CARACTERIZAÇÃO DE ANORMALIDADES FÍSICAS MENORES EM PACIENTES COM TRANSTORNOS INVASIVOS DO DESENVOLVIMENTO (TID). Giunco CT, Oliveira AB, Silva AE, Rocha SS e Fett-Conte AC. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE)UNESP - São José do Rio Preto, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). [email protected] Os TID são doenças psiquiátricas graves e de freqüência elevada na população em geral. São caracterizados por comprometimento das áreas de interação social, comunicação verbal e não verbal e comportamento restrito e repetitivo. Estes transtornos se manifestam antes dos três anos de idade e são de três a quatro vezes mais freqüentes em meninos. Incluem o Autismo, as Síndromes de Asperger, de Rett e os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento Sem Outra Especificação. Tem etiologia complexa, heterogênea e associada a vários genes, sendo o tratamento disponível até o momento apenas paliativo e sintomático. Alguns trabalhos recentes têm referido uma freqüência aumentada de malformações físicas menores (MFM) em indivíduos com TID, sugerindo que representem um indício importante de alterações que ocorreram nos primeiros estágios do desenvolvimento embrionário. A caracterização destes pacientes pode auxiliar na compreensão do espectro fenotípico destes transtornos e no entendimento dos diferentes limites de expressão dos genes envolvidos na sua etiologia. O presente estudo teve como objetivo investigar a presença de MFM, com a realização de exame físico detalhado, em 35 pacientes portadores de TID e em um grupo controle, pareado por sexo, idade e nível sócio-econômico. Os resultados mostraram uma freqüência significativamente mais elevada de MFM no grupo de TID. Face alongada, implantação baixa dos cabelos na nuca, occpital plano, orelhas pequenas, orelhas rotadas para trás, hipertelorismo ocular, prognatismo e hipotonia muscular foram as características mais observadas. Esses resultados foram compatíveis com os dados descritos na literatura e reforçam uma etiologia associada ao início do neurodesenvolvimento. Alguns autores acreditam que essas MFM definam um subgrupo homogêneo de indivíduos portadores de TID que seria geneticamente diferente de um subgrupo com TID sem MFM, apontando para mais um indicador da heterogeneidade genética desta população. Órgão Financiador : FAPESP/CNPq/FAMERP