o desafio da atenção integral ao paciente psiquiátrico na

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O DESAFIO DA ATENÇÃO INTEGRAL AO PACIENTE PSIQUIÁTRICO NA
ATENÇÃO BÁSICA EM UMA ZONA RURAL.
Alexsandra Souza Gomes
Danielle Souto de Medeiros
Judicael
Aloísio
Lucas Marques
O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde vem sendo
desenvolvido em uma Unidade de Saúde da Família – USF – da zona rural de Vitória da
Conquista, BA e, após inicio de suas atividades nesta localidade, os alunos se
depararam com uma Unidade que possui uma alta demanda de transtornos mentais.
Entretanto, pouco se trabalhava na promoção à saúde mental e com a chegada dos
estudantes e, principalmente dos alunos de psicologia, iniciou por meio de buscas ativas
o reconhecimento da área. Nesse sentido, reconhecendo a importância de trabalhar com
essa população, a Unidade de Saúde dedicou um mês especificamente para a realização
de visitas domiciliares para pessoas em sofrimento mental, sendo que essas atividades
ocorreram em todas as localidades atendidas pela mesma. Tais atividades tinha como
enfoque a orientação dos familiares dos pacientes com diferentes transtornos mentais,
acompanhamento do uso de medicamentos controlados e conscientização da busca de
tratamento adequado a cada transtorno e avaliação periódica específica. Foram
percebidas algumas particularidades desse público atendido, sendo importante ressaltar
algumas experiências, tais como: foram encontrados usuários que não estavam
recebendo os cuidados necessários pelos dispositivos de saúde que os acompanhavam,
assim como pacientes com dificuldades para frequentar o médico psiquiatra e outros que
apenas procuravam atendimento para trocas de receitas e questões relacionadas ao uso
de medicamentos, sem avaliação periódica adequada e ainda foram descobertos alguns
casos desconhecidos pela própria Equipe de Saúde da Família. É importante destacar
também que pelo fato da comunidade ser uma zona rural, com baixo grau de
escolaridade, constatava-se um alto grau de desinformação e um grande preconceito que
rodeava a questão dos transtornos psíquicos. Então os estudantes evitavam o uso de
termos que sugerissem a ideia de transtornos, distúrbios, doenças e demais termos
semelhantes para fazer referência às alterações psíquicas. Outro fator que também foi
possível perceber está relacionado às ideologias religiosas que são muito fortes nas
comunidades, que estigmatizavam algumas doenças por meio de referências
demoníacas. Dessa forma, foi possível realizar intervenções no âmbito da saúde mental,
ao passo que os alunos promoveram novas possibilidades de modificar e qualificar as
condições e modos de vida sem que o enfoque fosse na cura do doente, mas na
promoção de qualidade de vida.
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