AB EDEMA AGUDO DE PULMÃO POR PRESSÃO NEGATIVA

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TEMAS LIVRES DO 51º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA
9º CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO – 1º CONGRESSO DE DOR DA BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA
A
EDEMA AGUDO DE PULMÃO POR PRESSÃO NEGATIVA APÓS EXTUBAÇÃO. RELATO DE CASO
Roland F de Oliveira, Fabio S Cardoso, Sérgio T Higuchi*, Carlos E Lichtenberger
CET do Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo
Rua Potenji, 188 - Saúde - 04139-020 São Paulo-SP
Introdução - Edema agudo de pulmão (EAP) por pressão negativa ocorre devido à obstrução aguda e grave das vias aéreas,
com alto grau de morbidade sendo pouco diagnosticada. Relato do Caso - Paciente do sexo masculino, 27 anos, 70 kg, estado
físico ASA I, submetido à anestesia geral para correção de fratura de úmero esquerdo. A monitorização consistiu de cardioscopia, oxímetro de pulso, PANI e capnografia. Acesso venoso agulha plástica nº 18G no MSD. Indução anestésica com propofol
(180 mg), fentanil (350 µg), vecurônio (7 mg) e manutenção com isoflurano. Tempo cirúrgico de 160 min. de duração sem intercorrências e sangramentos excessivos. Após reversão do bloqueio neuromuscular e superficialização do plano anestésico
com resposta motora aos comandos paciente foi extubado e fornecida fonte de O 2 a 100%. Neste momento após ventilação forçada iniciou diminuição da saturação de oxigênio visualizada pela oximetria de pulso acompanhada de abundante secreção rósea espumante, ausculta pulmonar com estertores rudes (mais evidentes nos 2/3 inferiores, bilateralmente). O tratamento consistiu de oxigênio a 100% sob máscara em ventilação assistida, furosemida (20 mg). Com melhora na ausculta e desconforto,
encaminhado a UTI para observação com remissão completa do quadro e alta hospitalar. Durante a internação foi realizado ecocardiograma sem alterações. Discussão - O EAP por pressão negativa decorre do esforço inspiratório forçado contra uma via
aérea ocluída, gerando um gradiente de pressão, que culmina com a transudação de líquidos para as vias aéreas devido ao excesso do retorno venoso. Amorbidade pode ser elevada devido ao não reconhecimento da doença e seu correto tratamento. Referências - 01- Morgan Jr GE, Mikhoil MS - Anestesiologia Clínica 2002.
B
INFUSÃO INADVERTIDA DE VECURÔNIO DURANTE BLOQUEIO VENOSO DE BIER PARA CIRURGIA ORTOPÉDICA.
RELATO DE CASO
Fábio S Cardoso, Roland F Oliveira, Thaís F G Machado*, José Slikta Fº
CET do Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo
Rua Potenji, 188 - Saúde - 04139-020 São Paulo-SP
Introdução - O vecurônio é um bloqueador neuromuscular não despolarizante cada vez mais utilizado na prática diária, estando presente entre o arsenal farmacológico do anestesiologista. O presente trabalho descreve um agravo induzido pelo profissional quando da troca de ampolas com infusão acidental de vecurônio, com necessidade de hipnose e suporte ventilatório
não-programados. Relato do Caso - Paciente do sexo feminino, 36 anos, 63 kg, estado físico ASAI, a ser submetida à tratamento cirúrgico de túnel do carpo em membro superior esquerdo (MSE). Monitorizada com oximetria de pulso, PANI e cardioscópio
em derivações DII e V5. Cateter nasal com oferta de oxigênio 2 l.min-1 . Acesso venoso com agulha plástica nº 20G no MSD e 24G
no MSE. Neste momento recebeu 5 mg de midazolam IV. Feito bloqueio venoso pela técnica de Bier com dose total de lidocaína
de 225 mg. Feito por via venosa SF a 0,9% (250 ml) com AINH (cetoprofeno 100 mg). Durante a infusão paciente apresentou primeiro: agitação psicomotora, seguida por desconforto respiratório antes de receber nova dose de hipnótico. Feito alfentanil (2
mg), propofol (130 mg) e succinilcolina (70 mg) e realizado passagem de máscara laríngea, e acoplada a ventilação mecânica.
Constatada troca de ampolas (cetoprofeno 100 mg por vecurônio 10 mg) devido à grande semelhança visual. Anestesia foi mantida com isoflurano a 1,2%, seguindo-se com a cirurgia, que perdurou por 35 minutos. Com 50 minutos de procedimento, feita reversão do BNM (atropina 0,02 mg.kg -1 e neostigmina 0,04 mg.kg-1 ), sendo realizada a extubação orotraqueal, sem outras intercorrências. Discussão - Pela repetição diária do ato de manipular ampolas, a injeção inadvertida de drogas é um risco sempre
presente ao anestesiologista, sendo a constante e “real” conferência das ampolas e frascos que serão administradas pelo profissional o método mais simples e eficaz para evitá-la. Referências - 01. Dukes MNG - Meyler’s Side Effects of Drugs, Excerpta
Médica, New York, 1980;9; 02. Morgan Jr GE, Mikhoil MS - Anestesiologia Clínica, 2002.
Revista Brasileira de Anestesiologia
Vol. 54, Supl. Nº 33, Novembro, 2004
CBA 211
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