buscopan composto® associado ao cetoprofeno no alívio da

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TEMAS LIVRES DO 51º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA
9º CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO – 1º CONGRESSO DE DOR DA BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA
A
BUSCOPAN COMPOSTO ® ASSOCIADO AO CETOPROFENO NO ALÍVIO DA DOR PÓS-OPERATÓRIA EM PACIENTES
SUBMETIDAS A DUAS TÉCNICAS DE LAQUEADURA POR LAPAROSCOPIA
Fernanda B Fukushima*, Isabel C F Salem, Eliana M Ganem, Giane Nakamura
CET/SBA do Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP
Distrito de Rubião Junior, s/nº - 18618-970 - Botucatu - SP
Justificativa e Objetivos - A laparoscopia ginecológica determina elevada morbidade pós-operatória (PO), em decorrência de
eventos considerados de pequena gravidade, como dor abdominal (D). A etiologia da D é multifatorial. A laqueadura laparoscópica (LL) é um dos procedimentos mais dolorosos e a intensidade da D varia com a técnica selecionada, sendo mais intensa com
a técnica de oclusão de trompas com anel. As pacientes submetidas a L referem D em cólica no período PO e o Buscopan Composto®, por suas propriedades antiespasmódicas e analgésicas, associadas às propriedades antiinflamatórias do cetoprofeno,
pode ser opção para profilaxia e tratamento de D. Não existem na literatura trabalhos que comprovem a eficiência do Buscopan
Composto® no tratamento da D PO de LL. O objetivo desta foi estudar a eficácia do Buscopan Composto® associado ao cetoprofeno, na presença de D PO em pacientes submetidas à LL, com duas técnicas diferentes - diatermia e pinçamento com anel. Método - Participaram do estudo 48 pacientes, estado físico ASA I e II, idades entre 23 e 47 anos, que não utilizavam drogas antiinflamatórias ou analgésicos rotineiros e raramente estavam menstruadas. As pacientes foram divididas em dois grupos: G1 oclusão de trompas com anéis, G2 - oclusão de tropas com diatermia. Todas as pacientes receberam Buscopan Composto®
(uma ampola) e cetoprofeno (100 mg), por via venosa, imediatamente antes da indução da anestesia. As pacientes receberam
midazolam (7,5 mg), por via oral, como medicação pré-anestésica; foram anestesiadas com sufentanil (0,5 µg.kg-1), propofol (2
mg.kg-1), isoflurano e óxido nitroso em fração inspirada de oxigênio de 40%. Como bloqueador neuromuscular, o atracúrio (0,5
mg.kg-1). A dor foi avaliada pelo critério de escala numérica verbal, variando de 0 a 10, sendo 0 ausência de dor e 10 o máximo de
dor a cada 10 minutos na primeira hora, na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) e na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª horas após a alta da
SRPA. Dor com intensidade maior que 3 era tratada com tramadol (100 mg), por via venosa. A avaliação da dor foi realizada sem
que se soubesse a que grupo pertencia a paciente. Para análise estatística, teste t de Student, Mann-Whitney e Friedman. Resultados - Ambos os grupos foram idênticos com relação à idade, ao peso, à altura, à duração da cirurgia e anestesia. Os pacientes de G1 apresentaram maior escore de dor que as de G2, em todos os momentos do estudo. Valores estatisticamente significativos: 80% pacientes de G1 e 16% de G2 necessitaram de tramadol em algum momento do estudo. Conclusões - O Buscopan
Composto® associado ao cetoprofeno não foi eficaz na prevenção da D PO em pacientes submetidas à LL pela técnica de oclusão em anéis. Referência - 01. Habibi A, Anderson S, Francis S et al. Buscopan® for treatment of pain after laparoscopic sterilization. Anaesthesia, 2001;56:171-176.
B
ANALGESIA CONTROLADA PELO PACIENTE PARA CIRURGIA DE ABAIXAMENTO DE CÓLON A SOAVÉ EM CRIANÇA
DE OITO ANOS. RELATO DE CASO
Fernanda B Fukushima* Guilherme AM de Barros, Fábio VB Feltrim, Lino Lemonica
UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu - Depto de Anestesiologia
Departamento de Anestesiologia - Caixa Postal 530 - CEP 18618-970 - Rubião Júnior - Botucatu - SP
Introdução - A analgesia pós-operatória é reconhecida como importante determinante do bom prognóstico pós-operatório, especialmente naqueles procedimentos de médio-grande porte. A técnica de analgesia controlada pelo paciente (ACP) é uma das
melhores opções para tratamento da dor aguda e o seu emprego por várias vias, inclusive a peridural, tem se mostrado bastante
seguro. O uso de ACP em pediatria é tido como controverso e raro, embora alguns autores o considere seguro em crianças capazes de entenderem o seu funcionamento. Na realidade brasileira a sua utilização é ainda menos freqüente, especialmente quando a via de administração é a peridural. Relato do Caso - Paciente do sexo masculino portador de megacólon congênito, oito
anos, 29,6 kg, estado físico ASA I, submetido à cirurgia para abaixamento de cólon a Soavé, ileostomia e enteroanastomose.
Optou-se por anestesia combinada geral-peridural. Procedeu-se a indução da anestesia geral com propofol (30 mg), alfentanil
(1,5 mg) e manutenção de plano anestésico com sevoflurano, em concentração variável conforme demanda, e N2O/O2 (60/40).
Com o paciente em decúbito lateral esquerdo foi realizada punção peridural com agulha de Tuohy 17G com posterior cateterização do espaço peridural com cateter 16G. Foram administrados no cateter peridural sufentanil (5 µg) e bupivacaína (100 mg),
mantendo adequada analgesia durante os 300 minutos da cirurgia. Na SRPA foi instalada a ACP peridural com uma solução de
ropivacaína a 0,12% e morfina a 0,004% em infusão contínua a 2 ml/h, bolus de demanda de 0,8 ml, com intervalos de bloqueio
de 20 minutos. No período de POi foram solicitados 22 bolus, dos quais 18 foram administrados; no 1º PO foram solicitados e administrados 15 bolus; no 2º solicitou e recebeu apenas três bolus, tendo sido associada dipirona à prescrição. No 3º PO a infusão
contínua da solução foi descontinuada e no 4º PO a bomba de ACP foi desligada, tendo sido prescrito tramadol VO (1 mg.kg-1) de
6/6. O paciente avaliou a dor como sendo de fraca intensidade (fraca-moderada-forte-insuportável) em todos os momentos. Recebeu alta hospitalar com prescrição única de dipirona VO. Não foram observados efeitos colaterais relacionados à técnica de
analgesia empregada. Discussão - O caso mostra que a ACP pode ser usada de maneira segura em crianças que compreendam o adequado funcionamento do equipamento, com completa satisfação do paciente, assim como de toda a equipe envolvida.
Referências - 01. Emmanuel Antok, Fabienne Bordet, Frédéric Duflo et al - Patient controlled epidural anesthesia versus continuous epidural infusion with ropivacaine for postoperative analgesia in children. Anesth Analg, 2003;97:1608-1611.
CBA 068
Revista Brasileira de Anestesiologia
Vol. 54, Supl. Nº 33, Novembro, 2004
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