Proposto curso sobre

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Proposto curso sobre
epilepsia a servidores
Projeto do vereador Zé Maria (PPS) prevê a promoção de cursos e
treinamentos sobre epilepsia para funcionários da Guarda Municipal, escolas,
secretarias e demais órgãos públicos ligados à administração direta. “Deverão
receber o treinamento os servidores que tiverem contato com maior número
de pessoas, como professores, inspetores de alunos, agentes de trânsito,
vigilantes e chefias imediatas”, explica.
O parlamentar argumenta, ao justificar sua iniciativa, que a epilepsia é
uma condição neurológica crônica grave que acomete ente 1% e 2% da
população, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, seriam
cerca de 3 milhões de pessoas com a doença. “Embora menos letal, o
preconceito que isola os portadores de epilepsia já justificaria programa tão
sério quanto o dirigido à aids. Quem já testemunhou uma crise, se não ficou
assustado, ficou desconcertado: os músculos da pessoa em crise enrijecem,
ela cai, saliva em excesso e se debate. Por causa desta reação, que para
muitos parece demoníaca, negam-lhe emprego, vaga na escola, a família sofre
e ela se esconde. A maioria dos portadores não recebe tratamento”, diz.
Crise
Segundo Zé Maria, “a crise epiléptica é desencadeada quando
grupamento de neurônios deixa de funcionar adequadamente por certo tempo.
O cérebro envia impulsos elétricos de forma errática, levando a manifestações
clínicas em partes do corpo que comanda. Figurativamente, o que acontece é
um “curto-circuito”. A crise (convulsão), aquela que testemunhamos nas ruas,
corresponde à cerca de metade dos casos. Os outros 50% são outros tipos de
crises que podem passar despercebidas. Uma delas afeta principalmente a
criança, que está conversando normalmente e, de repente, desliga por
segundos. Se tais crises são múltiplas, a mãe vai achar que o filho vive no
mundo da lua. Na crise “parcial complexa”, o paciente desliga, mas mantém
certos movimentos complexos – pode, por exemplo, tirar a roupa sem se dar
conta de que está em público. Quando confundida com drogadição ou doenças
psiquiátricas, esta crise pode levar o paciente à delegacia ou mesmo ao
hospital psiquiátrico”.
Diagnóstico
A epilepsia, conforme o parlamentar, não é uma doença em si, é um
leque grande de doenças que pode desencadeá-la. Um tumor cerebral pode
causar epilepsia, assim como má-formação do cérebro, traumatismo crânioencefálico em acidente, defeito genético, problemas no parto. Diagnosticar a
epilepsia, portanto, nem sempre é fácil, a não ser naqueles 50% dos casos em
que a crise é do tipo convulsão e de fácil reconhecimento. Daí, a importância
dos cursos de qualificação, que devem ser ministrados não só aos profissionais
de saúde, mas a todos aqueles que estão em contato constante com grande
número de pessoas.
“É necessário levar o conhecimento aos professores e a todos os
servidores públicos, preparando-os para atender a criança ou adulto com a
doença. Não somente nas escolas, mas em todos os espaços públicos. Não é
raro que um aluno, depois de uma crise na classe, seja convidado a sair”,
comenta Zé Maria.
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