crioterapia nas lesoes

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O USO DA CRIOTERAPIA NAS LESÕES AGUDAS DE TECIDO MOLE
RESUMO: Os tecidos moles podem ser lesados e com essa lesão o
organismo responde através do mecanismo de inflamação e o uso da
crioterapia vai amenizar ou cessar seus efeitos, possibilitando, assim, a
recuperação do tecido.
Palavras – chave: crioterapia, lesões de tecidos moles, fase aguda.
Daniel da Silva Carvalho *
Flávia Mélo*
O estudo objetiva elucidar o uso da crioterapia no início, fase aguda, nas
lesões de tecido mole, com o intuito de evitar o prolongamento dos mecanismo de
inflamação, cicatrizações musculares inadequadas, retenção de metabólitos, isquemia e
fibrose, consequentemente encurtamento do tecido comprometido.
Segundo Lianza (1995) os tecidos moles incluem fáscia, músculos, tendões,
lingamentos, cápsulas articulares, superfícies cartilaginosas, discos intervertebrais e
meniscos. Basicamente são compostos por elementos celulares e não – celulares, com
células distribuídas através de substância basal intercelulares contendo líquidos teciduais,
elementos fibrosos e material orgânico. Cada um desses tecidos é composto essencialmente
por uma reunião de elementos celulares fibrosos em que predomina um tipo particular de
célula ou fibra, formando uma unidade de trabalho.
* Alunos do 3.º ano do Curso de Fisioterapia da UNAMA e monitores da disciplina Agentes Bioelétricos e
Biotérmicos.
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Conforme o mesmo autor, os tecidos moles apresentam certas propriedades
biomecânicas como a elasticidade e a viscosidade, sendo considerados por muitos
estudiosos como viscoelásticidade. A elasticidade é a capacidade biomecânica de um tecido
sofrer deformação mediante a um esforço aplicado e retornar a sua condição original, após
a cessar a força que foi submetida. Já a viscosidade refere-se ao aumento da resistência à
movimentação de um tecido.
Consoante Rahs (1991), salienta que a viscoelasticidade poderá depender da
idade biológica do indivíduo, do condicionamento físico, da temperatura local onde se
encontra o indivíduo e da carga genética. Rahs (1991) enfatiza que um indivíduo mais
jovem que apresenta condicionamento físico adequado do complexo miotendínco e uma
boa herança genética apresentará menor chance de sofrer lesões em tecidos moles. Por
outro lado, quanto maior será a idade biológica, maior possibilidade dos tecidos sofrerem
deformação de sua estrutura.
Diante do exposto, as lesões de tecidos moles podem ser causada
basicamente por sobrecarga repetitiva (uso excessivo) ou por traumatismo no local direto.
Nessas duas situações encontram-se lesões relacionadas às atividades ocupacionais e
esportivas. A primeira ocorre esforço repetitivo que ocasiona microtramautismo de
repetição, que excedem a capacidade da função do músculo, causando dor, fadiga e
produção de edema; e na segunda encontram-se as contusões, distensões, as entorses, as
bursites e as tendossinovites, as quais levam um processo inflamatório, respectivamente.
(Kisner, 1998)
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A fisiopatologia das lesões de tecidos moles é caracterizada pela fase aguda,
sub-aguda e crônica. No entanto, o objetivo do estudo é elucidar apenas a fase aguda, uma
vez que o uso da crioterapia nesta fase irá diminuir a dor, os espasmo muscular protetor, a
diminuição da consumo de oxigênio do metabolismo celular e também irá proporcionar
uma vasoconstrição, evitando, assim, a contaminação dos tecidos circundantes perante os
mecanismos da inflamação. (Knight, 2000)
A fase aguda é constituída por uma ruptura de fibras colágenas de vasos
sangüíneos, levando uma hemorragia e a uma resposta humoral, que vão liberar os fatores
inflamatórios quimiotáticos e vasoativos. Durante as primeiras 72 horas, após a lesão, vão
predominar alterações vasculares, surge, então, um exsudato de células e soluto dos vasos
sangüíneos, ocorrendo, assim, uma formação de coágulos. Nesse período, inicia-se a
neutralização dos irritantes químicos liberados após a lesão através da diapedese dos
leucócitos e fagocitose, que vai remover os tecidos mortos e respectivamente ocorre
atividade fibroblástica, dando início a formação de novos tecidos e leitos capilares.
(Robins,1991)
Esse mecanismo tem por finalidade restabelecer a integridade do músculo.
Durante a fase aguda é evidenciado sinais característico da lesão, que são: edema, rubor,
calor, dor espontânea e contínua, consequentemente perda da função do segmento lesado.
(Montenegro, s.d)
O tratamento com a crioterapia tem como objetivo retirar calor do corpo ou
do local onde está sendo tratado, causando um resfriamento e diminuído a permeabilidade
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celular. A nível metabólico, a crioterapia permite uma diminuição significativa do
metabolismo, os tecidos resfriados requerem uma quantidade menor de oxigênio para
sobreviver, dessa maneira, o frio decresce a hipóxia tecidual, induzindo a um estado de
hibernação que diminui a extensão da lesão secundária. Ocorre também, a redução da
neuro-condução ; da dor por decréscimo na transmissão das fibras de dor, por diminuição
da excitabilidade nas terminações livres e também pela liberação de endorfinas . E possível
perceber uma diminuição da atividade enzimática. Observa-se a redução do espasmo
muscular de proteção através da diminuição da entrada sensorial; da descarga fusal; como
também a redução da produção de histamina e bradicininas, a qual determina o aumento da
permeabilidade dos vasos, objetiva-se também uma ação em conseqüência a uma
diminuição na velocidade de propagação dos estímulos nociceptivos e proporciona uma
vasoconstrição vascular, impedindo o extravasamento plasmático por ocasião dos
traumatismos agudos, e reduz a hemorragia através do aumento da adesividade das células
endotelias. (Rodrigues, 1990)
As técnicas de aplicação da Crioterapia são: Imersão em água gelada com
cubos de gelos, panquecas de gelo, compressa de gelo e criogel, jatos ou neve carbônica
Durante o tratamento da crioterapia deve-se tomar alguns cuidados, a seguir
declinados: pacientes com Doença de Raynaud ou doença vasoespástica; hipersensibilidade
ao frio; distúrbios cardíacos; comprometimento da circulação local; ter cuidado as
aplicações não passar de 50 minutos para não produzir ulcerações; não aplicar em pacientes
paralisados ou em coma, pois vão ter perda da sensibilidade. (Rodrigues,1998)
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Em suma, o uso da crioterapia nas lesões agudas de tecidos moles é essencial
para uma boa reabilitação no paciente, uma vez que atenua ou cessa os sinais característicos
da inflamação aguda, assim como auxilia na regeneração de vasos e tecidos afetados.
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BIBLIOGRAFIA:
ALMEIDA, Rinaldo. Apostila de crioterapia. Unama. Belém. Pará, 2001
KISNER, C. COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnica. 3. ed. São
Paulo: Manole, 1998.
KNIGHT, K.L. Crioterapia no tratamento das lesões desportivas. 1.ed. São Paulo:
Manole, 2000.
LIANZA, S. Medicina de reabilitação . 2 .ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.
MACHADO, C.M. Eletrotermoterapia Prática. 2.ed. São Paulo: Pancast, 1991.
MONTENEGRO, F. et al. Patologia e processos gerais. 4.ed. Rio de Janeiro: Atheneu,
s.d.
RASH, P.J. Cinesiologia e anatomia aplicada. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1991.
ROBINS, S.J. et al. Patologia estrutural e funcional. 4.ed. São Paulo: Internacional, 1991.
RODRIGUES, Ademir. Crioterapia. 1.ed . CEFESPAR, 1990.
RODRIGUES, E. Meirelles. Manual de Recursos Terapêuticos. 1.ed. Rio de Janeiro:
1998.
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NOME: Daniel da silva carvalho.
ENDEREÇO: Avenida Marques de Herval 1316 apt 101-A edficil Vila lobos
TELEFONE:246 9209
VINCULAÇÃO INSTITUCIONAL. Acadêmico de Fisioterapia 3 ano da tarde
CARGO : Monitor da disciplina Bioeletricos e biotérmicos
ÁREA DE INTERESSE: Profissionais e Estudante da área da saúde
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