TRABALHO DO CURSO DE FITOMEDICINA 2004 FUNDAÇÃO HERBARIUM DE SAÚDE E PESQUISA ASOCIAÇÃO ARGENTINA DE FITOMEDICINA FITOMEDICINA OU FITOTERAPIA UMA ABORDAGEM CRÍTICA Autora: Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso Mestre em Ciências-UNICAMP ,Bacharel em Química, Médica e-mail: [email protected] Campinas, 30 de junho de 2004 Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso – Rua Dr. Emílio Ribas, 1594 – Cambuí – Campinas – SP – CEP13025-142 - Tel. (19) 9602.2579 Fitomedicina ou Fitoterapia Uma Abordagem crítica Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância das plantas medicinais, em particular, nos diversos campos de ciências da saúde e sua aplicação. Ressaltamos ainda a importância de se introduzir o termo Fitomedicina, que não é encontrado como descritor em Ciências de Saúde, o que justifica uma abordagem crítica, uma vez que só neste momento, a semente da Fitomedicina foi colocada para germinar em solo brasileiro. A semeadura Quando somado à palavra medicina o termo ¨fito¨ como prefixo, multiplica-se a necessidade e responsabilidade em definir-se objetivamente o que significa tal descritor, o qual ocupará, consequentemente, seu espaço no universo das Ciências da Saúde. A Argentina e a Alemanha são os dois países que já utilizam tal termo, embora ainda não aceito cientificamente, porém na intenção de despertar a comunidade científica. Neste momento emergente da globalização, em que se tem acesso a diversas técnicas terapêuticas, dentre elas as denominadas alternativas, que muito estudo e pesquisa requerem para o embasamento científico para uso seguro. O fato de estarmos abordando insistentemente a necessidade de estabelecer um descritor de Ciência da Saúde para o termo fitomedicina, é para evitar que ocorram equívocos, como há com relação a Dietoterapia e a Nutrologia, e ainda com relação a outras terapêuticas Alternativas. No levantamento bibliográfico que fizemos na MEDLINE e na LILACS, encontramos dois títulos de livros que possuíam o termo Fitomedicina; já no mesmo período, 1993 a 2004, para o termo fitoterapia encontramos 7.012 na MEDLINE e 9.429 na LILACS ; o mesmo ocorre na bibliografia oferecida pelo curso da Fundação Herbarium que corajosamente, introduz o termo no Brasil. Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso – Rua Dr. Emílio Ribas, 1594 – Cambuí – Campinas – SP – CEP13025-142 - Tel. (19) 9602.2579 Germinação da Fitomedicina A Fitomedicina provavelmente é um dos filhos mais novos da Fitoterapia, e como tal está em fase de organização celular, onde sua carga genética traz o produto do bom cultivo das plantas medicinais, na necessidade de pesquisas de técnicas agricolas; da fitoquímica; da farmacologia através da farmacognosia e farmacocinética; da toxicologia; das análises de controle de qualidade nas mais diversas áreas; na taxonomia ; etc, até chegar efetivamente a elucidação e aplicação, com segurança, das plantas medicinais, na medicina. Se faz importante, neste momento, a reflexão de como será a abordagem clínica para a aplicação terapêutica de plantas medicinais. Assim como a Homeopatia, a Fitomedicina deverá desenvolver uma propedêutica adequada para abordar os pacientes, para poder estabelecer com segurança o Diagnóstico sindrômico, o patológico e o etiológico afim de ser utilizada fitoterapia com sucesso. Pensando desta forma encontramos na literatura (1) a Fitomedicina como uma nova disciplina acadêmica do curso de medicina, disciplina esta vinculada a farmacologia. O Cultivo A Fitomedicina surgirá do árduo trabalho multidisciplinar, pois necessita de uma abordagem adequada do paciente, através de uma visão holística, pois para o tratamento efetivo de uma determinada doença, é preciso abordar o agente etiológico, seja ele de origem psíquica, emocional, traumática, etc.., enfim, o agente que está levando ao estado de doença e através de que mecanismo. O estado ¨doença¨ é a manifestação do desequilíbrio fisiológico ou de alterações morfofisiológicas. Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso – Rua Dr. Emílio Ribas, 1594 – Cambuí – Campinas – SP – CEP13025-142 - Tel. (19) 9602.2579 O árduo trabalho de se pesquisar plantas com propriedades medicinais inicia-se na oralidade regional de cada cultura popular, onde um levantamento de campo deve ser feito, aí então os dados manipulados e classificados conforme o objetivo a ser estudado. Escolhido o objeto de trabalho (planta), este deve ser pesquisado nas mais diversas áreas, desde a taxonomia, nomenclatura popular, sinonímia, características de cultivo e coleta, fisiologia e anatomia. A medida que a planta vai sendo conhecida e as informações são complementares, a fitoquímica da planta é investigada afim de se conhecer as classes de substâncias químicas que a compõem em suas diversas partes (raiz, caule, folhas, flores, frutos, sementes). A partir desta investigação são extraídas , separadas, purificadas e identificadas as substâncias que possuem princípios ativos. Tais substâncias são levadas a um estudo farmacológico onde será investigada a toxicidade, as reações adversas, os efeitos desejados, as doses a serem utilizadas. Para tanto, a farmacognosia e farmacocinética são instrumentos preciosos, assim como em uma etapa paralela os estudos toxicológicos irão classificar tais substâncias de forma a caracterizar a planta , ou parte dela, como: venenosa, tóxica, perigosa, medicinal. As Plantas As plantas são constituídas de raiz, caule, folha, flor, frutos (ou não) e cada parte possui uma morfofisiologia própria que produz substâncias que podem atuar em nosso metabolismo ajudando a reestabelecer o equilíbrio fisiológico. Porém, estas substâncias nunca estão sós, estão acompanhadas de outras substâncias ditas coadjuvantes, que levam a um efeito cinergético, protetor, tóxico, etc., dependendo da parte da planta. Além destes fatores intrínsecos da planta, existem os fatores extrínsecos que também influenciam; tipo de solo e água que a planta é cultivada, o clima, a época de colheita, como é armazenada e transportada, etc, Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso – Rua Dr. Emílio Ribas, 1594 – Cambuí – Campinas – SP – CEP13025-142 - Tel. (19) 9602.2579 pois todos estes fatores influenciarão na obtenção do efeito desejado quando da utilização da planta. Neste momento encontramos o mundo voltandose para as plantas (2,3,4). O criar, o inventar está deixando espaço e até mesmo clamando para serem investigados, pesquisados e fundamentados os conhecimentos populares e oralistas, pois já que todo o ecossistema tem que conviver com dificuldades e distúrbios fisiológicos, deve-se buscar soluções no próprio ecossistema, de uma maneira racional, afim de preservá-lo e a nós mesmos, com uma consciência mais ampla e futurista a medida que pensamos que o preservar e perpetuar das espécies animais e vegetais é fundamental para a vida das plantas e o nosso sobreviver. Tal colocação é baseada no levantamento bibliográfico onde encontramos diversos países ( Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, China, Escócia, Espanha, Estados Unidos da América do Norte, Holanda, Itália, Rússia, etc) timidamente, voltando suas pesquisas para a fitoterapia; a própria Organização Mundial de Saúde tem apenas três títulos oficiais sobre o tema. Os medicamentos alopáticos que existem no mercado (assim como os produtos fitoterápicos), exigem um grande investimento, a medida que os princípios ativos presentes nos medicamentos são descobertos e extraídos de plantas, em sua maioria. Para alopatia,as substâncias extraídas das plantas são separadas, purificadas identificadas e, se possuírem atividade biológica, classificadas como principio ativo. A indústria de química fina buscou sintetizar estas substâncias em laboratório a fim de se ter quantidade significativa para uso medicamentoso na comunidade e para recuperar o capital investido. Os problemas com resistência à substância leva à necessidade de modificações químicas na molécula, com introdução de radicais que melhorem a seletividade de atividade biológica para continuar sendo usado como principio ativo no medicamento. Frente a esta situação, a comunidade científica é levada a observar o simples e lógico: a natureza já oferece nas plantas a formulação adequada, estabilizada, sem problemas de oxidação, redução, etc, e as civilizações sempre se utilizaram das plantas, sem procurar saber tantos porquês, mas Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso – Rua Dr. Emílio Ribas, 1594 – Cambuí – Campinas – SP – CEP13025-142 - Tel. (19) 9602.2579 conhecem como e o que pode ser usado em cada situação e o como não pode ser usado. Por que então não tentar entender, descobrir e fundamentar o conhecimento popular do uso das plantas medicinais para poder usá-las com eficiência e segurança? Fitoterapia Do ponto de vista de ciência aplicada, aceitamos que a fitoterapia deva ser usada como terapêutica medicamentosa de escolha em fitomedicina, e que deverá ter uma abordagem holística na fisiopatologia. A fitomedicina deverá usar a fitoterapia como conduta no processo de tratamento da patologia, porém o processo de investigação deverá ser armada de exames laboratoriais, exames de imagem, além da anamnese exame físico detalhados. Acredito que ao médico que faz a avaliação e investigação, e toma a conduta de cada caso clínico, deva ser colocada a disposição, legalmente, a fitoterapia, desde que este tenha formação específica para isso. Quando falamos da necessidade do médico acompanhar o paciente, seja com terapêutica alopática, homeopata ou fitoterápica, falamos baseado na experiência clínica que temos, pois alguns fitoterápicos diminuem ou tiram os sintomas do paciente, mas permanecem as alterações fisiopatológicas, o que pude verificar quando do uso de alho em pacientes hipertensos o sintoma de cefaléia e náusea desapareceram, porém ao exame físico continuavam com pressão arterial elevada, o que mostra o risco de acidente vascular. Este caso ressalta o mencionado anteriormente quanto ao fato de obter o efeito desejado com determinados organismos. A sensibilidade individual, a predisposição do organismo aceitar a droga utilizada é uma variável importante, pois cada organismo reage de uma maneira própria frente a terapêutica utilizada. Outro caso clínico interessante que tive foi com paciente que prescrevi uso de Hamamelis para tratar hemorróidas e este paciente embora tenha apresentado discreta melhora no quadro de Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso – Rua Dr. Emílio Ribas, 1594 – Cambuí – Campinas – SP – CEP13025-142 - Tel. (19) 9602.2579 hemorróidas, veio a apresentar episódios de angina pectoris, logo a seletividade do organismo apresentou efeitos adversos e indesejáveis em pacientes que apresentavam antecedentes de espasmo coronariano desencadeado por estresse. Tais efeitos são observados e devem ser relatados da mesma forma Cimifuga racemosa na que quando pesquisamos literatura, verificamos que tal planta pode ser usada no climatério para amenizar a sintomatologia e para evitar neoplasia de mama (5,6) , contudo a mesma planta quando usada associada a outros medicamentos pode induzir a hepatite (6,7). Outro caso interessante que tive em minha vivência clínica e que me despertou como possível tema para este trabalho está relacionado com Vitex agnus-castus L. Caso clínico: paciente de 44 anos, pré-climatério, com regularidade menstrual de pouco fluxo nos, nos últimos meses apresentando mastalgia importante. Usou Vitex, 1 cáps via oral à noite. Em dez dias apresentou melhora do sintoma e continuou usando a medicação. No 5º mês após uso do medicamento retorna com dores em baixo ventre; diagnosticada como dor pélvica à esclarecer. No exame físico constata-se dor a palpação de ovários, porém de tamanhos e consistência preservados. Na investigação diagnóstica todos os exames apresentaram normais, porém como o quadro clínico era muito importante e não apresentou melhora com analgesia potente, foi levada a laparoscopia exploradora com a hipótese diagnóstica de abdome agudo. Na cirurgia o achado foi cisto de ovário roto com abdome agudo hemorrágico. O anátomo patológico diagnostica hidatide de Morgani e hiperplasia folicular reacional. Quinze dias depois da cirurgia, a paciente apresenta outro quadro de dor pélvica importante, e o ultra-som de abdome total mostra líquido livre na cavidade – logo hipótese diagnóstica: cisto de ovário roto. Introduziu-se pílula de baixa dosagem hormonal em uso contínuo, por três meses, para bloquear a estimulação ovariana. A paciente evoluiu com melhora porém com dor em baixo ventre por três meses, quando apresentou quadro agudo novamente. Neste momento o ultra-som evidenciou útero miomatoso, ovário aumentado com cisto; na colposcopia evidenciou-se cercite em todo o colo uterino, na mamografia Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso – Rua Dr. Emílio Ribas, 1594 – Cambuí – Campinas – SP – CEP13025-142 - Tel. (19) 9602.2579 evidências de calcificação grosseira em mama, com indicação de mamotomia. Suspensa a medicação a paciente voltou a sentir mastalgia importante, voltou a menstruar normalmente e no momento está sob investigação diagnóstica para elucidação do caso. Este caso ilustra muito bem a estimulação ovariana pelo LH, a inibição de prolactina pela hipófise; contudo a paciente apresentou exacerbação destes efeitos o que gerou a patologia que necessitou de intervenção imediata. Se mesmo um médico cuidando e seguindo um caso com recursos diagnósticos verifica efeitos exacerbados, como ficaria este caso nas mãos de um fitoterapeuta, que a principio estaria indicando e não prescrevendo tal medicamento?... Vitex agnus-castus L. A Vitex agnus-acstus L. foi a planta eleita neste trabalho, onde uma revisão da literatura nos mostra aspectos fitoquímicos, de propriedade fitoterapêutica e aplicação clínica. Para revisar a evidências do Vitex comumente usado pela mulher, buscamos pelo banco de dados da MEDLINE e da LILACS os artigos referentes ao assunto, no período de 1993 a 2004. Muitos pesquisadores, de diversas partes do mundo, tem voltado suas pesquisas para Vitex agnuscastus . No campo da fitoquímica Sorensen & Katsotis estudaram o quanto a maturidade do fruto de Vitex influenciam na extração de principios ativos; no tempo de distilação do extrato; quais os métodos de extração utilizados para óleos essenciais e sua composição. (8) Hirobi et alli extrairam e identificaram por métodos espectrométrico quatro flavonóides citotóxicos(9), enquanto Suksmrarn et alli investigaram técnicas de separação de terpenos com 25 carbonos por HPLC (10) e Santos et alli, no Rio de Janeiro, no Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais da UFRJ, isolaram outros dois ecdiesteroides de Vitex da flora brasileira (11). Assim como no Brasil, no Japão foram isolados dois diterpenos no extrato do fruto de Vitex rotundifolia L e a identificação foi feita por espectroscopia Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso – Rua Dr. Emílio Ribas, 1594 – Cambuí – Campinas – SP – CEP13025-142 - Tel. (19) 9602.2579 (12). Nos Estados Unidos, Vitex trifolia L. (13) o mesmo foi feito com Quanto a importância do estudo de Vitex pode ser atribuída ao fato de que a análise farmacológica indica que os diterpenos encontrados no fruto possuem atividade dopaminérgica(14) e ensaios biológicos com extrato orgânico de vitex mostram que alguns dos diversos princípios ativos inibem o crescimento de alguns fungos e de células cancerosas. (15) Efeitos farmacológicos de extratos alcoólicos de Vitex agnus-castus com solventes de diferentes polaridades foram avaliados quanto a força de interação com a dopamina e benzodiazepínicos, donde constatou-se o efeito dopaminérgico do extrato de Vitex e sua ação farmacológica adicional via receptores opióides (16) e Lui et alli, nos Estados Unidos, constataram atividade estrogênica do extrato de Vitex (17); assim como pesquisadores alemães investigaram e constataram a inibição de prolactina e estimulação de LH (18,19) a partir donde pode-se dizer que o Vitex possui muitos fitoestrógenos (20, 21) e então ser caracterizada em planta medicinal que possui fitohormônios. Estudos multicentricos tem sido feito para verificar a eficiência de Vitex agnus-castus em pacientes com Tensão Pré-Menstrual (22, 23, 24, 25), a atividade dopaminérgica e a inibição da prolactina melhora os sintomas da TPM (26), e quando Atmaca et alli pesquisaram o efeito da Fluoxetina versus Vitex agnus-castus, no tratamento da TPM, constataram que a fluoxetina é melhor para os sintomas psíquicos enquanto o Vitex é melhor para os sintomas físicos (27) da mesma forma que Wuttke et alli quando estudaram o efeito supressor da dopamina constataram que é clinicamente importante na mastalgia e nos sintomas da TPM (18). Frente a importância do Vitex para a saúde da mulher Schellemberg estudou a tolerabilidade e eficiência do extrato da planta na TPM (28). A terapia estrogênica utilizada na década passada pelos médicos tradicionais fez com que as mulheres sentissem a necessidade de buscar terapias alternativas, ditas “naturais”, para o tratamento dos sintomas do climatério (29, 30). Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso – Rua Dr. Emílio Ribas, 1594 – Cambuí – Campinas – SP – CEP13025-142 - Tel. (19) 9602.2579 Loch et alli, nos Estados Unidos, fizeram um tratamento multicentrico do tratamento da TPM, por 3 meses, com Vitex e concluíram que em 93% dos casos analisados a TPM diminuiu ou desapareceu. A mastalgia desapareceu quando não era muito severa, e ameniza muito, quando é severa, em 81% dos casos estudados (31). Quando o Vitex é usado 5 dias antes da ovulação a mastalgia é bem controlada (32). Embora estejamos exaltando os efeitos desejados do Vitex, para podermos fazer bom uso do mesmo, devemos conhecer também os efeitos adversos. Ohyama et alli pesquisaram a citotoxicidade do extrato alcoólico a frio em Vitex e verificaram que este existe para fibroblastos do canal cervical em humanos; para o câncer de ovário, carcinoma cervical, carcinoma da mama, carcinoma do cólon e carcinoma de pequenas células no pulmão (33). Muitos estudos são necessários para que o Vitex não seja usado simplesmente como terapia alternativa na mastalgia e na TPM (34), mas sim como terapia complementar quando da abordagem holística no tratamento da infertilidade com melhores resultados que os dos alopatas (35), pois medicamentos homeopáticos contendo Vitex tem apresentado resultados satisfatórios no tratamento de infertilidade e oligomenorréia (36). Atenção especial deve ser dada ao tempo de tratamento, pois quando o Vitex é utilizado por 4 ciclos consecutivos pode gerar alteração do FSH o qual acarreta efeitos indesejáveis (37). Embora tenhamos abordado a literatura referente ao caso clínico anteriormente citado, devemos ressaltar que na família do Vitex existem plantas que podem ser utilizada como antinflamatórios (38); antiviral na herpes simples (39), na inibição da leucemia mielóide (40,41); analgésico (42); antibacteriano (43), etc. O vitex é muito importante para a saúde da mulher e é necessário o investimento em estudos consistentes. Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso – Rua Dr. Emílio Ribas, 1594 – Cambuí – Campinas – SP – CEP13025-142 - Tel. (19) 9602.2579 CONCLUSÃO Para concluir gostaria de ressaltar a importância de se introduzir o termo fitomedicina, uma vez que quando realizamos busca exaustiva do tema na literatura, o encontramos apenas três vezes, sendo dois títulos em livros texto ( , ) e uma vez em revista( ). Quanto as plantas medicinais abordamos brevemente a pesquisa fitoquímica, farmacológica, clínica e terapêutica. Para tanto realizamos revisão bibliográfica de Vitex agnus-castus L. na MEDLINE e LILACS. Concluímos no decorrer da elaboração do trabalho que há necessidade do investimento em estudos consistentes, nas diversas áreas de ciência e tecnologia, de plantas medicinais. Drª Maria Aparecida de Miranda Pedroso – Rua Dr. Emílio Ribas, 1594 – Cambuí – Campinas – SP – CEP13025-142 - Tel. (19) 9602.2579 BIBLIOGRAFIA 1. webs.wolsinectis.com.ar 2. Revista FEEMA; 2(10):43, 1993 maio/jun 3. J Agric Food Chem; 26(2):410-3, 1978 4. Trends Biotechnol; 20(12):522-31, 2002 Dec 5. Breast Cancer Res Trat; 76(1):1-10, 2002 Nov 6. J Agric Food Chem; 50(24):7022-8, 2002 Nov 7. Med J Aust; 177(8):440-3, 2002 Oct 8. Planta Med; 66(3):245-50, 2000 Apr. 9. Phytochemistry; 46(3):521-4, 1997 Oct. 10. Phytochemistry; 53(8):921-4, 2000 Apr. 11. Fitoterapia; 72(3):215-20, 2001 Mar. 12. Chem. Pharm Bull(Tokyo);49(1):82-6, 2001 Jan. 13. Phytochemistry; 55(8):873-7, 2000 Dec. 14. Planta Med; 66(4):352-5, 2000 May. 15. 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