ZERO HORA 12 SÁBADO E DOMINGO, 20 E 21 DE AGOSTO DE 2016 + SAÚDE Leia todas as matérias da série +Saúde em bit.ly/ VidaMaisSaude É um distúrbio da atividade elétrica das células do cérebro que provoca crises – que vão de apagões momentâneos a convulsões. Trata-se da segunda doença neurológica mais comum, atrás apenas do acidente vascular cerebral (AVC). COMO IDENTIFICAR COMO PREVENIR Sintomas O principal sinal é a crise epiléptica, provocada pela atividade irregular dos neurônios. A crise pode ser leve, causando apagões momentâneos (como chegar a um lugar sem saber como), ou intensa, provocando convulsões. No caso mais grave, a pessoa perde a consciência e cai, podendo se debater durante o episódio. Quando retoma a consciência, após de dois a cinco minutos, o paciente normalmente sente-se confuso e com forte dor de cabeça. A prevenção da epilepsia passa por evitar as doenças ç que q podem p causá-la. Na infância, pode ser feita por meio de pré-natal, parto e pós-parto com acompanhamento médico. Traumas podem ser prevenidos com o uso de itens de segurança ç nos veículos, no trabalho e na prática esportiva, como capacete. Já o AVC é evitado com o controle da alimentação, da hipertensão e da glicose. Diagnóstico g É realizado por um neurologista, por meio de avaliação ç clínica e do histórico do paciente. Também podem ser feitos exames complementares como eletroencefalograma e ressonância magnética. Convivendo com a doença Quando as crises estão controladas, as pessoas podem ter uma vida normal. No entanto, quando as crises são frequentes, os médicos normalmente não recomendam que os pacientes dirijam ou façam sozinhos atividades que podem causar acidentes, como cozinhar, entrar na água e frequentar lugares altos. Causas Médicos costumam dizer que a epilepsia é uma ”segunda doença”, por estar sempre associada a outra. Entre os problemas que causam epilepsia estão alterações ç ggenéticas, convulsões febris na infância, malformações cerebrais, falta de oxigenação durante a gestação ou ao nascer, infecções cerebrais nos primeiros dias de vida (como meningite), tumores, traumas, AVC e Alzheimer. Estima-se que 15% das pessoas que tiveram AVC tenham epilepsia. Como ajudar alguém durante uma crise epiléptica? Em caso de crise leve, quando a pessoa apresenta um “apagão”, é preciso evitar que ela se machuque. Se o paciente estiver atravessando a rua ou cozinhando, por exemplo, precisará de ajuda para terminar de cruzar a faixa ou desligar o fogão. Se a crise for convulsiva, é preciso evitar que a pessoa aspire secreções e se machuque enquanto estiver se debatendo. Primeiro, vire a cabeça dela para o lado e segure firme. Depois, tente mantê-la em uma posição confortável para evitar lesões nos membros. A maior parte das crises epilépticas dura até três minutos. Após esse tempo, é preciso acionar atendimento médico. COMO TRATAR Como a doença não tem cura, o tratamento da epilepsia tem o objetivo de controlar as crises, e é feito por meio de medicamentos. Cerca de 70% dos pacientes conseguem ter as crises controladas com o uso de remédios. Para os outros 30%, a necessidade de cirurgia é avaliada. O procedimento é indicado quando consegue-se identificar o foco epiléptico a ser retirado. Fontes: André Palmini, professor de neurologia da PUCRS e diretor clínico do Programa de Cirurgia gia da Epilepsia do Hospital São Lucas, e José Augusto Bragatti, neurologista coordenador do Grupo de Epilepsia doo Hospital Moinhos de Vento. ☎ (51) 3218-4736 [email protected] ARTE DA CAPA Edu Oliveira EDITORA Cândida Hansen DIAGRAMAÇÃO Amanda Souza e Paola Gandolfo agência i FALE COM A GENTE APROVEITE O QUE A VIDA TEM DE MELHOR. Venha fazer parte desta rede. vidafarmacias.com.br 51 3527.4984