira Quadro 1: A Intermediação Financeira Fonte: Elaborado pelo autor A eficiência do mercado financeiro reflete diretamente na produção e consumo das mercadorias, possibilitando acesso a recursos mais baratos, viabilizando investimentos nas produções e consequentemente ampliando os lucros. Esse crescimento natural e dependente possibilitam reinvestimentos garantindo assim a continuidade desse circulo virtuoso que ocasiona a geração de mais riqueza, maior oferta de empregos e melhores salários. Ainda podemos considerar o acesso a esses financiamentos possibilitam a aquisição de mais bens, aumentando o consumo. A baixa na geração desse excedente de produção ou a falta de reinvestimento obstrui a transformação da poupança em investimento refletindo na geração de bens e serviços e o bem material das pessoas é reduzido. A circulação do dinheiro no mercado financeiro tem influencia direta na capacidade de aumentar ou diminuir a produção de bens e serviços, aumentando ou diminuindo o bem estar material das pessoas, por esse motivo o mercado financeiro tem atenção especial do governo que através da atuação das autoridades financeiras interfere na economia. Um sistema financeiro eficiente é aquele que tem capacidade de viabilizar a realização de financiamentos de curto, médio e longos prazos sob condições de minimização de risco e atendendo aos desejos e necessidades dos agentes superavitários, que determinam a oferta de recursos, e dos agentes deficitários que materializam por sua vez a demanda por recursos, intermediações essas que podem ocorrer de forma direta ou indireta. 2.1.2 Intermediação Financeira Direta e Indireta Intermediação Financeira Direta: ocorre quando os agentes superavitários utilizam instituições financeiras para as aplicações de seus recursos. Exemplos: Depósitos à Vista (contas-correntes), Depósitos a Prazo (CDB – Certificado de Depósito Bancário, RDB – Recibo de Depósito Bancário, Letra de Cambio) e Poupança. Já os agentes deficitários tomam estes recursos na forma de “Operações de Crédito”. Exemplos: Empréstimos em Conta (sem destinação específica), Financiamentos, Títulos Descontados (Duplicatas, Cheques, Notas Promissórias) e Leasing, entre outros. Intermediação Financeira Indireta: ocorrem quanto os agentes superavitários adquirem como um investimento “Títulos de Crédito Mobiliários” (ex.: Ações e Debentures), via Bolsa de Valores (Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa) e Mercado de Balcão (Organizado e Não Organizado). Já os agentes deficitários tomam estes recursos na forma de títulos de crédito, inclusive abrindo a possibilidade de participação de novos acionistas no seu “Capital Social”. 3. Sistema Financeiro Nacional – SFN Identificado como um conjunto de instituições que garantem e se dedicam aos fluxos de recursos entre poupadores e investidores o sistema financeiro nacional opera tanto dentro quanto fora do mercado financeiro, garantindo assim condições para que aquele agente econômico que não deseja aplicar seus recursos excedentes em algum empreendimento próprio seja colocado em contato com o que deseja investir. Dentro de uma linha de abordagem, Eduardo Fortuna conceitua: O mercado financeiro – onde se processam essas transações – permite que um agente econômico qualquer (um indivíduo ou empresa), sem perspectivas de aplicação, em algum empreendimento próprio, da poupança que é capaz de gerar, seja colocado em contato com outro, cujas perspectivas de investimento superam as respectivas disponibilidades de poupança. (FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro – Produtos e Serviços, Rio de Janeiro/RJ, 2001, p. 17). Dividido em dois grandes subsistemas normativo e operativo o SFN normatiza, regulamenta e fiscaliza as instituições que recebem dinheiro dos poupadores (agentes econômicos superavitários) e repassa para os tomadores (agentes econômicos deficitários). Cada subsistema que compõe o SFN tem a sua representação e função bem definidas, tais como: - O Conselho Monetário Nacional (CMN) - órgão supremo do SFN que tem como finalidade formular a política da moeda e do crédito objetivando a estabilidade e o desenvolvimento econômico social do país. É composto pelo Ministro da Fazendo, Ministro do Planejamento e Presidente do Banco Central que reúnem-se ordinariamente uma vez por mês e em casos extremos extraordinariamente convocados pelo Presidente. - O Banco Central do Brasil (BCB) - sediado em Brasília tem como responsabilidade a fixação e cumprimento das disposições instituídas pelo CMV, têm os seus objetivos separados em três macroprocessos sendo eles a formulação e gestão das políticas monetárias cambiais, regulamentação do SFN e administração do sistema de pagamentos e do meio circulante. - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - autarquia vinculada com o Ministério da Fazenda tem como finalidade disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores imobiliários, aqueles negociados via títulos, negociando assim principalmente ações, debêntures e quotas de fundos de investimentos. - A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) - órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro de previdência privada aberta, de capitalização e resseguro é vinculada ao Ministério da Fazenda. - A Secretária de Previdência Complementar (SPC) - órgão do Ministério da Previdência Social supervisiona, coordena, orienta e controla as atividades relacionadas com a previdência complementar fechada. 4. A Taxa Selic O índice utilizado para cobrança dos juros no Brasil é chamada de SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), sempre utilizada como referência pela política monetária tem sua meta estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM). “É a taxa prime do mercado que regula as operações diárias com títulos públicos federais, pois é a sua média diária que reajusta diariamente os preços unitários (PU) dos títulos públicos”. (FORTUNA, Eduardo, 2001, p.125) Essa taxa regula diariamente as operações interbancárias em curto prazo, refletindo assim o custo que o dinheiro tem no país. Como não é fixa tem variação diária, e seu valor sempre é determinado com o calculo da média ponderada pelo volume de operações financeiras, atualmente tem apresentado o menor índice já registrado tendo como justificativa a atual fragilidade do mercado financeiro global que aumenta consideravelmente contribuição no mercado nacional. Essa redução da meta da SELIC e reflexo da desaceleração do mercado global e busca dar um fôlego na economia brasileira, pois com a crise mundial a baixa nas exportações e investimentos na indústria o PIB (Produto Interno Bruto) vêm apresentado um resultado inferior à expectativa. Especialistas acreditam que assim que o estimulo internacional no mercado industrial brasileiro volte ao normal à taxa deve subir. Essa constante redução que a SELIC vem sofrendo apenas é uma medida para adotada pelo governo para garantir o nível de atividades financeiras no mercado interno. 4.1. COPOM Instituída em 20 de junho de 1996 o Comitê de Política Monetária (COPOM) tem como objetivo estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros, criado com o objetivo de dar mais transparência ao ritual do processo de tomada de decisão buscou seguir o modelo adotado nos Estados Unidos da América, esse modelo foi sendo seguido por diversos outros países que atualmente é seguida em quase todo o mundo. Esse modelo favorece consideravelmente a comunicação facilitando as pessoas o acesso para as informações pertinentes ao mercado financeiro. “A finalidade do COPOM é de estabelecer as diretrizes básicas do comportamento das taxas de juros no mercado monetário, definindo metas de acordo com as políticas econômicas do governo”. (NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro, 2009, p. 101). Desde que instituído diversas mudanças já foram feitas no regulamento do COPOM, essas mudanças envolvem desde os seus objetivos, periodicidade das reuniões, composição e atribuições dos seus integrantes. Essas mudanças visam aperfeiçoar o processo decisório refletindo em mudanças no regime monetário, dentre essas podemos destacar o decreto 3.088, de 21 de Junho de 1999 da sistemática de “metas para a inflação” como diretriz de política monetária, desde então o COPOM passou a ter o objetivo de atingir as metas para a inflação no país determinadas CMN, caso não cumpridas o presidente do BCB tem que divulgar em carta aberta ao Ministro da Fazenda os motivos do descumprimento bem como os prazos para retorno da taxa de inflação aos limites estabelecidos. Por via de regra o COPOM tem o dever de programar a política monetária, definir a taxa Selic e seu eventual viés, analisar os relatórios de inflação. As reuniões feitas periodicamente para essas definições são divididas em dois dias: primeira sessão realizada na terça – feira e a segunda sessão na quarta – feira mensais, totalizando oito anualmente o COPOM é composto por membros da Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil são eles: o presidente e os diretores de política monetária. É de responsabilidade do presidente o voto de qualidade e para os diretores a organização do SFN, fiscalização, liquidações, desestatização e administração. Na primeira sessão das reuniões realizadas também contam com a com participação dos chefes dos seguintes departamentos do BCB: Departamento Econômico, Departamento Departamento de de Operações Operações Bancarias e das de Reservas Sistema de Internacionais, Pagamentos, Departamento de Mercado do Mercado Aberto, Departamento de Estudos e Pesquisas, além do gerente executivo da Gerência Executiva de Relacionamento com Investidores, e mais 3 consultores e o secretário executivo da diretoria, o assessor de imprensa, o assessor especial e o convite para os chefes de outros departamentos fica aberto para discorrer de assuntos das suas áreas. Nessa primeira sessão acontece uma apresentação da análise da conjuntura que abrange a inflação, o nível das atividades, a evolução dos agregados monetários, finanças publicas, balanço de pagamentos, economia internacional, mercado de cambio, reservas internacionais, mercado monetário, operações de mercado aberto, avaliação prospectiva das tendências da inflação e expectativa gerais para variáveis macroeconômicas. Já na segunda sessão com participação exclusiva apenas dos membros do comitê e o chefe do DEPEP (sem direito a voto) com base na análise das projeções atualizadas para a inflação apresentam diferentes alternativas para a taxa de juros de curto prazo e deixam recomendações acerca da política monetária, na sequencia a essa explanação os demais membros da comissão fazem suas ponderações e eventuais propostas, após todo esse processo é aberta a votação em consenso, na sequencia da definição a meta e viés se houver é imediatamente divulgada a imprensa ao mesmo tempo em que é expedido um comunicado através do sistema de informações do BCB. Todas as reuniões do COPOM devem ser registradas em atas em português e devem ser divulgadas às 08h30min da quinta – feira da semana posterior a sua realização, sendo publicada na página do BCB na internet, uma versão em inglês também é divulgada com defasagem de 24 horas. No fim de cada trimestre civil o COPOM publica em português e em inglês um documento chamado de “Relatório de Inflação”, este é uma análise detalhada da conjuntura econômica e financeira do país e também apresenta uma projeção para a taxa de inflação. 4.2. Histórico das taxas de juros Histórico das taxas de juros fixadas pelo Copom e evolução da taxa Selic: Reunião Período de vigência Meta SELIC % a.a 10/10/2012 11/10/2012 - 7,25 169ª 29/08/2012 30/08/2012 - 10/10/2012 7,5 168ª 11/07/2012 12/07/2012 - 29/08/2012 8 167ª 30/05/2012 31/05/2012 - 11/07/2012 8,5 166ª 18/04/2012 19/04/2012 - 30/05/2012 9 165ª 07/03/2012 08/03/2012 - 18/04/2012 9,75 164ª 18/01/2012 19/01/2012 - 07/03/2012 10,5 163ª 30/11/2011 01/12/2011 - 18/01/2012 11 162ª 19/10/2011 20/10/2011 - 30/11/2011 11,5 161ª 31/08/2011 01/09/2011 - 19/10/2011 12 160ª 20/07/2011 21/07/2011 - 31/08/2011 12,5 159ª 08/06/2011 09/06/2011 - 20/07/2011 12,25 158ª 20/04/2011 21/04/2011 - 08/06/2011 12 157ª 02/03/2011 03/03/2011 - 20/04/2011 11,75 156ª 19/01/2011 20/01/2011 - 02/03/2011 11,25 155ª 08/12/2010 09/12/2010 - 19/01/2011 10,75 154ª 20/10/2010 21/10/2010 - 08/12/2010 10,75 153ª 01/09/2010 02/09/2010 - 20/10/2010 10,75 152ª 21/07/2010 22/07/2010 - 01/09/2010 10,75 151ª 09/06/2010 10/06/2010 - 21/07/2010 10,25 150ª 28/04/2010 29/04/2010 - 09/06/2010 9,5 149ª 17/03/2010 18/03/2010 - 28/04/2010 8,75 148ª 27/01/2010 28/01/2010 - 17/03/2010 8,75 147ª 09/12/2009 10/12/2009 - 27/01/2010 8,75 146ª 21/10/2009 22/10/2009 - 09/12/2009 8,75 145ª 02/09/2009 03/09/2009 - 21/10/2009 8,75 144ª 22/07/2009 23/07/2009 - 02/09/2009 8,75 143ª 10/06/2009 11/06/2009 - 22/07/2009 9,25 142ª 29/04/2009 30/04/2009 - 10/06/2009 10,25 141ª 11/03/2009 12/03/2009 - 29/04/2009 11,25 140ª 21/01/2009 22/01/2009 - 11/03/2009 12,75 139ª 10/12/2008 11/12/2008 - 21/01/2009 13,75 138ª 29/10/2008 30/10/2008 - 10/12/2008 13,75 137ª 10/09/2008 11/09/2008 - 29/10/2008 13,75 136ª 23/07/2008 24/07/2008 - 10/09/2008 13 135ª 04/06/2008 05/06/2008 - 23/07/2008 12,25 134ª 16/04/2008 17/04/2008 - 04/06/2008 11,75 Nº Data 170ª 133ª 05/03/2008 06/03/2008 - 16/04/2008 11,25 132ª 23/01/2008 24/01/2008 - 05/03/2008 11,25 131ª 05/12/2007 06/12/2007 - 23/01/2008 11,25 130ª 17/10/2007 18/10/2007 - 05/12/2007 11,25 129ª 05/09/2007 06/09/2007 - 17/10/2007 11,25 128ª 18/07/2007 19/07/2007 - 05/09/2007 11,5 127ª 06/06/2007 07/06/2007 - 18/07/2007 12 126ª 18/04/2007 19/04/2007 - 06/06/2007 12,5 125ª 07/03/2007 08/03/2007 - 18/04/2007 12,75 124ª 24/01/2007 25/01/2007 - 07/03/2007 13 123ª 29/11/2006 30/11/2006 - 24/01/2007 13,25 122ª 18/10/2006 19/10/2006 - 29/11/2006 13,75 121ª 30/08/2006 31/08/2006 - 18/10/2006 14,25 120ª 19/07/2006 20/07/2006 - 30/08/2006 14,75 119ª 31/05/2006 01/06/2006 - 19/07/2006 15,25 118ª 19/04/2006 20/04/2006 - 31/05/2006 15,75 117ª 08/03/2006 09/03/2006 - 19/04/2006 16,5 116ª 18/01/2006 19/01/2006 - 08/03/2006 17,25 115ª 14/12/2005 15/12/2005 - 18/01/2006 18 114ª 23/11/2005 24/11/2005 - 14/12/2005 18,5 113ª 19/10/2005 20/10/2005 - 23/11/2005 19 112ª 14/09/2005 15/09/2005 - 19/10/2005 19,5 111ª 17/08/2005 18/08/2005 - 14/09/2005 19,75 110ª 20/07/2005 21/07/2005 - 17/08/2005 19,75 109ª 15/06/2005 16/06/2005 - 20/07/2005 19,75 108ª 18/05/2005 19/05/2005 - 15/06/2005 19,75 107ª 20/04/2005 22/04/2005 - 18/05/2005 19,5 106ª 16/03/2005 17/03/2005 - 21/04/2005 19,25 105ª 16/02/2005 17/02/2005 - 16/03/2005 18,75 104ª 19/01/2005 20/01/2005 - 16/02/2005 18,25 103ª 15/12/2004 16/12/2004 - 19/01/2005 17,75 102ª 17/11/2004 18/11/2004 - 15/12/2004 17,25 101ª 20/10/2004 21/10/2004 - 17/11/2004 16,75 100ª 15/09/2004 16/09/2004 - 20/10/2004 16,25 99ª 18/08/2004 19/08/2004 - 15/09/2004 16 98ª 21/07/2004 22/07/2004 - 18/08/2004 16 97ª 16/06/2004 17/06/2004 - 21/07/2004 16 96ª 19/05/2004 20/05/2004 - 16/06/2004 16 95ª 14/04/2004 15/04/2004 - 19/05/2004 16 94ª 17/03/2004 18/03/2004 - 14/04/2004 16,25 93ª 18/02/2004 19/02/2004 - 17/03/2004 16,5 92ª 21/01/2004 22/01/2004 - 18/02/2004 16,5 91ª 17/12/2003 18/12/2003 - 21/01/2004 16,5 90ª 19/11/2003 20/11/2003 - 17/12/2003 17,5 89ª 22/10/2003 23/10/2003 - 19/11/2003 19 88ª 17/09/2003 18/09/2003 - 22/10/2003 87ª 20/08/2003 21/08/2003 - 17/09/2003 22 86ª 23/07/2003 24/07/2003 - 20/08/2003 24,5 85ª 18/06/2003 19/06/2003 - 23/07/2003 26 84ª 21/05/2003 22/05/2003 - 18/06/2003 26,5 83ª 23/04/2003 24/04/2003 - 21/05/2003 26,5 82ª 19/03/2003 20/03/2003 - 23/04/2003 26,5 81ª 19/02/2003 20/02/2003 - 19/03/2003 26,5 80ª 22/01/2003 23/01/2003 - 19/02/2003 25,5 79ª 18/12/2002 19/12/2002 - 22/01/2003 25 78ª 20/11/2002 21/11/2002 - 18/12/2002 22 77ª 23/10/2002 24/10/2002 - 20/11/2002 21 76ª 14/10/2002 15/10/2002 - 23/10/2002 21 75ª 18/09/2002 19/09/2002 - 14/10/2002 18 74ª 21/08/2002 22/08/2002 - 18/09/2002 18 73ª 17/07/2002 18/07/2002 - 21/08/2002 18 72ª 19/06/2002 20/06/2002 - 17/07/2002 18,5 71ª 22/05/2002 23/05/2002 - 19/06/2002 18,5 70ª 17/04/2002 18/04/2002 - 22/05/2002 18,5 69ª 20/03/2002 21/03/2002 - 17/04/2002 18,5 68ª 20/02/2002 21/02/2002 - 20/03/2002 18,75 67ª 23/01/2002 24/01/2002 - 20/02/2002 19 66ª 19/12/2001 20/12/2001 - 23/01/2002 19 65ª 21/11/2001 22/11/2001 - 19/12/2001 19 64ª 17/10/2001 18/10/2001 - 21/11/2001 19 63ª 19/09/2001 20/09/2001 - 17/10/2001 19 62ª 22/08/2001 23/08/2001 - 19/09/2001 19 61ª 18/07/2001 19/07/2001 - 22/08/2001 19 60ª 20/06/2001 21/06/2001 - 18/07/2001 18,25 59ª 23/05/2001 24/05/2001 - 20/06/2001 16,75 58ª 18/04/2001 19/04/2001 - 23/05/2001 16,25 57ª 21/03/2001 22/03/2001 - 18/04/2001 15,75 56ª 14/02/2001 15/02/2001 - 21/03/2001 15,25 55ª 17/01/2001 18/01/2001 - 14/02/2001 15,25 54ª 20/12/2000 21/12/2000 - 17/01/2001 15,75 53ª 22/11/2000 23/11/2000 - 20/12/2000 16,5 52ª 18/10/2000 19/10/2000 - 22/11/2000 16,5 51ª 20/09/2000 21/09/2000 - 18/10/2000 16,5 50ª 23/08/2000 24/08/2000 - 20/09/2000 16,5 49ª 19/07/2000 20/07/2000 - 23/08/2000 16,5 10/07/2000 - 19/07/2000 17 48ª 20 20/06/2000 21/06/2000 - 07/07/2000 17,5 47ª 24/05/2000 25/05/2000 - 20/06/2000 18,5 46ª 19/04/2000 20/04/2000 - 24/05/2000 18,5 29/03/2000 - 19/04/2000 18,5 45ª 22/03/2000 23/03/2000 - 28/03/2000 19 44ª 16/02/2000 17/02/2000 - 22/03/2000 19 43ª 19/01/2000 20/01/2000 - 16/02/2000 19 42ª 15/12/1999 16/12/1999 - 19/01/2000 19 41ª 10/11/1999 11/11/1999 - 15/12/1999 19 40ª 06/10/1999 07/10/1999 - 10/11/1999 19 39ª 22/09/1999 23/09/1999 - 06/10/1999 19 38ª 01/09/1999 02/09/1999 - 22/09/1999 19,5 37ª 28/07/1999 29/07/1999 - 01/09/1999 19,5 36ª 23/06/1999 24/06/1999 - 28/07/1999 21 09/06/1999 - 23/06/1999 22 20/05/1999 - 08/06/1999 23,5 13/05/1999 - 19/05/1999 27 10/05/1999 - 12/05/1999 29,5 29/04/1999 - 07/05/1999 32 15/04/1999 - 28/04/1999 34 06/04/1999 - 14/04/1999 39,5 35ª 19/05/1999 34ª 14/04/1999 33ª 25/03/1999 - 05/04/1999 42 04/03/1999 05/03/1999 - 24/03/1999 45 32ª 18/01/1999 19/01/1999 - 04/03/1999 25 31ª 16/12/1998 17/12/1998 - 18/01/1999 29 30ª 11/11/1998 12/11/1998 - 16/12/1998 19 29ª 07/10/1998 08/10/1998 - 11/11/1998 19 28ª 10/09/1998 11/09/1998 - 07/10/1998 19 27ª 02/09/1998 03/09/1998 - 10/09/1998 19 26ª 29/07/1998 30/07/1998 - 02/09/1998 19,75 25ª 24/06/1998 25/06/1998 - 29/07/1998 21 24ª 20/05/1998 21/05/1998 - 24/06/1998 21,75 23ª 15/04/1998 16/04/1998 - 20/05/1998 23,25 22ª 04/03/1998 05/03/1998 - 15/04/1998 28 21ª 28/01/1998 29/01/1998 - 04/03/1998 34,5 20ª 17/12/1997 02/01/1998 - 28/01/1998 38 19ª 19/11/1997 01/12/1997 - 31/12/1997 2,9 18ª 30/10/1997 31/10/1997 - 30/11/1997 3,05 17ª 22/10/1997 01/11/1997 - 30/11/1997 1,58 16ª 17/09/1997 01/10/1997 - 30/10/1997 1,58 15ª 20/08/1997 01/09/1997 - 30/09/1997 1,58 14ª 23/07/1997 01/08/1997 - 31/08/1997 1,58 13ª 18/06/1997 01/07/1997 - 31/07/1997 1,58 12ª 21/05/1997 01/06/1997 - 30/06/1997 1,58 11ª 16/04/1997 01/05/1997 - 31/05/1997 1,58 10ª 19/03/1997 01/04/1997 - 30/04/1997 1,58 9ª 19/02/1997 01/03/1997 - 31/03/1997 1,62 8ª 22/01/1997 01/02/1997 - 28/02/1997 1,66 7ª 18/12/1996 01/01/1997 - 31/01/1997 1,7 6ª 27/11/1996 01/12/1996 - 31/12/1996 1,74 5ª 23/10/1996 01/11/1996 - 30/11/1996 1,78 4ª 23/09/1996 01/10/1996 - 31/10/1996 1,82 3ª 21/08/1996 01/09/1996 - 30/09/1996 1,88 2ª 30/07/1996 01/08/1996 - 31/08/1996 1,9 1ª 26/06/1996 Quadro 2: Evolução da taxa Selic 01/07/1996 - 31/07/1996 1,9 Fonte: Banco Central 5. O comportamento do Mercado financeiro perante a oscilação da Selic. EXPECTATIVAS MÉDIAS DO MERCADO PARA A TAXA SELIC NO FINAL DO PERÍODO 2008 - 2013 13,75% Selic Anual (%) 10,75% 11,00% 8,75% 7,28% 2008 2009 2010 2011 2012 7,91% 2013 Gráfico 1: Expectativas médias do Mercado para Taxa Selic no Final do período 2008-2013 Fonte: Banco Central – Elaborado pelo autor Por decisão do COPOM, a Selic já sofreu 10 reduções seguidas, passando de 12,5% em jul/2011 para 7,25% em out/2012. O valor mais baixo da taxa já registrado na história do BCB iniciada em 1986, essa baixa surpreendeu o meu mercado financeiro e analistas financeiros apostam que esse valor baixo será mantido por algum tempo. 6. Investidor Estrangeiro O Investidor Estrangeiro acompanha o desempenho do país na qual pretende investir através de notícias e principalmente dos indicadores do Risco País. Com a finalidade de minimizar os riscos o país que oferecer maior remuneração no percentual deve ser analisado com um “olhar” mais crítico, com questões como: esse país tem condições de quitar suas dívidas perante a uma crise? Risco país um conceito do mercado econômico financeiro significa que o cenário econômico apresenta certa instabilidade podendo ter impacto no valor dos ativos, lucros, dividendos e investimento. Com essa falta de segurança a fomentação de novos investidores externos se torna um grande desafio, a principal estratégia é oferecer taxas de juros significantemente atrativas é nesse momento que a taxa SELIC entra em jogo. Quando o COPOM se reúne com o objetivo de definir a meta da SELIC diversas variáveis devem ser consideradas, pois essa alteração pode movimentar toda a economia do país tanto de forma positiva quanto negativa ela reflete diretamente no valor de rendimento nos investimentos realizados. Esse dito risco é mensurado por diversos índices e serve de principal orientador para os investidores, pois nada mais é do que a demonstração da solidez da economia do país. Apesar do Brasil durante muito tempo oferecer um cenário totalmente inconstante e explicita fragilidade o valor alto que a SELIC possuía até então sempre foi sinônimo de alto rendimento. Fato esse que foi demonstrado como um diferencial para os investidores, nos últimos anos esse cenário sofreu grande alteração a economia brasileiro demonstrou uma prospecção de crescimento, uma movimentação econômica mais sólida e principalmente o crescimento do PIB. Seja por especulação ou não os Estados Unidos é considerado o país mais seguro para se investir mesmo oferecendo uma taxa pouco mais que 1% a.a. Um fato que deve ser destacado e que prejudica essa prospecção brasileira é a sensibilidade do mercado econômico global, as principais economias mundiais passam por grande instabilidade assim fazendo com que os investidores tenham receio, assim influenciando consideravelmente na entrada de dinheiro externo na economia nacional. Levando em consideração a redução a Selic, a mesma permanece atrativa se comparada a taxas de outros países, de acordo com o atual cenário dos indicadores do Risco país o Brasil é um país em desenvolvimento, apresenta baixo risco e um bom valor em reservas. 7. Recomendações: Como o investidor deve reagir Inicialmente identificar o perfil do investidor através de uma autocritica, se for arrojado, moderado ou agressivo e assim escolher a modalidade de investimento mais adequada de acordo com a necessidade do consumidor. Perante as mudanças das taxas de juros é importante não concentrar investimentos em apenas um ativo e assim diversificar os ativos financeiros com a finalidade de minimizar riscos com uma possível queda e um único investimento escolhido ou outra opção interessante e segura é títulos indexados a inflação. Ficar atento às informações que as redes de comunicações, nem toda informação passada é verdadeira nesse meio há especulação financeira, com objetivo de distorcer informações para alavancar ou desbancar ativos, nesse caso procure fonte segura como sites governamentais. O investimento adequado é aquele que corresponde os seus objetivos financeiros ao longo do tempo e com a melhor relação entre risco e retorno. 8. Conclusão Este estudo demonstrou que o mercado financeiro é local onde é feita a transferência de recursos superavitários para os deficitários através de um intermediário – os bancos – e a para que esse processo ocorra são cobrados os juros resultado do serviço da intermediação. Para essa cobrança é utilizada uma taxa básica que tem função de servir como referencia para qualquer instituição financeira, essa conhecida como Selic, tem sua meta estabelecida pelo Comitê de Politica Monetária (COPOM). O Comitê de Politicas monetária estabelece diretrizes básicas do comportamento das taxas de juros, acompanha os relatórios da inflação e delimita metas que vão de encontro com os interesses político e econômico do governo. A atual redução da Selic (7,25%) surpreendeu os Investidores Externos, fazendo com que muitos adotassem uma postura cautelosa e utilizassem de estratégias analíticas antes de aplicar o dinheiro. Atento a cada informação que era divulgada referente à situação econômica do país uma analise criteriosa da conjuntura econômica se fez necessária. A baixa pode ser vista com um atrativo para a fomentação de novos investidores no mercado de ações do Brasil, destacando que o mercado nacional já vem em um constante crescimento nos últimos anos apesar do fato de que os investidores estavam tranquilos com a garantia de uma alta taxa de retorno sobre seu investimento comparado as oferecidas por outros países. A redução da taxa Selic é um resultado de proteção contra as crises externas que podem afetar o país, considerando ainda 7,25% a taxa de retorno brasileira atual pode-se afirmar que é atrativa tendo em vista que o país apresenta-se em desenvolvimento, baixo risco e mantem uma quantidade significativa de reservas, situação essa que deixa o Investidor estrangeiro mais tranquilo. O fato é que a Selic é um indicador fundamental da economia Brasileira, através dela é possível obter análises para a tomada de decisões quanto à inflação interna, verificar o desempenho do mercado financeiro e proteção contra crises externas na qual refletem no desempenho nacional. Vale resaltar que para os investidores obterem sucesso e retorno é necessário o conhecimento e definição de uma estratégia assertiva para atuar no mercado financeiro. Lembrando que essa redução do valor da Selic brasileira também pode ser considerada uma manobra governamental para fomentação de novos investidores mantendo o mercado brasileiro muito mais atrativo apresentando um status de segurança na sua economia. O objetivo geral deste estudo foi atingido, pois foi demonstrado que essa oscilação do valor da taxa Selic é natural e tendencial e não uma ameaça para quem atua neste mercado sensível e de constante competitividade. REFERÊNCIAS ANDREZO, Andrea Fernandes, LIMA, Iran Siqueira. Mercado Financeiro: Aspectos Históricos e Conceituais. 1. ed. 1999. 3. p. FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 14. ed. 2001.17 p. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7 ed. 1997. 30 p. NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 8. ed. 2009. 101 p. Banco Central do Brasil. Histórico da taxa Selic. Disponível em:< http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS> Acesso em: 26 out. 2012. .