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Gerenciamento de riscos na Construção civil: saúde e segurança do trabalhador
Dezembro/2015
Gerenciamento de riscos na Construção civil: saúde e segurança do
trabalhador
Gedean Jaderson Cardoso de Jesus - [email protected]
Gestão de Projetos em Engenharia e Arquitetura
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Manaus, Am, 17 de Abril de 2015
Resumo
O setor da construção civil destaca-se pelo alto nível de acidentes de trabalho, isso ocorre
por contratar mão de obra não qualificada, alta rotatividade e suas condições de trabalho.
Trazendo a necessidade das empresas utilizarem novas abordagens de gerenciamento de
risco e segurança do trabalho, para a melhoria da produtividade e diminuição dos custos e
tempo de entrega do serviço. Por isso o objetivo deste trabalho é analisar as etapas do
gerenciamento de riscos na construção civil relacionada à saúde e segurança do
trabalhador. E como objetivos específicos adotaram-se: identificar os riscos inerentes da
construção civil aos trabalhadores; elaborar uma análise dos efeitos dos riscos a saúde e a
segurança do trabalhador e realizar um plano de controle através de ferramentas de
segurança do trabalho.
Palavras-chave: Construção civil; gerenciamento de risco; segurança do trabalho.
1. Introdução
No Brasil a construção civil destaca-se pelo alto nível de acidentes de trabalho, isso ocorre
pela sua alta rotatividade, suas condições de trabalho e a contratação de trabalhadores de
baixo nível de qualificação. Pode-se dizer que o canteiro de obra por si só já é uma área de
risco, contendo ferramentas e máquinas que exige procedimentos de execução para serem
manuseados e por falta de consciência dos riscos envolvidos faz com que muitos
trabalhadores realizem os procedimentos sem um prévio treinamento, não tomando as devidas
precauções para se evitar acidentes ou doenças do trabalho.
Dentro deste contexto as empresas das construções civis estão à procura de meios para
amenizar acidentes, através do gerenciamento de risco e segurança do trabalho. O
gerenciamento de risco são procedimentos adotados para controlar os riscos e mitigar seus
efeitos, são parte desse gerenciamento a identificação, análise e controle. Conforme Cruz
(2005), a gerência de riscos pode ser definida como a “ciência, a arte e a função que visa à
proteção dos recursos humanos, materiais e financeiros de uma empresa, no que se refere à
supressão, redução ou ainda financiamento dos riscos, caso seja economicamente viável”.
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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/2015 dez/2015
Gerenciamento de riscos na Construção civil: saúde e segurança do trabalhador
Dezembro/2015
Por isso o objetivo geral dessa pesquisa é analisar as etapas do gerenciamento de riscos na
construção civil relacionada à saúde e segurança do trabalhador. E como objetivos específicos
adotaram-se: identificar os riscos inerentes da construção civil aos trabalhadores; elaborar
uma análise dos efeitos dos riscos a saúde e segurança do trabalhador e realizar um plano de
controle através de ferramentas de segurança do trabalho.
Nota-se que as empresas que aplicam o gerenciamento de riscos minimizam os acidentes de
trabalho, os desperdícios de matérias, os custos e o tempo de entrega das obras. Versuh (2000)
confirma que o gerenciamento de risco “é o trabalho principal de um gerenciamento de
projetos e que as técnicas adotadas reduzem os riscos de atrasos e extrapolar o orçamento
proposto, assegurando a qualidade final do produto. Elevando as suas chances de sucesso”.
Por isso essa pesquisa limita-se: a buscar os conhecimentos de gerenciamento de riscos de
obras empreitadas de construção civil na literatura; descrever as práticas utilizadas para o seu
gerenciamento de riscos; Apresentar as principais técnicas e ferramentas e a segurança tratada
nessa pesquisa referem-se aos procedimentos necessários para evitar acidentes que pode trazer
consequências para as empresas.
2. Definição e conceitos
2.1 Riscos
Segundo a OHSAS 18.001 (2007), risco “é a combinação da probabilidade de ocorrência de
um evento perigoso ou exposição com a gravidade da lesão ou doença que pode ser causada
pelo evento ou exposição.” A OHSAS dividiu o risco em três interpretações:
Risco Aceitável: risco que foi reduzido a um nível que pode ser tolerado pela
organização, levando em consideração suas obrigações legais e sua própria política
de saúde e segurança do trabalho.
Risco Potencial: está associado ao fato de a resistência do corpo, eventualmente
atingido, ser inferior a uma determinada energia (causadora de acidente, por
exemplo).
Risco Efetivo: é a probabilidade de o homem estar exposto a um risco potencial
(OHSAS 18.001, 2007).
Michaelis (2002) entende como risco a “possibilidade de perigo, incertos, mas previsíveis,
que ameaçam de dano à pessoa ou coisa”.
Ruppenthal (2013) define risco como “a possibilidade de um evento adverso possa afetar
negativamente a capacidade de uma organização para alcançar seus objetivos.” Ruppenthal
classifica risco em:
Hazard: condições de uma variável com potencial necessário para causar danos
como lesões pessoais, danos a equipamentos e instalações, danos ao meio-ambiente,
perda de material em processo ou redução da capacidade de produção.
Risk: expressa uma probabilidade de possíveis danos de um período específico de
tempo ou número de ciclos operacionais, podendo ser indicado pela probabilidade
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de um acidente multiplicado pelo dano em valores monetários, vidas ou unidades
operacionais.
Incerteza: quanto à ocorrência de um determinado acidente (RUPPENTAL, 2013).
A NR 9 considera “riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos
ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo
de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.” A NR define:
Os agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o
ultrassom.
Os agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no
organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas,
gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter
contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Os agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus,
entre outros.
Além dos agentes físicos, químicos e biológicos a NR 17 inclui como um agente dos riscos
ambientais os riscos ergonômicos. USP (2007) considera agentes ergonômicos “como
condições que interferem no conforto do trabalhador, podendo causar doenças e/ou lesões.”
Classificando-o como sendo: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de
peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos
excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e
repetitividade e outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.
De acordo com Zarpelon et. al. (2008) os riscos de acidentes ou mecânicos “ocorrem
imediatamente após o contato entre o agente e o trabalhador, no qual o nexo entre a causa e o
efeito é relativamente fácil”.
2.2. Acidente de trabalho
A lei n 8.213/91 define acidente de trabalho no seu art.19:
“Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da
empresa, ou ainda, pelo serviço de trabalho de segurados especiais, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da
capacidade para o trabalho, permanente ou temporária”.
Acidente de Trabalho “é aquele que ocorre durante o exercício do trabalho, que provoca lesão
corporal ou perturbação funcional que causa a morte, perda ou redução permanente ou
temporária da capacidade para o trabalho” (MENDES, 2002). O autor equipara a acidente os
casos ocorridos no percurso (casa-trabalho-casa) e no local de refeição.
Para Ayres e Correa (2001) o acidente de trabalho “é uma ocorrência não programada,
inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade
ocasionando perda de tempo e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais.”
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Opitz e Opitz (1988) dividem em cinco grupos os fatores que podem causar acidentes de
trabalho:
(i) acidentalidade, quando há a predisposição (entendida como conjunto de
circunstâncias) da pessoa sofrer um acidente, mais do que os demais colegas ou
profissionais que executem a mesma tarefa; (ii) idade e antiguidade profissional,
quando o profissional não tem a mesma experiência dos mais velhos e, por isso, se
expõem aos riscos; (iii) aptidão profissional – quando há instrução e treinamento, a
possibilidade de erros diminui drasticamente; (iv) influência social – quando o grupo
social que rodeia o trabalhador, ou mesmo causas psicológicas e emocionais, afeta o
comportamento do trabalhador, que se expõe mais aos acidentes; e (v) os fatores
ambientais.
3. Gerenciamento de risco
Ruppenthal (2013) define gerência de riscos “como uma metodologia que visa aumentar a
capacidade de uma organização em prever, priorizar e superar obstáculos para obter a
realização de suas metas.” A autora enfatiza que além de a gerência de risco atuar na proteção
dos recursos humanos, materiais e financeiros da empresa, ela preocupa-se também, nas
consequências de eventos.
O gerenciamento de risco consiste “no planejamento, identificação, análise, respostas,
monitoramento e controle dos riscos em um projeto”, e tem como objetivo maximizar a
probabilidade e o impacto dos eventos positivos e minimizar a probabilidade e o impacto dos
eventos negativos projeto. (PMBOK-PMI, 2004).
Para Gonçalves (2000) a Gestão de Riscos pode ser definida como “a aplicação sistemática de
estratégias, procedimentos e práticas com o objetivo de identificar os perigos e analisar,
avaliar e controlar os riscos de acidentes”.
Souza (2015) confirma que a gerência de riscos “é a ciência, a arte e a função que visa à
proteção dos recursos humanos, materiais e financeiros de uma empresa, quer através de
financiamento dos riscos remanescentes, conforme seja economicamente mais viável.”
O gerenciamento de risco pode ser entendido como a utilização dos recursos
humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de forma preventiva com objetivo de
evitar acidentes que possam causar danos à saúde dos trabalhadores e impactos
ambientais, sendo necessária identificação dos riscos, planejamento de ações de
bloqueio, ações preventivas, controle e monitoramento e análise crítica para
melhoria continua e aprendizado. (CALIXTO, 2013).
Morano (2003) constatou em seus trabalhos metodologias de gerenciamento de risco e as dividiu
em: identificação, análise ou avaliação, ações de prevenção e controle ou monitoramento.
3.1. Identificação dos riscos
“Conforme Ruppenthal a identificação de riscos “é o processo do qual as situações de risco de
acidentes são analisadas de forma contínua e sistemática.” O autor expõe que o gerenciamento
de riscos e o controle de perdas, podem ser realizados por meio de fatores: tecnológicos,
econômicos e sociais. Definidos respectivamente a seguir:
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Os fatores tecnológicos estão relacionados ao desenvolvimento de processos mais
complexos, como o uso de novos materiais e substâncias e de condições
operacionais, como pressão e temperatura, consideravelmente mais severas.
Os fatores econômicos relacionam-se com o aumento da escala das plantas, o
aumento da produtividade e a permanente redução dos custos.
A relevância dos fatores sociais está relacionada à proximidade de concentrações
demográficas, assim como com uma organização comunitária fortemente
preocupada com questões ambientais e de segurança. (RUPPENTHAL, 2013)
Para Melo Júnior (2007), as atividades do canteiro de obras e a falta de gerenciamento das
atividades levam como consequência os acidentes de trabalho, sendo os acidentes de maior
ocorrência: as condições inseguras, choques, queda de nível, mau uso das máquinas ou falta
de proteção das mesmas, irregularidades nas proteções de poços de elevadores e de periferias
de lajes, ausência de sinalização, não seguimento das normas de segurança.
Os riscos físicos encontrados na construção civil são: ruído, vibração, radiações ionizantes e
radiações não ionizantes que surgem nas operações de máquinas e equipamentos para a
realização das tarefas. No quadro abaixo podem-se identificar os riscos físicos, a sua fonte e
suas consequências a saúde do trabalhador.
Agentes de
Risco
Fonte de Emissão
Possíveis Consequências
Trabalhadores
Ruído
Máquinas e equipamentos: Bate-estaca,
Betoneira, Bomba de concreto, Bomba de
drenagem,
Caminhão,
Compactador,
Compressor de ar, Elevador de cargas e de
passageiros, Esmerilhadeira, Ferramenta de
fixação à pólvora, Grua, Guincho de coluna,
Lixadeira para piso, Máquina de furar portátil,
Martelete, Pá Carregadeira, Policorte,
Retroescavadeira, Rompedor, Serra circular de
mesa e manual, Serra de material cerâmico,
Vibrador, etc. Neste rol incluem-se também
todos os equipamentos pesados utilizados na
movimentação de terra.
Diminuição da audição temporária ou persistente,
surdez, zumbidos.
Como efeitos gerais: perturbações funcionais nos
aparelhos
nervosos,
digestivos
e
cardiocirculatórios.
Máquinas e equipamentos
combustão e pneumáticos.
Localizadas (mãos e braços):
Dor, formigamento e diminuição da sensibilidade
das mãos, dedos e antebraço. As mãos podem
ficar arroxeadas e úmidas, com aparecimento de
pequenas necroses na pele. Podendo ainda
provocar alterações nos vãos do coração e do
cérebro.
De corpo inteiro:
Problemas na região dorsal e lombar,
gastrointestinais, sistema reprodutivo, desordens
nos sistema visual.
e vestibular, problemas nos discos intervertebrais
e degenerações da coluna vertebral.
Vibração
elétricos,
à
à
Saúde
dos
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Calor
Trabalho a céu aberto; trabalho em locais
confinados, operação de soldagem e corte a
quente,
operação
de
caldeira
(impermeabilização a quente).
Radiação
ionizante
Gamagrafia industrial6 (análise de estruturas
de concreto, verificação da integridade de
soldas e estruturas metálicas).
Radiação não
ionizante
Operações
de
oxiacetilênica.
Pressões
anormais
Trabalho em tubulão pressurizado, mergulho e
em elevadas altitudes.
soldagem
elétrica
e
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Fadiga precoce, prostração térmica, câimbras de
calor, desconforto, insolação, intermação e
desidratação.
Alterações na pele, nos órgãos formadores de
sangue, esterilidade masculina e feminina, câncer,
catarata, osteossarcoma e carcinoma dos seios da
face, leucemia.
Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e em
outros órgãos.
Hiperbárica (acima de 760 mmHg):
Barotrauma, Embolia traumática pelo ar,
Embriaguez das profundidades.
Hipobárica (abaixo de 760 mmHg):
Taquipnéia, alcalose respiratória, tonturas,
vertigens, enjoo.
Quadro 1 – Identificação dos riscos físicos
Fonte: Adaptado da USP (2006) e SENAI (1994).
Os riscos químicos encontrados na construção civil são derivados de manipulações das
matérias-primas, as quais são transformadas ou passam por processos que modificam a sua
natureza. Como no caso do cimento que é um produto o qual pode afetar a saúde do
trabalhador em seu estado natural (poeiras alcalinas) ou após sua preparação e aplicação.
Podendo provocar dermatoses quando entra em contato com a pele.
Agentes de Risco
Poeiras Insolúveis Não
Classificados de outra
Maneira – PNOS10
Fonte de Emissão
Corte de vergalhões de aço.
Cal e cimento.
Poeiras Alcalinas
Poeiras Minerais
Poeiras Vegetais
Fumos Metálicos
Acabamentos em concreto e pedras
ornamentais, carga e descarga de areia,
pedra e outros materiais, corte de paredes,
estruturas, pisos cerâmicos, pedras
ornamentais e telhas cerâmicas e de
amianto, demolição, fibra de vidro,
grandes movimentações de terra, limpeza
do canteiro de obra a seco com vassouras e
pás, preparação de massa de cimento e
argamassas, rejuntamento de pisos e
azulejos, remoção dos resíduos do canteiro
de obra, etc.
Corte e lixamento de madeira.
Operações de corte e soldagem a quente.
Possíveis Consequências à Saúde dos
Trabalhadores
Pneumoconioses benignas11.
Doenças pulmonares crônicas, dermatite,
urticária, conjuntivite, inchaço das
membranas, espirro, dificuldade de
respirar, bronquite e asma.
Fibroses (Silicose e Asbestose), Bronquite,
Asma, Câncer e Efeitos Sistêmicos.
Renite alérgica e Adenocarcinomas.
Doença pulmonar obstrutiva, febre dos
fumos metálicos e intoxicação específica
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Produtos Químicos
Ácido muriático e clorídrico, aguarrás,
argamassas, desformantes, massa plástica,
massa de cimento, premer, resinas epóxi,
seladora, thiner, tintas, verniz, etc.
Obs.: muito desses produtos têm em sua
composição hidrocarbonetos alifáticos e
aromáticos.
Armazenamento inadequado de produtos
químicos, operações de corte e soldagem a
quente, pintura a revólver, produtos
químicos que podem evaporar quando
expostos à temperatura ambiente, trabalhos
em locais confinados, etc.
Gases, névoas e
vapores
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de acordo com o metal.
Dermatite Irritativa de Contato – DIC;
Dermatite Irritativa de Contato Forte –
DICF; Dermatite Alérgica de Contato –
DAC (cimento e solventes), intoxicações,
reações inflamatórias na pele e na via
respiratória superior, lesões na mucosa dos
olhos, contaminação por via digestiva,
câncer: fígado e rins, redução dos glóbulos
vermelhos (hidrocarbonetos), lesões no
sistema nervoso central.
Efeitos Asfixiantes: provoca dor de
cabeça, náuseas, vômitos, sonolência,
convulsões, coma e morte.
Efeitos Irritantes: provoca irritação das
vias aéreas superiores, pele e mucosa dos
olhos.
Efeitos Anestésicos: provocam ação
depressiva sobre o sistema nervoso, danos
aos diversos órgãos do corpo (rins e
fígado) e ao sistema formador do sangue.
Efeitos Sistêmicos: não provocam danos
aos pulmões, mas em órgãos e sistemas do
corpo.
Efeitos Sensibilizantes: aumento da
probabilidade de asma ocupacional
Quadro 2 – Identificação dos riscos químicos
Fonte: Adaptado da USP (2006) e SENAI (1994).
Quanto aos riscos biológicos vale salientar a preocupação com a limpeza e higiene das áreas
de vivência (instalações sanitárias, locais para refeição, alojamento e vestiário), pois uma
simples poça d’água pode proliferar o mosquito transmissor da dengue e levar a adoecer
vários trabalhadores. No quadro a seguir estão relacionados os Agentes Biológicos que podem
estar presentes nos canteiros de obras, bem como sua fonte de emissão e quais doenças podem
afetar à saúde dos trabalhadores.
Agentes de Risco
Fonte de Emissão
Possíveis Conseqüências à
Saúde dos Trabalhadores
Bacilos, Bactérias,
Fungos,
Protozoários,
Parasitas, Vírus.
Ambulatório médico, água contaminada, trabalhos em
esgotos, área de vivência sem higienização
(alojamento, banheiro, refeitório e vestiário), animais
no canteiro de obra, ausência de acondicionamento e
tratamento do lixo (restos de comida e materiais
contaminados), reservatório de água descoberto, água
parada no canteiro de obra, trabalhadores doentes no
canteiro ou no alojamento, trabalhos próximo de
florestas e matas, trabalhos em efluentes e saneamento
básico.
Tuberculose,
Brucelose,
Cólera, Conjuntivite, Diarréia,
Doença de Chagas, Gripe,
Hepatite, Infecções Intestinais,
Leptospirose, Tifo, Malária,
Febre
Amarela,
Dengue,
Solitária e Esquistossomose.
Quadro 3 – Identificação dos riscos químicos
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Fonte: Adaptado por SENAI (1994)
Para os agentes ergonômicos os canteiros de obras apresentam patologias da coluna, no qual o
carregamento de materiais e os trabalhos em altura são importantes fatores de traumas
vertebrais, um pela postura indevida e pelo excesso de peso; outro pelo impacto em caso de
queda.
Dentre as doenças ergonômicas temos as provocadas por esforços repetitivos denominadas
LER/DORT – Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbio Osteosmusculares Relacionados
ao Trabalho. Causando sintomas como: dor, parestesia, sensação de peso, fadiga de
aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores, mas podendo acometer
membros inferiores. Entidades neuro-ortopédicas definidas como tenossinovites, sinovites,
compressões de nervos periféricos, síndromes miofaciais, podem ser identificadas ou não. As
regiões cervical e lombar e os membros superiores são os locais mais frequentemente
comprometidos, mas estes distúrbios podem ocorrer em qualquer parte do sistema
osteomuscular.
Figura 1- Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com a sua natureza e a
padronização das cores correspondentes
Fonte: Tabela I do Anexo à Portaria n° 25 (Brasil, 1994)
Acima pode-se ver os riscos conforme os agentes, no quadro a seguir será visto os tipos de
riscos na execução de tarefas, as possíveis atividades e a probabilidade de ocorrência.
Riscos
Atividades
Probabilidade de
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ocorrência
B
M
Queda de altura
a)
b)
c)
d)
Soterrateamento
a) Escavação (fundações do edifício)
b) Demolições
X
Queda de
materiais
a)
b)
c)
d)
e)
Demolições
Tarefas inerentes à execução dos elementos estruturais
Tarefas inerentes à execução da cobertura do edifício
Tarefas inerentes à execução de alvenarias,
Revestimentos
X
X
a)
b)
c)
d)
Tarefas inerentes à execução dos elementos estruturais
Tarefas inerentes à execução da cobertura do edifício
Tarefas inerentes à execução de alvenarias,
Revestimentos
X
X
Objetos
e
de
Dermatoses (Ação do cimento)
e carcinoma (utilização de óleo
descorante)
Tarefas inerentes à execução dos elementos estruturais
Tarefas inerentes à execução da cobertura do edifício
Tarefas inerentes à execução de alvenarias,
Revestimentos
A
X
X
Quadro 4 – Riscos na construção civil
Fonte: PSS fase de Projeto (2009)
Riscos
Probabilidade de
ocorrência
Atividades
B
Eletrocussão
Queda de altura
M
Montagem e colocação em serviço das instalações elétricas e do
equipamento eletromecânico.
Montagem e colocação em serviço das instalações elétricas e do
equipamento eletromecânico
Entalamento
Carga, descarga e montagem do equipamento eletromecânico
pesado.
Esmagamento
Carga,
descarga
e
eletromecânicos pesados.
montagem
dos
equipamentos
A
X
X
X
Quadro 5– Riscos nos equipamentos da construção civil
Fonte: PSS fase de Projeto (2009)
3.2Análise/Avaliação de risco
A avaliação de riscos consiste em ser uma das principais atividades do setor de segurança do
trabalho, e a indicação das medidas mais adequadas para prevenção também faz parte da
avaliação (BERKENBROCK e BASSANI, 2010).
De acordo com Santafé Júnior a análise de risco “identifica as ferramentas que podem ser
utilizadas para avaliação e tratamento de risco, permitindo que estas atividades sejam
realizadas com um elevado nível de profissionalismo”.
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O Portal da Construção resume o processo de análise de riscos no trabalho do seguinte modo:
Identificar os perigos – determinar com um elevado nível de certeza as
condicionantes que poderão colocar em risco a segurança do(s) trabalhador (es);
Quantificar os riscos – estimar a quantidade de riscos e, em caso de acidente, as
consequências que terão;
Determinar o risco aceitável – depois de definidos quais os riscos, decidir quais são
os que, mesmo existindo, têm probabilidade muito reduzida de se concretizarem;
Definir a estratégia para a gestão do risco – escolher um método que permita gerir da
melhor forma os riscos existentes. (O PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2015)
Técnicas de análise de riscos são métodos capazes de fornecer elementos visíveis para
fundamentar o processo de decisão de redução de riscos e perdas, podendo ser aplicadas em
diversas situações produtivas, pois um indivíduo sozinho não consegue controlar os riscos de
sua atividade (PATRICIO, 2013).
Ponzetto (2002) a avaliação de risco deve incluir as seguintes etapas: identificação de perigos
e de trabalhadores potencialmente expostos a riscos resultantes desses perigos; estimativa
qualitativa e quantitativa do risco; estudo da possibilidade de eliminar o risco; verificação da
necessidade de tomar novas medidas para prevenir ou reduzir o risco, no caso de não ser
possível eliminá-lo.
Stavrianidis& Bhimavarapu (2000) apud Morano (2003) subdividiu a análise de riscos
aplicadas ao planejamento e programação de projetos da construção civil em qualitativas,
quantitativas e quali-quantitativas. E as definiu da seguinte forma:
Técnicas Qualitativas são aquelas que se baseiam na experiência e no conhecimento
adquirido dos membros da organização, e dos especialistas no assunto, para
identificar os eventos de risco e avaliar a probabilidade e consequências destes.
Técnicas Quantitativas são aquelas que se baseiam na quantificação e identificação
dos riscos associados ao seu impacto, estimando a probabilidade da sua ocorrência.
Técnicas Qualitativas e Quantitativas são aquelas que não somente se baseia na
experiência, mas também na análise quantitativa dos dados obtidos.
(STAVRIANIDIS& BHIMAVARAPU apud MORANO, 2003).
Cooper et al. (2005) também subdivide a análise de riscos em três maneiras: através da análise
qualitativa, da análise semi-quantitativa ou através da análise quantitativa de riscos. O autor
define a escala qualitativa de riscos ordenada em cinco escala, cada uma associada a uma
descrição, a um intervalo e a uma justificativa de acordo com a figura a seguir.
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Figura 2- Escala de Probabilidade de Ocorrência do Risco
Fonte: Adaptado de Cooper et al. (2005)
Para Cicco (2002) a técnica de análise qualitativa utiliza palavras ou escalas explicativas para
descrever a amplitude das consequências potenciais e a probabilidade dessas consequências
ocorrerem. Essas escalas podem ser adaptadas ou ajustadas de acordo com as circunstâncias.
3.3. Controle dos riscos
O monitoramento e controle dos riscos “é o processo de identificar novos riscos, controlar os
riscos identificados, analisar os riscos existentes, monitorar as condições de ataque de planos
emergenciais e riscos residuais, rever e avaliar a execução das respostas aos riscos” (PMI,
2004)
Santafé Junior (2015) relata que após a identificação, análise/avaliação e classificação dos
riscos, realiza-se a identificação das formas possíveis de se tratar os riscos, determinando-se
então o tratamento adequado para os mesmos, buscando:
a) Evitar a consumação do risco
b) Reduzir as possibilidades para que o risco se consuma
c) Assumir o risco por auto adoção
d) Transferir o risco a terceiros
e) Contratar seguros
Através dos riscos identificados no capítulo anterior pode-identificar os principais tipos de
EPI que deverão ser utilizados em obra, tal como se indica no quadro abaixo.
Riscos
Queda de Objetos
Entalamento
Ruído
Queda em Altura
Intoxicação por tintas
Parte do corpo a proteger
Cabeça
Pés e Pernas
Ouvidos
Corpo Inteiro
Vias Respiratórias
EPI
Capacete de Proteção
Botas de Segurança
Proteções Auriculares
Cintos de Segurança
Máscara Filtrante
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Dermatoses
Mãos
Carcinoma
Vias Respiratórias
Acidentes Rodoviários
Corpo Inteiro
Dezembro/2015
Óculos de Proteção
Luvas de proteção
Máscara Filtrante
Óculos de Proteção
Vestuário e Acessórios Florescentes de
Sinalização
Quadro 6 – Riscos nos equipamentos da construção civil
Fonte: PSS fase de Projecto (2009)
Souza et. al (2005) expõe na tabela a seguir que podemos tomar algumas medidas para
eliminar ou minimizar o impacto que o agente físico causam sobre o trabalhador.
Agente Físico
Ruído
Vibração
Térmico
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
a)
b)
c)
d)
Radiação e
ionização
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Medidas Preventivas
Treinamento dos trabalhadores;
Sinalização e limitação ao acesso do local com alto índice de ruído;
Exames audiométricos;
Barreiras acústicas;
Limitação do tempo de exposição do trabalhador ao local;
Rotatividade nos postos de trabalho;
Utilização de protetores auricular.
Adoção de métodos de trabalho alternativo que permitam a redução da exposição a
vibrações mecânicas;
Escolha de equipamento adequado;
Concepção e disposição ajustada dos locais e postos de trabalhos;
Informação e treinamento adequados dos trabalhadores;
Limitação da duração e da intensidade de exposição;
Vigilância médica adequada;
Horário de trabalho adequado, com períodos de repouso frequentes.
Alteração de layout;
Implementação de sistemas de ventilação;
Implementação de turnos com menor carga horária em situações onde ocorre a
exposição a ambientes hostis;
Adoção de medidas de proteção coletiva (como enclausuramento ou arrefecimento de
máquinas) e ou medidas de proteção individual (viseiras, vestuário térmico especial).
Treinamento e informação dos trabalhadores;
Medidas limitativas de exposição às radiações;
Organização da vigilância física e médica;
Organização e manutenção de processos e registros adequados;
Implementação de sinalização de segurança;
Planificação da eliminação e armazenamento dos resíduos radioativos.
Quadro 7 – Controle dos riscos químicos
Fonte: Souza et. al. (2005)
Nos quadros 8 e 9 Souza et.al. (2005) definiu medidas preventivas aos agentes químicos e
biológicos respectivamente.
Agente
Químico
Medidas preventivas
a) Equipamento de proteção individual;
b) Treinamento e informação dos trabalhadores;
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Gerenciamento de riscos na Construção civil: saúde e segurança do trabalhador
c)
d)
e)
f)
g)
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Organização da vigilância física e médica;
Organização e manutenção de processos e registros adequados;
Sinalização de segurança;
Limitação da duração e da intensidade de exposição;
Planificação da eliminação e armazenamento dos resíduos radioativos.
Quadro 8 – Controle dos riscos químicos
Fonte: Souza et. al. (2005)
Agente
Biológico
Medidas preventivas
a) A rigorosa higiene dos locais de trabalho e dos trabalhadores;
b) Destruição destes agentes por processos de elevação da temperatura (esterilização) ou
uso de cloro;
c) Uso de equipamentos individuais de proteção para evitar contato direto com os
microrganismos;
d) Ventilação permanente e adequada;
e) Manutenção e limpeza dos sistemas de ventilação;
f) Manutenção e limpeza dos equipamentos de trabalho;
g) Controle médico constante;
h) Vacinação sempre que possível;
i) Treinamento e informação dos trabalhadores;
j) Sinalização de segurança.
Quadro 9 – Controle dos riscos biológicos
Fonte: Souza et. al. (2005)
No quadro 10 e 11 PSS fase de Projeto (2009) define os riscos mais frequentes no canteiro de
obra e suas medidas preventivas.
Riscos
Queda de altura
Queda ao mesmo nível
Eletrocussão
Intoxicação por tintas
Carcinoma
Inundação
Entalamento
Estabilização de fundações de
vias de acesso e/ou construções
existentes
Acidentes Rodoviários
Medidas preventivas
Utilização de guarda-corpos nas bordaduras da laje de cobertura e aberturas
nela existentes; colocação adequada de redes de proteção exterior; delimitação
de escavações com guardas ou com fitas sinalizadoras; execução adequada de
andaimes; correta utilização de escadas de mão; execução de coragens de
pilares e paredes incorporando nestas as respectivas plataformas de trabalho.
Limpeza do canteiro de obra; arrumação ordenada dos materiais de construção
e equipamento de canteiro de obra.
Identificação, sinalização e proteção das zonas de interferência com linhas
elétrica;
Utilização de tintas e vernizes não tóxicos; assegurar o arejamento dos locais de
respectiva aplicação.
Utilização de líquidos descorantes de origem vegetal; aplicação do líquido a “a
favor do vento”.
Identificação, sinalização e proteção das zonas de interferência com
infraestruturas de águas e esgotos.
Definição das rotinas e organização das tarefas, por forma a reservar distâncias
de segurança entre os trabalhadores e máquinas.
Identificação das situações e execução prévia das obras de suporte e
estabilização que se imponham.
Sinalização adequada da obra; minimização do tempo de intervenção junto de
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Ruído
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estradas e arruamentos.
Utilização de equipamentos que respeitem as normas sobre o ruído; assegurar a
correta utilização e manutenção de equipamento; utilizar o equipamento
adequado a cada situação.
Quadro 10 – Medida preventivas dos riscos da construção civil
Fonte: PSS fase de Projeto (2009)
Riscos
Eletrocussão
Queda em altura
Queda ao mesmo nível
Entalamento
Ruído
Medidas preventivas
No caso de trabalhos nas proximidades de Linhas Elétricas aéreas de A.T:
respeitar as distâncias de segurança recomendadas, promover
afastamentos específicos através da colocação de obstáculos com
bandeirolas de aviso, considerar a possibilidade de estabelecer percursos
alternativos para a movimentação de máquinas; caso não seja possível
utilizar percursos alternativos para a movimentação de máquinas,
identificar e sinalizar adequadamente, através da colocação de balizas
limitadoras de altura em ambos os lados do cruzamento com aquelas
linhas; evitar o armazenamento de materiais na proximidade ou por baixo
das linhas de A.T. No caso de trabalhos no âmbito da “Instalação Elétrica
no Canteiro de obra (incluindo a utilização dos equipamentos elétricos)”:
desvio, sinalização e proteção das zonas de interferência com linhas
elétricas existentes; considerar proteção diferencial de alta sensibilidade
nos quadros elétrico do canteiro de obra (nas condições de “canteiro de
obra molhado”); colocar o quadro geral em local acessível e sobrelevado
em relação ao terreno (com sinalização na parte exterior a indicar o
perigo de eletrocussão); não efetuar ligações ou arranjos provisórios, nem
modificar instalações elétricas; informar imediatamente qualquer
anomalia ou defeito de caráter elétrico ao chefe direto (ou ao eletricista
responsável); não deixar cabos em contacto com arestas vivas; proteger o
mais possível às canalizações elétricas contra riscos de esmagamento e
corte; proceder à substituição de todos os cabos danificados; manipular
com prudência as junções e as fichas; utilizar fichas e tomadas de
corrente normalizadas; retirar uma ficha de uma tomada puxando pela
ficha e não pelo cabo de alimentação.
Execução adequada de andaimes, correta utilização de escadas de mão.
Limpeza do canteiro de obra arrumação ordenada dos materiais de
construção e equipamento de canteiro de obra
Definição das rotinas e organização das tarefas, por forma a reservar
distâncias de segurança entre os trabalhadores e máquinas.
Utilização de equipamentos que respeitem as normas sobre o ruído;
assegurar a correto utilização e manutenção de equipamento; utilizar o
equipamento adequado a cada situação.
Quadro 11 – Medida preventivas na fase acabamento da obra
Fonte: PSS fase de Projeto (2009)
Para a solução dos problemas ergonômicos na Indústria da Construção, propõem-se: que as
cargas tenham seus pesos limitados; escadas, rampas, bancadas e prateleiras passem por
manutenções constantes; que os cabos de segurança sejam utilizados como auxílio nos cintos
durante os procedimentos de carga e descarga de materiais e que a mecanização de alguns
processos pode apresentar algum alívio aos trabalhadores (PROTEÇÃO, 2007
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Conclusão
Nota-se que muitos acidentes de trabalho podem ser evitados se as empresas estiverem
empenhadas a desenvolverem um gerenciamento de risco e implementassem programas de
segurança e saúde do trabalhador, oferecendo educação e treinamento aos seus operários.
Sabe-se que no canteiro de obra existe riscos, sendo fundamental saber reconhecê-los e
identificâ-los para projetar medidas de controle para eliminá-los, neutralizá-los ou reduzi-los,
garantindo assim, a segurança e qualidade de vida no trabalho.
Os programas de segurança na construção civil tem que levar como prioridade a prevenção
dos acidentes graves e fatais relacionados com quedas de altura, soterramento, choque
elétrico, máquinas e equipamentos sem proteção, pois podem provocar acidentes fatais.
Pode-se observar a necessidade da qualificação e treinamento dos trabalhadores, pois devem
ser priorizados, com o objetivo de melhorar a produtividade e reduzir o número de acidentes
do trabalho.
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