www.fisicaexe.com.br Uma rã de massa m está parada no extremo de uma tábua de massa M e comprimento L. A tábua está flutuando na superfície de um lago. A rã salta, formando um ângulo α com a horizontal na direção da tábua. Qual deve ser a velocidade inicial da rã para que depois do salto ela esteja no outro extremo da tábua? Dados do problema • • • • massa da rã: massa da tábua: comprimento da tábua: ângulo entre o salto da rã e a tábua: m; M; L; α. Esquema do problema Quando a rã salta para frente pela Conservação da Quantidade de Movimento a tábua se desloca para trás com velocidade v T. Como a velocidade inicial v 0 da rã forma um ângulo α com a tábua, desprezada a resistência do ar, a trajetória da rã é uma parábola de “boca” para baixo (figura 1). Adotando um sistema de referência com o eixo x na direção da tábua e sentido para a direita e eixo y para cima, a velocidade inicial da rã pode ser decomposta nessas direções v rx = v 0 cos e v 0ry = v 0 sen (I) No salto a rã passa por uma altura máxima h máx e a rã e a extremidade da tábua terminam o movimento num mesmo ponto x r = x T. figura 1 Solução O movimento da rã e da extremidade da tábua tem velocidades constantes, Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U.), então o problema se reduz ao movimento de dois corpos, um com velocidade v rx no sentido da trajetória, partindo da origem x r0 = 0 e outro com velocidade −v T contra o sentido da trajetória, partindo de um ponto x T0 = L (figura 2), as funções horárias desses movimentos serão x r = x r0v rx t x r = 0v rx t x r = v rx t figura 2 substituindo a primeira expressão de (I), temos x r = v 0 cos t (II) x T = x T0−v T t x T = L−v T t (III) usando a condição de encontro dos corpos x r = x T , igualando as expressões (II) e (III), obtemos v 0 cos t = L−v T t Aplicando o Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento, temos 1 (IV) www.fisicaexe.com.br Qi =Qf Q ri Q Ti = Q rfQ Tf m v rxiM v Ti = m v rxf M v Tf inicialmente a tábua está em repouso (v Ti = 0) e a componente da velocidade da rã na direção da tábua é dada pela primeira das expressões em (I) v rxi = v rx, no final do salto a rã para na extremidade da tábua (v rxf = 0) e a tábua está se movendo com velocidade v Tf = v T m v 0 cos M .0 = m .0M v T m v 0 cos = M v T M vT= v cos m 0 (V) O intervalo de tempo que a rã leva para dar o salto é o mesmo intervalo que a extremidade da tábua leva para chegar onde a rã termina o salto, este também é o mesmo intervalo de tempo que a rã leva para subir, atingir a altura máxima e descer (figura 1). Adotando g para a aceleração da gravidade e usando a segunda expressão de (I) para a componente da velocidade na direção y, o movimento da rã nesta direção está sob a ação da aceleração da gravidade, esta em Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V.), a função da velocidade nesta direção será v ry = v 0ry−g t v ry = v 0 sen − g t quando a rã atinge a altura máxima a componente da velocidade na direção y se anula (v ry = 0) por um instante, inverte o sinal, e começa a cair, assim o tempo para atingir a altura máxima será 0 = v 0 sen −g t h v 0 sen th = g o intervalo de tempo para a rã subir e descer será o dobro deste valor t=2 v 0 sen g (VI) substituindo as expressões (V) e (VI) em (IV), obtemos v 0 sen v 0 sen M = L− v 0 cos 2 g m g 2 2 2 v 0 cos sen 2 v cos sen M 0 = L− g m g v 0 cos 2 lembrando que sen 2 = 2 cos sen e multiplicando toda a expressão por g, temos 2 2 v 0 sen 2 m v 0 sen 2 = L− g M g 2 2 v 0 sen 2 v sen 2 m 0 g = g L− g g M g m 2 2 v 0 sen 2 = g L− v 0 sen 2 M m 2 2 v 0 sen 2 v 0 sen 2 = g L M m 2 v 0 sen 2 1 = gL M 2 . g www.fisicaexe.com.br M m =gL M g LM 2 v0= sen 2 M m v 20 sen 2 v 0= gLM sen 2 M m 3