Relações entre as Inteligências Múltiplas e Inteligência Emocional PEREIRA, Eliana Alves1; ARÁOZ, Susana Maria Mana de2 Falar sobre Inteligência emocional em nossa sociedade ainda é um desafio, pois muitos a consideram como modismo ou até mesmo um “mito”. Essas conclusões são devidas ao desconhecimento, pelas pessoas, da psicologia humana e como se deu o seu desenvolvimento. Geralmente a opinião se baseia em uma análise teórica feita por comentários no decorrer de sua formação estritamente superficial sobre o conceito da inteligência emocional. A inteligência do homem não se resume apenas ao ato de raciocinar, mas também de envolver suas habilidades para perceber, entender e influenciar suas emoções. Neste trabalho, que teve por objetivo a compreensão do tema e foi realizado como uma pesquisa bibliográfica, fez-se uma abordagem do assunto à luz das teorias de Gardner, considerado o criador do conceito de inteligências múltiplas, e de Goleman, que categoriza as habilidades utilizadas na inteligência emocional em cinco domínios que são necessários para nossos relacionamentos. As inteligências lógico-matemática e lingüística ou verbal são as mais enfatizadas em nosso meio. Desde a nossa infância essas duas centrais de inteligências são as mais estimuladas, pois geralmente os pais e professores acabam definindo como uma pessoa inteligente aquela que tem uma capacidade de percepção algébrica, ou então aquela que tem facilidade de se expressar. Na realidade, essa limitação é apenas uma conseqüência gerada mediante os procedimentos utilizados principalmente em nosso sistema educacional. Gardner afirma que o ser humano nasce com pelo menos oito inteligências, mas desenvolve geralmente duas que são cobradas e as outras não se desenvolvem por falta de estímulos. Com isso pode-se dizer, então, que o ser humano possue duas mentes, consequentemente dois tipos diferentes de inteligência: racional e emocional. O QI não garante sucesso, e o autocontrole sobre as emoções faz a diferença entre crescer ou estagnar na vida. A importância do QI é indiscutível para o ser humano, pois a capacidade de memorizar, raciocinar e de abstrair são imprescindíveis para nosso dia a dia. Mas a velocidade das informações que recebemos diariamente acaba gerando dúvidas e atitudes que nem sempre são bem sucedidas. E por isso há necessidade de se conhecer QE, pois quando se tem a consciência dessa capacidade, o indivíduo, ao associar a razão ao controle de suas emoções, torna-se mais coerente em suas atitudes. Goleman afirma que as inteligências emocional e racional são parceiras integrais. Isso derruba o mito de que se deve sobrepor a razão à emoção. Ao contrário, deve-se buscar um equilíbrio entre ambas. Goleman categoriza as habilidades utilizadas na inteligência emocional em cinco domínios que são necessários para nossos relacionamentos. A prática dessas habilidades geraria o equilíbrio no comportamento. Pode-se concluir que há necessidade do auto-conhecimento, de saber de fato quais as potencialidades intrapessoais para desenvolvê-las. Na verdade não se pode afirmar que existem pessoas mais inteligentes que outras, mas existe o indivíduo que conhece suas potencialidades e sabe como explorá-las para seu próprio benefício. Palavras-chave: Inteligências Múltiplas, Inteligência Emocional, relações. 1 Pós-graduanda em Didática e Metodologia do Ensino Superior no Ceulji-Ulbra / [email protected] 2 Professora Orientadora do Curso de Pós-Graduação em Didática e Metodologia do Ensino Superior no Ceulji/Ulbra / [email protected].