Vereador tenta melhorar atendimento a epilépticos “A qualificação do atendimento às pessoas com epilepsia no País deixa a desejar. Os médicos, em boa parte, não se sentem confortáveis em assistir um portador da doença, porque seu conhecimento é desatualizado.” A análise é do vereador Zé Maria, ao comentar projeto de sua autoria que prevê a promoção de cursos e treinamentos sobre epilepsia aos quadros de pessoal da Guarda Municipal, escolas, secretarias e outros órgãos públicos ligados à administração direta. Os cursos e treinamentos, segundo Zé Maria, devem ser ministrados a mais de 10% do quadro funcional de cada órgão. As oficinas serão dirigidas aos funcionários públicos que tiverem contato com maior número de pessoas. Como exemplos, o vereador cita professores, inspetores de alunos, guardas municipais externos, agentes de trânsito, vigilantes e chefias imediatas. “É necessário levar o conhecimento aos professores e servidores públicos, preparando-os para atender à criança ou adulto com epilepsia. Não somente nas escolas, mas em todos os espaços públicos. Não é rato que um aluno, depois de uma crise na classe, seja convidado a sair. O poder público, nesta linha, deve reconhecer sua responsabilidade social e atuar de forma positiva para reverter a situação”, diz o parlamentar. Doença Segundo Zé Maria, a “epilepsia é uma condição neurológica crônica grave que acomete entre 1% e 2% da população, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil seriam cerca de 3 milhões de pessoas, conformando problema de saúde pública. Embora menos letal, o preconceito que isola os portadores da doença já justificaria programa tão sério quanto o dirigido à aids”. “A crise epiléptica é desencadeada quando grupamento de neurônios deixa de funcionar adequadamente por certo tempo. O cérebro envia impulsos elétricos de forma errática, levando a manifestações clínicas em partes do corpo que comanda. Figurativamente, o que acontece é um ‘curto circuito’”, conclui o vereador.