provinha brasil: um estudo voltado aos estímulos na

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PROVINHA BRASIL: UM ESTUDO VOLTADO
AOS ESTÍMULOS NA ALFABETIZAÇÃO
GT1 – Educação de Crianças, Jovens e Adultos
José Júnior de Santana Sá1
Resumo: Segundo Moreira e Medeiros (2007, p. 18), “estímulo é uma parte ou mudança em
uma parte do ambiente”, sendo todo estímulo causador de uma resposta, esta que para os
mesmos autores “é uma mudança no organismo”. Este trabalho busca apresentar reflexões
acerca de teorias advindas da área da Psicologia para refletir sobre a ocorrência dos estímulos
na aprendizagem especificamente, na alfabetização e no letramento. Temos como ponto de
partida analisar a presença dos estímulos na Provinha Brasil, um teste que tem como objetivo
avaliar as habilidades tanto do sistema no domínio da escrita quanto do sistema no domínio da
leitura dos alfabetizandos.
Palavras-chave: Estímulos, Provinha Brasil, Alfabetização
PROVINHA BRASIL: UN ESTUDIO RELACIONADOS A LOS
ESTÍMULOS EN LA ALFABETIZACIÓN
Resumen: Según Moreira y Medeiros (2007, p 18), "estímulo es una parte o cambio en una
parte del ambiente", siendo todo estímulo causante de una respuesta, esta que para los mismos
autores "es un cambio en el organismo". Este estudio presenta reflexiones acerca de las teorías
que surgen en la área de la Psicología para reflejar sobre la ocurrencia de los estímulos en el
aprendizaje específicamente, en la alfabetización. Tenemos como punto de partida analizar la
presencia de los estímulos en la Provinha Brasil. Una prueba que tiene como objetivo evaluar
las habilidades tanto del sistema en el campo de la escritura como del sistema en el campo de
la lectura de los estudiantes de la alfabetización.
Palabras clave: Estímulos, Provinha Brasil, Alfabetización
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Graduando em Letras Português-Espanhol pela Universidade Federal de Sergipe. Bolsista PICVOL/UFS,
vinculado ao projeto de pesquisa “Ler+Sergipe: leitura para o letramento e cidadania”, sob orientação da Profa.
Dra. Raquel Meister Ko. Freitag, no Grupo de Estudos em Linguagem, Interação e Sociedade – GELINS. Email: [email protected]
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1 INTRODUÇÃO
Não é de agora que se vêm observando grandes problemas educacionais no cenário
brasileiro, não só a falta de investimentos, mas outros fatores, como alunos com dificuldades
na aprendizagem, inúmeras reprovações, evasão escolar, fatos que são muito frequentes nas
séries iniciais. Além disso, não podemos deixar de mencionar em muitos casos a
despreparação dos professores do ensino fundamental em lidar com alunos que chegam à
escola sem saber ler. Estes professores muitas vezes ignoram a experiência linguística que os
alunos trazem consigo para sala de aula e acabam reprovando-os ou passando-os para a série
seguinte mesmo sem saberem ler. Tomando como base o que foi citado anteriormente,
podemos advertir como um conjunto de fatores que levam os alunos a desestimularem ao ir à
escola, desde a péssima qualidade de ensino à falta de investimentos e reconhecimento por
parte dos docentes daquilo que os mesmos levam quanto bagagem de conhecimento.
Conforme define Cagliari (1989), a alfabetização é o momento mais importante da
formação escolar de uma pessoa. Segundo Magda Soares, é nesta fase em que
a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita
ocorre simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema
convencional de escrita – a alfabetização – e pelo desenvolvimento de
habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas
práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento (SOARES,
2004, p. 14).
Desde 2008, vem sendo aplicada em todas as escolas públicas do país a Provinha Brasil,
uma avaliação em parceria entre MEC e o INEP, tendo como alvo os alunos do 2º ano do
ensino fundamental. Por este instrumento, é avaliado o que os alunos aprenderam em termos
de habilidade de leitura no período de estudos Correspondente ao final do primeiro ano de
alfabetização. Após o lançamento do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, em
novembro de 2012, e consumado no início do corrente ano, passa a ocupar lugar a
necessidade de que todas as crianças estejam alfabetizadas em Língua Portuguesa e
Matemática até os oito anos de idade, ao fim do 3º ano do ensino fundamental; daí a
importância em se estudar os instrumentos de diagnóstico, como forma de contribuir para seu
aprimoramento, e por conseguinte, para contribuir para diminuir os problemas enfrentados
pela educação brasileira na atualidade.
O projeto Ler+Sergipe: leitura para o letramento e cidadania, financiado pelo
Programa Observatório da Educação (OBEDUC), edital 38/2010/CAPES/INEP, tem como
objetivo, a partir da análise descritiva da competência de leitura, da concepção à ação,
contribuir para as decisões de gestores acerca das ações em leitura, de modo a garantir o
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direito que toda criança, adolescente e jovem adulto têm ao letramento pleno, com isso
ampliando o acesso à cidadania e à empregabilidade, contribuindo especificamente na
diminuição do analfabetismo funcional no estado de Sergipe. O foco de análise do projeto é a
Provinha Brasil, e diferentes análises têm sido realizadas (FREITAG, 2011; 2012;
ALMEIDA, 2012; ROSÁRIO, 2012, entre outros).
Assim, vinculada ao projeto Ler+Sergipe: leitura para o letramento e cidadania, nossa
pesquisa tem como interesse analisar a Provinha Brasil quanto ao tipo estímulos presente em
sua elaboração e como a presença de estímulos interferem no resultado obtido. Trata-se de
uma temática frequentemente discutida em meio aos profissionais na área da Psicologia; no
entanto, as discussões sobre a influência dos estímulos na alfabetização são ainda pouco
exploradas. Nosso corpus diz respeito a duas aplicações da Provinha Brasil em duas escolas
distintas, na cidade de Aracaju/SE, sendo coletadas através de gravações. Esse levantamento,
posteriormente, nos serviu para direcionar as análises sob duas vertentes: o desempenho do
aluno e os estímulos presentes nas provas aplicadas.
Inicialmente, para que possamos nos situar, fazemos um breve relato sobre o que vem a
ser a Provinha Brasil; em seguida definimos estímulos, porquanto sentimos a necessidade de
detalhar melhor este conteúdo, uma vez que a maioria dos trabalhos nesta área é apresentada
de forma sobreposta. Logo retratamos os tipos de estímulos presentes na aprendizagem da
leitura e em seguida apresentamos exemplificando como serão os próximos passos desta
pesquisa de acordo com os estímulos presentes na Provinha Brasil.
2 A PROVINHA BRASIL
Instituída pela Portaria nº 10, de 24 de abril de 2007, estruturada pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais “Anísio Teixeira” – INEP, a Provinha Brasil foi aplicada
pela primeira vez em 2008, com o intuito de contribuir para o diagnóstico do nível de
alfabetização das crianças da rede pública do país após um ano de escolaridade. Nas escolas
em que o ensino fundamental tiver duração de nove anos, farão os testes as crianças do 2º ano.
Já nas escolas em que o ensino fundamental tem oito anos e não possui um ano anterior a
primeira série dedicado a alfabetização, farão as provas as crianças da 2ª série.
A Provinha Brasil tem por objetivo avaliar as habilidades tanto do sistema no domínio
da escrita quanto do sistema no domínio da leitura dos alfabetizandos. O teste contém vinte e
quatro questões de múltipla escolha, com quatro opções de resposta, sendo algumas dessas
questões lidas pelo aplicador da prova, que recebe um guia de aplicação, ao passo que outras
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são lidas apenas pelos alunos. A Aplicação da Provinha Brasil ocorre duas vezes ao ano,
sendo uma aplicação no início e outra ao final, sendo corrigida pelo próprio professor ou até
mesmo pelo aplicador do exame. Obtendo-se um número de acertos por aluno e a média de
acertos por turma, pode-se relacionar aos níveis de desempenho. Destaca-se que a Provinha
Brasil não compõe resultados de ranqueamento de escolas, nem IDEB, como a Prova Brasil,
por exemplo.
Algumas mudanças ocorreram nos anos de 2009 e 2011 e dizem respeito ao número de
itens que a compõem. Em 2008, a prova era composta por 27 itens; em 2009, esse número foi
reduzido para 24. De certo modo, tal redução pode ser explicada pela redução dos eixos que
compunham as provas aplicadas em 2008. No ano de 2011, esse número é novamente
reduzido para 20 itens. Em 2011 o Kit da Provinha foi reformulado e o número de
documentos foi reduzido sendo composto nesta edição por quatro documentos: Guia de
Aplicação; Guia de Correção e Interpretação dos Resultados; Caderno do Aluno e o caderno
de Reflexões sobre a prática. Importante ressaltar que os professores e a equipe escolar
precisam conhecer todos os documentos que compõem o Kit para compreender a metodologia
da avaliação, bem como seus objetivos.
Foi aprovado no início deste mês o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa,
no qual tem como objetivo alfabetizar as crianças até a idade máxima de oito anos. Então, o
que antes era opcional e ficava a critério de cada secretaria de educação, agora é obrigatório
que todas as escolas da rede municipal e estadual façam a Provinha Brasil, para que possa ser
avaliado o desempenho e habilidades nas disciplinas de língua portuguesa e matemática.
3 ESTÍMULOS E A ALFABETIZAÇÃO
Definir o que são estímulos é uma questão mais que simples, mesmo existindo um
grande número de trabalhos relacionados a esse assunto e poucos que chegam a defini-lo.
Grande parte dos estudos sobre estímulos é feita com crianças, principalmente, em fase de
desenvolvimento da leitura. Dentre os estudiosos sobre o assunto, podemos citar de Rose et al
(1989), Hanna et al (2008), Hübner (1990), Matos (1999), Medeiros e Silva (2002), Melchiori
et al (1992), Serejo et al (2007), Ponciano e Moroz (2012), Souza et al (1997).
Para iniciarmos nossa discussão, sentimos que é necessário buscar conceituar estímulos,
pois os trabalhos acima mencionados, assim como tantos outros, por tratarem do assunto de
forma aplicada, deixam de traçar definições de forma clara e didática.
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Comecemos, então, relembrando uma das principais características dos seres vivos: o
comportamento, o qual está sempre sofrendo mudanças, muitas vezes influenciadas pelo
ambiente. Estas influências externas são chamadas de estímulos. Segundo Moreira e Medeiros
(2007, p. 18), “estímulo é uma parte ou mudança em uma parte do ambiente”. Desse modo,
todo estímulo ocasiona uma resposta. Para esses autores, “resposta é uma mudança no
organismo” (p. 18). De acordo com Catania (1999, p. 29), “os estímulos são eventos no
mundo e as respostas são instâncias do comportamento. O termo estímulo é frequentemente
restrito aos eventos físicos específicos, tais como luzes, sons ou toques”.
Figura 1: Estímulo de temperatura (disponível
em: chargedodiemar.blogspot.com.br)
Figura 2: Estímulo de odor (disponível em:
minadeciencia.blogspot.com)
Figura 3: Estímulo de surpresa (disponível em:
imagensdahora.com.br)
Figura 4: Estímulo sonoro (disponível em:
constockphoto.com.br)
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Observemos todas as situações inseridas pelo contexto das figuras 1-4; podemos
ressaltar que nelas há um estímulo provocado e uma resposta apresentada, de modo que o
moço (figura 1) possa sentir frio primeiro é necessário que o tempo mude, assim como o
menino (figura 2) se assusta somente quando abre a lata e é surpreendido com um bicho, caso
contrário isso não teria acontecido. O cozinheiro (figura 3) ao cortar as cebolas sente seus
olhos lacrimejarem, a cebola é um estímulo e a lacrimejação uma resposta; as crianças (figura
4) saem correndo da sala porque provavelmente algo deve ter acontecido naquele lugar para
que eles viessem a praticar essa ação. Uma coisa em comum surge em todas ilustrações:
primeiro há uma mudança no ambiente produzindo determinada mudança no organismo, essa
relação entre ambos denomina-se reflexo.
Para Catania (1999), os estímulos podem ser internos ou externos. Ele exemplifica esses
tipos de estímulos mencionando um ruído intenso e uma dor de dente. Assim, qual seria a
diferença entre esses tipos de estímulos?
Figura 5: Estímulo sonoro (disponível
Figura 6: Estímulo de dor (disponível em
gartic.uol.com.br)
em:galeria.colorir.com)
O autor responde que
Eles diferem no sentido de que o ruído é público, e a dor é privada; em
outras palavras, o ruído pode ser ouvido por mais de uma pessoa, enquanto a
dor de dentes pode ser sentida apenas pela pessoa que tem o dente afetado
(CATANIA, 1999, p. 29).
Levando em consideração os estímulos relacionados ao campo da aprendizagem, em
consonância com Piletti (2006), só ocorre aprendizagem quando há mudança de
comportamento; o indivíduo recebe fatores que estimulem os órgãos dos sentidos afetados
pelo estímulo, sendo que o sistema nervoso central interpreta a situação ordena a ação aos
músculos que executam atos. Vejamos como os estímulos atuam na leitura.
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Imaginemos que, numa turma do 2º ano do ensino fundamental, a professora lê em voz
alta o seguinte texto: “No pomar do seu João, há maçãs vermelhas e verdes. Maria, sua neta,
ao comer das duas cores diferentes da fruta, percebe que as vermelhas são doces e as verdes
são todas azedas. Sempre que Maria vai ao pomar do avô, ela só come as maçãs vermelhas.”
Após a leitura, a professora propõe uma atividade da seguinte forma: numa folha, há o
desenho de um pomar e os alunos deverão colorir as maçãs, umas de vermelho e outras de
verde. A professora pergunta: “e você, qual prefere?” Ao corrigir a atividade, a professora
nota que todos os alunos da turma também escolheram as maçãs vermelhas.
Figura 7: Estímulo em grupo (disponível em: trabalhosdaprofivani.blogspot.br)
Identificamos na atividade a presença de estímulos, o textual (conjunto de orações
escritas), o sonoro (texto lido pela professora), o pictórico (imagens representativas do texto)
e o visual que para Skinner (1978), “é a ocasião para a ação manipulatória eficaz”. (p. 113),
Ou seja, para o autor o comportamento muda principalmente pelas estimulações visuais e
táteis das características dos objetos físicos. Estes juntos a outros estímulos levam o
organismo humano a produzir respostas e conclusões. Como foi o caso do exemplo acima, em
que foram ativados vários estímulos e as crianças ao serem manipuladas por eles chegaram a
uma determinada conclusão.
Na aprendizagem inicial da leitura, fazem-se presentes vários tipos de estímulos, entre
eles principalmente os mencionados anteriormente, em que a criança associa cada estimulador
e assim vai construindo seu repertório básico começando por letras, sílabas, palavras, frases e
até chegar ao domínio textual.
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4 ESTÍMULOS PRESENTES NA PROVINHA BRASIL
Feita a contextualização teórica, passamos a analisar os estímulos presentes na Provinha
Brasil do ano de 2012 de acordo com as quantificações de acertos por aluno/questão e por
cada tipo de estímulo. Para melhor entendermos como serão os próximos passos da pesquisa,
utilizaremos aqui exemplos com a Provinha Brasil do ano 2011/2. Todas as questões
apresentam dois importantes tipos de estímulos; porém, o visual é um grande manipulador
eficaz, pois através dele conseguimos ver tudo que nos cercam e o sonoro já que há partes nas
questões em que são lidas pelo professor/aplicador da Provinha.
Figura 8: Item retirado do teste aplicado no segundo semestre de 2011
Na questão da figura 8, as crianças têm que reconhecer o alfabeto e entre as opções
apresentadas; elas devem marcar aquela alternativa que possui as letras ditadas pelo
professor/aplicador, por isso ao ditar o nome das letras, a pronúncia deve ser clara e bem
articulada. Nesse item, prevalece o estímulo sonoro e por ser uma questão de cunho simples,
provavelmente haverá um grande número de acertos, já que o abecedário é um dos primeiros
conteúdos apresentados na alfabetização.
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Figura 9: Item retirado do teste aplicado no segundo semestre de 2011.
A questão da figura 9 avalia a habilidade dos alunos em conhecer sílabas; esta questão
requer dos alfabetizando a capacidade de identificar a primeira sílaba da palavra que
representa o objeto desenhado e em seguida a habilidade de relacioná-la a uma das
alternativas. Há no item um grande proveito do estímulo pictórico, uma vez que a imagem
influencia abundantemente a decisão dos alunos. Mais uma questão possível de altos acertos.
Figura 10: Item retirado do teste aplicado no segundo semestre de 2011.
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A questão da figura 10 tem como propósito medir a desenvoltura das crianças em ler
palavras e associá-las ao significante e significado. Para que os alunos respondam
corretamente, deverão identificar em meio às alternativas aquela que estabelece afinidade
entre a imagem e a escrita. Trata-se de outro item prevalecendo o estímulo pictórico, dessa
vez provavelmente mais uma questão com grandes chances de acertos.
Figura 11: Item retirado do teste aplicado no segundo semestre de 2011.
A questão da figura 11 estima a capacidade dos alunos de ler frases; nesse caso, como a
questão apresenta elocuções com palavras e estruturas distintas, as crianças precisarão ver o
que se passa na imagem e escolher a alternativa que corresponde a ação vista na figura. Assim
como nos dois últimos itens, aqui também a criança se vale do estímulo pictórico e, pela
complexidade da questão, esse item pode levar a certos números de acertos e erros.
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Figura 12: Item retirado do teste aplicado no segundo semestre de 2011.
A questão da figura 19 avalia a habilidade dos alfabetizando em reconhecer o assunto de
um texto, os alunos podem identificar o assunto de um texto por meio de sua leitura completa
ou apenas de algumas partes, como o título. A estratégia de leitura adotada pelos alunos
dependerá do gênero textual e dos conhecimentos que eles possuem sobre as características do
texto lido. Desta vez neste item surge o estímulo textual e a depender do domínio de leitura
deles, provavelmente é um tipo de questão que pode ocorrer um elevado número de erros.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consoante à base teórica e as análises discorridas neste trabalho, precisamos nos atentar
para o fato de que aqui não se esgotam os estímulos frequentemente ocorridos na
aprendizagem. Somos de posição de que há muito que se investigar e discutir sobre o
fenômeno dos estímulos.
Tem-se, portanto, a necessidade de estudiosos da área das Letras iniciarem e/ou
intensificarem o diálogo com o campo da Psicologia em pesquisas envolvendo o fenômeno
em questão, a fim de se avançar nas reflexões sobre alfabetização, letramento e linguagens.
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