SUICÍDIO COMO IDENTIFICAR ? Ludmila Palhano SUICÍDIO 1 SUICÍDIO O detalhamento do conhecimento dos fatores de risco auxilia na delimitação da populações nas quais os eventos poderão ocorrer com maior frequência. ABP, 2014 SUICÍDIO Dois principais fatores de risco ① Tentativa prévia de suicídio ② Doença Mental 2 SUICÍDIO ①Tentativa prévia de suicídio É o fator preditivo isolado mais importante De 5 – 6 vezes mais chances de tentar suicídio novamente 50% daqueles que se suicidaram já haviam tentado previamente SUICÍDIO ① ②Doença Mental Quase todos os suicidas tinham uma doença mental, não diagnosticada, não tratada ou “mal” tratada Pacientes com múltiplas comorbidades psiquiátricas têm um risco aumentado, ou seja, quanto mais diagnósticos, maior o risco. 3 SUICÍDIO Outros fatores de risco: Desesperança Impulsividade - Desespero – Desamparo- São fortemente associados ao suicídio É preciso estar atento, pois a desesperança pode persistir mesmo após a remissão de outros sintomas depressivos 4 SUICÍDIO Outros fatores de risco: Desesperança - Desespero - Impulsividade Impulsividade [jovens e adolescentes] é um importante fator de risco. Impulsividade + desesperança + abuso substâncias pode ser particularmente letal de SUICÍDIO IDADE Jovens: suicídio representa a terceira principal causa de morte no país Faixa etária mais frequente 5 SUICÍDIO Motivações dos JOVENS Humor depressivo História familiar Abuso de substâncias Rejeição familiar Problemas familiares Negligência Problemas Sociais Abuso Sexual SUICÍDIO Motivações dos IDOSOS Perda de cônjugue Solidão Enfermidade degenerativa Sensação de ser peso na família Dor Sensação de estar dando trabalho 6 SUICÍDIO GÊNERO ÓBITOS: TENTATIVA: TRÊS vezes mais frequentes TRÊS vezes mais frequentes SUICÍDIO GÊNERO Sexo masculino tende a estar associados a maiores níveis de força, independência e comportamentos de risco Têm dificuldade de procurar ajuda caso tenham sentimentos suicidas e sintomas depressivos A solidão e o isolamento social são os principais fatores associados 7 SUICÍDIO GÊNERO Mulheres se suicidam menos porque têm redes sociais de proteção mais fortes Se engajam mais facilmente em atividades domésticas e comunitárias Buscam ajuda mais facilmente SUICÍDIO Doenças clínicas não psiquiátricas: As taxas de suicídio são maiores em pacientes: câncer HIV doenças neurológicas doenças cardiovasculares doenças reumatológicas 8 SUICÍDIO Doenças clínicas não psiquiátricas: As taxas de suicídio são maiores em pacientes: câncer HIV doenças neurológicas doenças cardiovasculares doenças reumatológicas SUICÍDIO Doenças clínicas não psiquiátricas: Os sintomas não responsivos ao tratamento e os primeiros meses após o diagnóstico também constituem situações de risco 52% a 88% dos pacientes com doenças clínicas crônicas apresentam comorbidades com transtornos psiquiátricos 9 SUICÍDIO Doenças clínicas não psiquiátricas: É necessário rastrear sintomas depressivos e comportamento suicida nesses pacientes, especialmente diante de problemas de adesão ao tratamento SUICÍDIO É necessário rastrear sintomas depressivos e comportamento suicida nesses pacientes, especialmente diante de problemas de adesão ao tratamento 10 SUICÍDIO FATORES GENÉTICOS Há componentes genéticos, assim como ambientais envolvidos O risco de suicídio aumenta entre aqueles que foram casados com alguém que se suicidou SUICÍDIO FATORES SOCIAIS: Emile Durkheim no século XIX, um conceito de LAÇO SOCIAL. “Quanto maiores os laços sociais em uma determinada comunidade, menores seriam as taxas de mortalidade por suicídio” 11 SUICÍDIO FATORES SOCIAIS: Desemprego e baixa qualificação A mortalidade por suicídio aumenta em períodos de recessão econômica, principalmente nos três primeiros meses da mudança de situação financeira Ser solteiro aumenta o risco de suicídio, com taxas mais elevadas entre indivíduos divorciados ou que nunca se casaram 12 SUICÍDIO FATORES PROTETORES: Não podem ser supervalorizados em detrimento dos fatores de risco Resiliência Preocupação com a família Suporte Familar Ausência de doença mental Laços Sociais Filhos em casa Religiosidade Razão para viver Ausência de planejamento Acesso a atendimento rápido 13 BOTEGA, 2005 COMO ABORDAR O PACIENTE COM IDEAÇÃO SUICÍDA? 14 O que fazer ? O que NÃO fazer 15 SUICÍDIO OMS: 3 CARACTERÍSTICAS COMUNS AMBIVALÊNCIA IMPULSIVIDADE RIGIDEZ SUICÍDIO AMBIVALÊNCIA Desejo de viver e de morrer se confundem no sujeito Há urgência em sair da dor e do sofrimento com a morte, entretanto há o desejo de sobreviver a esta tormenta Se for dado oportunamente o apoio emocional necessário para reforçar o desejo de viver, logo a intenção e o risco de suicídio diminuirão 16 SUICÍDIO IMPULSIVIDADE O suicídio parte de um ato que é usualmente motivado por eventos negativos do dia a dia O impulso é transitório e tem duração de alguns minutos ou horas Acolher a pessoa durante a crise com ajuda empática adequada pode interromper o impulso SUICÍDIO RIGIDEZ Pensamentos, sentimentos e ações apresentamse muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio Incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema Comportamento torna-se inflexível quanto à sua decisão 17 SUICÍDIO RIGIDEZ As ações estão direcionadas ao suicídio e a única saída possível que se apresenta é a morte O funcionamento mental gira em torno de três sentimentos: intolerável - não suportar inescapável - sem saída interminável - sem fim SUICÍDIO RIGIDEZ Distorção da percepção de realidade com avaliação negativa de si mesmo, do mundo e do futuro Há um medo irracional e uma preocupação excessiva O passado e o presente reforçam seu sofrimento e o futuro é sombrio, sem perspectiva e com ausência de planos 18 SUICÍDIO RIGIDEZ Distorção da percepção de realidade com avaliação negativa de si mesmo, do mundo e do futuro Há um medo irracional e uma preocupação excessiva O passado e o presente reforçam seu sofrimento e o futuro é sombrio, sem perspectiva e com ausência de planos SUICÍDIO FRASES DE ALERTA! ‘’ eu preferia estar morto” “ eu não posso fazer nada” “ eu não aguento mais” “ eu sou um perdedor e um peso para os outros” “Os outros serão mais felizes sem mim” 19 AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO Você tem planos para o futuro? O Paciente tem habilidade para controlar seus impulsos? Tem obtido prazer na vida? Há fatores estressores recentes? Se a morte viesse, ela seria bem-vinda? Qual o motivo que o paciente tem para permanecer vivo? Filhos, crença? Você está pensando em se machucar/se ferir/fazer mal a você/em morrer? Você tem algum plano específico para morrer/se matar/tirar sua vida? Há meios acessíveis para cometer suicídio?armas, remédios, inseticidas Qual a letalidade do plano? Alguma preparação foi feita? Carta, testamento, acúmulo de comprimidos Há data para executar o plano? OBRIGADA!! [email protected] www.institutoruypalhano.com.br 20 OBRIGADA!! [email protected] www.institutoruypalhano.com.br 21