Título: UTILIZAÇÃO DO PARADIGMA DE EQUIVALÊNCIA DE ESTÍMULOS PARA MODIFICAR PREFERÊNCIA POR ALIMENTOS Aluna: Patrícia Bacos Orientador: Prof. Dr. Júlio César Coelho de Rose Resumo: Testes de equivalência demonstram que novos comportamentos relacionais emergem sem que haja um treino explícito, assim, relações condicionais entre estímulos podem ser estabelecidas sem emparelhamento direto entre estímulos. Usando este paradigma, estudos têm simulado a aquisição de propriedades simbólicas por estímulos abstratos e têm permitido a extrapolação destas propriedades para situações naturais. Investiga-se a transferência de funções dos objetos para estímulos equivalentes a eles, ou seja, funcionalmente semelhantes no controle do comportamento. Assim, símbolos viriam a compartilhar propriedades dos objetos que simbolizam por pertencerem à mesma classe. O presente estudo teve como objetivo avaliar a transferência de propriedades de estímulos significativos - retratos de faces humanas expressando emoções - para nomes imp ressos de alimentos. Em longo prazo, procura-se verificar se o paradigma de equivalência de estímulos pode ser utilizado para aumentar a preferência por alimentos saudáveis Participaram da pesquisa doze universitários de ambos os sexos (seis participantes para cada grupo experimental). O que diferenciou os grupos foi a quantidade de treino. O grupo dois teve em adição um supertreino de linha de base (uma revisão adicional depois de atingido o critério de aprendizagem). Neste estudo, retratos faciais (um de alegria e dois de neutralidade – conjunto A) foram relacionados a dois conjuntos de estímulos abstratos (conjuntos B e C). Estímulos do conjunto C foram relacionados à nomes de alimentos (D). Foram treinadas as relações AB, AC, CD. Ao final, foi verificada a emergência de relações BD, que documentaram a formação de equivalência. Como resultado, não foi obtido nenhum efeito consistente no grupo sem supertreino. Entretanto, no grupo com supertreino, cinco dos seis sujeitos mostraram alguma forma de aumento na preferência pelo alimento equivalente à face alegre. A transferência de funções da face alegre para o alimento pode ter ocorrido, pois esse estímulo significativo é um referente potencialmente eficaz, cujo significado positivo pode ter sido transfer ido para o alimento. A quantidade de treino da linha de base parece ter sido uma variável importante, visto que só houve transferência de funções da face alegre para o alimento na presença do supertreino. Palavras-chave: equivalência de estímulos, preferência alimentar, transferência de propriedades