B8 Agora Viva Bem Domingo, 18 de setembro de 2016 apoio informação Portador de epilepsia, Eduardo Caminada Jr. compartilha suas experiências e dicas sobre locais de tratamento no site vivacomepilepsia.org Associação Brasileira de Epilepsia explica o que é a doença https://goo.gl/0Eb9TE https://goo.gl/CbB7N2 Ficar olhando para ponto fixo pode ser sintoma de epilepsia Doença, que tem origem no cérebro, se manifesta de várias maneiras, mas há como controlá-la Ficar desconectado da realidade, olhando para um ponto fixo, pode ser sinal de epilepsia. A doença, caracterizada por crises convulsivas decorrentes de impulsos elétricos desordenados no cérebro, apresenta vários tipos de sintomas —diferentes, inclusive, das crises em que a pessoa cai no chão, se debate, enrola a língua e baba. Desligar-se do mundo é um tipo de crise, mas o neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein Fábio Porto explica que isso é diferente de ficar só pensando na vida. “Aqui, é involuntário, e se a pessoa for chamada, não vai voltar à realidade”, diz. Ela ainda pode ficar piscando os olhos e mexendo a boca. O tipo de sintoma está diretamente relacionado à área do cérebro atingida. “Se for na área da visão, a pessoa pode ver cores e formas diferentes”, diz. Ela pode estar consciente ou não. Os vários sintomas (veja no quadro ao lado) podem aparecer juntos ou isolados. Crises em geral duram até dois minutos, segundo o neurologista e coordenador do Ambulatório de Epilepsia Adultos do Hospital das Clínicas, Lécio Figueira Pinto. As com mais de cinco minutos podem lesar o cérebro de forma irreversível. “Há muito preconceito. A epilepsia não é sinal de doença mental e incapacidade”, diz Figueira. A origem do mal pode estar em uma microlesão, imperceptível até em exames de imagem. Pode ser decorrente da carga genética, de pancada na cabeça, ou por motivos difíceis de serem encontrados. O tratamento costuma ser feito com remédios. Uma opção é a cirurgia, por meio da qual é retirada a parte lesionada do cérebro. E há ainda a terapia VNS (estimulação do nervo vago) uma espécie de marcapasso implantado no tórax, que envia impulsos elétricos para conter as crises. “Com as crises controladas, a pessoa leva uma vida normal”, afirmou Figueira. (Gislaine Gutierre) Crianças e idosos correm mais riscos Idosos e crianças são mais propensos à epilepsia. “O cérebro é mais frágil”, justifica o neurologista e coordenador do Ambulatório de Epilepsia Adultos do Hospital das Clínicas Lécio Figueira Pinto. Crianças podem ter epilepsia por um atraso na maturação cerebral. Com o tempo, o mal pode sumir. “Idosos podem ter tido tumor, e ter sofrido AVC (acidente vascular cerebral), alzheimer ou processo degenerativo.” (GG)