Escola Municipal de Ensino Fundamental Madre Teresa Gestão Pedagógica e Espaços de Participação Estudo realizado sobre gestão democrática, que foi realizado na sala Políticas e Gestão da Educação. O que você compreende por: a) Participação: O artigo Gestão escolar democrática: definições, princípios e mecanismos de implementação cita que a participação não se apresenta de maneira padronizada. É uma prática polissêmica, que apresenta diferenças significativas quanto à natureza, ao caráter, às finalidades e ao alcance nos processos de aprendizagem cidadã. Isso quer dizer que os processos de participação se constituem, eles próprios, em atitudes e disposição de aprendizagem e de mudanças culturais a serem construídas cotidianamente. A participação é um processo complexo, que envolve vários cenários e múltiplas possibilidades organizativas. Ou seja, não existe apenas uma forma ou lógica de participação. Várias dinâmicas se caracterizam por um processo de participação tutelada, restrita e funcional; outras, por efetivar processos coletivos, inovadores de escolha e decisão. Entre os mecanismos de participação que podem ser criados na escola, destacam-se: o conselho escolar, o conselho de classe, a associação de pais e mestres e o grêmio escolar. No entanto, não basta estar presente, fazer parte de um Conselho, por exemplo, tem que contribuir nos processos decisórios. Participação é fazer parte nas decisões do processo educativo, é estar comprometido. É a oportunidade de ter vez e voz b) Autonomia: Autonomia da escola é quando a comunidade escolar tem liberdade para coletivamente pensar, discutir, planejar, construir, executar o seu Projeto Político-Pedagógico, entendendo que neste está contido o projeto de educação e de escola que a comunidade almeja. No entanto, mesmo tendo essa autonomia, a escola está subordinada às normas gerais do Sistema de Ensino e às leis que o regulam, não podendo, portanto, desconsiderá-las. A autonomia, no entanto, não é dada ou decretada. Autonomia é uma construção que se dá nas lutas diárias que travamos com os nossos pares nos espaços em que atuamos. Por isso, a construção da autonomia, especialmente da autonomia escolar, requer muita luta e dedicação daqueles que estão inseridos nos processos educativos. A autonomia da unidade escolar significa a possibilidade de construção coletiva de um Projeto Político-Pedagógico que esteja de acordo com a realidade da escola, que expresse o projeto de educação almejado pela comunidade em consonância com as normas estabelecidas pelas políticas educacionais ou legislação em curso. Portanto, o Projeto Político-Pedagógico é a identidade da escola, e se torna realidade quando projetado, elaborado, construído por todos os atores deste processo. nesse processo tão importante. Quando os atores participam das deliberações eles se comprometem com as ações futuras da escola. c) Gestão Democrática: Através da Leitura do artigo Conselho Escolar e Autonomia: participação e democratização da gestão administrativa, pedagógica e financeira da educação e da escola pude perceber que a luta pela gestão democrática implica lutar pela garantia da autonomia da unidade escolar, pela implementação de processos colegiados nas escolas, pelo financiamento por parte do poder público, entre outros. Conforme João Oliveira, Karine de Moraes e Luiz Dourado no artigo Gestão escolar democrática: definições, princípios e mecanismos de implementação, a gestão democrática tem sido defendida como dinâmica a ser efetivada nas unidades escolares, visando a garantir processos coletivos de participação e decisão. Para esses autores a Gestão democrática é, portanto, entendida como a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar, pais, professores, estudantes e funcionários na organização, na construção e na avaliação dos projetos pedagógicos, na administração dos recursos da escola, enfim, nos processos decisórios da escola. e) Relação entre representantes e representados: É uma questão que ainda precisa ser qualificada, pois o que acontece na realidade é que nem sempre os representantes expressam as ideias de seus representados. É um mecanismo d) Escolha dos Diretores de Escolas: No artigo Gestão escolar democrática: definições, princípios e mecanismos de implementação, os autores apontam que as eleições diretas para diretores, historicamente, têm sido a modalidade considerada mais democrática pelos movimentos sociais, inclusive dos trabalhadores da educação em seus sindicatos. Mas ela não está livre de uma grande polêmica. A defesa dessa modalidade vincula-se à crença de que o processo conquista ou retoma o poder sobre os destinos da gestão. A eleição direta tem sido apontada como um canal efetivo de democratização das relações escolares. Trata-se de modalidade que se propõe valorizar a legitimidade do dirigente escolar como coordenador do processo pedagógico no âmbito escolar. Portanto, a escolha dos diretores de escola é um dos passos relevantes para o processo de democratização escolar. f) Conselho Escolar: O artigo Conselho Escolar e Autonomia: participação e democratização da gestão administrativa, pedagógica e financeira da educação e da escola aponta que discussão acerca da necessidade de criação e que ainda precisa ser melhorado, efetivação dos conselhos nas aperfeiçoado. unidades escolares vinculava-se à compreensão da importância da participação ativa dos diferentes segmentos na vida da escola em seus diferentes processos educativos. O conselho escolar se configura, portanto, como órgão de representação da comunidade escolar e, desse modo, visa à construção de uma cultura de participação, constituindo-se em espaço de aprendizado do jogo político democrático e de formação político-pedagógica. Por essa razão, a consolidação dos conselhos escolares implica buscar a articulação efetiva entre os processos pedagógicos, a organização da escola e o financiamento da educação e da escola propriamente dito. Entende-se que, para que os conselhos sejam realmente espaços de decisão da comunidade local e escolar, eles precisam ser órgãos não simplesmente consultivos ou representativos, mas que tenham um caráter deliberativo, ou seja, que discutam, definam e deliberem sobre as questões referentes à instituição escolar e implementem o que foi definido democraticamente. Os conselhos escolares adquirem também a função de planejamento, acompanhamento e fiscalização da execução dos projetos da escola e de onde e como se gastam as verbas que ela recebe, ou seja, torna-se um órgão fundamental de controle social das verbas públicas destinadas à educação. Reflita sobre como acontece a gestão na escola em que você trabalha e preencha o quadro abaixo: Espaços de Gestão Conselho de Classe Como se organiza No trimestre há dois conselhos. O primeiro com a participação da equipe diretiva, alunos e professores. O segundo com a participação dos professores, da direção, orientação e supervisão. Conselho Escolar O Conselho Escolar é um espaço de participação, formado por pais, professores, alunos e funcionários. De acordo com seu regimento reúnem-se bimestralmente. Círculo de Pais Mestres (CPM) e É formado por pais e professores com reuniões previamente agendadas. O que decide No primeiro conselho é realizado um diálogo entre professor e aluno sobre o processo de aprendizagem. No segundo conselho ocorrem as definições e os encaminhamentos sobre o resultado da avaliação. Aprovação do calendário escolar; Encaminhamentos de assuntos financeiros; E há ainda pouca participação nas ações pedagógicas. Atuam nos momentos festivos da escola, Decide sobre as questões financeiras da escola. Relacione os espaços de gestão de sua escola com os conceitos apresentados pelos textos e vídeos, buscando identificar aproximações e distanciamentos da concepção de gestão democrática e quais os movimentos que podem ser feitos para superar os limites encontrados. O processo de eleição de diretores é muito variado nos estados e município. Em nossa escola a atual diretora foi eleita através da eleição direta para diretor. Embora as eleições se apresentem como um legítimo canal na luta pela democratização da escola é necessário compreender os vícios e as limitações do sistema representativo. Por isso, não consideramos a eleição, por si só, garantia da democratização da gestão, mas referendamos essa modalidade enquanto instrumento para o exercício democrático. A gestão escolar não é neutra, pois todas as ações desenvolvidas envolvem atores e tomadas de decisões. Cada autor por sua vez, tem uma posição política, ou seja, intenções, que não quer dizer uma posição partidária e sim princípios, ou seja, posicionar-se diante das alternativas. A autonomia é muito relativa, pois assim como a escola tem autonomia para decidir sobre seu calendário escolar, sobre suas ações pedagógicas, essa mesma escola está subordinada às normas gerais do sistema de ensino. A gestão democrática é entendida como a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar, no entanto, ainda existe dificuldade desses segmentos participarem ativamente, de se comprometerem. Mas para que ocorra uma maior participação desses segmentos a escola precisa abrir as portas, elaborar reuniões mais agradáveis, um momento de troca, um café, ou uma simples conversa, não aquelas reuniões onde ocorrem somente queixas dos alunos, ou seja, de seus filhos. Reuniões mais atrativas, agradáveis, com horário agendado de início e término, com pauta bem elaborada pode ser uma das alternativas para que os pais se tornem seguros e comecem a participar ativamente das decisões, tornando-se comprometidos com a gestão escolar.