UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ANDERSON CURVELLO Trabalho de Conclusão de Estágio Elaboração do Plano de Marketing para a empresa Vale Brilhante Indústria e Comércio. Administração Mercadológica ITAJAÍ (SC) 2007 ANDERSON CURVELLO Trabalho de Conclusão de Estágio Elaboração do Plano de Marketing para a empresa Vale Brilhante Indústria e Comércio. Trabalho de conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí. ITAJAÍ – SC, 2007 Agradeço em primeiro lugar á Deus, que é o motivo pelo qual faço todas as coisas em minha vida, e sem Sua força e capacitação eu não teria chego até aqui. Gostaria de agradecer também em especial a minha esposa, meus pais, familiares e amigos, pelo amor, carinho, apoio e incentivo, os quais me deram ânimo nos momentos mais difíceis. Agradeço ao professor Régis Ferroli pela sua dedicação em me orientar e me direcionar durante a execução deste trabalho de estágio. Muito obrigado também aos meus amigos de curso, professores, funcionários e pessoas ligadas á Universidade, que de alguma forma contribuíram para que eu tivesse condições de concluir o curso com êxito e muita alegria. Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida. Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade. Olhe sempre para a frente, mantenha o olhar fixo no que está adiante de você. Veja bem por onde anda, e os seus passos serão seguros. Não se desvie nem para a direita nem para esquerda; afaste os seus pés da maldade. Provérbios 4:23-27. Bíblia Sagrada- NVI, 2000. EQUIPE TÉCNICA a) Nome do Estagiário Anderson Curvello b) Área de estágio Administração Mercadológica c) Orientador de Campo Humberto Curvello. d) Orientador de Estágio Prof. Régis Ferróli. e) Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração Profº. Eduardo Krieger da Silva DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA a) Razão Social Solange Maria Albano Curvello M.E b) Endereço Rua Lico Amaral, nº443 , – Dom Bosco – Itajaí - SC c) Setor de desenvolvimento do estágio Setor Administrativo d) Duração do estágio 360 horas e) Nome e cargo do orientador de campo Humberto Curvello – diretor Administrativo f) Carimbo e visto da empresa DECLARAÇÃO A empresa Vale Brilhante Indústria e Comércio declara, para devidos fins, que concorda com o projeto de estágio apresentado pelo estagiário Anderson Curvello, aluno do curso de Administração do centro de Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí, e se propõe a oferecer as condições necessárias para o bom andamento do mesmo. Itajaí, 01 de julho de 2007. ___________________________________ (nome do responsável pela empresa) RESUMO A indústria química Brasileira, em especial o setor de sabões e detergentes, vem crescendo em um ritmo cada vez mais acelerado e concorrido nos últimos anos. Nesta pesquisa, a Vale Brilhante demonstrou possuir grande potencial, porém, pouca direção e falta de planejamento, em meio a um mercado altamente competitivo. Desta forma, os principais objetivos deste trabalho foram verificar se o composto de marketing da empresa está bem definido e planejado; analisar o nível de satisfação dos clientes (empresas); verificar aspectos internos e externos importantes para o sucesso do plano; estabelecer um plano de ação e propor instrumentos de controle. Para a coleta dos dados foram realizadas entrevistas com os gestores da empresa, e encaminhados via e-mail, questionário aos clientes, como maneira de obter as informações necessárias a respeito da percepção dos entrevistados sobre os ambientes interno e externo da organização, assim como a análise da satisfação dos clientes. O questionário aplicado contém perguntas abertas e fechadas, e possui assim, o caráter quantitativo e qualitativo, que foram transcritos e analisados tanto em forma de gráfico, como de textos explicativos. Também foi efetuada uma análise documental da empresa. Os resultados obtidos foram satisfatórios e puderam ampliar significativamente a compreensão geral da organização quanto à importância da realização do planejamento, seu monitoramento e acompanhamento contínuos, devido às mudanças constantes que ocorrem nos ambientes. Conclui-se desta forma, que os resultados registrados, permitiram a realização, visualização e compreensão completa a respeito do plano de marketing na organização Vale Brilhante Indústria e Comércio. PALAVRAS-CHAVE: Planejamento, marketing, cliente. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1 – Gestores da empresa ........................................................ 19 Quadro 2 – Principais clientes .............................................................. 19 Quadro 3 – Composto de marketing ..................................................... 25 Figura 1 – Variáveis do composto de marketing .................................. 26 Figura 2 – Estratégia do composto de marketing ................................. 27 Figura 3 – Canais de marketing ............................................................ 30 Figura 4 – Sistema de informação de marketing .................................. 34 Figura 5 – Níveis de decisão e tipos de planejamento ......................... 36 Figura 6 – Processo de planejamento .................................................. 38 Figura 7 – Fatores que influenciam a estratégia .................................. 44 Figura 8 – Matriz SWOT ....................................................................... 47 Figura 9 – Posturas Estratégicas ........................................................ 48 Figura 10 – BSC ................................................................................... 54 Figura 11 – Foto do parque Fabril da Vale Brilhante ............................ 58 Figura 12 – Foto do Laboratório A ........................................................ 58 Figura 13 – Foto do Laboratório B ........................................................ 59 Figura 14 – Organograma da empresa ................................................ 60 Figura 15 – Acessos aos registros internos .......................................... 61 Figura 16 – Microambiente da empresa ............................................... 62 Quadro 4 – Inteligência de marketing ................................................... 63 Quadro 5 – Produtos da empresa ........................................................ 66 Figura 17 – Multiuso YOO OXY2 ........................................................... 66 Figura 18 – Folder do Lava roupas BLESS .......................................... 67 Figura 19 – Folder do Lava roupas YOO .............................................. 67 Quadro 6 – Produtos e marcas ............................................................. 68 Figura 20 – Multiuso Plush .................................................................. 69 Figura 21 – Multiuso Ultra Clin ........................................................... 69 Figura 22 – Multiuso BLESS O2 450g .................................................. 70 Gráfico 1 – A indústria química ............................................................. 71 Gráfico 2 – Evolução da indústria química Brasileira ........................... 72 Gráfico 3 – Gráfico de Marketing .......................................................... 74 Gráfico 4 – Financeiro .......................................................................... 76 Gráfico 5 – Produção ............................................................................ 77 Gráfico 6 – Organizacional ................................................................... 78 Gráfico 7 – Ambiente Demográfico ....................................................... 79 Gráfico 8 – Ambiente Econômico ......................................................... 80 Gráfico 9 – Ambiente Natural ............................................................... 81 Gráfico 10 – Ambiente Político e Legal ................................................ 82 Gráfico 11 – Ambiente Sociocultural .................................................... 83 Gráfico 12 – Ambiente Tecnológico ...................................................... 84 Gráfico 13 – Consumo médio mensal por cliente ................................. 85 Gráfico 14 – Freqüência de compras ................................................... 86 Gráfico 15 – Diversidade da linha ......................................................... 87 Gráfico 16 – Condicionamento e embalagem ...................................... 88 Gráfico 17 – Nível de qualidade ........................................................... 88 Gráfico 18 – Qualidade em relação à tecnologia .................................. 89 Gráfico 19 – Preço em relação à tecnologia ......................................... 90 Gráfico 20 – Prazos e condições de pagamentos ................................ 91 Gráfico 21 – Preço praticado ................................................................ 92 Gráfico 22 – Tipos de clientes .............................................................. 93 Gráfico 23 – Giro dos Produtos ............................................................ 94 Gráfico 24 – Como conheceu a empresa ............................................. 95 Quadro 7 - Matriz SWOT ..................................................................... 98 Quadro 8 – Perspectiva Financeira 1 ................................................... 99 Quadro 9 – Perspectiva Financeira 2................................................... 100 Quadro 10 – Perspectiva dos clientes 1 ............................................... 101 Quadro 11 – Perspectiva dos clientes 2................................................ 102 Quadro 12 – Perspectiva dos clientes 3 ............................................... 103 Quadro 13 – Perspectiva dos procedimentos internos 1 ...................... 104 Quadro 14 – Perspectiva dos procedimentos internos 2....................... 105 Quadro 15 – Perspectiva de aprendizado e crescimento 1 .................. 106 Quadro 16 – Perspectiva de aprendizado e crescimento 2................... 107 Quadro 17 – Cronograma ..................................................................... 116 Quadro 18 – Orçamento ....................................................................... 117 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Evolução da Indústria Química ........................................... 73 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 16 1.1 Problema de pesquisa .................................................................... 17 1.2 Objetivos do trabalho ..................................................................... 17 1.3 Aspectos metodológicos ................................................................. 18 1.3.1 Caracterização do trabalho ......................................................... 18 1.3.2 Participantes da pesquisa ............................................................ 19 1.3.3 Coleta de dados ........................................................................... 20 1.3.4 Análise de dados ......................................................................... 20 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................... 21 2.1 Administração.................................................................................. 21 2.2 Administração de Marketing ........................................................... 22 2.3 Composto de Marketing ................................................................. 24 2.3.1 Produto ........................................................................................ 27 2.3.2 Preço............................................................................................ 28 2.3.3 Promoção .................................................................................... 28 2.3.4 Canais de Distribuição ................................................................ 29 2.4 Varejo ............................................................................................. 31 2.5 Atacado ........................................................................................... 32 2.6 Sistema de informação de marketing ............................................. 33 2.7 Plano de Marketing ........................................................................ 35 2.7.1 Missão.......................................................................................... 39 2.7.2 Macroambiente ........................................................................... 40 2.7.2.1 Análise do ambiente externo .................................................... 41 2.7.3 Microambiente ............................................................................. 43 2.7.3.1 Análise do ambiente interno ..................................................... 45 2.7.4 Análise SWOT ............................................................................. 46 2.7.5 Formulação de metas .................................................................. 49 2.7.6 Formulação da estratégia ............................................................ 50 2.7.7 Implementação ............................................................................ 52 2.7.8 Feedback e controle .................................................................... 53 3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ......................... 55 3.1 Caracterização da organização ..................................................... 55 3.1.1 Ramo de atividade ....................................................................... 55 3.1.2 Histórico da empresa ................................................................... 56 3.1.3 Estrutura organizacional .............................................................. 59 3.1.4 Sistema de informação de marketing da empresa ...................... 60 3.1.5 Missão da empresa ..................................................................... 64 3.1.6 Visão da empresa ........................................................................ 64 3.1.7 Valores da empresa .................................................................... 64 3.1.8 Produtos da empresa .................................................................. 65 3.1.9 Marcas próprias – Terceirização de Produtos ............................. 68 3.1.10 Royalties ................................................................................... 70 3.1.11 O mercado da indústria química ............................................... 71 3.2 Resultados da pesquisa ................................................................. 73 3.2.1 Análise do Microambiente ........................................................... 73 3.2.2 Análise do Macroambiente .......................................................... 79 3.2.3 Resultados das entrevistas com os clientes ................................ 85 3.2.3.1 Produto – Perspectiva dos clientes .......................................... 85 3.2.3.2 Preço – Perspectiva dos clientes .............................................. 90 3.2.3.3 Praça – Perspectiva dos clientes .............................................. 93 3.2.3.4 Promoção – Perspectiva dos clientes ....................................... 94 3.3 Plano de Ação ................................................................................ 97 3.4 Financiamento do Plano.................................................................. 108 3.5 Sugestões ...................................................................................... 109 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 110 5 REFERÊNCIAS ................................................................................. 112 6 PLANO DE TRABALHO .................................................................... 116 6.1 Cronograma..................................................................................... 116 7 ORÇAMENTO .................................................................................... 117 APÊNDICES........................................................................................... 118 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ................................................. 130 16 1 INTRODUÇÃO Hoje a maior preocupação de uma organização é manter-se competitiva e sobreviver no mercado em que atua. Estamos diante de um mercado em que saber planejar o futuro de uma organização é uma grande vantagem em relação aos concorrentes, “garantindo” ao menos condições mínimas de sobrevivência e projeção para seu crescimento e desenvolvimento. O plano de Marketing é algo essencial para que uma organização mantenha-se direcionada e atinja seus objetivos e metas, sem deixar de cumprir sua missão, que é sua razão de existir. O presente trabalho foi desenvolvido numa indústria química, fabricante de produtos de limpeza, denominada Vale Brilhante Indústria e Comércio. O setor de produtos de limpeza vem crescendo de maneira acelerada nos últimos anos, o que se tornou uma ótima oportunidade para aqueles que souberem se posicionarem e direcionarem seus negócios. Um aspecto determinante para o crescimento do mercado de produtos de limpeza foi a percepção dos consumidores, principalmente as mulheres, sobre a importância de produtos inovadores, que oferecem novos benefícios. Segundo a Abiquim(2007), o crescimento das vendas dos produtos de limpeza não significou aumento de preço ao consumidor. Esse resultado se deve à alta competitividade que caracteriza o setor. As indústrias assumem os reajustes dos insumos e dos custos de produção, sem repassá-los ao produto final, onde novos fabricantes se instalaram no mercado e alguns outros ampliaram a sua atuação em novas categorias. A tendência à segmentação e à oferta de produtos com maior valor agregado exigiu investimentos vultosos em tecnologia, novas embalagens e publicidade. Como resultado, os consumidores contam hoje com produtos de limpeza mais eficientes e práticos, sem pesar mais no bolso. Este estudo realizou o Plano de Marketing na empresa Vale Brilhante Indústria e Comércio, para que a mesma se mantenha direcionada e preparada para essas mudanças, tendo assim uma direção clara para seus negócios. 17 1.1 Problema de pesquisa Diante deste contexto, buscando o desenvolvimento de um plano de marketing, define-se o seguinte problema de pesquisa: “Quais as vantagens obtidas com o desenvolvimento do Plano de marketing para a Vale Brilhante Indústria e Comércio?” A importância deste trabalho se dá pelo fato de que a empresa pesquisada necessita de uma melhor visualização e compreensão da realização de um plano de marketing, no qual irá direcionar a empresa em seus objetivos e missão, mostrando-lhe como projetar-se a curto e longo prazo. Para o acadêmico é importante para desenvolver na prática os conceitos sobre o Plano de Marketing, aprendidos durante o curso, aprimorando seu desenvolvimento profissional. 1.2 Objetivos do trabalho O objetivo geral deste trabalho é elaborar um Plano de Marketing para empresa “Vale Brilhante Indústria e Comércio”. Diante deste objetivo, serão abordados os seguintes objetivos específicos: - Verificar se o composto de marketing da empresa está bem definido e planejado; - Analisar o nível de satisfação dos clientes (distribuidores e Agentes); - Verificar aspectos internos e externos importantes para o sucesso do plano; - Estabelecer um plano de ação; - Propor instrumento de controle para o plano. 18 1.3 Aspectos metodológicos Este capítulo tem com objetivo apresentar de modo simples e claro o método que foi utilizado para o encaminhamento da pesquisa. 1.3.1 Caracterização do trabalho No presente trabalho foi realizado uma pesquisa-diagnóstico com proposição de planos, onde segundo ROECH(1996), é uma ferramenta que apresenta um conjunto de técnicas e instrumentos de análise que permitem não só o diagnóstico, como também a racionalização dos sistemas. Verifica-se que a melhor opção para o delineamento da pesquisa, foi utilizar, tanto método quantitativo, como o qualitativo. O método quantitativo, segundo Richardson (2007), representa, em princípio, a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando, consequentemente, uma margem de segurança maior quanto às inferências. Por outro lado, o método qualitativo, justifica-se, de acordo com Richardson (2007), por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno social. Para Richardson (2007), ambos o métodos são complementares, onde na análise da informação de uma pesquisa quantitativa, por exemplo, as técnicas qualitativas permitem verificar os resultados dos questionários e ampliar as relações descobertas. Por tratar-se de um fenômeno atual, buscaram-se respostas dentro de um contexto real, investigando o problema identificado na pesquisa. Por ser uma proposição de planos, esta pesquisa tem como predominância o caráter qualitativo, onde foram analisados os dados coletados nos questionários por meio de instrumentos estatísticos, fazendo uso de técnicas quantitativas. 19 1.3.2 Participantes da pesquisa Segundo Richardson (2007), população é o conjunto de elementos que possuem determinadas características. Por assim ser, participaram desta pesquisas os três gestores dos principais setores da empresa e os seis principais clientes, os quais foram entrevistados para se obter dados e direcionamento para a pesquisa. Os gestores entrevistados foram os seguintes, de acordo com suas áreas de atuação, como mostra a quadro 1: Quadro 1: Gestores da empresa Gestor Área de Atuação Humberto Curvello Diretor / Administração Humberto Curvello Junior Produção Robson Curvello Financeiro Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2007) Os seis principais clientes pesquisados e suas localizações são, conforme quadro 2: Quadro 2: Principais Clientes Clientes Localização Total Química Ltda. Embu – São Paulo Saniplus Indústria e Comércio Colombo – Paraná União Fabril Exportadora (UFE) Rio de Janeiro – Rio de Janeiro Sabão Imperial Ltda. São Leopoldo – Rio Grande do Sul Leve Brisa Indústria e Comércio Sorocaba – São Paulo Quarks Comercial Distribuidora São Paulo – São Paulo Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2007) Por se tratar de uma empresa de pequeno porte, acredita-se que com as entrevistas realizadas com os gestores e os principais clientes, foi possível uma análise completa para o delineamento do plano de marketing. 20 1.3.3 Coleta de dados Como meio de se coletar os dados, foram realizados entrevistas com os gestores da empresa e a aplicação de questionários com perguntas abertas e fechadas com os clientes, enviados por e-mail, permitindo assim a compreensão a respeito da prática do planejamento de marketing na empresa. Para Richardson (2007) a entrevista é uma técnica em que as informações são transmitidas diretamente de uma pessoa para a outra, facilitando assim o processo de comunicação. Essa opção justifica-se pelo fato de ser mais apropriado para pesquisa. As entrevistas e os questionários foram realizados durante os meses de outubro e novembro do ano de 2007. Também foi efetuada uma análise documental da empresa, como fonte secundária de coleta de dados para a pesquisa. 1.3.4 Análise de Dados Segundo Roesch(1999), a análise de dados tem o propósito de mensurar a freqüência de um fenômeno, procurando identificar correlações. São criados indicadores numéricos quantificáveis, deixando a cargo do pesquisador a ação de interpretar e explicar os resultados obtidos. A análise de dados foi feita por meio de tabelas e gráficos, utilizando-se do Microsoft Office, de programas como o Word e Excel. Além das ferramentas de análise quantitativas, foram utilizados textos explicativos, de acordo com os resultados qualitativos obtidos na pesquisa. Partindo da coleta e análise dos dados, o plano de marketing foi realizado seguindo a estrutura proposta por Kotler(1998). 21 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo, será desenvolvido o embasamento teórico com as fundamentações e informações já abordadas por outros autores relacionados ao tema deste trabalho. As informações descritas neste capítulo servirão para fundamentar e validar o projeto de pesquisa. 2.1 Administração A tarefa da administração é desenvolver a ação empresarial visando alcançar os objetivos propostos pela organização, definida por Chiavenato(2000), como o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz. Em uma organização que possui seus objetivos e metas bem definidos, a administração é a engrenagem que irá direcionar toda a estrutura ao cumprimento de sua missão. Partindo desta idéia, a administração por se tratar de um processo contínuo com ações práticas, é: Um processo de tomar decisões e realizar ações que compreende quatro processos principais interligados: planejamento, organização, execução e controle. Os processos administrativos são também chamados funções administrativas ou funções gerenciais. Outros processos ou funções importantes, como coordenação, direção, comunicação e participação, contribuem para a realização dos quatro processos principais (MAXIMIANO, 2000, p.26). Para Kotler(1996), o objetivo e a missão da empresa devem ser definidos em termos de satisfazer alguma necessidade do ambiente externo. Desta forma a administração de uma empresa não deve apenas se concentrar no ambiente interno, mas deve também se dedicar intensamente ao ambiente externo, que é para onde estão voltados seus interesses de negócio. De acordo com Faria (1982), para realizar o trabalho organizacional é necessário dispor de uma equipe que deve ser administrada. Da mesma forma, 22 quando se faz administração tem-se que constantemente organizar algo e, ainda, periodicamente precisa-se reorganizar o conjunto, que sofre as influencias do meio e necessita revitalizar-se depois de algum tempo. Para que a influencia do meio no qual a empresa se relaciona, em especial o mercado de atuação, seja bem administrado é importante atenção especial na administração de marketing. 2.2 Administração de Marketing Para que aconteça a administração de marketing, Kotler (1998), afirma que é necessário que uma das partes envolvidas num processo de troca considere seus objetivos e meios pelos quais irá conseguir as respostas desejadas de outras partes. Desta maneira a administração de marketing se define como sendo: A administração de marketing é a analise, o planejamento, a implementação e o controle de programas destinados a realizar as trocas desejadas com mercados-alvo com o propósito de atingir as metas da organização. Isto depende sobremodo do planejamento da oferta da organização, em termos das necessidades e desejos dos mercados-alvo, usando eficazmente o preço, a comunicação e a distribuição, a fim de informar, motivar e servir o mercado (KOTLER, 1996, p.34). Siqueira (1992), afirma que a administração de marketing preocupa-se em determinar e combinar de modo mais eficaz, os fatores que, son controle da empresa, serão utilizados para influir sobre as vendas. Kotler(1996) também afirma que a administração de marketing é a atividade de regular o nível, o tempo e o caráter da demanda, de tal modo que ajude a empresa a atingir seus objetivos, ou seja, em resumo a administração de marketing é a administração da demanda. Para Siqueira(1992), o administrador de marketing está interessado em satisfazer às necessidades dos clientes com determinado bem ou serviço, de modo que ele quer ter certeza de que seu produto terá êxito. 23 Schewe & Smith (1982), abordam que a gerência de marketing se difere da administração por se preocupar com sete funções além das básicas administrativas, sendo elas: 1- Delineamento de mercado: processo de definir ou descrever em detalhes o mercado potencial; 2- Motivação de compra: descobrir o “porque” os consumidores compram e entender suas motivações e inibições; 3- Ajustamento de produto: combinar o produto com o mercado em que deve ser comprado e consumido; 4- Distribuição física: proporcionar utilidade de tempo e lugar estabelecendo o cenário para utilidade de posse; 5- Comunicação: a transmissão da informação ao consumidor, criando clima favorável; 6- Transação: gerar no consumidor o impulso de troca; 7- Pós-transação: garantir a satisfação com o produto. O conceito da administração de marketing mostra que é necessário nortear os esforços de forma efetiva, onde se devem realizar suas atividades de marketing dentro de um conceito claro, abrangente e responsável. Existem, segundo Kotler (1996), quatro alternativas de conceitos pelos quais as empresas e outras organizações podem conduzir suas atividades de marketing. Esses conceitos são: o conceito de produto, o conceito de venda, o conceito de marketing e o conceito societal de marketing. Para Kotler (1996), o conceito de produto é uma orientação da administração que pressupõe que os consumidores responderão favoravelmente aos bons produtos cujos preços sejam razoáveis e que basta um pouco de esforço de marketing da empresa para se conseguir vendas e lucros satisfatórios. O conceito de venda é, segundo Kotler(1996), uma orientação que pressupõe que os consumidores normalmente não comprarão o suficiente dos produtos da empresa, a não ser que sejam abordados por um esforço substancial 24 de venda e promoção. Porém, Kotler(1996) alerta que há grandes riscos na prática do conceito de venda, onde a satisfação do cliente se torna algo secundário no desejo pela obtenção da venda. O conceito de marketing e dado como: Conceitua-se marketing como uma orientação da administração baseada no entendimento de que a tarefa primordial da organização é determinar as necessidades, desejos e valores de um mercado visado e adaptar a organização para promover as satisfações desejadas de forma mais efetiva e eficiente que seus concorrentes (KOTLER, 1996, p.42). Desta forma, preocupado com o relacionamento durável entre o cliente e a organização, Kotler(1996) nos revela a importância do conceito societal de marketing, que é uma orientação da administração que visa proporcionar a satisfação do cliente e o bem-estar do consumidor e do público a longo prazo, como a solução para satisfazer aos objetivos e às responsabilidades da organização. Para Kotler (1998), o conceito de marketing assume que a chave para atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes para integrar as atividades de marketing, satisfazendo, assim, as necessidades e desejos dos mercados-alvos. Segundo Las Casas (2006), a administração de marketing necessita controlar as atividades planejadas, onde há muitas mudanças no ambiente mercadológico, nos concorrentes, e em diversas outras variáveis, havendo desta forma a necessidade de ajustes para se obter determinados resultados. Se houver qualquer desvio de percurso ou mudanças que impeçam o alcance dos objetivos pela organização, a administração deve tomar medidas imediatas para se obter controle sobre as atividades de marketing, percebidas pelo seu composto. 2.3 Composto de Marketing Segundo Las Casas(1997), a literatura mercadológica clássica definiu em 1960, marketing como sendo “o desempenho das atividades comerciais que 25 dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou usuário”, ou seja, é um processo abrangente que envolve uma cadeia de suprimentos desde a origem das matérias-primas, passando pelo processamento até chegar ao ponto final desta cadeia, o cliente. Desta forma, observa-se que o marketing se preocupa com um composto de variáveis que abrange quatro itens, sendo eles, o produto, o preço, a distribuição e a promoção. Segundo Las Casas (1997), em qualquer trabalho de comercialização o administrador deverá realizar um planejamento das quatro variáveis. A maior ou menor ênfase em cada uma delas dependerá do objeto de comercialização. Para Kotler (1996), o composto de marketing é o conjunto de variáveis controláveis que a empresa pode utilizar para influenciar as respostas dos consumidores. McCarthy apud Kotler(1998), popularizou esse composto ao denominar-los “quatro P´s”, que significa produto, praça, promoção e preço. O quadro 3, a seguir, mostra o composto de marketing com suas subdivisões. Produto - Qualidade Características e opções - Estilo - Marca - Embalagem - Linha de Produtos - Garantias - Nível de assistência técnica - Outros serviços Preço - Nível - Descontos e reduções - Formas de Pagamento Quadro 3: Composto de marketing Fonte: Kotler (1996) Praça - Canais de Distribuição - Cobertura da distribuição - Pontos de vendas - Zonas de vendas - Níveis e locais dos estoques - Transportadoras Promoção - Propaganda - Venda pessoal - Promoção de vendas - Publicidade 26 Para Kotler(1996), Marketing significa trabalhar com mercados, os quais, por sua vez, significam a tentativa de realizar as trocas em potencial com o objetivo de satisfazer às necessidades e aos desejos humanos. As variáveis específicas de marketing sob cada P são mostradas por Kotler(1998), na figura 1, a seguir com maior clareza: Figura 1: Variáveis do composto de marketing Fonte: Kotler (1998) O composto de marketing é, segundo Kotler(1998), o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo. Nem todas as variáveis do composto de marketing podem ser ajustadas á curto prazo. Para Kotler (1998), tipicamente, a empresa pode mudar seu preço, tamanho da força de vendas e despesas de propaganda a curto prazo, porém pode desenvolver novos produtos e modificar seus canais de distribuição 27 apenas a longo prazo. Desta forma é comum a empresa fazer poucas mudanças em seu composto de marketing, embora seu tamanho sugira o contrário. Figura 2: Estratégia do composto de marketing Fonte: Kotler (1998) A figura 2 mostra, segundo Kotler(1998), a empresa preparando um composto de oferta de produtos, serviços e preços, utilizando um composto promocional de promoção de vendas, propaganda, força de vendas, relações públicas, mala direta e tele-marketing para atingir os canais de distribuição e os consumidores-alvos. 2.3.1 Produto O conceito de produto, para Kotler(1998), assume que os consumidores favorecerão aqueles produtos que ofereçam mais qualidade, desempenho, ou características inovadoras. Os gerentes das organizações orientadas para produto 28 focam sua energia em fazer produtos superiores, melhorando-os ao longo do tempo. Para Siqueira(1992), tanto as decisões estratégicas como as decisões operacionais, interferem diretamente sobre o produto. Segundo Las Casas (2006), produto é o objeto principal de comercialização, desenvolvido para satisfazer ao desejo ou à necessidade de determinado grupo de consumidores, e sua função principal é a de proporcionar benefícios. Las Casas (2006) classifica os produtos em dois tipos: de consumo e industrial. O produto de consumo é todo aquele dirigido ao consumidor final, enquanto os produtos industriais são aqueles dirigidos às organizações. 2.3.2 Preço Segundo Siqueira (1992), preço é o montante em dinheiro exigido para se conseguir em troca um tipo qualquer de produto e os serviços que o acompanham. Kotler(1998), afirma que a lógica do estabelecimento de preço deve ser modificada quando o produto faz parte de um composto. Neste caso, a empresa procura um conjunto de preços que maximiza o lucro do composto produto. A fixação de preço é difícil porque vários produtos têm demandas e custos interrelacionados e estão sujeitos a diferentes graus de concorrência. Segundo Las Casas (2006), o preço é o único elemento do composto de marketing que gera receita, ou seja, os demais são custos. 2.3.3 Promoção Para Kotler(1998), promoção são incentivos a curto prazo para encorajar a experimentação ou compra de um produto ou serviço. Segundo Siqueira(1992), a promoção pode ser feita por propaganda direta, indireta, relações públicas, promoção de vendas e telemarketing, descrevendo a relação dos instrumentos que estão à disposição do emitente. 29 Para Las Casas (2006), em princípio, qualquer esforço adicional, fora da propaganda e da venda pessoal, é considerado promoção de vendas e caracteriza-se por um incentivo de prazo limitado e complementar a outra forma de comunicação. A promoção, segundo Las Casas (2006) pode ocorrer em três níveis: a própria empresa, intermediários e clientes. As promoções que ocorrem na própria empresa são aquelas destinadas a motivar os funcionários, constituindo em comissões especiais, sorteios, brindes e treinamento. As promoções junto aos intermediários podem ser oferecer treinamentos, distribuir amostras e brindes, comissões especiais para vendas especiais em determinados períodos, administrar concursos, etc. As promoções juntos aos intermediários fazem parte da estratégia de empurrar (push) das empresas, visando receber maior atenção para as marcas comercializadas. A promoção de vendas ocorre intensamente junto ao consumidor, estimulando o mesmo a comprar mais em determinados períodos. 2.3.4 Canais de distribuição Os canais de Distribuição, ou canais de marketing, são conjuntos de organizações interdependentes envolvidos no processo de tornar um produto ou serviço disponível para uso ou consumo (Kotler, 1998). Para Kotler(1998), um canal de marketing desempenha o trabalho de movimentar bens de produtores até consumidores, preenchendo as lacunas de tempo, local e propriedade que separa os bens e serviços das pessoas que usariam. Cada intermediário que desempena algum trabalho para levar o produto e sua propriedade a consumidores finais constituí um nível de canal, como ilustra a figura 3, de Kotler(1998). 30 Figura 3: Canais de marketing Fonte: Kotler (1998) Os canais de distribuição, segundo Las Casas (2006) existem no marketing para facilitar o processo de transferência de produtos e serviços, desde o produtor até o consumidor. A definição de canais de distribuição e dada por Las Casas (2006, p. 307) como um conjunto de organizações que atuam de forma sistemática e se interrelacionam com o objetivo de exercer determinadas funções de marketing, como transferir posse e, principalmente, distribuir produtos e serviços do produtor ao consumidor. Para isso existem dois canais que são usados pela maioria das indústrias, são os denominados Varejo e Atacado, descritos a seguir. 31 2.4 Varejo Segundo Kotler(1998), o varejo inclui todas atividades na venda de bens e serviços diretamente aos consumidores finais para uso pessoal. Um varejo ou loja de varejo é qualquer empresa cujo volume de vendas decorre, principalmente, do fornecimento por unidade ou pequenos lotes. Para Las Casas(1997), os varejistas são os intermediários que vendem diretamente aos consumidores, onde alguns deles realizam vendas em lojas e outros realizam seus negócios por mala-direta ou máquinas de vender. O varejista é, por excelência, um prestador de serviços que, além da venda, seleciona mercadorias, toma providências quanto a crediário, embalagem, serviços de entrega, etc. Segundo Las Casas(1997), existem vários tipos e varejistas; os quais podemos destacar: • Varejistas Independentes: são aqueles que, embora possuam apenas um estabelecimento de pequenas proporções, constituem a maioria dos negócios de venda a varejo. • Varejistas em cadeia: são aqueles que possuem mais de um estabelecimento de venda. São os casos de grandes redes que possuem um escritório centralizado responsável pelas compras de todos os estabelecimentos. • Lojas de departamentos: estas lojas se caracterizam pela divisão de atividades varejistas com base em departamentos separados por categoria de produtos. • Supermercados: apareceram, no Brasil, na década de 50. Foram os responsáveis pelo desenvolvimento do auto-serviço, tornando possível a redução do número conseqüentemente, de pessoal diminuindo os envolvido no atendimento e, custos dos varejistas. Os 32 supermercados, por possuírem um volume de venda elevado, conseguem uma venda a menor preço. • Shopping centers: com o congestionamento das grandes cidades e o uso intenso de automóveis, os shoppings centers encontraram um espaço para crescimento no Brasil, a partir da década de 60. O que caracteriza um shopping center é a centralização da administração e a determinação planejada de várias lojas que farão parte do shopping. Entre elas existe uma ou mais lojas principais, de grande porte, cuja finalidade é gerar tráfego no local, denominadas loja-âncora. • Porta em porta: alguns fabricantes acreditam que certos produtos não são comprados, mas vendidos. Desta forma, os bons resultados só serão obtidos se esses produtos forem oferecidos aos compradores potenciais de porta em porta, como o caso de livros, enciclopédias, consórcios e outros produtos semelhantes. O Varejo é um canal que geralmente intermédia o relacionamento do Atacado com o consumidor final, visto que o Atacado está geralmente ligado ao fabricante, comprando e vendendo em grandes quantidades. 2.5 Atacado Para Kotler(1998) o atacado inclui todas as atividades envolvidas na venda de bens ou serviços para aqueles que compram para revenda ou uso industrial. Exclui os fabricantes e agropecuaristas, por estarem basicamente envolvidos na produção, e os varejistas. Um intermediário muito utilizado por indústrias para distribuir seus produtos no varejo é o atacadista. Las Casas(1997), define o atacadista como o tipo de intermediário que se caracteriza por não vender ao consumidor final. O que caracteriza a atividade dos atacadistas é o fato de comprarem grandes quantidades dos produtos com seus fabricantes e revende-los em quantidade 33 menores principalmente aos varejistas. Além disso, os atacadistas prestam outros serviços para o fabricante, como promoções especiais, treinamento a vendedores, financiamento, assistência, assessoria etc. Kotler(1998), afirma que os atacadistas vêm enfrentando crescentes pressões competitivas em anos recentes representadas por novos concorrentes, novas demandas dos consumidores, novas tecnologias e mais programas de compra direta por grandes compradores industriais, institucionais e varejistas. Como resultado tiveram que desenvolver respostas estratégicas rápidas e apropriadas, aumentando a produtividade do ativo por melhor administração do estoque e contas a receber. Melhoram também suas decisões estratégicas sobre mercados-alvos, sortimento de produtos e serviços, determinação de preços, promoção e localização. 2.6 Sistema de informação de marketing Para Schewe & Smith (1982), o reconhecimento de que o sucesso em marketing exige informação útil deu origem ao desenho e implantação que se chama sistema de informação de marketing. Para Kotler(1998), toda empresa deve organizar o fluxo de informações de marketing para seus administradores de marketing. As empresas estão estudando suas necessidades de informações e projetando sistemas de informações de marketing (SIM) para atendê-las. O SIM consiste em: Um SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MARKETING consiste de pessoas, equipamentos e procedimentos para coletar, selecionar, analisar, avaliar e distribuir informações de marketing que sejam necessárias, oportunas e precisas para os tomadores de decisões em marketing (KOTLER, 1998, p.111). Schewe & Smith (1982), afirmam que é necessário uma coleta plabejada, ordeira e contínua da informação certa, bem como sua análise e apresentação, para a tomada de decisões mercadológicas. O SIM pode ser mais bem compreendido a seguir, como ilustra a figura 4. 34 Figura 4: Sistema de informação de Marketing Fonte: Kotler(1998) O Sistema de Registros Internos, segundo Kotler(1998), são os relatórios sobre pedidos, vendas, preços, níveis de estoque, contas a receber, contas a pagar e assim por diante. Analisando essas informações, os administradores de marketing podem detectar oportunidades e problemas importantes. Kotler (1998, p.113) define o Sistema de Inteligência de Marketing como sendo um conjunto de procedimentos e fontes usado por administradores para obter informações diárias sobre os desenvolvimentos pertinentes no ambiente de marketing. Desta forma, segundo Kotler(1998), enquanto o sistema de registros fornece dados de resultados, o sistema de inteligência de marketing fornece dados que estão acontecendo. A Pesquisa de marketing, é definida por Kotler(1998), como o planejamento, coleta, análise e apresentação sistemática de dados e descobertas 35 relevantes sobre uma situação específica de marketing enfrentada por uma empresa. A análise de apoio às decisões pode ser definida como: SISTEMA DE APOIO À DECISÃO DE MARKETING é um conjunto coordenado de dados, sistemas, ferramentas e técnicas com software e hardware de apoio pelos quais uma organização reúne e interpreta informações relevantes da empresa e do ambiente, transformando-as em base para ação de marketing (KOTLER, 1998, p.127). Assim sendo, após a organização das informações necessárias para realizar ações mercadológicas, dá se inicio ao Plano de marketing. 2.7 Plano de marketing O planejamento, como uma das etapas do processo administrativo, é indispensável para que uma organização obtenha êxito em seus negócios. Planejar significa definir objetivos ou resultados a serem alcançados, e segundo Maximiano(2000), o processo de planejamento é a ferramenta que as pessoas e organizações usam para administrar suas relações com o futuro, ou seja, é uma aplicação específica do processo decisório. Essas decisões procuram de alguma forma influenciar o futuro, ou aquelas decisões que serão colocadas em prática no futuro, resultantes de um planejamento. O planejamento é uma atividade gerencial fundamental, independente da organização, que segundo Certo(2003), é o processo de determinar como a organização pode chegar onde deseja e o que irá fazer para executar seus objetivos. Para Oliveira (1991), o tipo de planejamento se define conforme o nível de decisão como ilustra a figura 5, abaixo: 36 Figura 5: Níveis de decisão e tipos de planejamento Fonte: Oliveira(1991) O planejamento estratégico é, segundo Oliveira(1991), um processo que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um nível de otimização na relação da empresa com o seu ambiente. As decisões táticas são tomadas, conforme afirma Oliveira (1991), com base no planejamento tático, que tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo, se trabalhando com os objetivos estabelecidos no planejamento estratégico. No nível tático que é realizado o plano de marketing. Os planejamentos operacionais, para Oliveira (1991), correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento tático, ou seja, são planos de ações ou planos operacionais colocados na prática. Segundo Hoffman (2002), a busca pela maneira como querem expandir ou sobreviver no mercado está vinculado ao interesse pela estratégia nas organizações. A estratégia deve ser realizada de maneira singular para que uma organização tenha uma vantagem diferenciada, que segundo Certo(2003), pode ser definida como um plano amplo e geral desenvolvido para atingir objetivos de longo prazo, abrangendo várias áreas organizacionais diferentes, como marketing, finanças, produção, pesquisa e desenvolvimento, e relações públicas, dando ampla direção à organização. 37 Uma estratégia só traz resultados para uma organização se for diferenciada, tornando-a competitiva e colocando-a numa posição de destaque no mercado em que atua. Robert(1998), afirma que a melhor posição competitiva é aquela em que não se tem concorrentes. Essa posição só se pode ser alcançada não fazendo o jogo de seus concorrentes, mas sim elaborando uma estratégia diferenciada para que mude as regras do jogo a seu favor. A teoria sobre estratégia por si só não traz resultados, pois o mais importante é pensar estrategicamente, ou seja, durante o processo de planejamento ter o raciocínio estratégico, que se entende como sendo: O tipo de raciocínio que procura determinar o que a empresa deve ser. Em outras palavras, a estratégia. O planejamento operacional, e mesmo o que ficou conhecido como planejamento estratégico, é o tipo de raciocínio que nos ajuda a escolher como chegar lá (ROBERT, 1998, p.35). Assim sendo entende-se que o raciocínio estratégico é a estrutura para os planos estratégico e operacional. Outro ponto fundamental na estratégia de uma organização é que cada gerente negocie as metas e medidas de seu departamento com os demais gerentes de outros departamentos e de outros níveis, havendo um comprometimento cada vez maior do gerente com o alcance da estratégia e um envolvimento de todos os setores nesse cumprimento da estratégia. Segundo Thompson Jr. & Strickland (2000), se as medidas de desempenho forem adequadas para a estratégia e se todos os membros da organização, dos altos executivos aos empregados do chão de fábrica, entrarem nos processos de melhoria contínua, então o clima de trabalho será propício à execução proficiente da estratégia e ao bom desempenho dos resultados do negócio. Os objetivos organizacionais devem ser alinhados a sua estratégia, que segundo Certo(2003), são os alvos em relação aos quais o sistema gerencial é direcionado, refletindo a finalidade da organização, ou seja, fluem naturalmente da missão da organização. Se uma organização atinge seus objetivos, ela está atingindo sua finalidade e, assim, justificando a razão de sua existência. 38 Planejar é definir os objetivos e a forma de realizá-los, e por assim ser, objetivos podem ser definidos como: Objetivos são os resultados finais em direção aos quais a atividade é orientada. São os fins que uma pessoa ou organização procura realizar, por meio de suas atividades, operações e aplicação de recursos. Os objetivos representam a parte mais importante de um plano (MAXIMIANO, 2000, p.184). Lodi(1977), afirma que, um objetivo é um enunciado escrito sobre resultados a serem alcançados num período determinado. O objetivo deve ser quantificado, relevante e compatível. O objetivo pode ser: uma declaração escrita, um enunciado, uma frase ou um conjunto de números. Quando possível, números. A quase totalidade dos objetivos é quantificada. Os objetivos são números que orientam o desempenho das pessoas para um resultado mensurável, importante e compatível com os demais resultados. Para tanto os resultados dependem de um processo de planejamento consistente e bem estruturado, como ilustra a figura 6. Figura 6: Processo de Planejamento Fonte: Kotler (1998) Com base no processo de planejamento definido por Kotler(1998), será realizado o plano de marketing para a empresa Vale Brilhante Indústria e Comércio, por este se justificar mais apropriado ao desenvolvimento dos objetivos propostos inicialmente nesta pesquisa. 39 2.7.1 Missão Para Kotler(1998), cada unidade de negócio precisa definir sua missão específica dentro da missão mais ampla da empresa. Cada missão é moldada por cinco elementos básicos dentro da organização, a história da organização, as preferências atuais do proprietário e dos administradores, o ambiente de mercado, os recursos da empresa e as competências distintas. Tendo em vista estes aspectos, uma boa missão, bem sucedida proporcionará aos funcionários um senso único de propósitos, direção e oportunidades. (KOTLER, 1998) Ao descrever a missão pode-se dizer que: A missão da empresa consiste na sua razão de ser e determina a sua identidade. Apesar da sua definição ser um elemento essencial para a gestão de qualquer organização, é comum o gestor não conseguir definir com clareza sua missão por confundi-la com o próprio produto/serviço oferecido. Uma missão bem definida prepara a empresa para o futuro, pois estabelece uma visão comum entre os membros quanto ao rumo da empresa e transmite a identidade e a finalidade da empresa para o seus diferentes stakeholders (ANDION e FAVA, 2002, p.33). Para Mcdonald (2004, p. 33), um plano de estratégico de marketing deve começar com uma declaração de missão ou de propósito. Esse talvez seja o aspecto do plano de marketing mais difícil para os administradores dominarem, porque é, em grande parte, de natureza filosófica e qualitativa. 40 2.7.2 Macroambiente Segundo Kotler(1998), as empresas e seus fornecedores, intermediários de marketing, consumidores, concorrentes e públicos operam em um macroambiente mais amplo de forças e tendências que molda oportunidades e apresenta ameaças. Essas Forças representam fatores “não controláveis”, que a empresa deve monitorar e responder. Para Kotler(1998), essas forças são exercidas pelos ambientes, demográfico, ambiente econômico, ambiente natural, ambiente político e legal, e por fim, ambiente sociocultural. Segundo Sandhusen (2003), as características do ambiente demográfico são definidas pela população, idade, sexo, tamanho familiar, ciclo de vida familiar, renda, ocupação, educação, religião, etnia e nacionalidade. Já no Ambiente econômico, os ciclos empresariais, a inflação, o desemprego, os padrões de distribuição de renda, são fatores que influenciam sobre as organizações. As classes sociais, a cultura e a categoria de valores compõem o ambiente sociocultural. Para Sandhusen (2003), as forças sócias e culturais produzem as forças políticas, ou seja, o ambiente político-legal, que tende a mudar lentamente e fornecerem informações úteis para a organização. Desta forma, o ambiente político legal é composto pela legislação governamental e a política estabelecida pelos órgãos controladores governamentais, sendo esses, as políticas monetárias e fiscais gerais, legislação social e órgãos controladores, de direitos civis , leis de proteção ambientais, e relações governamentais. Com relação ao ambiente tecnológico, Sandhusen (2003), aborda que nas economias modernas, uma forte base tecnológica, alimentada pelos dispêndios públicos e privados em pesquisa e desenvolvimento, sustenta a força competitiva e sólida taxa de crescimento. A tecnologia influi em todos os aspectos uma organização, que ao acompanhar seus avanços, torna-se apta a inovação e se torna mais preparada para competir. 41 2.7.2.1 Análise do ambiente externo Depois de formulada a missão do negócio, a tarefa a ser realizada pelo gerente do negócio é tomar conhecimento das partes do ambiente que precisa monitorar para que possa atingir suas metas, ou seja, segundo Kotler (1998) é necessário se monitorar as forças macroambientais e os atores microambientais que influenciam e afetam sua habilidade de obter lucro. Segundo Oliveira (1996), a análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidade e ameaças, bem como a sua atual posição produto-mercado e, prospectiva, quanto à sua posição produto-mercado desejada no futuro. Na análise do ambiente externo, Kotler (1998) afirma ser necessário se estabelecer um sistema de inteligência de marketing para rastrear tendências e desenvolvimentos importantes, associadas a cada ameaça e oportunidade. Las Casas (2006) cita a importância dos administradores de marketing estarem sempre atentos às variáveis ambientais, principalmente externas, pois é sobre elas que não temos controle e elas são capazes de afetar profundamente os negócios da organização. A análise ambiental tem como um de seus principais propósitos detectarem a novas oportunidades de marketing. Para Kotler(1998) a oportunidade de marketing é uma área de necessidade do comprador em que a empresa pode atuar rentavelmente. Para que se tenha direção clara a respeito das oportunidades é necessária a sua classificação conforme a seguir: As oportunidades podem ser classificadas de acordo com a atratividade e a probabilidade de sucesso. A probabilidade de sucesso da empresa não depende apenas da força de seu negócio, das exigências básicas para ser bem-sucedida em um mercado-alvo, mas também de suas competências para superar seus concorrentes (KOTLER, 1998, p.87). 42 Assim sendo, a empresa que terá o melhor desempenho será aquela que pode gerar o maior valor para o consumidor e sustentá-lo ao longo do tempo. As ameaças são representadas por alguns desenvolvimentos do ambiente externo, sendo definida como: A ameaça ambiental é um desafio decorrente de uma tendência ou desenvolvimento desfavorável que levaria, na ausência de ação defensiva de marketing, a deterioração das vendas ou lucro. As ameaças devem ser classificadas conforme seu grau de relevância e probabilidade de ocorrência (KOTLER, 1998, p.87). Após se diagnosticar as principais ameaças e oportunidades enfrentadas por uma unidade de negócio, é possível segundo Kotler(1998) se obter quatro resultados, através de uma matriz de oportunidades e ameaças: • Um negócio ideal: aquele que é alto em termos de oportunidades e baixo em ameaças; • Um negócio especulativo: é alto tanto em termos de oportunidades como de ameaças; • Um negócio maduro: é baixo em termos de oportunidade e baixo em ameaças; • Um negócio arriscado: é baixo em ternos de oportunidade e alto em ameaças. 43 2.7.3 Microambiente Segundo Sandhusen (2003), forças dinâmicas e inter-relacionadas apresentam ameaças e oportunidades, devendo ser consideradas ao se realizar um planejamento e gestão de uma empresa. Essas forças que atuam nestes ambientes influenciam nos seguintes aspectos: No nível macro-ambiental, essas forças incluem influências demográficas, econômicas, socioculturais, político-legais, competitivas e tecnológicas; no nível micro-ambiental, incluem a missão da empresa, os objetivos, os fornecedores, os clientes, intermediários de marketing e os diversos públicos (SANDHUSEN, 2003, p.69). Fatores micro-ambientais e macro-ambientais, segundo Kotler (1998) influenciam diretamente a estratégia da empresa, como ilustra a figura 7, exercendo forças que moldam a estratégia de marketing da empresa. O ambiente competitivo é composto por quatro dimensões: o monopólio, o oligopólio, a concorrência pura e a concorrência monopolista. As forças micro-ambientais, de acordo com Sandhusen (2003), incluem a própria empresa (ambiente interno), os clientes, fornecedores, intermediários de comercialização e o público ou população envolvida com o negócio. Essas forças devem ser compreendidas de forma que ao serem influenciadas pelas macroambientais possam ser combinadas para cumprir as metas estratégicas da organização. 44 Figura 7: Fatores que influenciam a estratégia Fonte: Kotler (1998) Para que a organização esteja pronta a responder as ameaças e oportunidades dos ambientes, é preciso maximizar suas forças e reduzir suas fraquezas, sendo necessário um estudo e análise da influência que cada um exerce sob a empresa. 45 2.7.3.1 Análise do ambiente interno Na análise do ambiente interno, saber discernir a oportunidades do ambiente é uma tarefa que de nada adianta se não haver competências necessárias para o aproveitamento das mesmas, assim sendo, é necessária a avaliação periódica das forças e fraquezas de cada unidade de negócio. Para isso, segundo Kotler(1998) a administração – ou uma consutoria externa – avalia as competências de marketing, financeira, de produção e organizacional do negócio e classifica cada fator em termos de forças e de fraqueza, não sendo necessário corrigir todas as fraquezas do negócio nem destacar suas forças. A principal questão é se o negócio deve ficar limitado a essas oportunidades em que possui as forças exigidas ou se deve adquirir forças para explorar outras oportunidades melhores. Segundo Las Casas (2006), as empresas, para conseguirem avaliar os pontos fortes e fracos, devem estar constantemente avaliando os mercados, movimentos dos concorrentes e procurando desenvolver o seu diferencial competitivo. A Análise do ambiente interno, segundo Oliveira (1996), tem por finalidade colocar em evidência as deficiências e qualidades da empresa que está sendo analisada, ou seja, seus pontos fortes e fracos, tomando como perspectiva para comparação as outras empresas do seu setor de atuação, sejam elas concorrentes diretas ou apenas potenciais concorrentes. Para Kotler(1998), outro fator importante é o trabalho em equipe ser realmente levado a sério, pois às vezes, um negócio vai mal não porque faltam a seus departamentos as forças necessárias, mas porque não atuam como equipe. Desta forma, é muito importante avaliar os relacionamentos interdepartamentais como parte da auditoria ambiental interna. De acordo com Mcdonald (2004), como o marketing é uma função complexa, parece ilógico não realizar uma análise bastante complexa da situação, no mínimo uma vez por ano, no início do ciclo de planejamento, gerando assim maiores condições de executar ações no ambiente interno mais eficazmente. 46 2.7.4 Análise SWOT Para Chiavenato (2004), a análise do ambiente interno e ambiente externo, sendo aplicados ás ferramentas de formulação estratégica, tais como análise SWOT e modelo de Porter, suas informações são úteis para que a organização determine a postura estratégica que será adotada. Segundo Oliveira (1991), tendo em vista as prioridades da organização, levando em consideração as informações já coletadas, nas análises internas e externas, são apresentadas quatro posturas para que as decisões da empresa possam ser coerentes e eficientes, com o objetivo de direcionar e orientar na melhor estratégia organizacional. Para Ansoff e McDonnell (1993), a aplicação da análise SWOT tem se tornado comum na atualidade, já que esta identifica as ameaças e as oportunidades existentes e confrontando estas com os pontos fortes e fracos tradicionais da empresa. Com os resultados alcançados, a organização pode traçar estratégias e tomar decisões quanto às oportunidades a serem aproveitadas, também concertando os pontos fracos e revendo as ameaças que serão enfrentadas. Segundo Baxter (2000), a análise SWOT tem por finalidade ser uma base para que a organização elabore um plano estratégico, com o objetivo de aproveitar as oportunidades existentes, tendo em vista as suas forças e trabalhando em cima de suas fraquezas, estando sempre atenta as possíveis ameaças. A figura 8, a seguir, ilustra a matriz SWOT. 47 Figura 8: Matriz SWOT Fonte: Adaptado de Baxter (2000) Com a aplicação dessa matriz a organização consegue definir sua posição estratégica, podendo através dela controlar os pontos fortes e fracos, e avaliar as oportunidades e ameaças para a organização (ANSOFF e MCDONNELL, 1993). Para que haja uma direção clara com relação às estratégias a serem adotadas, Oliveira (1996) sugere que a empresa defina uma postura estratégica, ou seja, se basear em sua missão para delinear suas ações. A postura estratégica, segundo Oliveira (1996), objetiva orientar o estabelecimento de todas as estratégias necessárias para a empresa, principalmente a médio e longo prazo, a partindo de sua missão. A postura estratégica se limita em três aspectos: • A missão da empresa; • A relação entre as oportunidades e ameaças que a empresa enfrenta; • A relação entre os pontos fortes e fracos que ela possui para fazer frente às oportunidades e ameaças do ambiente, levando em consideração os recursos disponíveis da empresa para posicionar-se. 48 Deste modo, para a empresa fazer frente à situação apresentada, pode escolher uma das posturas estratégicas: • A sobrevivência; • A manutenção; • O crescimento e; • O desenvolvimento. A figura 9, a seguir, ilustra o estabelecimento da postura estratégica. Figura 9: Posturas estratégicas Fonte: Adaptado de Oliveira(1996) Na realidade, segundo Oliveira (1996), a escolha da postura estratégica pode ser uma combinação dessas posturas, efetivando-se de acordo com as necessidades da empresa. 49 2.7.5 Formulação de metas A formulação de metas deve ser feita após a empresa ter definido sua missão e examinado seus ambientes externo e interno, especificando-as para o período de planejamento. Segundo Kotler(1998), esse estágio do planejamento estratégico do negócio é denominado formulação de metas. Os Administradores usam o termo metas para descrever os objetivos específicos referentes à magnitude e tempo, ou seja, quantificar e determinar um prazo para o mesmo. Transformar objetivos em metas mensuráveis facilita o planejamento, a implementação e o controle. Para Oliveira (1996), a formulação de metas pode ser fixada tanto de cima para baixo, ou seja, pelos dirigentes da empresa, onde os demais funcionários da empresa encontram-se numa situação passiva, como de baixo para cima, quando os funcionários da empresa têm atuação ativa. Naturalmente pode-se atuar nos dois fluxos simultaneamente quando se der o estabelecimento das metas, o que pode resultar numa situação adequada para empresa, inclusive quanto aos aspectos motivacionais e da participação com responsabilidade. Para Las Casas (2006), as metas são etapas para se atingir os objetivos, podendo ser metas mensais, semanais, ou de outro período qualquer que devem ser identificados. Kotler (1998) aborda que a maioria das unidades de negócios procura um composto de objetivos, incluindo rentabilidade, crescimento de vendas, maior participação de mercado, minimização de riscos, inovação, reputação e assim por diante. Ao estabelecer seus objetivos o passo seguinte é administrá-los atendendo quatro critérios, de acordo com Kotler (1998): • Primeiro, os objetivos devem ser hierarquizados, do mais importante ao menos importante. Depois devem ser transformados em objetivos específicos de departamentos e de indivíduos. • Segundo, os objetivos devem, sempre que possível, ser quantitativamente declarados. 50 • Terceiro, as metas devem ser realistas. Devem partir de uma análise do ambiente e não daquilo que seria desejável. • Finalmente, os objetivos da empresa devem ser consistentes. Não é possível a maximização simultânea das vendas e dos lucros. 2.7.6 Formulação da estratégia A finalidade da estratégia é segundo Oliveira (1996), estabelecer quais serão os caminhos, os cursos, os programas de ação que devem ser seguidos para serem alcançados os objetivos e metas estabelecidas. As estratégias irão indicar como atingir as metas. Para Kotler (1998), cada negócio deve estabelecer sua própria estratégia para atingir suas metas. Segundo Porter(1980) apud Kotler(1998) essas estratégias podem ser resumidas em três tipos genéricos: • Liderança total em custos: a empresa concentra seus esforços em reduzir ao máximo seus custos de produção e distribuição, reduzindo seus preços em relação aos concorrentes, podendo, assim, aumentar sua participação de mercado. As empresas que adotarem essa estratégia devem ser fortes em engenharia, compras, produção e distribuição sem necessariamente terem tanta experiência em marketing. Seu desafio está em manter seus custos inferiores aos concorrentes e partir para uma estratégia de diferenciação ou foco. • Diferenciação: a empresa concentra esforços para obter desempenho superior em uma importante área de benefício para o consumidor, valorizada por grande parte do mercado. É importante saber que não pode ser líder em todas as áreas. 51 • Foco: a empresa busca atingir um ou mais segmentos de mercado menores, ao invés de ir atrás de maiores e não supri-los. Com o foco no mercado menor, a empresa deve conhecer as necessidades desses segmentos e obter liderança em custos ou encontrar uma forma de diferenciação dentro deste segmento-alvo. O conceito básico de estratégia, segundo Oliveira (1996) está relacionado à ligação da empresa e seu ambiente, podendo então as empresas explorarem as parcerias com outras empresas envolvidas em seu ambiente de negócio. Outro caminho a se optar são as alianças estratégicas, que segundo Kotler (1998) muitas tomam a forma de aliança de marketing, classificadas em quatro importantes categorias: • Aliança de produto e/ou serviço: ocorre quando uma empresa licencia outras para fabricar seu produto ou duas empresas em conjunto vendem seus produtos complementares ou um novo produto. • Alianças promocionais: uma empresa concorda em promover um produto ou serviço de outra. • Alianças logísticas: uma empresa oferece serviços de apoio logístico ao produto de outra. • Parcerias de preços: uma ou mais empresas adota um acordo de preço. Para Kotler (1998) as empresas precisam ser criativas para encontrarem formas de complementarem suas forças e compensar suas fraquezas, assim obtendo maior impacto vendas e redução de custos. 52 2.7.7 Implementação Antes da implementação, a formulação de um programa é muito importante para que haja o acompanhamento das estratégias. Kotler (1998) afirma que após o desenvolvimento das principais estratégias da unidade de negócio, devem-se adotar programas de apoio detalhados. Esses programas, após serem formulados, devem ser estudados com relação aos seus custos pelo pessoal de marketing. Uma estratégia clara e um programa de apoio bem delineado podem ser inúteis se a empresa falhar em sua implementação cuidadosa, é o que afirma Kotler (1998). A estratégia é apenas um entre os sete elementos necessários para o sucesso empresarial. Segundo Peters e Waterman(1982) apud Kotler(1998), a estratégia, a estrutura e sistemas são considerados o “hardware” do sucesso. O estilo, pessoal, habilidades e valores compartilhados são os “softwares”. O estilo significa que os funcionários da empresa compartilham uma forma comum de pensamento e comportamento. O pessoal significa que a empresa contrata profissionais capacitados, bem treinados e que desempenhem bem suas tarefas. As habilidades significam que os funcionários são treinados para seguirem as estratégias da empresa. E os valores compartilhados significam que os funcionários dividem os melhores valores e missões. Quando esses elementos estão presentes, as empresas são em sua maioria mais bem sucedidas na implementação da estratégia. Para Las Casas (2006), ao implementar a estratégia e o plano, deve-se cuidar para que tudo aquilo que foi planejado seja realmente executado. O administrador de marketing tem como uma das funções principais a necessidade se seguir os passos recomendados plano de ação e cuidar para que tudo seja devidamente implantado. Qualquer distorção do plano deve ser corrigida, como também qualquer alteração nas variáveis de marketing, tanto incontroláveis como controláveis. Oliveira (1996) complementa dizendo que o executivo deve estar muito atento à implantação para evitar problemas quanto aos resultados apresentados. 53 2.7.8 Feedback e controle Conforme a empresa implementa sua estratégia é necessário rastrear os resultados e monitorar os novos desenvolvimentos nos ambientes interno e externo. Kotler (1998) destaca que alguns ambientes mantêm-se estáveis de um ano para outro, já outros ambientes desenvolvem-se lentamente, de maneira previsível, e ainda outros mudam rapidamente de maneira imprevisível. Deste jeito a empresa pode esperar com certeza por uma coisa: o ambiente certamente mudará e, quando isso ocorrer, será necessário rever sua implementação, programas, estratégias ou até objetivos, nos mostrando que o processo de planejamento é um ciclo constante e deve ser verificado continuamente. O Balanced Scorecard é, segundo Kaplan e Norton(1997), uma ferramenta completa que traduz a visão e a estratégia da empresa num conjunto coerente de medidas de desempenho. Por isso, as empresas adotam declarações de missão para transmitir valores e crenças fundamentais a todos os funcionários. A missão direciona a empresa em suas estratégias, identifica os mercados-alvo e produtos essenciais. Para Kaplan e Norton(1997), o BSC converte a missão e estratégias em objetivos e medidas, partindo de uma visão balanceada e integrada da organização, permite descrever a estratégia de forma muito clara, organizados através de quatro perspectivas diferentes: Financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento, sendo que estas perspectivas são interligadas e interdependentes, como ilustra a figura 10, a seguir: 54 Perspectivas do Balanced Scorecard Figura 10: BSC Fonte: Adaptado de Kaplan e Norton (1997). O scorecard através de sua estrutura gera uma linguagem para comunicar a missão e estratégia, onde através de indicadores informa aos funcionários os vetores do sucesso atual e futuro, sendo então uma excelente ferramenta de ação que irá gerar o feedback e controle. Com o estudo e a aplicação adequada das ferramentas e dos fundamentos abordados neste trabalho, foi possível se realizar com sucesso o plano de marketing na empresa Vale Brilhante Indústria e Comércio, como será visto no próximo capítulo, durante o desenvolvimento da pesquisa de campo. 55 3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO Neste capítulo será abordada a caracterização da empresa, assim como os resultados obtidos com a pesquisa de campo realizada na empresa Vale Brilhante Indústria e Comércio, e a proposição de planos conforme o objetivo central deste trabalho. As informações aqui contidas a respeito da organização foram coletadas de fonte secundária, do banco de dados da empresa. 3.1 Caracterização da organização A empresa Solange Maria Albano Curvello M.E , denominada Vale Brilhante Indústria e Comércio, situa-se na rua Lico Amaral, número 443, no bairro Dom Bosco, município de Itajaí, no Estado de Santa Catarina. A indústria produz produtos químicos destinados à lavagem de roupas, limpeza doméstica e institucional. 3.1.1 Ramo de atividade O ramo de atividade da Vale Brilhante é a fabricação e comercialização de produtos químicos saneantes e domossanitários, destinados à lavagem de roupas, limpeza doméstica e institucional. A Vale Brilhante possui duas marcas de produtos registradas atualmente, sendo elas a marca “YOO” e “BLESS”, as quais se subdividem e diferentes linhas de produtos que levam a mesma marca. Além de suas marcas registradas a empresa também fabrica produtos para terceirização de marcas próprias para outras empresas que tenham interesse de lançar produtos no setor. 56 3.1.2 Histórico da empresa A empresa Vale Brilhante Indústria e Comércio foi fundada por Humberto Curvello em 15 de Janeiro de 2004, na Rua Lico Amaral, número 443, no bairro Dom Bosco, município de Itajaí, Estado de Santa Catarina. O fundador Humberto Curvello possui uma vasta experiência profissional na área de indústrias químicas, sendo um total de 23 anos de atuação no mercado, nas melhores empresas de detergentes e correlatos. Iniciou sua carreira de sucesso quando trabalhou por 18 anos na Unilever do Brasil, empresa que lhe proporcionou adquirir e aprofundar seus conhecimentos sobre novos processos de fabricação, na criação de novas fórmulas e novos produtos. Passou também, em grandes empresas como a Indústria Química Amparo, localizada na cidade de Salto no estado de São Paulo e na Quimivale Industrial, situada em Itajaí, Santa Catarina, empresa que recentemente foi comprada pela Assolan. Nestas duas últimas empresas em que atuou, Química Amparo e Quimivale, foi o responsável pela planta e pelo projeto de construção de todo o processo que envolve a fabricação, bem como da formulação de produtos. Por suas mãos passaram o processo de fabricação de produtos como os detergentes em pó da Unilever Brilhante e Minerva 3 e Tixan Ypê da Ypê ( Química Amparo), que hoje são muito conhecidos no mercado brasileiro e se destacam em termos de consumo. Atualmente Humberto Curvello divide seu tempo na prestação de serviços na área de consultoria por todo o Brasil, principalmente na etapa que envolve a construção ou a reformulação de todo o processo químico que envolve a fabricação de detergentes e correlatos, e a construção de sua própria marca. Nesta área de atuação, sua experiência é vital para o crescimento de sua empresa química, que é legalmente representada por sua esposa a Senhora Solange Maria Albano Curvello e dirigida por seus três filhos que atuam em áreas diferenciadas, sendo eles: Humberto Curvello Junior gerente de produção, Anderson Curvello gerente administrativo e Robson Curvello gerente Financeiro. 57 Embora o proprietário seja conhecido pelas empresas do setor, o que proporciona facilidades nas negociações com grandes fornecedores desta área, a falta de dinheiro para capital de giro e investimentos em novas tecnologias dificultam a produtividade. Mas, mesmo assim, a empresa nos últimos três anos apresentou um crescimento nas vendas de quase 300%. No início toda a produção era destinada a vendas para empresas de todo o país que possuem suas marcas próprias, para lavanderias e hotéis da região. Hoje a empresa possui como meta atingir também o consumidor final. Atualmente a empresa possui duas marcas patenteadas, criadas em 2005: “YOO” e “BLESS”. Estas marcas de lava roupas são comercializadas nos formatos de caixa de 1kg e saches de 5kg e vendidos no mercado da região para lavanderias e mercados de pequeno porte para testar o produto junto ao consumidor. A idéia da administração é atingir o consumidor final, porém, foi recentemente que a Vale Brilhante conseguiu licença para comercialização, da marca “YOO”, já a marca “BLESS” possui apenas a autorização de fabricação, o que permite apenas que outras empresas comprem o produto e ofereça com suas marcas próprias, enquanto a Vale Brilhante aguarda a liberação da licença que está para ser publicada no diário oficial da ANVISA. A empresa, inicialmente, produzia apenas o detergente em pó, popularmente conhecido como sabão em pó para lavar roupas, porém com um investimento em pesquisa e desenvolvimento, foi possível desenvolver a formulação do primeiro produto multiuso em pó 100% nacional, que possui como utilidade e aplicação a remoção de manchas difíceis e a maximização do poder de limpeza do detergente em pó, quando adicionado no processo de lavagem. O sucesso do multiuso foi tão grande, que atualmente o produto é responsável por, cerca de, 95% do faturamento da empresa. A seguir algumas fotos da empresa, onde a figura 11 mostra o parque fabril da empresa com suas instalações produtivas, as fotos representadas pelas figuras 12 e 13 mostram as instalações do laboratório da empresa, que apesar de simples é completo para realização de todo tipo de análise necessária para garantir a qualidade dos produtos: 58 Figura 11: Foto do parque fabril da Vale Brilhante. Fonte: Cedida pela empresa (2007) O parque fabril da empresa possui aproximadamente 300 m2, com uma instalação que inclui o maquinário apropriado para atender a demanda atual, porém com sua expansão será necessário investimento em um espaço maior e novos maquinários para ampliar a sua capacidade produtiva. Figura 12: Foto do Laboratório A. Fonte: Cedida pela empresa (2007) 59 Figura 13: Foto do Laboratório B. Fonte: Cedida pela empresa (2007) As figuras 12 e 13 representam o centro de controle de qualidade da empresa, ou seja, o laboratório, onde são realizadas todas as análises de qualidade dos produtos, seguindo rigorosos procedimentos técnicos e padronizados. No laboratório também são realizados os testes das pesquisas e desenvolvimentos das novas tecnologias. 3.1.3 Estrutura organizacional A Vale Brilhante, possui sua estrutura administrativa composta por membros da família, e atualmente se definiram os setores e funções específicas a cada membro, tarefa essa que resultou em grande melhoria na realização das funções e resultados obtidos. Através de reuniões periódicas são traçados os objetivos e metas da empresa, e verifica-se a necessidade de melhorias. A estrutura se define a seguir: 60 Organograma da empresa Figura 14: Organograma da empresa Fonte: Banco de dados da empresa (2007). Apesar do quadro enxuto de funcionários, o organograma organizado de forma funcional facilitou a divisão de responsabilidades na empresa, resultando em uma equipe dinâmica e produtiva. 3.1.4 Sistema de Informação de Marketing da empresa Com base na estrutura organizacional, a figura 15, a seguir define através dos registros internos como são feitos os acessos aos dados e informações, bem como também os respectivos departamentos autorizados a acessar-los: 61 Figura 15: Acessos aos Registros Internos Fonte: Banco de dados da empresa (2007). Conforme os registros internos apresentados anteriormente, a percepção do ambiente tarefa e seu relacionamento a nível organizacional ficará mais fácil de ser compreendido, visto que desta forma pode-se visualizar, conforme figura 13, com maior clareza a responsabilidade e o fluxo de informação de cada setor da empresa. A figura 16, a seguir ilustra o microambiente da empresa de maneira organizada. 62 MICROAMBIENTE DA VALE BRILHANTE Figura 16: Microambiente da empresa Fonte: Banco de dados da empresa (2007). Ao se verificar o microambiente e os registros internos da organização, a compreensão da inteligência de marketing se justifica de maneira mais objetiva, onde se podem notar através do macroambiente as influencias externas e os setores responsáveis pelo seu monitoramento, assim como também no microambiente, conforme segue a quadro 4 abaixo: 63 INTELIGÊNCIA DE MARKETING Quadro 4: Inteligência de marketing Fonte: Banco de dados da empresa (2007). Com a visualização e definição das responsabilidades de cada setor em monitorar os ambientes que envolvem a empresa, ilustrados no quadro 4, a empresa poderá planejar de maneira mais efetiva suas ações estratégicas. 64 3.1.5 Missão da empresa A missão da empresa é: “Tornar a vida das pessoas que consomem nossos produtos mais agradáveis, gerando bem estar e satisfação através da limpeza, atendendo assim as necessidades de nossos clientes, valorizando nossos colaboradores e fortalecendo os laços de relacionamento com os nossos parceiros de negócios”. 3.1.6 Visão da empresa A visão da empresa é: “Ter sua linha de produtos reconhecida como sinônimo de qualidade e satisfação, sendo referência e preferência pelos consumidores em todo território nacional, liderando em nosso mercado de atuação”. 3.1.7 Valores da empresa A empresa possui como Valores os seguintes aspectos: 1. Honrar a legislação do País, cumprindo todas as obrigações fiscais, tributárias e trabalhistas; 2. Honrar todos os compromissos financeiros com fornecedores dentro dos prazos estipulados; 3. Estabelecer e fortalecer os vínculos e relacionamentos com os fornecedores, clientes e colaboradores à longo prazo, visando o crescimento global sustentado desta parceria estabelecida; 4. Trabalhar sempre dispostos a ampliar novos horizontes, abertos a novas parcerias; 65 5. Buscar o crescimento sustentado e harmonioso junto com a comunidade através de um relacionamento comprometido, com responsabilidade social e respeitando o meio ambiente; 6. Manter políticas internas que visam o respeito nos relacionamentos, respeitando a hierarquia e valorizando o trabalho em equipe; 7. Incentivar a cultura organizacional, valorizando os relacionamentos entre os colaboradores e a gerencia. 3.1.8 Produtos da empresa Os produtos da Vale Brilhante são ofertados no mercado de duas formas: com sua marca YOO e BLESS, ou para ser envasado por empresas que possuem marcas próprias, ou seja, terceirização de marcas. Atualmente os produtos são vendidos apenas com a marca YOO, para lavanderias e empresas institucionais, pois a marca BLESS está sendo notificada junto à ANVISA para poder ser comercializada junto ao consumidor final, onde a autorização atual se limita à fabricação e distribuição. Seus produtos são vendidos em sachet de 5 kg com a logomarca do produto. No momento a empresa está apenas terceirizando marcas, atendendo o mercado institucional, lavanderias e alguns atacadistas. Assim, o quadro 5, a seguir, demonstra todos os produtos da Vale Brilhante e a situação em que cada um se encontra. Produtos da empresa PRODUTO SITUAÇÃO ATUAL Detergente em pó – Lava roupas Atualmente vendido para lavanderias e empresas institucionais Tira manchas – Multiuso em pó Vendido atualmente para empresas com marcas terceirizadas Tira manchas – Multiuso Líquido Disponível no catálogo de produtos. Saponáceo Disponível no catálogo para vendas. Saponáceo com oxigênio ativo Disponível no catálogo para vendas. 66 Percarbonato de sódio aditivado. Vendido como matéria-prima para algumas empresas Amaciante de Roupas. Já formulado, em fase de testes. Detergente líquido Disponível no catálogo para vendas. Quadro 5: Produtos da empresa Fonte: Elaborado pelo acadêmico. A tabela acima representa toda a atual linha de produtos disponível para venda pela empresa, que por não possuir atualmente recursos necessários para o lançamento de suas marcas no mercado, os dispõem para a terceirização. Apesar da empresa ainda não possuir suas marcas no mercado, para o consumidor final, já foram elaboradas as embalagens de seus principais produtos á serem lançados futuramente no mercado, como exemplificam as figuras 17, 18 e 19 abaixo. Tira manchas Multiuso YOO OXY2 Figura 17 : Multiuso YOO OXY2. Fonte: Cedido pela empresa. O multiuso YOO OXY2, deverá ser um dos primeiros produtos comercializados pela Vale Brilhante diretamente ao consumidor final, aonde a linha YOO já vem sendo notificada e autorizada pela ANVISA para sua comercialização. O lançamento oficial dos produtos da linha YOO ainda está sendo planejado. 67 Folder do lava roupas BLESS Figura 18: Folder do Lava roupas BLESS Fonte: Cedido pela empresa As figuras 18 e 19 são referentes aos lava roupas BLESS e YOO nas versões em Sachet e Caixa de 1 kg. Folder do lava roupas YOO Figura 19: Folder do Lava roupas YOO Fonte: Cedido pela empresa 68 3.1.9 Marcas próprias – Terceirização de Produtos Os produtos da Vale Brilhante destinados a empresas que possuem marcas próprias são comercializados por meio de empresas que intermedeiam o processo. Esses produtos são vendidos em sacos plásticos de 20 kg sem a logomarca do produto, apenas com a especificação técnica. Portanto, clientes como as empresas, Total Química, Sabão Imperial, UFE e Leve Brisa, terceirizam as marcas de redes como Pão de Açúcar, Carrefour, Rede Dia % Supermercados, entre outras. O quadro 6, à seguir, demonstra como são terceirizados os produtos e onde são comercializados. Produtos Terceirizados PRODUTO VALE EMPRESA CLIENTE BRILHANTE Multiuso MARCA REGIÃO DE VENDA TERCEIRIZADA Total química Oxyactive, da . Rede Dia % Estado de São Paulo. Supermercados Multiuso Multiuso Total química Total química Plush OXY2, da Total Varejistas do estado química. de São Paulo. Ultra Clin, da rede Em todo Brasil. Pão de Açúcar. Multiuso Total química Carrefour, da rede Em todo Brasil. Carrefour. Multiuso Total química Dominó, Rede Aliance Em todo Brasil. Selection´s. Multiuso Sabão Imperial Imperial poder O2, da Rio Grande do Sul. Sabão Imperial. Multiuso UFE Rio X2, da UFE. Em todo Brasil. Multiuso LEVE BRISA IND.E Leve Brisa Plus Ação Região metropolitana COM O2, da Leve Brisa. de Sorocaba SP Quadro 6 : Produtos e marcas Fonte: Elaborado pelo acadêmico. 69 As figuras 20 e 21, à seguir, ilustram dois exemplos dos produtos que são terceirizados pelos clientes da Vale Brilhante, conforme foram especificados no quadro 6 anteriormente. Multiuso Plush OXY2 Figura 20: Multiuso Plush Fonte: Cedido pela empresa. Multiuso Ultra Clin Figura 21: Multiuso Ultra Clin Fonte: Cedido pela empresa. O multiuso Plush OXY2, figura 20, é uma marca terceirizada da empresa Total Química, e é revendida em varejistas no estado de São Paulo. Já o multiuso Ultra Clin, figura 21 é uma marca registrada da rede de supermercados Pão de açúcar, sendo que o mesmo é envasado pela empresa Total Química, e vendida em toda a rede do supermercado Pão de açúcar. 70 3.1.10 Royalties Recentemente foi desenvolvido um novo produto que se tornou o carro chefe da empresa, um tira manchas multiuso para limpeza difíceis, denominado “BLESS Ação O2”. Atualmente essa marca foi cedida para comercialização à empresa Saniplus, que paga Royalties para a Vale Brilhante. O acordo é exclusivo para a marca/produto BLESS Ação O2 na versão 450g, como ilustra a figura 22, o qual é vendido para o interior de São Paulo e todo estado do Paraná. Mesmo sendo uma novidade, sua qualidade e preço acessível o fizeram ser muito bem aceito no mercado onde está sendo comercializado. Esta aceitação fez a Vale Brilhante pensar em comercializar o produto também em outras versões. Tira manchas Multiuso BLESS O2 Figura 22: Multiuso BLESS O2 450g. Fonte: Cedido pela empresa. O multiuso BLESS Ação O2, por ser uma marca registrada pela Vale Brilhante, levou a empresa a estudar o lançamento de outras versões, como potes de tamanhos variados entre 600g e 1 kg, como também outros produtos que levem a mesma marca, como forma de consolidá-la no mercado, visto que sua aceitação vem sendo positiva. 71 3.1.11 O Mercado da Indústria Química No ano de 2006, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química, o faturamento líquido da indústria química brasileira, considerando todos os segmentos que a compõem, chegou ao recorde de US$ 81,6 bilhões, um crescimento 2,3% superior ao ano de 2005, com acréscimo de 13,9% no faturamento líquido. Mesmo com o baixo crescimento da economia brasileira em 2006, ano em que o PIB registrou alta de 2,9%, a indústria química registrou um aumento de 14,2% no volume de exportações, gerando uma receita de US$ 8,92 bilhões, 20,8% superior ao ano anterior. As importações também cresceram e atingiram o recorde de US$ 17,38 bilhões, 13,3% á mais que no ano anterior. O déficit na balança comercial brasileira de produtos químicos em 2006 ficou em US$ 8,46 bilhões, contra US$ 7,95 bilhões em 2005. Essa realidade pode ser ilustrada no gráfico á seguir: Faturamento da Indústria Química Brasileira Gráfico 1: A indústria Química Fonte: ABIQUIM ( 2007). Observa-se no gráfico 1, nota-se que o setor de sabões e detergentes, que interessam a esta pesquisa, registraram um faturamento de US$ 4,6 bilhões, o que representa o 5º maior faturamento do setor de indústrias químicas. O gráfico 72 2, a seguir mostra a evolução anual destes setores entre os anos de 1990 e 2006, facilitando desta forma a visualização deste cenário. Evolução do Faturamento líquido da Indústria Química Brasileira (em US$ Bilhões) Gráfico 2 : Evolução da indústria química Brasileira Fonte: ABIQUIM (2007). A evolução visualizada no gráfico 2, pode ser melhor vista e compreendida na tabela 1 abaixo, onde é possível notar a variação percentual média ao longo dos anos. Evolução da Indústria Química Brasileira (Em US$ bilhões) Segmentos 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2003 2004 2005 2006 % a.a. Químicos de 19,0 17,4 19,2 19,9 18,5 22,8 19,4 24,1 33,0 39,4 45,4 5,6 uso industrial Farmacêuticos 2,7 3,0 5,0 7,6 8,7 6,7 5,2 5,6 6,8 9,2 10,9 9,1 Hig. pessoal, perf. e cosméticos 1,6 1,7 2,4 4,2 4,3 3,4 2,8 3,1 3,9 5,5 6,9 9,6 Adubos e fertilizantes 2,3 1,7 2,2 3,0 2,9 3,0 3,3 4,3 5,6 5,3 5,6 5,7 Sabões e detergentes (1) 2,0 2,0 2,0 2,8 3,1 2,3 2,1 2,1 2,7 3,9 4,6 5,3 Defensivos agrícolas 1,1 0,9 1,4 1,8 2,6 2,5 1,9 3,4 4,9 4,2 3,9 8,2 73 Tintas, esmaltes e vernizes 1,7 1,7 1,8 2,0 2,0 1,5 1,1 1,3 1,5 1,9 2,1 1,3 Outros 1,4 1,5 1,6 1,5 1,7 1,4 1,5 1,6 1,8 2,0 2,3 3,2 TOTAL 31,8 29,9 35,6 42,8 43,8 43,6 37,3 45,5 60,2 71,6 81,6 6,1 (1) O faturamento de 1990 a 1994 foi estimado pela ABIQUIM em US$ 2 bilhões. Tabela 1: Evolução da indústria química Brasileira Fonte: ABIQUIM (2007) Observando a tabela 1, o setor em que a Vale Brilhante atua, sabões e detergentes, obteve um crescimento médio mensal de 5,3% durante os 16 anos, porém é notável que seu crescimento entre 2004 e 2006, representou o aumento de aproximadamente 58,7% no seu faturamento anual, revelando ser o setor da indústria química que mais cresceu nestes últimos três anos. 3.2 Resultados da pesquisa Neste item serão abordados os resultados das entrevistas e pesquisas realizadas com os gestores e clientes da empresa Vale Brilhante Indústria e Comércio, assim como suas análises e, por fim, a proposição de planos. 3.2.1 Análise do Microambiente Na área de marketing da empresa, conforme mostra o gráfico 3, é possível notar que existe um certo equilíbrio entre os pontos fracos e pontos fortes, o que é visto como preocupante, pois os gestores consideraram itens comuns como pontos neutros e fracos, mostrando a necessidade de se elaborar estratégias para que sejam eliminados esses pontos fracos, otimizados os neutros e que sejam mantidos os pontos fortes. 74 Área de Marketing – Análise Interna Gráfico 3: Gráfico de marketing Fonte: Dados da pesquisa (2007). Segundo o diretor da empresa, a reputação da Vale Brilhante é um ponto forte devido à empresa ser a única produtora 100% nacional do multiuso, produto carro-chefe da empresa. Apesar de ser a única produtora nacional, pelo fato de o mercado do multiuso ser novo, a empresa está iniciando seu processo de crescimento na sua participação de mercado, que apesar de pequena é considerada como um ponto neutro pelo diretor. O relato do diretor revela sua opinião á respeito das questões do gráfico 3, onde a empresa está iniciando o processo de abertura de mercado. Sua avaliação quanto aos seus produtos é de que são de ótima qualidade, onde a própria empresa produz a matéria-prima básica, reduzindo seus custos. A distribuição é realizada por empresas terceirizadas e as reduções de custos são repassadas aos clientes como forma de o cliente efetuar a promoção dos produtos. Para o diretor, órgãos públicos muito burocráticos e lentos prejudicam as vendas e entrada de novos produtos no mercado. A inovação pode ser vista pela sua tecnologia de ponta em termos de formulação, principalmente quando é comparada com as empresas concorrentes. 75 O gerente financeiro justificou suas questões de forma a ampliar ainda mais a visão do cenário atual da empresa. Ele afirma que a reputação da empresa é um ponto forte pelo fato do fundador da empresa, Humberto Curvello, ter o nome reconhecido no mercado, em que atua há mais de 20 anos. Pela empresa ainda não possuir seus produtos (marcas próprias) no mercado, sua participação de mercado é considerada um ponto fraco para o gerente financeiro. A eficácia de distribuição e cobertura geográfica são apontadas pelo gestor acima citado como pontos fracos devido a empresa não ter centros de distribuição e nem atuar de maneira efetiva no território nacional. Quando o assunto é produto, para o gerente financeiro a empresa possui um setor de qualidade rigoroso e isso eleva ainda mais os níveis dos produtos, fazendo com que os concorrentes inclusive tentem acompanhar nossas inovações. Ao se tratar de promoção, o gerente financeiro alega que a empresa possui poucos meios de promover seus produtos e que não possui um bom setor comercial de vendas, sem profissionais adequados para efetuá-las. Para o gerente financeiro os preços dos produtos da empresa chegam a ser 50% menores que dos concorrentes, o que é visto como ponto forte. Segundo o gerente de produção, a reputação da empresa também é forte devida o nome do patriarca ser reconhecido no mercado. Para ele a maior barreira atualmente, para que os produtos da empresas sejam reconhecidos, é o fato de a grande maioria dos clientes da empresa utilizam suas marcas próprias. A inexistência de um setor de vendas especializado também mostra pouca experiência na área comercial da empresa. Para este gerente, tanto o preço como o produto, atendem plenamente o esperado pelo consumidor, onde a alta tecnologia e benefícios oferecidos no produto são frutos de uma pesquisa e um desenvolvimento contínuos aliados á um laboratório que controla totalmente a qualidade dos produtos. Para concluir, o gerente de produção atribui a pequena participação no mercado o fato de tanto o produto quanto o mercado serem novos, e por isso 76 utilizam agentes tanto para vender como para distribuir, como forma de gradativamente penetrar no mercado. Área Financeira – Análise Interna Gráfico 4: Financeiro Fonte: Dados da pesquisa (2007). A área financeira da empresa é fortemente impactada por suas fraquezas, como ilustra o gráfico 4, onde segundo o diretor, os fornecedores não repassam a baixa do dólar e prejudicam o custo. Muitos investimentos realizados no processo produtivo, em especial novos maquinários, reduziram o capital da empresa e prejudicaram seu caixa, porém a empresa nunca deixou de honrar com seus compromissos financeiros, o que resulta em credibilidade no mercado. A opinião do gerente financeiro sobre a sua área é bem preocupante, onde ele alega que a empresa não possui um capital de giro adequado, seu caixa é desorganizado e as vendas instáveis não ajudam a empresa obter estabilidade financeira. Com relação aos custos, ele afirma que só é possível se obter baixos custos quando são compradas matérias-primas em grandes volumes, o que nem sempre ocorre. Porém, o custo de produção, para o gerente da área é visto como um ponto forte devido à empresa possuir um processo produtivo de baixo custo operacional. O gerente de produção visualiza a área de finanças da empresa de maneira semelhante ao gerente financeiro, onde justifica a situação atual dizendo, também, que o investimento excessivo na estrutura produtiva descapitalizou a empresa. Para ele a empresa possui um caixa instável por conseqüência das vendas que também são instáveis. 77 Área de Produção – Análise Interna Gráfico 5: Produção. Fonte: Dados da pesquisa (2007). Assim como ocorreu na área de marketing, a área de produção possui uma grande oscilação entre fraquezas e forças, que devem ser monitoradas e necessitam de um plano adequado para que haja uma melhoria, como ilustram o gráfico 5. Para o diretor, o problema encontrado nas instalações é a falta de espaço, ou seja, o galpão da empresa não comporta uma expansão física e novos maquinários de produção. A empresa está utilizando o máximo de sua economia de escala, porém há espaço para aumentar a capacidade produtiva, acrescentando novos turnos. O pessoal é treinado e qualificado para o serviço, e em conjunto com a estrutura da empresa honram pontualmente com os prazos de entrega de produção. Segundo o gerente financeiro, a área de produção não possui espaço físico para ampliar sua capacidade produtiva, nem mão-de-obra suficiente para grandes demandas, o que torna o setor um pouco vulnerável caso haja aumento inesperado na demanda. Existe também a falta de profissionais especializados na área de saneantes, ou seja, pessoas habilitadas e preparadas adequadamente para lidar com produtos químicos. Apesar destas fraquezas, a produção até o momento honrou com pontualidade todos os contratos e produções para seus clientes, conclui o gerente financeiro. 78 O gerente de produção também se preocupa com as instalações, onde justificou dizendo que apesar de atender a demanda atual, não será possível atender uma demanda maior á médio prazo. A capacidade produtiva só pode ser aumentada com o acréscimo de turnos extras, onde os equipamentos suportam até duas vezes a produção atual, sem comprometer a pontualidade de seu setor, que julga ser um ponto forte por sempre cumprir o cronograma e prazos préestabelecidos com os clientes. Ao avaliar a área de produção, seu gerente considera que existem hábitos que ainda estão sendo trabalhados com os colaboradores. No que diz respeito a habilidade técnica de produção, o conhecimento total da tecnologia é limitado a liderança da produção, como forma de garantir o sigilo das formulações e tecnologias. Área Organizacional – Análise Interna Gráfico 6: Organizacional Fonte: Dados da pesquisa (2007). Na área organizacional, como ilustra o gráfico 6, há um equilíbrio entre as forças e fraquezas, onde o diretor destacou apenas o que julgava, não explicando seu ponto de vista quanto aos aspectos abordados. Para o gerente financeiro, não há áreas bem definidas na organização e falta orientação quanto às responsabilidades de cada funcionário. Os funcionários, em sua opinião, são aplicados quando necessário, e cumprem os deveres sempre que solicitados, porém há um conflito entre os gestores muitas vezes pelo fato de 79 o fundador ser muito centralizador e conservador, atuando com uma flexibilidade desorganizada. Segundo o gerente de Produção, a empresa possui uma visão de liderança centralizada na diretoria, que possui muito conhecimento técnico e pouca orientação empreendedora. Uma importante colocação do gestor supra citado é a existência da consciência dos funcionários que o sucesso da empresa é o sucesso de todos, de modo que a responsabilidade é um dos princípios prezados pela organização e o trabalho em equipe é valorizado. 3.2.2 Análise do Macroambiente A visão dos gestores quanto ao ambiente externo será detalhada nos gráficos seguintes, de maneira a facilitar o processo de planejamento e a concentração adequada das forças necessárias para enfrentar o ambiente. A análise se inicia com o ambiente demográfico, como ilustra o gráfico 7, à seguir: Ambiente demográfico – Análise Externa Gráfico 7: Ambiente Demográfico Fonte: Dados da pesquisa (2007). Ao se verificar os resultados apontados no ambiente demográfico, ilustrado no gráfico 7, há uma preocupação com o elevado número de ameaças, no qual o 80 diretor destacou que o crescimento da população é uma ameaça presente, não futura, para empresa, pois atualmente a empresa se localiza numa área mista (empresarial e residencial), o que pode gerar conflitos com a comunidade local devido uma indústria química se localizar próximo a residências. A visão do gerente financeiro quanto ao ambiente demográfico oscila entre ameaças e oportunidades, como ilustra o gráfico 7. Para ele, o crescimento da população traz consigo o crescimento da demanda, porém pessoas mais velhas reduzem o consumo por sujarem menos as suas roupas, por exemplo. Com as mulheres cada vez mais ativas no mercado de trabalho há o aumento do poder de compra das famílias gerando maior demanda, porém a redução das famílias o efeito é anulado, visto que com menos filhos, as famílias sujam menos roupas. Para o gerente de produção, a praticidade do produto se adapta as mudanças ocorridas no comportamento da população como um todo, ou seja, é um produto de alto valor agregado com grande utilidade e beneficio para o dia-adia corrido das famílias. Ambiente Econômico – Análise Externa Gráfico 8: Ambiente Econômico. Fonte: Dados da pesquisa (2007). Segundo o diretor, no ambiente econômico, como mostra o gráfico 8, a oscilação cambial é uma oportunidade pelo fato de produzir a matéria-prima de seu principal produto na sua própria empresa, e que apesar de ser afetado pela alta do dólar, seus concorrentes são muito mais prejudicados por importarem o produto totalmente manufaturado, gerando assim uma alta maior do que a da Vale Brilhante, que manufatura seu próprio produto do inicio ao fim. 81 Por outro lado, o gerente financeiro acredita que o dólar pode prejudicar a empresa, mesmo que ela sofra menos com o aumento, pois a empresa possui uma estrutura pequena e menos favorável que seus concorrentes, empresas maiores e mais estabilizadas financeiramente. Para o gerente de produção, no ambiente econômico, uma das maiores preocupações é a estabilidade da concorrência, em especial empresas de grande porte, sufocar o crescimento das empresas novas e de pequeno porte. O gráfico 9, a seguir ilustra o ambiente natural: Ambiente Natural – Análise Externa Gráfico 9: Ambiente natural Fonte: Dados da pesquisa (2007). Para o diretor, a poluição ambiental é a principal ameaça para as indústrias, visto que é uma preocupação de todos reduzirem a emissão de poluentes na natureza. No que diz respeito à sazonalidade, o diretor acredita ser uma oportunidade, onde destaca que com o aquecimento do clima a tendência do consumo é aumentar. Segundo o gerente financeiro, o ambiente natural pode afetar a empresa com algumas ameaças significantes, como, por exemplo, o aumento das chuvas em sua opinião reduz a demanda dos produtos. Ele afirma que a sazonalidade é outro fator preocupante, pois a empresa sofre muito com a instabilidade das vendas, o que a deixa com o caixa vulnerável e prejudica seu crescimento. Assim como o gerente financeiro, o gerente de Produção acredita que a umidade excessiva interfere nos produtos, principalmente na qualidade, pois os mesmos podem reagir quimicamente com a água e perderem suas propriedades. 82 Para o gestor de produção afirma que, a época do ano em que ocorre maior dificuldade, em função da sazonalidade, é o inverno, pois a pessoas sujam menos as roupas e não consomem tanto os produtos, reduzindo assim a demanda significativamente. O ambiente político legal, como ilustra o gráfico 10, é encarado em sua maioria como uma ameaça para os gestores da empresa. Ambiente Político e Legal – Análise Externa Gráfico 10: Ambiente Político e Legal. Fonte: Dados da Pesquisa O diretor visualiza apenas o regime tributário como uma ameaça, que justifica ser muito elevado e reduzir o lucro da empresa. Para ele os órgãos fiscalizadores são vistos como uma oportunidade, diferentemente dos demais gestores, devido eles filtrarem aquelas empresas clandestinas e aventureiras no mercado, que prejudicam empresas sérias e legalizadas. O gerente financeiro acredita que o ambiente político legal ofereça apenas ameaças para a empresa, pois, para ele, o regime tributário é um dos maiores do mundo, as leis trabalhistas são mais para prejudicar o empregador do que ajudas ambas as partes, e por fim acrescenta que os órgãos fiscalizadores são muito lentos e burocráticos prejudicando o desenvolvimento da empresa. O gerente de produção coloca que teóricas mudanças no regime tributário, como o “Simples Nacional”, sufocam ainda mais o crescimento das empresas de pequeno porte, pois a lei não deixa claro o funcionamento das novas práticas tributárias, que na maioria dos casos prejudica ainda mais o empresário. Para ele a legislação trabalhista brasileira possui muitas brechas, o que dificulta o 83 relacionamento de confiança entre empregador e empregado. Para concluir, ele afirma que os órgãos fiscalizadores complicam muito por exigirem coisas muitas vezes desnecessárias em seus processos, acrescentando muitas barreiras aos empresários brasileiros. A seguir será abordada a visão dos gestores com relação ao ambiente sociocultural, ilustrado pelo gráfico 11. Ambiente Sociocultural – Análise Externa Gráfico 11: Ambiente sociocultural. Fonte: Dados da pesquisa (2007). No ambiente sociocultural, o diretor não manifestou sua opinião, apenas indicando a alternativa que julgava apropriada. Já o gerente financeiro acredita que a cultura da maioria das regiões é favorável ao consumo, pois, para ele, as pessoas estão cada vez mais cuidando da limpeza e higiene. As etnias podem influenciar de forma positiva na geração de linhas novas de produtos, agregando valor ao mix da empresa. O gerente de produção justificou as questões do ambiente sociocultural por uma nova óptica, onde segundo sua opinião, a cultura brasileira tem se tornado cada vez mais uma cultura voltada para inovação tecnológica, envolvida por um mundo cada vez mais globalizado, e essa mudança cultural beneficia a tecnologia dos produtos, que são valorizados. Porém, ele acredita que as diferentes etnias possuem visões que se diferem no que diz respeito à percepção de valor dos produtos, que também são influenciadas pelos diferentes níveis de poder de compra e desigualdade social. 84 Para finalizar a entrevista com os gestores, a seguir será abordada a visão deles quanto ao ambiente Tecnológico, ilustrado pelo gráfico12. Ambiente Tecnológico – Análise Externa Gráfico 12: Ambiente Tecnológico. Fonte: Dados da pesquisa (2007). A perspectiva do gerente financeiro com relação ao ambiente tecnológico, como mostra o gráfico 12, é de que, as novas tecnologias irão favorecer a criação de novos produtos, principalmente os produtos inovadores. Desta forma, as empresas que melhor souberem inovar estarão sempre á frente de seus concorrentes. Para o gerente de produção as novas tecnologias em equipamentos, além de melhorarem a produtividade, auxiliam nas reduções de custos de produção. Junior afirma que a tecnologia dos produtos da empresa faz com que os mesmos sejam utilizados inclusive como matéria-prima para enriquecer outros produtos químicos no mercado, ou seja, a tecnologia dos produtos da Vale Brilhante são referência para seus concorrentes no mercado. 85 3.2.3 Resultado das entrevistas com os clientes Com base nos resultados obtidos nas entrevistas com os clientes, os dados foram processados e subdivididos conforme o composto mercadológico proposto por Kotler (1998), Produto, Preço, Praça e Promoção, de maneira que haja melhor visualização e compreensão a respeito da análise. 3.2.3.1 Produto – Perspectiva dos clientes É muito importante ressaltar que, dentre todos os entrevistados, em 100% dos casos os clientes consomem apenas o produto multiuso em pó da Vale Brilhante. Essa exclusividade de consumo sobre um único produto, o multiuso em pó, se dá pelo fato da empresa ser a única produtora 100% nacional que o fabrica, deixando seu custo muito mais baixo e o tornando mais acessível aos clientes que os produtos importados, como serão percebidos nos resultados desta pesquisa. O gráfico 13 mostra, em média, o consumo de produto dos principais clientes da Vale Brilhante, de maneira que a visualização deste volume irá facilitar a definição de estratégias e metas que serão propostos neste plano de marketing. Gráfico 13: Consumo médio mensal por cliente Fonte: Dados da pesquisa (2007). 86 Como ilustra o gráfico 13, a maior parte dos clientes da vale Brilhante, 67 % aproximadamente, consomem em média até 5 toneladas/mês de produtos, com uma parte significativa de 33% consumindo de 5 á 10 toneladas/mês. Como a participação de mercado dos produtos comercializados e terceirizados pela empresa ainda é pequena, em comparação aos seus maiores concorrentes, percebe-se uma margem muito grande para que se haja um plano de expansão de seu mercado, visto que seu principal produto, de acordo com os gestores da empresa, é um produto novo no mercado e de grande potencial de vendas. Gráfico 14: Freqüência de compras. Fonte: Dados da pesquisa (2007). O gráfico 14 mostra que a freqüência de compras dos clientes é dividida em 50% exatamente entre as compras mensais e compras irregulares, ou seja, conforme a demanda, o que explica em partes a instabilidade das vendas e consequentemente a deficiência financeira da empresa. Esses dados nos revelam também duas possíveis variáveis decorrentes deste resultado, sendo elas a falta de investimento em comunicação, como forma de popularizar o produto novo e aumentar sua demanda, e o fato que, pelo produto ser novo, há certa resistência 87 por parte dos consumidores, o que é comum no processo de aceitação de alguma novidade num setor tão concorrido e com tanto produtos surgindo. Gráfico 15: Diversidade da linha. Fonte: Dados da pesquisa (2007). A diversidade da linha de produtos da empresa, segundo 83% de seus clientes é proporcional aos seus concorrentes e ao porte da empresa, porém é possível se observar que 17% consideram a linha pequena, como ilustra o gráfico 15, nos mostrando que é possível, ou até mesmo, necessária, a expansão do mix de produtos da empresa, como forma de se aumentar sua atuação no mercado e consequentemente sua receita. A empresa tem realizado o registro de diversos outros produtos junto á órgãos responsáveis do setor, onde esse plano de marketing irá auxiliar o lançamento destes produtos através do plano de ação que será proposto. 88 O gráfico 16 ilustra a opinião dos clientes com relação ao condicionamento e embalagens dos produtos. Gráfico 16: Condicionamento e embalagem. Fonte: Dados da pesquisa (2007). Visualiza-se que 83% dos entrevistados consideram adequadas as embalagens e seus condicionamentos. Porém 17% consideram inadequadas, o que foi justificado por um dos entrevistados como a embalagem sendo frágil e de fácil rompimento durante o transporte, necessitando assim a revisão e análise das mesmas para solução dos problemas apontados pelos clientes. O gráfico 17, ilustra a percepção dos clientes quanto à qualidade dos produtos. Gráfico 17: Nível de qualidade. Fonte: Dados da pesquisa (2007). 89 Uma das questões mais preocupantes para toda empresa é como a qualidade de seus produtos são percebidas por seus clientes. Para Vale Brilhante, como mostra o gráfico 17, essa questão não é um ponto á se preocupar, pois 67% de seus clientes consideram o nível de qualidade “Satisfatório” e 33% “Totalmente Satisfatório”, onde 83% dos entrevistados afirmam que a qualidade é compatível com os concorrentes e 17% acreditam que os produtos que compram da Vale Brilhante são superiores aos concorrentes em termos de qualidade, como mostra o gráfico 18. A Vale Brilhante acredita que, com uma pequena margem para se melhorar o produto, a empresa se mantém sempre buscando melhorar a qualidade de seus produtos, investindo em pesquisa e desenvolvimento. Um dos entrevistados enfatizou que, pelo que foi proposto, o multiuso da Vale Brilhante atende plenamente á qualidade exigida pelo consumidor. Outro entrevistado completou dizendo que os produtos realmente são de qualidade e possuem alta performance de limpeza. Gráfico 18: Qualidade em relação aos concorrentes. Fonte: Dados da pesquisa (2007). A qualidade em relação aos concorrentes foi apontada por alguns clientes como um ponto forte da empresa, onde um cliente justificou sua resposta dizendo 90 que em teste de aplicação o produto fornecido pela Vale Brilhante apresentou desempenho compatível com os principais concorrentes de mercado, que são comercializados por empresas multinacionais de grande porte que possuem estruturas de investimento superiores. Outro cliente justificou dizendo que o multiuso em pó da Vale Brilhante tem a mesmo desempenho dos concorrentes importados com um custo muito menor. Para concluir o composto de produto, os resultados da pesquisa apontaram que a Vale Brilhante atende em 100% dos casos as especificações técnicas prometidas aos clientes. Por fim a pesquisa também revelou que a empresa atende em 100% as necessidades de seus clientes com relação aos prazos de entregas dos produtos. 3.2.3.2 Preço - Perspectiva dos clientes No composto de preço, a Vale Brilhante conseguiu obter um bom desempenho em relação ao esperado pelo custo do produto, como mostram os gráficos seguintes. Gráfico 19: Preço em relação à tecnologia. Fonte: Dados da pesquisa (2007). No gráfico 19, os resultados obtidos mostram que os preços praticados pelos produtos da Vale Brilhante são considerados pela maior parte dos clientes, 91 em torno de 83%, compatíveis com a tecnologia empregada no produto, onde uma menor parte dos clientes, 17% aproximadamente, considera o seu preço elevado. Dentre os clientes que consideraram compatíveis os preços, a justificativa foi de que o produto multiuso oferece a melhor relação custo/benefício, ou seja, seu preço é coerente e justo diante do esperado pelo consumidor. Os prazos e condições de pagamentos da empresa atendem a maioria dos clientes, como mostra o gráfico 20. Gráfico 20: Prazos e condições de pagamentos. Fonte: Dados da pesquisa (2007). Dentre os entrevistados, 83% consideram adequados os prazos. Dentre os 17% que consideram os prazos inadequados, a justificativa é que a política de vendas da empresa, que oferece até 30ddl, é um pouco rígida, e alegam que a concorrência chega a oferecer 45ddl. 92 O Preço praticado pela empresa possui uma aceitação elevada e como pode ser observado no gráfico 21. Gráfico 21: Preço praticado. Fonte: Dados da pesquisa (2007). Em média 50% dos clientes pesquisados consideram o preço abaixo do praticado pela concorrência, enquanto os outros 50% julgam o preço praticado similar ao preço da concorrência. Como uma ultima análise da política de preços praticada pela empresa, é possível se observar que esse composto possui uma direção bem definida e aceita pelos clientes, necessitando apenas de um monitoramento e pequenos ajustes no que diz respeito a prazos, onde alguns clientes devem ser renegociados como forma de se obter maior satisfação nas relações de parcerias. 93 3.2.3.3 Praça - Perspectiva dos clientes O composto mercadológico “Praça”, nos revela as principais informações com relação à maneira como os produtos são distribuídos e com que tipo de clientes a empresa está se relacionando, facilitando assim a concentração de seus esforços sobre os canais corretos e com maiores potenciais de se obter retorno sobre seus investimentos. Gráfico 22: Tipos de clientes. Fonte: Dados da pesquisa (2007). O gráfico 22 diz respeito aos tipos de clientes e canais utilizados pela empresa para que o produto chegue ao consumidor final. É possível se observar que 17% dos entrevistados são agentes distribuidores, ou seja, empresas que representam a Vale Brilhante e vendem seus produtos, outros 17% são agentes revendedores, ou seja, empresas que compram e revendem os produtos da Vale Brilhante para consumidores finais, porém a maioria dos clientes, aproximadamente 66%, são empresas que fazem a terceirização de seus produtos com a Vale Brilhante, levando a marca própria delas ao consumidor final. 94 Dentre as empresas entrevistadas, 100% delas afirmaram que a localização da Vale Brilhante, em Itajaí-SC, não interferem nas compras ou negociações com a empresa. 3.2.3.4 Promoção - Perspectiva dos clientes A promoção é um composto de extrema importância, pois ele diz respeito à maneira como a empresa, seus produtos e sua reputação irão chegar ao mercado e atingir aos consumidores. Desta forma, a promoção requer um investimento alto e significativo, pois quem não se comunica com o mercado não é conhecido e nem alcança o público desejado, visto que, com um mercado cada vez mais disputado e concorrido, quem conseguir ser lembrado já possui uma vantagem competitiva significante. O gráfico 23, ilustra uma das maneiras de se perceber a percepção dos consumidores em relação ao produto, através do giro dos produtos. Gráfico 23: Giro dos produtos. Fonte: Dados da pesquisa (2007). 95 A falta de uma promoção pode fazer com que o produto seja desconhecido pela maioria dos consumidores, reduzindo seu giro e retardando seu crescimento no mercado. Ao analisar o gráfico 23, nota-se que 83% dos clientes afirmam que o produto possui um giro menor que a concorrência, enquanto 17% afirmam que o giro é semelhante. A Vale Brilhante comercializa atualmente, quase que totalmente, seus produtos para terceirização de marcas próprias aos seus clientes, o que mostra que há uma necessidade de incentivo e apoio ao cliente com planos de divulgação se seus produtos, visto que a responsabilidade maior do giro dos mesmos é do próprio cliente que irá ofertar ao consumidor final. Outra possível justificativa á respeito do menor giro em relação ao concorrente, que investe milhões em publicidade, é o fato também de o produto multiuso ser novo no mercado, o que o coloca numa situação de aceitação e crescimento futuro no mercado, porém independente deste fator, é sempre necessário haver investimentos em comunicação para que qualquer produto cresça no mercado. O gráfico 24 ilustra como os clientes da Vale Brilhante conheceram a empresa. Gráfico 24: Como conheceu a empresa. Fonte: Dados da pesquisa (2007). As maneiras como os clientes chegaram á Vale Brilhante, revelam dados muito importantes quando ao modo como à empresa é vista no mercado. O gráfico 96 24 ilustra que 49 % dos clientes chegaram até a empresa por indicação profissional e 17% por conhecimento pessoal direto com o fundador, ou seja, aproximadamente 66% dos clientes são resultados da influencia do fundador e seu relacionamento no mercado em que atua há mais de 20 anos, mostrando que o fundador tem uma boa relação pública. A realização de promoção pela empresa, apesar de poucos investimentos, obteve um resultado positivo nas pesquisas, onde 100% dos entrevistados afirmaram conhecer toda linha de produtos que a empresa fabrica. Um dos principais meios de comunicação da Vale Brilhante é a internet, onde 100% dos clientes elegeram esse meio como sendo o mais apropriado para haver a comunicação e promoção dos produtos, via e-mail principalmente. Quando questionados a respeito do site da empresa, 100% dos entrevistados consideraram o site bem elaborado, com as informações atualizadas, ícones de fácil acesso e layout agradável. Para concluir a pesquisa com os clientes, foi solicitado aos mesmos que fizessem alguma crítica, sugestão ou elogio, os quais foram encaminhados apenas elogios, conforme são descritos a seguir: “Parabéns pelos produtos e serviços. Esperamos que esta parceria seja sempre de muito sucesso.” (entrevistado “A”). O entrevistado “B” colocou sua opinião dizendo: “Logo no primeiro contato pude perceber a seriedade que esta conceituada empresa trabalha. Houve um total interesse em responder a essa pesquisa, o que é resultado desta nossa parceria”. Por fim o entrevistado “C” colocou: “A Vale Brilhante está no caminho certo para o sucesso!”. Percebe-se com o resultado final que foi possível visualizar o nível de satisfação dos clientes, bem como a percepção sobre o planejamento inexistente do composto mercadológico da empresa. Desta forma, a seguir será realizado o plano de ação a fim de se corrigir a deficiências diagnosticadas pela pesquisa. 97 3.3 Plano de Ação O Plano de ação será elaborado partindo da análise dos resultados obtidos através da pesquisa, onde é possível se analisar de maneira mais profunda os ambientes que envolvem a organização, tanto internamente como externamente. Como sugere Baxter (2000), a análise SWOT é o passo seguinte para que seja traçado o diagnóstico atual da organização e sejam definidas as estratégias e metas, conforme a predominância de oportunidades e ameaças, pontos fortes e pontos fracos, em conjunto com o grau de importância e prioridade de ajustes necessários. Partindo de postura estratégica, como sugere Oliveira (1996), serão definidas estratégias visando o cumprimento da missão da organização. Caso ocorra a predominância de ameaças e pontos fracos a postura estratégica será de sobrevivência. Se houver a predominância de ameaças e pontos fortes, a postura será de manutenção. Com as oportunidades e pontos fracos em destaque a postura adotada será de crescimento. E por fim com as oportunidades e pontos fortes em destaque a empresa deverá ter uma postura de desenvolvimento. Por fim, o plano de ação deverá seguir os seguintes critérios, conforme sua postura estratégica adotada: • Sobrevivência: atacar e eliminar o maior número possível de pontos fracos; • Manutenção: Explorar os pontos fortes; • Crescimento: Aproveitar as oportunidades e eliminar os pontos fracos; • Desenvolvimento: Aproveitar as oportunidades diversificando seus investimentos. A seguir será realizada a análise SWOT com base nos resultados obtidos nesta pesquisa, para que desta forma seja realizado o plano de ação e traçados as metas e objetivos com base no BSC, ou seja, nas perspectivas dos clientes, financeira, dos procedimentos internos e de aprendizado e crescimento da organização. 98 Análise SWOT OPORTUNIDADES AMEAÇAS • Crescimento da renda familiar; • Redução no tamanho das famílias; • Modernização dos hábitos de • Oscilação cambial; consumo (novos produtos); • Variação climática; • Novas tecnologias de produto; • Sazonalidade. • Novas tecnologias de equipamentos; • Inexistência de fabricantes concorrentes nacionais; • Empresas (clientes) buscando terceirização de novos produtos. PONTOS FRACOS PONTOS FORTES • Reputação da empresa; • Participação de mercado; • Qualidade dos produtos; • Eficácia de distribuição; • Preço; • Eficácia de Promoção; • Baixo Custo; • Eficácia da força de vendas; • Inovação em produtos; • Capital de giro; • Responsabilidade • Instabilidade financeira; organizacional; • Fluxo de caixa; Comprometimento e dedicação • Espaço físico do parque fabril; dos funcionários; • Capacidade produtiva á médio prazo; Pontualidade de Produção. • Habilidade técnica da força de • • trabalho; • Falta de profissionalização dos setores; • Diretor centralizador. Quadro 7 : Matriz SWOT Fonte: Dados da pesquisa (2007). A Análise SWOT da empresa, partindo dos resultados pesquisados, sugere que a empresa estabeleça uma postura estratégica de crescimento, onde há uma 99 predominância de oportunidades e pontos fracos, e com base nas prioridades e necessidades da empresa devem ser traçados planos de maneira a aproveitar ao máximo as oportunidades e eliminar os pontos fracos existentes, gerando desta forma um crescimento organizado e sustentado. A seguir serão estabelecidos os planos de ações necessários para o cumprimento dos objetivos deste trabalho, utilizando a metodologia do BSC para equilibrar as metas da empresa em perspectivas: Financeiras, dos Clientes, dos Procedimentos Internos e do Aprendizado e Crescimento. Pano de Ação – Perspectiva Financeira Objetivo 01: Estabilizar o caixa da empresa Meta: Aumentar o capital de giro da empresa para atender 50 toneladas/mês até Dez./09. Ações Estratégicas Criar uma reserva de Data Início Final Indicador Responsável Orçamento (R$) Jan./08 Nov./09 Capital de giro Setor Financeiro crescendo A orçar Dez./07 Jan./08 Criação de software Setor Financeiro R$ 1.750,00 Dez./07 Dez./09 Motivação e aumento nas vendas. Setor Comercial A orçar caixa com 15% do lucro/ mensal Desenvolver programa para controle de fluxo de caixa Criar programa de participação nos lucros com o cumprimento de metas financeiras Subtotal: Quadro 8 : Perspectiva financeira 1 Fonte: Elaborado pelo acadêmico R$ 1750,00 100 O objetivo 1 aponta ações estratégicas que possuem a finalidade de eliminar pontos fracos como a deficiência de capital de giro da empresa, realizando uma provisão de caixa mensal, bem como desta forma melhorar gradativamente a estabilidade financeira da empresa, com o auxílio de um programa de controle do fluxo de caixa, monitorando desta forma as ações financeiras da empresa de maneira planejada, proporcionando crescimento para o setor apontado como mais deficiente na empresa, o financeiro. Pano de Ação – Perspectiva Financeira Objetivo 02: Aumentar a Lucratividade da empresa Meta: Aumentar a lucratividade da empresa até Dezembro de 2012. Ações Estratégicas Estabelecer um Data Início Final Indicador Responsável Orçamento (R$) Jan./08 Jul./08 Eliminação de Setor de Produção A orçar desperdício Dez./07 Jan./09 Novas marcas Setor de Pesquisa A orçar criadas e desenvolvimento Dez./08 Dez./2010 Abertura do comércio exterior da empresa. plano de redução de custos de resíduos de produção Projetar e lançar novas marcas de produtos Ampliar o mercado de atuação para o exterior Subtotal: Setor Comercial A orçar ------------ Quadro 9 : Perspectiva financeira 2 Fonte: Elaborado pelo acadêmico O Objetivo 2 propões ações que visam aumentar a lucratividade da empresa, auxiliando a eliminação do ponto fraco financeiro da empresa e auxiliando a oportunidade de novas tecnologias de produtos surgindo no mercado. 101 Pano de Ação - Perspectiva dos clientes Objetivo 03: Aumentar a participação de mercado do multiuso Meta: Atingir um volume de vendas de 40 toneladas/mês até dezembro de 2008 Ações Estratégicas Dobrar cartela de Data Início Final Jul./08 Aumento da vendas Setor comercial A orçar Dez/07 Fev./08 Contratação de 1 profissional interno de vendas Setor comercial 800,00 Dez/07 Fev./08 Contratação de representante para cada capital da região Sul e Sudeste Marca YOO e BLESS sendo comercializada Setor Comercial 5.600,00 Setor Comercial A orçar especializado de vendas na empresa Criar equipe de Responsável Orçamento (R$) Dez/07 clientes. Criar departamento Indicador vendas externas Realizar lançamento Nov./07 Fev./08 da marca própria no mercado Subtotal: R$ 6.400,00 Quadro 10: Perspectiva dos clientes 1. Fonte: Elaborado pelo acadêmico As ações estratégicas definidas no objetivo 3 tem por finalidade a eliminação de alguns pontos fracos, como participação de mercado e eficácia da força de vendas, visando aproveitar oportunidades como a inexistência de fabricantes nacionais de multiuso e a demanda crescente por terceirização de marcas próprias. 102 Pano de Ação - Perspectiva dos clientes Objetivo 04: Realizar lançamento de novos produtos no mercado Meta: Colocar toda a linha de produtos da empresa no mercado até Jan./09. Ações Estratégicas Realizar uma Data Início Final Direção para lançamento Esclarecida Setor comercial / administrativo Jan./08 Jul./08 Novos produtos criados Setor de Pesquisa A orçar e desenvolvimento Ago./08 Jan./09 Autorização publicada no diário oficial. Setor administrativo Ago./08 Dez./08 Contratos com Setor Comercial redes varejistas/ atacadistas junto a ANVISA Lançar produtos nas Orçamento (R$) Maio/08 produtos Notificar os produtos Responsável Jan./08 pesquisa de mercado Ampliar mix de Indicador principais redes varejistas/ atacadistas Subtotal: A orçar 200,00 A orçar R$ 200,00 Quadro 11: Perspectiva dos clientes 2. Fonte: Elaborado pelo acadêmico O objetivo 4 possui como estratégicas, ações que visam eliminar o ponto fraco de baixa participação de mercado e o aproveitamento de oportunidades como o crescimento da renda familiar acompanhada da modernização dos hábitos de consumo, amparados por novas tecnologias de produtos. 103 Pano de Ação - Perspectiva dos clientes Objetivo 05: Promover produtos da empresa Meta: Desenvolver material promocional até Dez./08. Ações Estratégicas Desenvolver Folder e Data Início Final Responsável Orçamento (R$) Jan./08 Nov./08 Arte desenvolvida Setor comercial R$ 2.800,00 Nov./08 Dez./08 Material na gráfica Setor comercial R$ 5.000,00 Dez./08 Dez./08 Clientes com material promocional Setor Comercial A orçar catálogo. Imprimir 10 mil Indicador unidades de Folders e catálogos. Distribuir material para vendedores Subtotal: R$ 7.800,00 Quadro 12: Perspectiva dos clientes 3 Fonte: Elaborado pelo acadêmico A eficácia de promoção, apontada como ponto fraco da empresa, poderá ser compensada, em partes, pelas ações estratégicas propostas no objetivo 5. Para serem desenvolvidas estratégias mais adequadas quanto a promoção, será necessário o estudo mais aprofundado da situação atual da empresa, por um profissional de publicidade e propaganda, ou comunicação. 104 Pano de Ação – Perspectiva dos procedimentos internos Objetivo 06: Aumentar espaço físico da empresa Meta: Construir novo galpão de 1000 m2 até Julho de 2009. Ações Data Início Final Estratégicas Adquirir terreno em Itajaí de 5.000 m Aquisição de terreno Diretoria Jan./07 Jul./08 Projeto desenvolvido por engenheiro Setor de Produção 1.500,00 Dez./07 Jul./09 Obra em andamento. Diretoria empresa construção do galpão Orçamento (R$) Dez./08 para galpão e Execução da obra de Responsável Jul./08 2 Desenvolver projeto Indicador Subtotal: 70.000,00 350.000,00 421.500,00 Quadro 13: Perspectiva dos procedimentos internos 1. Fonte: Elaborado pelo acadêmico Diante da perspectiva dos procedimentos internos, um ponto fraco esta colocando a empresa numa situação de risco á médio prazo, trata-se do limitado espaço físico do atual parque fabril. Desta forma, de acordo com planos da empresa, foi proposto o objetivo 6 deste trabalho, onde a organização necessita ampliar suas instalações para que possa comportar sua expansão futura sem comprometer sua qualidade e seus principais pontos fortes. 105 Pano de Ação – Perspectiva dos procedimentos internos Objetivo 07: Aumentar capacidade Produtiva da empresa Meta: Aumentar em 300 % a capacidade produtiva da empresa até Julho de 2009. Ações Estratégicas Instalar Ribbon Data Início Final Indicador Responsável Orçamento (R$) Dez./07 Jan./08 Misturador instalado e processando. Jan./07 Jul./08 Projeto de Setor de Produção 100.000,00 torre concluído Jan./09 Jul./09 Contratação de 6 funcionários de produção Blender de Inox (já Setor de Produção 3.500,00 adquirido) com capacidade de 1ton/hora. Construção de Torre de Spray Drier com capacidade para 1ton/hora de pó base. Adicionar novo turno de produção Setor de Produção Subtotal: 3.480,00 106.980,00 Quadro 14 : Perspectiva dos procedimentos internos 2. Fonte: Elaborado pelo acadêmico No objetivo 7 deste trabalho, propõe-se ações estratégicas que visam aproveitar a oportunidade de novas tecnologias em equipamentos á fim de eliminar um ponto fraco previsto pela empresa, a sua produtividade á médio prazo, que devido a sua crescente demanda por produtos não poderá atender seus clientes se manter a sua atua estrutura produtiva de equipamentos. 106 Pano de Ação - Perspectiva de aprendizado e crescimento Objetivo 08: Descentralizar todas as decisões da empresa da direção Meta: Profissionalizar todos os setores da empresa até Dezembro de 2008. Ações Estratégicas Oferecer cursos de Data Início Final Indicador Responsável Orçamento (R$) Jan./08 Conclusão Matricula na do curso universidade Setor administrativo A orçar Jan. Conclusão Matricula em do curso escolas técnicas Cada setor da empresa A orçar graduação aos gestores atuais em suas respectivas áreas Oferecer cursos técnicos aos profissionais responsáveis de cada setor Subtotal: ------------ Quadro 15: Perspectiva de aprendizado e crescimento 1 Fonte: Elaborado pelo acadêmico As ações estratégicas contidas no objetivo 8 deste trabalho foram propostas a fim de eliminar as deficiências profissionais da empresa, ou seja, seus pontos fracos, tais como, habilidade técnica da força profissionalização dos setores e direção centralizadora. de trabalho, falta de 107 Pano de Ação - Perspectiva de aprendizado e crescimento Objetivo 09: Capacitar profissionalmente todos os setores da empresa Meta: Treinar todos os funcionários da empresa até Dezembro de 2008. Ações Estratégicas Criar plano de Data Início Final Indicador Responsável Orçamento (R$) Jan./08 Dez./08 Profissionais motivados Setor administrativo / RH A orçar Jan./08 Jul./08. Treinamento em andamento Setor Administrativo A orçar Jan. Conclusão Matricula em do curso escolas técnicas Cada setor da empresa A orçar carreira para profissionais da empresa Criar manual de integração dos funcionários para treinamento Oferecer cursos técnicos e treinamento aos colaboradores Subtotal: ------------ Quadro 16:Perspectiva de aprendizado e crescimento 2. Fonte: Elaborado pelo acadêmico O objetivo 9 possui ações estratégicas que visam eliminar as deficiências relacionadas à capacitação e profissionalização dos funcionários, bem como criar um plano de carreira visando criar perspectiva futura de crescimento e motivação nos colaboradores. 108 3.4 Financiamento do Plano O orçamento previsto para o plano de ação, totalizou um valor aproximado de R$ 544.630,00, os quais serão ser financiados em três partes, divididas da seguinte forma: • Investimento externo proveniente da consultoria do diretor da empresa: 22% dos recursos necessários serão provenientes dos investimentos realizados com capital externo, levantados através de consultorias do diretor da empresa. • Recursos próprios da empresa: 50% dos recursos necessários serão levantados com os recursos próprios da empresa ao longo do desenvolvimento do plano de ação. • Financiamento bancários: 28% aproximadamente do recurso necessário serão financiados junto ao banco do Brasil, através do plano “Proger Urbano Empresarial”, destinado a financiar projetos empresariais de pequenas empresas, como os planos propostos neste trabalho. Os valores acima relacionados poderão ser modificados conforme as necessidades de mudanças do plano, se adaptando desta forma, a opção financeira mais adequada. 109 3.5 Sugestões Após definir o plano de ação deste trabalho, o acadêmico possui como sugestões, algumas direções a serem seguidas para que o sucesso deste plano de marketing seja efetivo. Outro ponto a se considerar, é o planejamento do canal de distribuição mais adequado para a empresa após a definição da organização pelo mercado e públicos que desejam atingir, completando assim o plano de marketing deste trabalho abrangendo todo composto mercadológico. Realizar um plano de comunicação seria também imprescindível, pois a promoção de qualquer produto ou empresa depende de uma comunicação adequada e bem planejada. Recomenda-se que seja realiza uma análise de cenários aplicando-se as ações contidas no plano deste trabalho, como maneira de se preparar com uma projeção de possíveis cenários, estabelecendo estratégias para as diferentes e imprevisíveis situações. Será necessário haver um acompanhamento contínuo deste plano, ou seja, um monitoramento das ações propostas a cada setor, como forma de assegurar o correto delineamento dos objetivos, assim como possíveis mudanças nos planos decorrentes das mudanças continuas que ocorrem nos ambientes que envolvem a organização. A empresa poderá desenvolver um programa auxiliado pela tecnologia da informação, através de sua INTRANET para o acompanhamento do plano de ações bem como todo e qualquer planejamento realizado pela organização, através de um sistema que dispõe na tela do computador de cada gestor uma planilha eletrônica contendo seus objetivos e metas a serem realizados e a sua situação atual, fazendo com que, desta forma, cada gestor possa acompanhar periodicamente suas responsabilidades de maneira mais eficiente, gerando maiores resultados. Para finalizar, a empresa pode utilizar o BSC como um instrumento de controle, para que desta forma seja controlado o desempenho do plano, assim como corrigir as variações decorrentes do ambiente que a envolve. 110 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização deste trabalho teve como resultado, uma resposta positiva e adequada com relação ao problema de pesquisa definido inicialmente. A empresa conseguiu visualizar a importância e as vantagens obtidas com o desenvolvimento do plano de marketing, onde desta forma proporcionou as condições necessárias para a realização e delineamento deste trabalho. A metodologia utilizada para a realização deste trabalho se mostrou ideal, onde foi possível sua aplicação com sucesso desde a coleta de dados até a análise dos resultados, com uma pequena limitação e resistência na coletas dos resultados com os clientes, solucionada após contatos serem efetuados. A fundamentação teórica deu a sustentação necessária e adequada a esta pesquisa, facilitando seu desenvolvimento e compreensão durante a aplicação das ferramentas fundamentadas. É muito gratificante para o acadêmico perceber que a organização visualiza a importância do plano de marketing, para que ela possa cumprir seus objetivos e sua missão, onde reconheceu não possuir uma projeção adequada a curto e longo prazo, problemas estes esclarecidos com os resultados desta pesquisa. Como acadêmico, foi desenvolvido na prática os conceitos sobre o Plano de Marketing, aprendidos durante o curso, aprimorando o desenvolvimento profissional e ampliando os conhecimentos e visão sobre a realidade de uma organização. Crê-se, desta forma, que o acadêmico pode cumprir o objetivo central deste trabalho, elaborando um plano de marketing para empresa Vale Brilhante Indústria e Comércio, onde foi feito o diagnóstico da situação atual da empresa, levantado a partir dos interesses e perspectivas dos grupos envolvidos, e foi verificada a inexistência de um planejamento adequado na organização. Foi possível também analisar o nível de satisfação dos clientes bem como suas perspectivas com relação à organização, o que foi de suma importância para o sucesso e realização deste trabalho. Enfim, a partir da verificação dos aspectos e fatores internos e externos importantes para o sucesso do plano, foi estabelecido um plano de ação e instrumentos de controle, inclusive sugestões 111 extras para o monitoramento dos resultados e continuidade deste projeto no dia-adia da organização, validando desta forma os esforços realizados por ambas as partes, bem como a comprovação da teoria gerando excelentes resultados na prática. Assim sendo, verídica-se que se obteve o alcance dos objetivos específicos propostos inicialmente. Para finalizar, reforçando as sugestões do item anterior, propõe-se a realização de futuros trabalhos na empresa, em especial na área de planejamento estratégico, bem como também um estudo aprofundado e um plano na área de comunicação, como maneira de se projetar ainda mais a imagem da Vale Brilhante no mercado, atrás de se cumprir a visão da empresa, de se tornar referência e preferência em todo território nacional em seu setor de atuação. 112 5 REFERÊNCIAS ANDION, Maria Carolina; FAVA, Rubens. Planejamento Estratégico. Curitiba: Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus (FAE), 2002. (Coleção gestão empresarial, v.2). ANSOFF, H. Igor; MCDONNELL, Edward J. Implantando a Administração Estratégica. São Paulo: Atlas, 1993. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA. A Indústria Química. Disponível em:< http://www.abiquim.org.br/conteudo.asp?princ=ain&pag=balcom>. Acesso em 15 de out. 2007. BAXTER, Mike. Projeto de produto: guia prático para o desing de novos produtos. 2 ed. 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São Paulo: Pioneira, 2000. 116 6 PLANO DE TRABALHO 1ª ETAPA - Aprovação do projeto pelo professor orientador e empresa; - Entrega dos documentos na Coordenação de Estágios; - Complemento da Revisão Bibliográfica; - Revisão dos aspectos metodológicos; - Caracterização da empresa. 2ª ETAPA - Levantamento dos dados na empresa; - Análise dos dados; - Elaboração do plano; - Conclusões - Revisão do TCE - Preparar apresentação de banca examinadora - Apresentar o trabalho em banca examinadora 6.1 Cronograma Etapas Jul.2006 Ago.2006 1ª Etapa X X Etapas Jul.2007 Ago.2007 2ª Etapa X X Quadro 17: Cronograma Fonte: Dados do trabalho Set.2006 X Set.2007 X Out.2006 X Out.2007 x Nov.2006 X Nov.2007 x Dez.2006 X Dez.2007 x 117 7 ORÇAMENTO ITEM - Papel A4 - Pen-drive - CD-Rom - Fotocópias - Almoços -Combustível Unidade Qtde Custo Unit. Custo Total Folha Peça Disco Folha 100 01 01 300 08 90 0,04 350,00 1,00 0,10 5,00 2,49 4,00 350,00 1,00 30,00 40,00 224,10 ---------------- ---------------- R$ 649,10 Litros TOTAL ---------------Quadro 18: Orçamento Fonte: Dados do trabalho 118 APÊNDICES 119 ROTEIRO DE ENTREVISTA VALE BRILHANTE INDÚSTRIA E COMÉRCIO O questionário a seguir, faz parte do trabalho de conclusão de curso de Administração de Empresas, da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), onde as informações contidas nele serão mantidas em absoluto sigilo e servirão de base para a elaboração do referido trabalho. Considerando o atual e real contexto da organização Vale Brilhante Indústria e Comércio, favor responder sua opinião com relação às questões a seguir: INFORMAÇÕES SOBRE ENTREVISTADO Nome: Função: Data: COM RELAÇÃO AO MICROAMBIENTE: ÁREA DE MARKETING 1. REPUTAÇÃO DA EMPRESA [ ] PONTO FRACO [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE JUSTIFICAR: 2. PARTICIPAÇÃO DE MERCADO [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: 3. QUALIDADE DO PRODUTO [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: 4. EFICÁCIA DO PREÇO [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: 120 5. EFICÁCIA DA DISTRIBUIÇÃO [ ] PONTO FRACO [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE JUSTIFICAR: 6. EFICÁCIA DA PROMOÇÃO [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: 7. EFICÁCIA DA FORÇA DE VENDAS [ ] PONTO FRACO [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE JUSTIFICAR: 8. EFICÁCIA DA INOVAÇÃO [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: 9. COBERTURA GEOGRÁFICA [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: ÁREA DE FINANÇAS 10. CUSTO [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: 11. DISPONIBILIDADE DE CAPITAL (CAPITAL DE GIRO) [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE 121 12. FLUXO DE CAIXA [ ] PONTO FRACO [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE JUSTIFICAR: 13. ESTABILIDADE FINANCEIRA [ ] PONTO FRACO [ JUSTIFICAR: ÁREA DE PRODUÇÃO 14. INSTALAÇÕES [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: 15. ECONOMIA DE ESCALA [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: 16. CAPACIDADE PRODUTIVA [ ] PONTO FRACO [ JUSTIFICAR: 17. HABILIDADE DA FORÇA DE TRABALHO [ ] PONTO FRACO [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE JUSTIFICAR: 18. PONTUALIDADE DE PRODUÇÃO [ ] PONTO FRACO [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE JUSTIFICAR: 19. HABILIDADE TÉCNICA DE PRODUÇÃO [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE 122 ÁREA ORGANIZACIONAL 20. VISÃO DE LIDERANÇA [ ] PONTO FRACO [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE JUSTIFICAR: 21. DEDICAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS [ ] PONTO FRACO [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE JUSTIFICAR: 22. ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA [ ] PONTO FRACO [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE [ ] NEUTRO [ ] PONTO FORTE JUSTIFICAR: 23. FLEXIBILIDADE [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: 24. RESPONSABILIDADE [ ] PONTO FRACO JUSTIFICAR: 123 COM RELAÇÃO AO MACROAMBIENTE (AMBIENTE EXTERNO): NA SUA PERCEPÇÃO, AS QUESTÕES A SEGUIR REPRESENTAM: AMBIENTE DEMOGRÁFICO 1. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO: [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 2. ENVELHECIMENTO POPULACIONAL: [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 3. MUDANÇA NO COMPORTAMENTO DOS SEXOS [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 4. REDUÇÃO DO TAMANHO DAS FAMÍLIAS [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 5. CRESCIMENTO DA RENDA FAMILIAR BRASILEIRA [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 124 AMBIENTE ECONÔMICO 6. OS CICLOS EMPRESARIAIS: [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 7. OSCILAÇÃO CAMBIAL [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 8. A INFLAÇÃO: [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 9. O DESEMPREGO [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: AMBIENTE NATURAL 10. VARIAÇÃO CLIMÁTICA: [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 11. SAZONALIDADE: [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 125 AMBIENTE POLÍTICO E LEGAL 12. REGIME TRIBUTÁRIO: [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 13. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 14. ORGÃOS FISCALIZADORES E REGULADORES DO SETOR [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: AMBIENTE SOCIOCULTURAL 15. CULTURA REGIONAL: [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 16. GRANDE VARIAÇÃO DE ETNIAS NO BRASIL [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: AMBIENTE TECNOLÓGICO 17. NOVAS TECNOLOGIAS DE EQUIPAMENTOS: [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 18. NOVAS TECNOLOGIAS DE PRODUTOS: [ ] AMEAÇA [ ] OPORTUNIDADE PERSPECTIVA Á LONGO PRAZO: 126 PESQUISA DE SATISFAÇÃO VALE BRILHANTE INDÚSTRIA E COMÉRCIO O questionário a seguir faz parte de um trabalho de conclusão de curso. As informações contidas neste, serão mantidas em sigilo e apenas servirão de subsídios para a elaboração do mesmo. Desde já, fico grato pela sua colaboração. INFORMAÇÕES SOBRE ENTREVISTADO Nome: Função: Empresa: Endereço: Cidade: Data: QUESTIONÁRIO 1. Como você obteve conhecimento a respeito da empresa Vale Brilhante? [ ] Indicação profissional [ ] Recebi visita de um representante [ ] Através do site na internet [ ] Outro. Qual? 2. Qual o seu tipo de negócio com a Vale Brilhante Indústria e Comércio? [ ] Sou agente Distribuidor [ ] Sou agente Revendedor [ ] Sou Atacadista [ ] Sou Varejista [ ] Outros. Qual? 3. Qual o seu consumo médio mensal dos produtos da Vale Brilhante? [ ] até 5 toneladas/mês [ ] de 5 á 10 toneladas/mês [ ] de 10 á 15 toneladas/mês [ ] mais que 15 toneladas/mês 127 4. Em média, qual sua freqüência de compras de nossos produtos? [ ] quinzenalmente [ ] mensalmente [ ] bimestralmente [ ] trimestralmente [ ] não possui freqüência regular ( compra conforme demanda) 5. Você tem conhecimento de toda linha de produtos da Vale Brilhante? [ ] Sim [ ] Não. Neste caso qual motivo? [ ] não fui informado [ ] não possuo interesse em conhecer toda linha [ ] outro motivo. Qual? 6. Caso a resposta anterior seja sim, quais dos produtos abaixo sua empresa compra? [ ] Detergente em pó [ ] Tira manchas multiuso em pó [ ] Tira manchas multiuso líquido [ ] Alvejante [ ] Saponáceo 7. Você considera a diversidade de nossa linha de produtos, em relação aos concorrentes: [ ] Pequena. [ ] Proporcional. [ ] Grande. 8. Sobre o giro (saídas) dos produtos, a nossa linha possui em relação aos concorrentes: [ ] Giro menor. [ ] Giro semelhante. [ ] Giro maior. 128 9. Com relação ao(s) produto(s) da Vale Brilhante que você compra, considera o nível de qualidade: [ ] Totalmente Insatisfatório. [ ] Insatisfatório. [ ] Razoavelmente satisfatório [ ] Satisfatório. [ ] Totalmente Satisfatório. Justificar sua resposta: 10. O(s) produto(s) que sua empresa compra atende(m) as especificações técnicas prometidas pelo fabricante? [ ] Sim. [ ] Não. Por quê? 11. Com relação aos produtos concorrentes similares no mercado, os produtos da Vale Brilhante possuem qualidades: [ ] Inferiores [ ] Compatíveis [ ] Superiores Justificar sua resposta: 12. O preço praticado dos produtos vendidos pela Vale Brilhante são, em relação aos concorrentes no mercado: [ ] Acima da concorrência [ ] Similares a concorrência [ ] Abaixo da concorrência. 13. Os preços praticados pela Vale Brilhante são, em relação a sua tecnologia de produtos: [ ] Baixos [ ] Compatíveis [ ] Elevados Justificar sua resposta: 14. Os prazos e condições para pagamentos de nossos produtos são: [ ] Adequados [ ] Inadequados. Por quê? 129 15. Os prazos de entregas de nossos produtos atendem as suas necessidades? [ ] Sim. [ ] Não. Por quê? 16. O condicionamento e embalagens de nossos produtos são: [ ] Adequadas [ ] Inadequadas. Por quê? 17. Nossa localização (Itajaí-SC) interfere nas suas compras e negociações conosco? [ ] Não [ ] Sim. Por quê? 18. Qual dentre meios de comunicação abaixo é mais adequado para sua empresa receber informações á respeito de nossos produtos? [ ] Internet ( e-mail e através de nosso site) [ ] Mala direta impressa (catálogo e folder) [ ] Outro. Qual? 19. Sobre nosso site, ( www.valebrilhante.com.br ): As informações são: A - [ ] Atualizadas [ ] Desatualizadas Seus ícones de acesso são: B - [ ] Fáceis [ ] Difíceis Seu layout é: C – [ ] Agradável [ ] Desagradável Você possui alguma sugestão para melhoria do nosso site? Caso sim, qual? 20. Gostaríamos de deixar esse espaço para sua crítica, sugestão ou elogio. 130 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS Anderson Curvello Estagiário Humberto Curvello Supervisor de campo Prof. Régis Ferroli Orientador de estágio Profº. Eduardo Krieger da Silva Responsável pelos Estágios em Administração 131 DECLARAÇÃO A empresa VALE BRILHANTE INDÚSTRIA E COMÉRCIO declara, para devidos fins, que o estagiário ANDERSON CURVELLO, aluno do Curso de Administração do Centro de Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí, cumpriu com a carga horária prevista para o período de 01/07/07 a 31/12/07, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas. Itajaí, _____________________________________ (nome do responsável pela empresa) 2007.