COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: ARTE E PRÁTICA DO VAREJO QUE APRENDE Heinrich Führ 1 RESUMO Este artigo aborda a importância do varejo começar a entender o cliente, a identificar suas necessidades seus desejos. A arte e prática do varejo que aprende deve ser uma constante, uma prática que deve ser vivenciada em todo momento, neste cenário hipercompetitivo. Neste ambiente de competição, é essencial que as empresas saibam filtrar e processar dados sobre o seu negócio para gerar conhecimento e, conseqüentemente, melhorar o atendimento ao cliente. PALAVRAS-CHAVES: Construção de Valor. Varejo, Comportamento do Consumidor, RESUMEN Este artículo aborda la importancia del comercio minorista empezar a comprender el cliente, a identificar sus necesidades sus deseos. El arte y práctica del comercio minorista que aprende debe ser una constante, una práctica que debe ser vivida en todo momento, en este escenario hipercompetitivo. En este ambiente de competición, es esencial que las empresas sepan filtrar y procesar datos sobre su negocio para generar conocimiento y, consecuentemente, mejorar el servicio al cliente. PALABRAS-LLAVES: Comercio Consumidor, Construcción de Valor. Minorista, Comportamiento del ______________________________ 1 Professor Universitário FAI – Faculdades de Itapiranga/SC, Graduado em Administração com Habilitação em Marketing, Mestrando em Gestão de Negócios UCASAL – Argentina, Doutorando em Administração UNAM – Argentina. 1. INTRODUÇÃO As nuvens ficam pesadas, o céu escurece, as folhas giram no chão: sabemos que vai chover. Sabemos também que, depois da tempestade, a água da chuva alimentará os lençóis d´água, a quilômetros de distância, e que no dia seguinte o céu estará claro novamente. Todos esses eventos estão distantes no tempo e no espaço, mas estão conectados em um mesmo padrão. Uma tem influência sobre o outro, uma influência que, em geral, não é aparente. As empresas e os outros feitos também são sistemas. Porém, muitas vezes não analisadas e questionadas, fazem com que, a organização perca seu foco nos negócios, muitas vezes por decisões/ações não interpretadas e incorporadas na prática. Aprendemos, desde muito cedo, a desmembrar os problemas, a fragmentar o mundo. Aparentemente, isso torna tarefas e assuntos complexos muito mais administráveis, mas, em troca, pagamos um preço oculto muito alto. Não conseguimos mais perceber as conseqüências das nossas ações; perdemos a noção intrínseca de conexão com o todo. (SENGE, 1990, p. 37) Uma das grandes dificuldades do varejo é entender o consumidor, principalmente com o aumento de informação e de racionalidade. A diversidade de momentos de compra e as mudanças de hábitos e estilo de vida vêm fazendo com que o consumidor torne-se progressivamente “multibandeira” e “multimarca”, que vem se transformando em uma natural e crescente infidelidade a produtos/serviços, marcas e lojas. E a grande maioria dos consumidores não dispõe de muito tempo para fazer compras, e para isto, grande parte não compara preço e sim compara valor. Bem-vindos à era dos eternamente INSATISFEITOS, na qual o cliente na maioria das vezes não tem razão e sim razões, e faz o profissional de relacionamento dançar miudinho, sim, porque quando o cliente tem razão é muito mais fácil solucionar o problema, a questão é quando ele tem razões. Uma retrospectiva não muito distante, talvez há dez anos, o cliente desejava apenas um bom produto; depois passou a exigir produto e preço; depois produto, preço e serviço; depois produto,preço, serviço, marca, valor agregado, responsabilidade social, relacionamento, design, experiência, enfim, tudo, absolutamente tudo, para agora. A relação de consumo, nestes imemoráveis tempos, tem pautado princípios sedimentados, a partir do atendimento às necessidades de consumo às de satisfação dos seus desejos. Para alcançar esses objetivos, o varejo tem se confrontado a inúmeras situações desconfortáveis. A nova realidade dos mercados impõe, como uma medida fundamental para o sucesso da empresa varejista, o conhecimento do consumidor, e um grande desafio, é alcançar, ou seja, satisfazer, um consumidor cada vez mais exigente, e que tem à sua disposição uma ampla gama de produtos. As empresas varejistas conseguem, por meio de informações sobre seu segmento-alvo, definir e redefinir suas orientações e sustentar uma vantagem competitiva frente às demais, pois, conhecendo as preferências de compras dos clientes, podem corresponder a elas serviços (Miranda, 2001), concluindose importante refletir a respeito daquilo que realmente faz com que um consumidor prefira uma determinada loja e não outra, ou seja, entender o processo de compra do consumidor. As empresas precisam tornar-se ambientes mais dinâmicos, com equipes capazes de surpreender ao seu cliente a cada instante, a cada visita a loja. Deve estimular o cliente à compra por impulso, estimular ainda um consumidor pressionado pela renda, pela falta de tempo e pelo excesso de ofertas. A verdadeira aprendizagem chega ao coração do que significa ser humano. Através da aprendizagem, nos recriamos. Através da aprendizagem tornamo-nos capazes de fazer algo que nunca fomos capazes de fazer. Através da aprendizagem ampliamos nossa capacidade de criar, de fazer parte do processo gerativo da vida. [...] (SENGE, 1990, p. 47). O significado básico para uma organização que aprende – uma organização que está continuamente expandindo sua capacidade de criar seu futuro – é capacidade de aprender mais rápido do que seus concorrentes. A nova realidade está aí! Só quem a entender, e a colocar em prática, vencerá a batalha neste ambiente tão dinâmico e competitivo. 2. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Muito antes do início do marketing moderno, empresários empreendedores usavam várias maneiras para discernir o que seus compradores queriam. A maioria dirigia pequenas empresas e conhecia muito bem seus clientes, até o ponto de projetar ou oferecer um produto personalizado. Os efeitos de marketing sobre o processo de compra do consumidor incluem efeitos da estratégia de marketing, seja no aspecto de produto, preço, praça ou promoção. A estratégia de produto pode influenciar a avaliação do produto pelo consumidor e sua capacidade de proporcionar valor. A estratégia de preço pode induzir à seleção de um determinado produto que aumente ou diminua o custo total da compra. A estratégia do profissional de marketing para a distribuição pode influenciar a seleção com base na disponibilidade do produto. Finalmente, a promoção pode tornar os consumidores conscientes de uma marca e incluí-la em seu conjunto considerado. Os consumidores começam o processo de compra identificando uma necessidade e, depois, procurando informações sobre produtos e marcas alternativas em fontes internas, de grupo, de marketing, públicas ou de experiência. Muitos conceitos e processos psicológicos envolvidos no comportamento do consumidor foram descritos. Tais conceitos incluem necessidades, desejos, percepção, aprendizado, motivação e formação de atitude dos consumidores. Os consumidores usam todos ou alguns desses processos quando tomam decisões ao comprar ou não comprar um produto. Para Czinkota, et al. (2001, p. 138), “Comportamento do consumidor é a atividade mental e física realizada por consumidores domésticos e comerciais, que resulta em decisões e ações de pagar, comprar e usar produtos”. Peppers e Rogers (1996) explicam que as pessoas efetuam certas compras e não compram outras respondendo a uma série de razões que não são racionais. Toda a ciência comportamental se baseia no princípio de que existem valores identificáveis e estilos de vida que induzem certos tipos de pessoas a desejar certos tipos de marcas e de produtos. O processo de compra do consumidor pode ser uma tomada de decisão rotineira, limitada ou extensiva. Há mais probabilidade de que o consumidor vem a usar a tomada de decisão extensiva, quando o produto é importante, o preço é alto, o produto é complexo ou pouco conhecido e quando há muitas marcas. “As mudanças nos cenários demográfico e tecnológico, iniciadas há três décadas, viram triunfar o indivíduo, com mudanças substanciais em seu comportamento como cliente, em seus desejos, suas necessidades e, conseqüentemente, em seu estilo de vida, o que fez demandar produtos ou serviços com mais qualidade e valor extra. Por outro lado, o decréscimo no custo do processamento e armanezamento de dados e das telecomunicações e a maior disponibilização de aplicativos e sistemas tornaram viável uma reviravolta no pensamento estratégico do marketing, que, pelo uso de novas técnicas de pesquisa e da tecnologia de banco de dados, permitiu capturar e tratar um conjunto muito mais amplo de informações sobre o cliente, tornando possível realmente entender as necessidades dos clientes, individualmente e em tempo real”. (DIAS, 2005, p. 49). O objetivo é compreender como os níveis de relações familiares, sociais e culturais são vivenciados pelos consumidores e como influenciam seu processo de compra. Qual a influencia da liberdade de escolha de cada pessoa? Como isto ocorre? Como é que uma empresa pode entrar nestes circuitos para conseguir as ações desejadas dos clientes? Um dos grandes desafios do marketing é compreender como esses fatores se combinam, se excluem ou se domam para gerar uma atitude favorável no cliente e isolar os mais importantes e passíveis de serem modificados pelas decisões do composto de marketing. 3. CONSTRUÇÃO DE VALOR, SATISFAÇÃO E FIDELIDADE DO CLIENTE Os clientes de hoje são mais difíceis de agradar. Mais inteligentes, conscientes em relação a preços e exigentes, eles perdoam menos e são abordados por mais concorrentes com ofertas iguais ou superiores. O desafio, segundo Jeffrey Gitomer, não é deixá-los satisfeitos; vários concorrentes podem fazer isto. O desafio é conquistar clientes fiéis. O foco deve estar na experiência do cliente Souki (2006 apud Money & Berghwim [2002], mostram que, em um ambiente high tech, as exigências do consumidor são cada vez maiores. Ao qual propõem 10 mandamentos da demanda mais sofisticada: 1- Ganhe a minha confiança: Toda empresa deve, em primeiro lugar, conquistar a confiança e a lealdade do Cliente. Trata-se de inspirar respeito, integridade, qualidade e defesa dos interesses do consumidor que espera uma relação de parceria, na qual a empresa se esmere por proporcionar experiências agradáveis. 2- Inspire-me: O cliente compra emoções. É mais orientando pela emoção do que pela razão. A reação do consumidor pode ser irracional, profundamente pessoal, profundamente sentida. É importante que o cliente associe prazer à marca da empresa e a seus produtos ou serviços. O atendimento ao cliente pode ser feito ao som de uma música ambiente, e a empresa deve também estar atenta a detalhes como temperatura, iluminação e ruído. O resultado esperado é que o cliente permaneça um tempo maior na loja e se interesse pelos produtos oferecidos. 3- Facilite minha vida: Crie conveniência e você vendera mais. O cliente valoriza a simplicidade, a velocidade e a utilidade. As pessoas estão envolvidas em um fluxo constante de informações, e têm pouco tempo para processá-las. 4- Dê-me controle: O cliente deve sentir-se bem, sentir que domina em que de ser dominado. As pessoas dispõem de uma ampla rede de opções, canais de distribuição, quantidade de produtos e várias possibilidades de pagamento. O excesso de informação pode deixa o cliente inseguro. 5- Guie-me: Muitas vezes a função da empresa é ensinar, interpretar e mostrar as principais características do produto ou serviço. Isso faz com que os clientes sintam que tem controle sobre as suas decisões. Empresas que compartilham seus conhecimentos mostram que estão ali para ajudá-los, e não para enganá-los. 6- Mandamento 24/7, isto é, 24 horas, 7 dias por semana: Conveniência e rapidez são essenciais. O tempo adquiriu uma importância extraordinária no mundo atual. Ter tempo é essencial, para todos nós, e aproveitá-lo é fundamental. O mundo 24/7 exige que as empresas encontrem caminhos que satisfaçam as necessidades de seus clientes no maior número de canais e distribuidores. O ritmo superou a precisão. O que era inconcebível há uma geração, hoje já não é mais extraordinário. Para quem tem uma vida atribulada, 24/7 tornou-se um jeito de ser. As barreiras do tempo estão sendo continuamente quebradas. A empresa deve estar disponível para o cliente quando ele tiver tempo, através de diversos canais de atendimento. 7- Conheça-me: Para fidelizar, é preciso conhecer. E conhecer o cliente significa entendê-lo e acompanhá-lo para vender o produto certo no momento adequado, gerando, assim, mais satisfação. Pense em cada cliente como se fosse o único; relacione-se com ele e crie parcerias duradouras. Entenda as motivações de sés cliente. Ofereça a ela exatamente o que ele deseja. 8- Supere minhas expectativas: Agregue valor ao produto/serviço com o intuito de, não só atingir, como também superar as expectativas do consumidor. Vá além das soluções básicas que o concorrente oferece; desenvolva diferenciações significativas que resultem em vantagens competitivas inigualáveis. A superação de expectativas pode advir de um simples detalhe, surgindo de uma análise mais profunda das preferências do consumidor. Muitas vezes as inovações não são o resultado de alta pesquisa e tecnologia aplicada, mas de uma simples atitude oriunda de um melhor entendimento do perfil e das expectativas de seu cliente. 9- Recompense-me: O cliente fiel merece ser “mimado” através de recompensas em função de sua lealdade à empresa. Essas recompensas variam de brindes a “mordomias”. Oferecer brindes aos clientes significa dizer que eles tem um significado especial para a empresa e, assim, cativá-los. Afinal, é mais fácil manter um cliente que conquistar um novo. Lembre-se de que as recompensas só fazem sentido se tiverem valor real para o cliente. Para que os brindes surtam efeito, é importante saber das necessidades, dos desejos e das expectativas de seus clientes fiéis. 10- Fique ao meu lado: Relacionamentos duradouros são construídos ao longo do tempo. Como acontece com os amigos, construir relacionamentos verdadeiros demanda dedicação, empenho, perseverança. Mostre ao cliente que ele, em sua empresa, é um rei, uma rainha. Fazer marketing significa satisfazer as necessidades e os desejos dos clientes. O dever de qualquer negócio é fornecedor valor mediante lucro. Em uma economia extremamente competitiva, com compradores cada vez mais racionais diante de uma abundância de opções, uma empresa só pode vencer ajustando o processo de entrega de valor e selecionando, proporcionando e comunicando um valor superior. 4. HABILIDADE SUPERIOR DE COMPREENSÃO DO MERCADO Uma empresa deve ser capaz de perceber as oportunidades, prever os movimentos dos concorrentes e do mercado, tomar decisões baseadas em fatos e não em suposições. Para isto a empresa, precisa: - Perceber oportunidades: as empresas orientadas para o mercado deverão ser capazes de prever as alterações no mercado para propor novas oportunidades planejadas antes dos seus concorrentes. Como por exemplo, a rede de hipermercados Wal Mart, “preços baixos, todo dia”. - Prever movimentos dos concorrentes: As empresas orientadas para o mercado não estão preocupadas apenas em perceber as necessidades dos clientes, mas também estar prevendo cada movimento de seus rivais. - Tomada de decisões baseadas em Fatos: As empresas precisam começar a se preocupar mais na tomada de decisões. Muitas decisões ainda são tomadas sem análise e interpretação correta dos fatos, contudo, acreditam que ainda podemos tomar decisões inerentes ao momento e ao fato. A rentabilidade por cliente e o valor do cliente são essencialmente orientados por três componentes principais: aquisição do cliente (custo e taxa de aquisição), margem do cliente (crescimento e margem em reais) e retenção do cliente (custo e taxa de retenção). Valor do cliente Aquisição do cliente Margem por cliente Retenção de cliente Figura 1: Direcionadores da rentabilidade do cliente. Fonte: GUPTA, Sunil & LEHMANN, Donald R. Gerenciando cliente como investimentos: O valor estratégico dos clientes a longo prazo. Porto Alegre. Bookmann. 2006, p. 65 – Adaptado: Eugene W. Anderson, Claes Fornell e Donald R. Lehmann, “Customer Satisfaction, Market Share and Profitability: Findings from Sweden”, Journal of Marketing, 58, jul. 1994, pp. 53-66. Reproduzida com a permissão da American Marketing Association. Segundo Gupta & Lehmann (2006), ilustra que a rentabilidade é influenciada por três fatores: aquisição, margem e retenção de clientes. - Aquisição de clientes: O crescimento é vital para todas as empresas. Aumento de receitas, da participação de mercado e de clientes são normalmente considerados medidores infalíveis de sucesso. - Margem por cliente: Enquanto a aquisição do cliente está focado no crescimento do número de clientes, o aumento da margem por cliente orientase segundo o crescimento do lucro de cada cliente existente. O crescimento pode ser alcançado de vários métodos, como por exemplo: “fazer os clientes migrarem para produtos com maior valor agregado”. - Retenção de clientes: Em sua vontade de crescer, muitas empresas buscam exclusivamente entrar em novos mercados, introduzindo novos produtos e adquirindo novos clientes. Entretanto essas empresas frequentemente “fazem água” – à medida que conquistam novos clientes, os antigos vão-se embora. Alguns estudos informam que a taxa de retenção para as empresas americanas é de cerca de 80%. Em outras palavras, na média, 20% dos clientes de uma empresa a abandonam todos os anos. Isso significa Formatado: Português (Brasil) que, grosso modo, a empresa média perde o equivalente a sua base de clientes inteira em cinco anos. Estudos também mostram que o custo de aquisição é geralmente muito superior ao custo de manutenção de clientes. Portanto parece óbvio que as empresas deveriam mobilizar esforços para reterem seus clientes atuais. Infelizmente, muitas delas nem ao menos sabem quais são suas taxas de retenção e perda de clientes. Existem duas maneiras principais de fortalecer a retenção do cliente. Uma é erguer barreiras elevadas para impedir a mudança. Os clientes são menos propensos a mudar para outros fornecedores se isso envolver altos custos de capital, altos custos relacionados à pesquisa de fornecedores ou a perda de descontos para clientes fiéis. O melhor método, porém, é entregar um alto grau de satisfação a ele. Isso torna mais difícil para os concorrentes ultrapassar as barreiras à mudança oferecendo simplesmente preços mais baixos ou incentivos. 5. VANTAGENS DE UMA ORIENTAÇÃO PARA O MERCADO Pesquisas vêem indicando que as empresa que estão orientadas para o mercado, aumentam gradativamente os lucros devido ao aumento do desempenho da equipe. O aumento da lucratividade provêm de um conjunto de vantagens inerentes, que Day (2001, p. 26-28), apresenta: - Eficiência superior em custos e investimentos. Nem todos os clientes são igualmente atraentes e os clientes leais são consideravelmente mais lucrativos que os outros. Uma empresa orientada para o mercado está mais apta para identificar e manter seus clientes lucrativos e conhece o retorno dos seus investimentos em marketing. - Satisfação dos funcionários. Funcionários satisfeitos são, ao mesmo tempo, causa e conseqüência da satisfação dos clientes. Eles também são mais empenhados e entusiasmados a respeito da empresa, mais produtivos e, pelo fato de serem mais leais, os custos de recrutamento, seleção e treinamento são mais baixos. O custo da rotatividade de funcionários também é mais baixo – não só os custos diretos de contratar substitutos, mas também os custos indiretos da produtividade mais baixa enquanto os substitutos aprendem suas tarefas e relacionamentos rompidos são reparados. - Preço mais alto. A orientação para o mercado contribui para um projeto de valor superior, o que comumente se traduz em um preço melhor. - Aumento da receita. Aqui as evidências não são tão conclusivas, mas esperamos que uma capacidade superior para prever mudanças nas exigências do mercado e u direcionamento mais eficaz dos esforços de inovação devam trazer grandes benefícios. - Neutralização da concorrência. Com clientes altamente satisfeitos, a empresa ergue barreiras à mudança que os concorrentes não podem transpor facilmente. Elas podem ser psicológicas (o cliente está satisfeito com o relacionamento e resiste a mudanças) ou econômicas (existe um alto custo ou risco percebido de se mudar de fornecedor). 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A razão de muitas empresas serem obrigadas a encerrar suas atividades nos dias atuais, deve-se, em grande parte, a sua incapacidade de superar desafios. Somente através de modificações em sua estrutura, que lhes permita ter flexibilidade, as organizações poderão sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico. O varejo está se tornando um negócio cada vez mais complexo, as empresas precisam acordar para esta nova realidade. Precisam desenvolver práticas que façam com que o cliente viva de maneira intensa e apaixonante, 24 horas por dias, 7 dias por semana, 365 dias por ano, o seu produto, a sua marca, o seu estabelecimento. 7. REFERÊNCIAS CZINKOTA, Michael R., et al. MARKETING: As melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2001. DAY George S. A EMPRESA ORIENTADA PARA O MERCADO: Compreender, atrair e manter clientes valiosos. Porto Alegre:. Bookman, 2001. DIAS Sérgio Roberto. GESTÃO DE MARKETING. São Paulo: Saraiva, 2005. Formatado: Português (Brasil) Formatado: Português (Brasil) GUPTA Sunil & LEHMANN Donald R. GERENCIANDO CLIENTES COMO INVESTIMENTOS: O valor estratégico dos clientes a longo prazo. Porto Alegre: Bookman, 2006. MIRANDA C. L. SATISFAÇÃO DO CLIENTE EM SUPERMERCADOS: A avaliação da qualidade dos serviços. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção. Florianópolis: UFSC, 2001, 182f. PEPPERS Don & ROGERS Y. Martha. UNO POR UNO: El marketing del siglo XXI. Buenos Aires: Vergara, 1996. SENGE Peter M. A QUINTA DISCIPLINA: Arte e prática da organização que aprende. 20ª Ed., Rio de Janeiro: Best Seller, 1990. SERRENTINO Alberto. INOVAÇÕES NO VAREJO: Decifrando o quebracabeça do consumidor. São Paulo: Saraiva, 2007. SOUKI Omar. AS 7 CHAVES DA FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES. São Paulo: Harbra, 2006.