ROSÁRIO LAUREANO 1 PRIMITIVAS MÉTODOS DE PRIMITIVAÇÃO ––––––––––––––––––––––––––––––––— ––––––––––––––––––––––––––––––––- Ano letivo: 2013/2014 - 2o Sem. Turma: GA4 ––––––––––––––––––––––––––––––––- Elaborado por ROSÁRIO LAUREANO DM — Dpto de Matemática (ISTA) ROSÁRIO LAUREANO 1 1.1 2 Primitivas (ou antiderivadas) Primitivas imediatas e quase-imediatas Seja f uma função real (escalar) na variável real x, f : D ⊆ R → R. Definição 1 Uma função F (x) é uma primitiva de f (x) (ou uma antiderivada de f(x)), e denota-se por F (x) = f (x) dx, ou simplesmente, F (x) = P f(x), se F (x) = f(x) (dx indica a variável de primitivação). Dado que o cálculo de uma primitiva envolve um processo inverso da derivação, a primitiva de uma dada função não é única. Vejamos o seguinte exemplo. √ Exemplo 2 As funções x3 , x3 + 2 e x3 − 5 são (diferentes) primitivas da função f (x) = 3x2 pois √ 3 3 x = x + 2 = x3 − 5 = 3x2 . Todas estas primitivas da função f (x) = 3x2 diferem por uma constante real 3 + C, com C ∈ R (no 1o caso C = 0, no e pertencem à família de funções x√ o o 2 caso C = 2 e no 3 caso C = − 5). 2 2 3 Não devemos escrever 3x dx = x , nem 3x dx = x3 + 2, nem √ √ 2 3x dx = x3 − 5, pois tal levaria às proposições falsas 0 = 2 = − 5. Na verdade, devemos escrever 2 3x dx = x3 + C [ou ainda, P 3x2 = x3 + C], para todo C ∈ R (ou seja, ∀C ∈ R), como a expressão geral de todas as primitivas da função f(x) = 3x2 . Tal expressão é assim x3 + C, qualquer que seja C ∈ R. Atendendo à notação da Definição 9, temos F (x) = x3 + C, ∀C ∈ R. Se soubermos uma condição relativa à função F (x), podemos então calcular C e obter uma determinada primitiva de f (x). Por exemplo, com F (3) = 10, obtemos 33 + C = 10. Temos então C = 10 − 27 = −17 e obtemos a primitiva "particular" F (x) = x3 − 17 (aquela que passa no ponto (3, 10)). ROSÁRIO LAUREANO 3 Se F (x) é uma primitiva de f(x) então também F (x)+C é uma primitiva de f(x), ∀C ∈ R, pois [F (x) + C] = F (x) + C = F (x) + 0 = f(x), ∀C ∈ R. Podemos assim dizer que F (x) + C é a expressão geral das primitivas de f(x). Assim, todas as primitivas de uma dada função f(x) diferem entre si por uma constante real C arbitrária. Exemplo 3 As funções definidas por x + C, com C ∈ R, são as primitivas da função (constante) f(x) = 1, 1 dx = x + C [ou ainda, P1 = x + C], ∀C ∈ R, pois (x + C) = x + C = 1 + 0 = 0. Exemplo 4 As funções definidas por x2 +C, com C ∈ R, são as primitivas 2 da função (constante) f(x) = x, x2 x2 x dx = + C [ou ainda, Px = + C], ∀C ∈ R, 2 2 pois x2 +C 2 = 1 2 1 x + C = (2x) + 0 = x. 2 2 Exemplo 5 As funções definidas por sin x + C, com C ∈ R, são as primitivas da função f(x) = cos x, cos (x) dx = sin (x) + C [ou ainda, P cos x = sin x + C], ∀C ∈ R, pois [sin (x) + C] = cos (x) + 0 = cos(x). Exemplo 6 A família de funções − cos x + C, com C ∈ R, é a família das primitivas da função f(x) = sin x, sin (x) dx = − cos (x) + C [ou ainda, P sin x = − cos x + C], ∀C ∈ R, pois [− cos (x) + C] = sin (x) + 0 = sin x. ROSÁRIO LAUREANO 4 Exemplo 7 A família de funções exp (x) + C, com C ∈ R, é a família das primitivas da função f(x) = exp x, exp(x)dx = exp(x) + C [ou ainda, P exp x = exp(x) + C], ∀C ∈ R, pois [exp(x) + C] = exp x. Note que usamos a notação exp x com o mesmo significado de ex (exponencial na base de Neper e = 2.7182818284...). Exemplo 8 A expressão geral das primitivas de f(x) = 1/x é ln |x| + C, 1 1 dx = ln |x| + C [ou ainda, P = ln |x| + C], ∀C ∈ R, x x pois (ln |x| + C) = 1/x. O módulo garante, desde logo, que o logaritmo Neperiano (ln) atua sobre valores positivos (note que x = 0 pelo enunciado), mas verificamos que: — para x > 0 temos |x| = x, logo [ln |x| + C] = [ln (x) + C] = 1 1 +0= . x x — para x < 0 temos |x| = −x, logo [ln |x| + C] = [ln (−x) + C] = −1 1 +0= . −x x É então válido que, para todo x = 0, [ln |x| + C] = 1 . x Conhecemos as regras de derivação da soma, da diferença e do produto por uma constante real. São destas regras que resultam as seguintes propriedades operacionais no cálculo de primitivas. Proposição 9 (Propriedades operacionais da soma, da diferença e do produto por uma constante) Dadas funções reais f e g na variável real x e uma constante k ∈ R, são válidas as igualdades [f (x) ± g(x)] dx = f(x)dx ± g(x)dx ROSÁRIO LAUREANO e 5 [k · f (x)] dx = k · f(x)dx . Proof. Das regras de derivação da soma e da diferença [F (x) ± G(x)] = F (x) ± G (x) resulta que F (x) ± G(x) = F (x) ± G (x) dx. (1) Para F (x) = f(x) temos F (x) = f(x)dx. Para G (x) = g(x) temos G(x) = g(x)dx. Assim, a igualdade (1) pode ser escrita como f (x)dx ± g(x)dx = [f(x) ± g(x)] dx. Analogamente, da regra de derivação com uma constante real multiplicativa k, [k · F (x)] = k · F (x) em que k ∈ R, resulta que k · F (x) = Para F (x) = f(x) temos F (x) = ser escrita como k· f(x)dx = k · F (x) dx. (2) f(x)dx. Assim, a igualdade (2) pode [k · f(x)] dx. Atendendo às igualdade da Proposição 17, podemos afirmar que a primitiva goza de linearidade, ou seja, [k · f(x) ± K · g(x)] dx = k · f (x)dx ± K · g(x)dx para constantes reais k, K ∈ R. Com base nesta propriedade é possível efectuar primitivação por decomposição quando tal for conveniente. Vejamos os seguintes exemplos. ROSÁRIO LAUREANO 6 Exemplo 10 Considere as seguintes primitivas, em que C1 , C2 , C são números reias arbitrários (∀C1 , C2 , C ∈ R): [3 + 5 exp(x)] dx = 3 · 1 dx + 5 · exp (x) dx = 3 · (x + C1 ) + 5 · [exp(x) + C2 ] = 3 · x + 3 · C1 + 5 · exp(x) + 5 · C2 = 3 · x + 5 · exp(x) + 3 · C1 + 5 · C2 = 3 · x + 5 · exp(x) + C, com C = 3 · C1 + 5 · C2 , [sin (x) − 2 cos x] dx = sin (x) dx − 2 · cos (x) dx = − cos (x) + C1 − 2 · [sin (x) + C2 ] = − cos (x) − 2 · sin (x) + C1 − 2 · C2 = − cos (x) − 2 · sin (x) + C, com C = C1 − 2 · C2 x 1 1 1 1 + dx = · x dx + · dx 5 6x 5 6 x 2 1 x 1 = · + C1 + · (ln |x| + C2 ) 5 2 6 = 1 x2 1 1 1 · + · C1 + · ln |x| + · C2 5 2 5 6 6 = x2 1 1 1 + · ln |x| + · C1 + · C2 10 6 5 6 = x2 1 1 1 + · ln |x| + C, com C = · C1 + · C2 . 10 6 5 6 ROSÁRIO LAUREANO 7 REGRAS DE PRIMITIVAÇÃO: Dada uma função real de variável real u = u(x) e uma constante k ∈ R, são válidas as regras seguintes: • k dx = k · x + C , ∀C ∈ R • u dx = ln |u| + C , ∀C ∈ R u • (uα · u ) dx = uα+1 +C α+1 • (au · u ) dx = au +C ln a — Em particular, • • com a ∈ R+ \ {1}, ∀C ∈ R (u · exp u) dx = exp(u) + C , ∀C ∈ R u u 1 dx = arctan + C , ∀C ∈ R a2 + u2 a a — Em particular, com α ∈ Q \ {−1}, ∀C ∈ R u dx = arctan (u) + C , ∀C ∈ R 1 + u2 u u √ + C , ∀C ∈ R dx = arcsin a a2 − u2 — Em particular, u √ dx = arcsin (u) + C , ∀C ∈ R 1 − u2 • (u · sin u) dx = − cos (u) + C , ∀C ∈ R • (u · cos u) dx = sin (u) + C , ∀C ∈ R • u · sec2 u dx = u dx = tan (u) + C , ∀C ∈ R cos2 u ROSÁRIO LAUREANO • • • u · csc2 u dx = 8 u dx = − cot (u) + C , ∀C ∈ R sin2 u (u · sec u) dx = ln |sec (u) + tan u| + C , ∀C ∈ R (u · csc u) dx = ln |csc (u) − cot u| + C , ∀C ∈ R Exemplo 11 Considere as seguintes primitivas, em que C1 , C2 , C são números reias arbitrários (para quaisquer C1 , C2 , C ∈ R) 1 3 2 2 x + C2 7 + x dx = 7 1 dx + x dx = (7x + C1 ) + 3 1 1 = 7x + x3 + C1 + C2 = 7x + x3 + C , 3 3 C1 +C2 −2+1 5 1 x −2 + C1 dx = 5· dx = 5· x dx = 5 · x2 x2 −2 + 1 −1 x 5 5 = 5· + C1 = − + 5 · C1 = − + C , −1 x x 5·C1 x x sin (2x) + cos dx = sin (2x) dx + cos dx 3 3 1 1 1 = · 2 · sin (2x) dx + 3 · · cos · x dx 2 3 3 1 1 = · [− cos (2x) + C1 ] + 3 · sin · x + C2 2 3 x 1 1 = − · cos (2x) + 3 · sin + · C1 + 3 · C2 2 3 2 x 1 = − · cos (2x) + 3 · sin + C . 2 3 1 ·C1 +3·C2 2 ROSÁRIO LAUREANO 1.2 9 Exercícios propostos 1. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções: (a) f(x) = 5x6 + (b) f(x) = 3 4 + x2 x (3x − 1)2 3x √ (x + x)2 (c) f(x) = x5 (d) f(x) = x(x2 + 2)3 (e) [TA] f(x) = √ √ 3 x2 + 2 5 x (f) [TA] f(x) = (8 − 3x) √ 5 8 − 3x (g) [TA] f(x) = (x + 1)15 x3 (h) [TA] f(x) = √ 5 3 − x4 2. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções: (a) f (x) = 3x 1 + x2 (b) f (x) = 3 1 + x2 (c) f (x) = 3 4 + x2 (d) f (x) = 3x2 1 + x2 ROSÁRIO LAUREANO (e) f (x) = 10 3 (1 + x)2 3. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções: 5x (a) f (x) = √ 1 − x2 5 (b) f (x) = √ 1 − x2 5 (c) f (x) = √ 4 − x2 5 (d) [TA] f(x) = √ 16 − 9x2 1 (e) f (x) = 2 − (x − 3)2 1 (f) f(x) = √ 2 −x + 2x + 3 4. Prove as seguintes igualdades [note que as alíneas 2.c) e 3.c) d) são casos particulares do que é proposto neste exercício]: 1 1 b (a) dx = arctan x + C, ∀C ∈ R; a2 + b2 x2 ab a (b) 1 1 b √ dx = arcsin x + C, ∀C ∈ R. b a a2 − b2 x2 5. [TA] Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções: x2 (a) f (x) = √ 1 − x6 x5 (b) f (x) = √ 1 − x6 ROSÁRIO LAUREANO 11 6. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções: (a) f(x) = 5x exp x2 (b) f(x) = exp (1/x) x2 (c) f (x) = exp [2 sin (x) cos x] cos (2x) (d) [TA] f(x) = 1 exp(−x) (1 + 4 exp x) exp (6x) (e) [TA] f(x) = 1 − exp (6x) (f) [TA] f(x) = (1 + exp x)2 (g) [TA] f(x) = exp tan x cos2 x 7. [TA] Seja v(x) = exp (2x). Determine a expressão geral das primitivas das funções f (x) = v(x) , 1 + exp (4x) g(x) = v(x) 2 − v(x) e h(x) = v(x) − 1 . exp x 8. [TA] Seja w(x) = ln x. Determine a expressão geral das primitivas das funções 3 w(x) + sin w(x) 1 1 f (x) = , h(x) = e j(x) = . x · w(x) x(3 + w2 (x)) x 9. [TA] Considere q(x) = vas das funções f (x) = √ x. Determine a expressão geral das primiti- 1 1 √ , g(x) = (1 + x)q(x) q(x) 1 − x e h(x) = 1 . q(x) 1 + q(x) 10. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções: ROSÁRIO LAUREANO 12 (a) f(x) = x2 cos x3 (b) f(x) = tan (3x) (c) f(x) = cot(5x − 7) (d) f(x) = cos (5x) sin (5x) (e) [TA] f(x) = x sin x2 3 (f) [TA] f(x) = sin3 (x) cos x (g) [TA] f(x) = sin x cos4 x (h) [TA] f(x) = sin (x) + cos x sin3 x cos x (i) [TA] f(x) = √ 3 sin2 x 11. Prove as seguintes igualdades (p ∈ Q, p = −1) [note que as alíneas 10.f) - i) são casos particulares do que é proposto neste exercício] 1 (a) [sinp (x) cos x] dx = sinp+1 (x) + C, ∀C ∈ R; p+1 (b) [cosp (x) sin x] dx = − 1 cosp+1 (x) + C, ∀C ∈ R. p+1 12. [TA] Considere as funções f (x) = sin3 x, g(x) = cos4 x, h(x) = cos5 x e j(x) = sin2 (3x) definidas por potências (pares ou ímpares) de seno ou de coseno. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma destas funções. 13. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções: ROSÁRIO LAUREANO 13 (a) f(x) = x tan x2 (b) f(x) = sec2 (7x) (c) f(x) = sec2 x tan5 x (d) [TA] f(x) = tan x 2 sec2 x 2 (e) [TA] f(x) = 1 [2 + 3 tan (5x)] cos2 (5x) (f) [TA] f(x) = 2 arctan3 x 1 + x2 (g) [TA] f(x) = x + arcsin x √ 1 − x2 (h) [TA] f(x) = cos x 1 + sin2 x (i) [TA] f(x) = cos (2x) 1 + sin (x) cos x 14. [TA] Seja j(x) = sin (2x) . Determine a expressão geral das primitivas das funções f(x) = j(x) , 1 + cos2 x g(x) = j(x) 1 + cos4 x e h(x) = 15. Determine a expressão geral das primitivas da função f(x) = 16. [TA] Seja f(x)dx = 5 − ser definida pela expressão: A f(x) = 2 + exp x 1 B f(x) = 2 + exp x C f (x) = 2 exp(−x) j(x) 2 . sin x cos2 1 . x ln (x) ln(ln x) 1 ln [1 + 2 exp(−x)]. A função f(x) pode 2 ROSÁRIO LAUREANO 14 17. [TA] A expressão geral das primitivas da função cos x f (x) = + 2 exp(−x) 1 − sin2 x é: 1 − sin2 x − 2 exp(−x) + C, ∀C ∈ R B 1 − sin2 x + 2 exp(x) + C, ∀C ∈ R A C x − 2 exp(−x) + C, ∀C ∈ R 18. A expressão geral das primitivas da função 3 cos x f (x) = 3 exp(−x) + 1 − sin2 x é: A 3 1 − sin2 x − 3 exp(−x) + C, ∀C ∈ R B 3x − 3 exp(−x) + C, ∀C ∈ R C 3 1 − sin2 x + 3 exp(x) + C, ∀C ∈ R 19. Seja f (x)dx = 3 − ln [1 + 3 exp(−x)]. A função f (x) pode ser definida pela expressão: 3 A f(x) = 3 + exp x B f (x) = 3 exp(−x) C f (x) = 3 exp x ln2 x − 4 cos x2 + 2 uma primitiva de certa função 2 f(x). A função f(x) pode ser definida pela expressão: ln x + 8x sin x2 A f(x) = x 1 B f (x) = + 8x sin x2 x ln x C f (x) = x ln (x) − 4 cos x2 20. [TA] Seja g(x) = ROSÁRIO LAUREANO 15 21. A expressão geral das primitivas da função é: cos x f(x) = + exp(−x) 1 − sin2 x A x − exp(−x) + C, ∀C ∈ R B 1 − sin2 x − exp(−x) + C, ∀C ∈ R C x + exp(−x) + C, ∀C ∈ R ln2 x − 4 cos x2 + 2 uma primitiva de certa função f(x). 2 A função f (x) pode ser definida pela expressão: 1 A f(x) = + 8x sin x2 x ln x ln x B f(x) = + 8x sin x2 x C f (x) = x ln (x) − 4 cos x2 √ 1 23. [TA] Sabendo que f (x)dx = sin x3 +2 arctan ( x)+3, a função 3 f(x) pode ser definida pela expressão: √ x A f(x) = + x2 cos x3 1+x 1 B f(x) = + cos x3 1+x 1 √ + x2 cos x3 C f (x) = (1 + x) x 22. Seja g(x) = 24. [TA] A expressão geral das primitivas da função f(x) = é: 4x 1 − x2 + 1 x2 A 4 ln x2 + 1 − ln x2 + C, ∀C ∈ R 1 B 2 ln x2 + 1 + + C, ∀C ∈ R x 1 C 2 arctan (x) + + C, ∀C ∈ R x ROSÁRIO LAUREANO 16 √ 1 f(x)dx = 2 arctan ( x) + sin x3 + 4, a função f(x) 3 pode ser definida pela expressão: 1 + cos x3 A f(x) = 1+x √ x B f (x) = + x2 cos x3 1+x 1 √ + x2 cos x3 C f (x) = (1 + x) x 25. Sabendo que 2x 1 26. A expressão geral das primitivas da função f (x) = 2 + 2 é: x +1 x 2 2 A 2 ln x + 1 + ln x + C, ∀C ∈ R 1 B arctan (x) − + C, ∀C ∈ R x 2 1 C ln x + 1 − + C, ∀C ∈ R x 1.3 Primitivas de funções racionais Definição 12 Uma função diz-se racional se é o quociente de funções polinomiais, ou seja, se é uma fração de polinómios. Exemplo 13 São racionais as funções f (x) = 2x , 2 x +1 g(x) = x3 + 5 x+3 e h(x) = 10x . x+5 Considere a função racional f (x) = N (x) , D (x) em que os polinómios N (x) (polinómio numerador) e D (x) (polinómio denominador) são polinómios na variável x (N (x) ≡polinómio numerador; D (x) ≡polinómio denominador). A função racional f (x) diz-se própria se N (x) tem grau inferior a D (x). Caso contrário (i.e, se N (x) tem grau superior ou igual a D (x)), a função racional f(x) diz-se não-própria. ROSÁRIO LAUREANO 17 Exemplo 14 Temos a seguinte classificação das funções racionais do Exemplo 21: f(x) — própria, porque grau(2x) = 1 < 2 =grau x2 + 1 , e g(x) e h(x) — não-próprias porque grau(x3 + 5) = 3 > 1 =grau(x + 3) e grau(10x) = 3 =grau(x + 5) . Relativamente ao cálculo das primitivas de uma função racional f (x), há que considerar os seguintes procedimentos iniciais (apenas se a primitivação não for imediata pelas regras de primitivação): FUNÇÕES PRÓPRIAS Quando a função racional f (x) é própria, 1. determinam-se as raízes do polinómio denominador D (x). 2. procede-se à decomposição de D (x) em factores de grau 1 se as suas raízes forem reais, e/ou em factores de grau 2 (factores que são somas de quadrados) se as suas raízes forem complexas (neste caso são pares de raizes conjugadas). 3. fazem-se corresponder frações simples às raizes encontradas para D(x) do seguinte modo: (a) A cada raíz real α de multiplicidade k fazem-se corresponder k frações simples do tipo A1 (x − α) k , A2 k−1 (x − α) , ... , Ak−1 Ak 2 e x − α, (x − α) (b) a cada par de raízes complexas a ± bi de multiplicidade k também se fazem corresponder k frações simples do tipo A1 x + B1 A2 x + B2 Ak−1 x + Bk−1 Ak x + Bk . 2 e k , k−1 , ..., (x − a)2 + b2 (x − a)2 + b2 (x − a)2 + b2 (x − a)2 + b2 As constantes presentes Ai e Bi presentes nos numeradores das frações simples de 3.(a)e 3.(b) são calculadas pelo Método dos Coeficientes Indeterminados ou por outros métodos conhecidos (por exemplo, o método de Taylor também conhecido por "método do tapa"). ROSÁRIO LAUREANO 18 4. Procede-se ao cálculo da primitiva de f(x) efectuando primitivação por decomposição. De notar que as frações simples em 3.(a)e 3.(b) são fáceis de primitivar pelas regras de primitivação usuais. FUNÇÕES IMPRÓPRIAS Quando a função racional f (x) é imprópria, 1. procede-se à divisão do polinómio N (x) pelo polinómio D (x), obtendo-se um polinómio quociente Q(x) (chamada parte inteira de f(x)) e um polinómio resto R(x) com grau inferior ao grau de D(x) (isto é, grau(R(x))<grau(D (x)). Temos então de que resulta f(x) = N(x) = D(x) · Q(x) + R(x) N(x) D(x) · Q(x) + R(x) D(x) · Q(x) R(x) = = + , D(x) D(x) D(x) D(x) ou seja, R(x) D(x) Como R(x) tem necessariamente grau inferior a D(x), pois é esse o critério para considerar terminada a divisão de N (x) por D (x), a nova função racional R(x)/D(x) é própria. 2. procede-se então conforme o indicado nos pontos 2., 3. e 4. para funções próprias. f (x) = Q(x) + Há casos em que a divisão dos polinómios (em funções não-próprias) pode ser evitada por pequenos "truques" operacionais. Vejamos os seguintes exemplos. Exemplo 15 Considere as seguintes operações válidas em frações: f(x) = g(x) = x−1 x+2−3 x+2 −3 3 = = + =1− x+2 x+2 x+2 x+2 x+2 x+2+x−3 x+2 x−3 2x − 1 = = + x+2 x+2 x+2 x+2 = 1+ x−3 x+2−5 x+2 −5 =1+ =1+ + x+2 x+2 x+2 x+2 = 1+1− 5 5 =2− x+2 x+2 ROSÁRIO LAUREANO h(x) = u(x) = 19 x2 − 1 x2 + 2 − 3 x2 + 2 −3 3 = = + =1− 2 x2 + 2 x2 + 2 x2 + 2 x2 + 2 x +2 x2 + 2x + 1 x (x + 2) + 1 x (x + 2) 1 1 = = + =x+ x+2 x+2 x+2 x+2 x+2 v(x) = x2 + x + 1 x2 + 2x − x + 1 x (x + 2) − x + 1 = = x+2 x+2 x+2 x (x + 2) −x + 1 x−1 x+2−3 + =x− =x− x+2 x+2 x+2 x+2 −3 −3 3 x+2 + =x−1− =x−1+ . = x− x+2 x+2 x+2 x+2 = Contudo, para a maioria destas funções é mais fácil recorrer à divisão dos polinómios obtendo-se (obviamente) os mesmos resultados finais (e num só passo, exceptuando o caso da função v(x)). Confirme os resultados obtidos mas recoorendo à divisão. 1.4 Exercícios propostos 1. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções racionais: (a) f(x) = x2 + 1 x3 + 3x (b) [TA] f(x) = (c) f(x) = x2 x+4 + 8x + 7 x5 1 + x6 (d) [TA] f(x) = (e) [TA] f(x) = x +1 3x4 x2 1 +2 ROSÁRIO LAUREANO 20 2. [TA] Considere os polinómios de grau 2 d1 (x) = x2 + 6x + 9, d2 (x) = x2 + 6x + 8 e d3 (x) = x2 + 6x + 10. (a) Averigue a possibilidade de factorizar cada um dos polinómios anteriores em polinómios de grau 1. (b) Determine a expressão geral das primitivas das funções racionais f(x) = 1 , d1 (x) g(x) = 1 d2 (x) e h(x) = 1 . d3 (x) (c) Determine a expressão geral das primitivas das funções racionais j(x) = x+1 , d1 (x) k(x) = x+1 d2 (x) e l(x) = x+1 . d3 (x) 3. [TA] Escreva cada uma das funções racionais f(x) = x4 + x2 + 5 x3 + 2x2 + x e g(x) = 2x3 + 2 8x + 6x2 + x3 com base numa fracção própria e, de seguida, determine a expressão geral das suas primitivas. 4. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções racionais: (a) f(x) = 2x + 1 x3 + 6x2 + 10x (b) f(x) = x2 − x + 14 (x − 4)3 (x − 2) (c) [TA] f(x) = (d) [TA] f(x) = (x2 x4 3 − 4)2 x −1 5. [TA] Sabendo que 2 é raíz do denominador da função racional f(x) = x3 − 6x2 x , + 12x − 8 determine a expressão geral das primitivas da função f. ROSÁRIO LAUREANO 21 6. [TA] Mostre que F (x) = − 1 1 1 2 − x−2 + 4 (x − 2) é a primitiva de f(x) = que passa no ponto (0, 1/2). 1.5 1.5.1 x (x − 2)3 Métodos de primitivação (por partes e por substituição) Primitivação por partes Dadas funções reais de variável real f(x) e g(x), é valida a regra operacional de derivação do produto (f · g) = f · g + f · g . Então f · g + f · g dx = f · g + C. Esta igualdade é equivalente a f · g dx = f · g + C, f · g dx + ou ainda a f · g dx = f · g − Temos então a igualdade com primitivas (f · g) dx = f · g − f · g dx + C. (f · g ) dx . (3) A fórmula (3) justifica o método de primitivação por partes que é efectivamente útil nos casos em que o produto f ·g é mais difícil de primitivar do que o produto (original) f´· g. Quando pretendemos aplicar o método de primitivação por partes a um produto f ·g de funções (que não possa ser visto como primitiva imediata ou quase-imediata), escolhe-se uma das funções para primitivar (f ) e a outra ROSÁRIO LAUREANO 22 para derivar (g). Há que escolher f como algo que se sabe primitivar (para obter facilmente f), tendo em conta que a derivada g de g é sempre fácil de obter. Conforme já foi referido, esta escolha deve ainda cumprir o objectivo de encontrar em (f · g ) dx uma primitiva imediata ou quase-imediata. Exemplo 16 Pretendemos calcular a primitiva (x ln x) dx. Tomando f = x e g = ln x há que calcular x2 f = f dx = x dx = 2 e 1 . x Pela fórmula de primitivação por partes (3) obtemos 2 x2 x 1 x2 1 (x · ln x) dx = · ln x − · dx = · ln x − · x dx 2 2 x 2 2 x2 1 x2 x2 x2 = · ln x − · + C1 = · ln x − + C, 2 2 2 2 4 g = (ln x) = 1 com C = − · C1 ∈ R. 2 Exemplo 17 Pretendemos calcular a primitiva 2 x exp x dx. Tomando f = exp x e g = x2 há que calcular f= f dx = exp (x) dx = exp x e g = x2 = 2x. Pela fórmula de primitivação por partes (3) obtemos 2 2 x · exp x dx = exp (x) · x − [exp (x) · (2x)] dx 2 = exp (x) · x − 2 · [exp (x) · x] dx. ROSÁRIO LAUREANO Notemos que 23 [exp (x) · x] dx ainda não é uma primitiva imediata. Con- tudo, conseguimos baixar o grau do polinómio que faz produto com a exponencial exp x. É então necessário proceder de novo à aplicação do método de primitivação por partes, tomando de novo f = exp x e agora g = x. Temos f = exp x e g = 1 logo 2 x · exp x dx = exp (x) · x2 − 2 · [exp (x) · x] dx = exp (x) · x − 2 · exp (x) · x − (exp (x) · 1) dx 2 = exp (x) · x2 − 2 · [exp (x) · x − exp (x) − C1 ] com C = 2 · C1 ∈ R. = exp (x) · x2 − 2x + 2 + C, A tabela seguinte fornece algumas sugestões para uma escolha adequada de f´e de g (note que em muitos casos p(x) é um polinómio): (f · g) p (x) · exp x p (x) · sin x p (x) · cos x p (x) · tan x p (x) · cot x f exp x sin x cos x tan x cot x p (x) · arctan x p (x) · arccot x p(x) ln x p (x) · ln x p (x) · arcsin x p (x) · arccos x g p(x) arcsin x arccos x arctan x arccot x Notemos que não decorrem das regras de derivação quaisquer regras de primitivação para as funções inversas ln, arcsin, arccos, arctan e arccot. Como tal, estas funções são, em geral, escolhidas como função g, sobre a qual ROSÁRIO LAUREANO 24 apenas é necessário derivar. Já para as respectivas funções directas exp, sin, cos, tan e cot são conhecidas algumas regras elementares de primitivação, e temos em vista aplicá-las sempre que possível. 1.5.2 Primitivação por substituição (ou por mudança de variável) Para determinar a expressão geral das primitivas F (x) de uma função f (x), F (x) = f (x) dx pode ser conveniente substituir a variável x por uma nova variável t (mudança de variável (m.v.)). Tomemos x = g(t) em que g é uma função injectiva. Dada F (x) = f (x) dx temos F uma função na variável x e, por sua vez, x = g(t) uma função na variável t. Como tal, F pode ser considerada função da variável t obtida por composição de funções. Atendendo à regra de derivação da função composta (ou regra da cadeia) temos dF (g(t)) dF (x) dx dF dg dF (x) = = · = · dt dt dx dt dx dt e, dada a forma como foi definida a função F (é uma primitiva de f(x)) segue que dF (x) dg = f(x) · = f(x) · g (t) = f [g(t)] · g (t). dt dt Isto implica que F (x) = ou seja, f (x) dx = f [g(t)] · g (t) dt f [g(t)] · g (t) dt . (4) A fórmula (4) justifica o método de primitivação por substituição1 . Após resolver a primitiva do lado direito (resultante da mudança de variável) procedemos à ”recuperação” da variável original x atendendo a 1 Para x = g(t), onde g é uma função injectiva, temos a taxa de variação dx dg = = g (t) dt dt ROSÁRIO LAUREANO 25 que t = g−1 (x) (notemos que a função g foi tomada como injectiva). Temos então f (x) dx = f [g (t)] g (t) dt = φ (t) = φ(g −1 (x)) = F (x). O quadro seguinte indica as substituições apropriadas quando estão presentes certos radicais quadráticos que envolvam uma função u = u(x) e uma constante real a ∈ R. Estas substituições dizem-se substituições trigonométricas. função com √ a2 − u2 √ a2 + u2 √ u2 − a2 u = g (t) u = g (t) u = a · sin t u = a · cos t u = a · tan t u = a · sec2 t u = a · sec t u = a · sec t tan t Exemplo 18 A primitiva 1 exp(5x) dx = · 5 t = g−1 (u) u t = arcsin a u t = arctan a u t = arcsec a exp(5x) dx é imediata: 5 · exp(5x)dx = 1 1 · [exp(5x) + C1 ] = · exp(5x) + C, 5 5 com C = C1 /5 ∈ R. No entanto, se efectuarmos a mudança de variável 1 t dada pela relação 5x = t, temos x = = g(t) logo g (t) = . Pelo método 5 5 de primitivação por substituição (4) temos então 1 1 dt = · exp(t)dt exp(5x) dx = exp(t) · 5 5 = 1 1 · [exp(t) + C1 ] = · exp(t) + C, 5 5 donde dx = g (t)dt, logo f (x) dx = f [g (t)] · g (t) dt. ROSÁRIO LAUREANO 26 com C = C1 /5 ∈ R. Voltando à variável original x, obtemos finalmente 1 exp(5x) dx = · exp(5x) + C. 5 1 Notemos que foi essencial considerar a derivada g (t) = . Caso contrário, 5 obteríamos erradamente exp(5x) dx = exp(t) dt = exp(t) + C = exp(5x) + C (note que [exp(5x) + C] = 5 exp(5x) = exp(5x)). Obviamente que, neste caso de uma primitiva imediata, foi mais fácil recorrer diretamente á regra de primitivação aplicável (sendo a substituição perfeitamente dispensável!). √ 3 Exemplo 19 Pretendemos calcular a primitiva ( x + 1) dx. Consider√ amos a mudança de variável obtida pela relação x = t. Temos x = t2 = g(t) logo g (t) = 2t. Pelo método de primitivação por substituição (4) temos então √ 3 √ 3 2 x + 1 dx = t + 1 · 2t dt = (t + 1)3 · 2t dt = 2· = 2· = 2· = 2 t + 2t + 1 (t + 1) · t dt 4 t + 3t3 + 3t2 + t dt t5 t4 t2 + 3 + t3 + + C1 5 4 2 2t5 3t4 + + 2t3 + t2 + C, 5 2 com C = 2 · C1 ∈ R. Voltando à variável original x, obtemos então √ √ 3 √ 2x2 x 3x2 x + 1 dx = + + 2x x + x + C 5 2 √ √ √ √ √ √ √ (atenda a que x5 =√ x2 · x2 · x = x2 · x2 · x = x · x · x = x2 x e a √ que, analogamente, x3 = x · x). Notemos que, se optarmos por obter a ROSÁRIO LAUREANO 27 expressão das primitivas sem recorrer a substituição, também temos √ 3 √ 2 √ x + 1 dx = x+1 x + 1 dx = = = √ √ x+2 x+1 x + 1 dx √ √ x x + 3x + 3 x + 1 dx 3 1 x 2 + 3x + 3x 2 + 1 dx 5 = = x2 5 2 3 +3 x2 x2 +3 3 +x+C 2 2 √ √ 2x2 x 3x2 + + 2x x + x + C, 5 2 com C ∈ R. Este exemplo é aqui apresentado, tal como o Exemplo 26, também com o objectivo de evidenciar a importância de considerar a derivada g (t). De facto, se não for considerada essa derivada √ 3 t2 + 1 dt = (t + 1)3 dt = 2 t + 2t + 1 (t + 1) dt = = t4 t3 t2 +3 +3 +t+C 4 3 2 = √ x2 3x √ +x x+ + x+C 4 2 (t3 + 3t2 + 3t + 1)dt (com C ∈ R) obtemos um resultado errado. Confirma-se, fazendo o cálculo da derivada, que 2 √ 3 √ x 3x √ +x x+ + x + C = x+1 . 4 2 ROSÁRIO LAUREANO 1.6 28 Exercícios propostos 1. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções: (a) f (x) = x ln (x + 3) (b) [TA] f (x) = x2 sin x (c) [TA] f(x) = (x2 + 6x − 2) exp (d) f (x) = arctan x 2 (e) [TA] f(x) = x3 exp x2 (f) [TA] f (x) = arcsin (2x) (g) f(x) = exp(x) sin (2x) (h) [TA] f(x) = sin (i) f (x) = x cos2 x x 2 cos (3x) (j) [TA] f(x) = (x + 3) exp x 2 (k) [TA] f(x) = (2x2 + 1) exp (3x) (l) f (x) = x exp (2x) (m) f(x) = arcsin (n) f(x = x 3 x+2 cos (5x) 3 (o) [TA] f(x) = arctan (3x) x 3 ROSÁRIO LAUREANO 29 (p) [TA] f(x = exp (2x) sin (3x) (q) [TA] f (x) = (2x − 1) sin (2x) (r) [TA] f(x) = x7 exp x4 (s) [TA] f (x) = x sin2 x (t) f(x) = sin (2x) cos (3x) √ (u) [TA] f (x) = ln x + 1 + x2 (v) f (x) = exp (3x) [sin (2x) − cos (2x)] (w) [TA] f(x) = x arctan2 x 2. [TA] Seja a(x) = ln x. Determine a expressão geral das primitivas das funções a(x), f(x) = xa(x), a(x) g(x) = √ , x j(x) = cos [a (x)] , k(x) = h(x) = ln [a(x)] x a2 (x) x2 e l(x) = cos2 [a (x)] √ 3. Considere a função f(x) = ( x + 3)4 . (a) Desenvolva a função f em potências de x e calcule a expressão geral das suas primitivas. √ (b) Utilize a mudança de variável dada pela relação x = t para confirmar a expressão das primitivas obtida na alínea anterior. 4. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções: (a) f(x) = x √ 1+ 3x ROSÁRIO LAUREANO (b) [TA] f(x) = (c) f(x) = 30 1 2 + exp x 1 √ 1+ x+1 (d) [TA] f(x) = cos √ 3 x √ 6 x+1 √ (e) f(x) = √ 6 4 7 x + x5 (f) [TA] f(x) = √ x x+1 √ x √ (g) f(x) = √ x− 4x x2 + 3 (h) f(x) = (2x − 5)3 √ x √ (i) [TA] f(x) = 1+ 3 x ln x (j) [TA] f(x) = √ x 1 + ln x x3 (k) f(x) = (2 + 3x2 )3 √ 3x + 1 √ (l) [TA] f(x) = 1 + 5 3x + 1 x (m) [TA] f(x) = √ 3 x−1 5. Utilize substituições trigonométricas para determinar a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções: ROSÁRIO LAUREANO 31 √ x2 − 4 (a) [TA] f(x) = x4 √ 1 + x2 (b) [TA] f(x) = x2 1 (c) [TA] f(x) = 4 + (x − 5)2 6. Determine a expressão geral das primitivas de cada uma das seguintes funções: x arctan x (a) f(x) = √ 1 + x2 (b) f(x) = arcsin x x2 1 (c) f(x) = 2 x x−1 x+1 Soluções dos exercícios propostos 2 2.1 Primitivas imediatas e quase-imediatas 1. (a) (b) 5 7 3 x − + 4 ln |x| + C, com C ∈ R 7 x 3 2 1 x − 2x + ln |x| + C, com C ∈ R 2 3 (c) C − 1 4 1 − 2 √ − 3 , com C ∈ R 2 2x 5x x 3x (d) 1 2 (x + 2)4 + C, com C ∈ R 8 (e) 3 √ 5 √ 3 x x2 + x 5 x + C, com C ∈ R 5 3 ROSÁRIO LAUREANO (f) C − 32 √ 5 (8 − 3x)2 5 8 − 3x, com C ∈ R 33 (x + 1)16 + C, com C ∈ R 16 5 5 (h) C − (3 − x4 )4 , com C ∈ R 16 (g) 2. (a) 3 3 ln 1 + x2 + C = ln 1 + x2 + C, com C ∈ R 2 2 (b) 3 arctan (x) + C, com C ∈ R (c) x 3 arctan + C, com C ∈ R 2 2 (d) 3 (x − arctan x) + C, com C ∈ R (e) 3 (1 + x)−1 −1 +C =C − 3 , com C ∈ R 1+x √ 3. (a) C − 5 1 − x2 , com C ∈ R (b) 5 arcsin (x) + C, com C ∈ R (c) 5 arcsin x + C, com C ∈ R 2 5 3x (d) arcsin + C, com C ∈ R 3 4 x−3 (e) arcsin √ + C, com C ∈ R 2 1 1 √ dx = (...) = dx (f) 2 −x + 2x + 3 4 − (x − 1)2 x−1 = (...) = arcsin 2 + C, com C ∈ R ROSÁRIO LAUREANO 33 1 b 4. (a) arctan x + C, com C ∈ R ab a 1 b (b) arcsin x + C, com C ∈ R b a 5. (a) 1 arcsin x3 + C, com C ∈ R 3 (b) C − 1√ 1 − x6 , C ∈ R 3 5 exp x2 + C, com C ∈ R 2 1 , com C ∈ R (b) C − exp x 6. (a) (c) 1 exp [sin (2x)] + C, com C ∈ R 2 (d) 1 1 ln |1 + 4 exp x| + C = ln (1 + 4 exp x) + C, com C ∈ R 4 4 (e) C − 1 1 − exp (6x), com C ∈ R 3 (f) x + 2 exp (x) + exp2 x + C, com C ∈ R 2 (g) exp tan x + C, com C ∈ R 7. f (x) dx = g(x)dx = C − h(x)dx = exp (x) + exp (−x) + C, com C ∈ R 1 arctan [exp (2x)] + C, com C ∈ R 2 1 ln |2 − exp (2x)| , com C ∈ R 2 ROSÁRIO LAUREANO 8. 9. f (x) dx = ln |ln x| + C, com C ∈ R ln x 1 h(x)dx = √ arctan √ + C, com C ∈ R 3 3 j(x)dx = √ f (x) dx = 2 arcsin ( x) + C, com C ∈ R √ g(x)dx = 2 arctan ( x) + C, com C ∈ R √ h(x)dx = 4 1 + x + C, com C ∈ R 10. (a) √ 3 ln (x) 3 ln x − cos (ln x) + C, com C ∈ R 4 1 sin x3 + C, com C ∈ R 3 (b) C − 1 ln |cos(3x)| , com C ∈ R 3 (c) 1 ln |sin (5x − 7)| + C, com C ∈ R 5 (d) 1 ln |sin (5x)| + C, com C ∈ R 5 3 1 2 3 1 2 (e) − cos x + C = − cos x + C, com C ∈ R 2 3 2 3 (f) (sin x)4 1 + C = sin4 (x) + C, com C ∈ R 4 4 (g) − (cos x)−3 1 +C = + C, com C ∈ R −3 3 cos3 x 34 ROSÁRIO LAUREANO (h) C − cot (x) − 35 1 , com C ∈ R 2 sin2 x √ (i) 3 3 sin x + C, com C ∈ R 11. (a) (sin x)p+1 1 +C = sinp+1 (x) + C, com C ∈ R p+1 p+1 1 (cos x)p+1 +C =C − cosp+1 (x) , com C ∈ R (b) − p+1 p+1 12. 3 sin (x) dx = sin (x) sin2 x dx = = (...) = − cos (x) + cos4 (x) dx = (...) = = cos5 (x) dx com C ∈ R (b) cos3 x + C, com C ∈ R 3 2 2 cos x dx = 1 + cos (2x) 2 2 dx 2 2 2 = cos x cos x dx = 1 − sin2 x cos x dx sin2 (3x) dx = 13. (a) C − sin (x) 1 − cos2 x dx 1 1 1 x + sin (2x) + x + sin(4x) + C, com C ∈ R 4 2 4 = (...) = sin (x) − 2 3 1 sin (x) + sin5 (x) + C, com C ∈ R 3 5 1 − cos (6x) 1 1 dx = x − sin (6x) + C, 2 2 6 1 ln cos x2 , com C ∈ R 2 1 tan (7x) + C, com C ∈ R 7 ROSÁRIO LAUREANO (c) C − 1 , com C ∈ R 4 tan4 x (d) tan2 x (e) + C, com C ∈ R 1 ln |2 + 3 tan (5x)| + C, com C ∈ R 15 (f) 2 (g) 2 36 arctan4 x arctan4 x +C = + C, com C ∈ R 4 2 arcsin2 x √ − 1 − x2 + C, com C ∈ R 2 (h) arctan sin x + C, com C ∈ R (i) ln |2 + sin (2x)| + C = ln [2 + sin (2x)] + C, com C ∈ R sin (2x) 2 sin (x) cos x 14. f(x)dx = dx = dx 1 + cos2 x 1 + cos2 x = (...) = − ln 1 + cos2 x + C = C − ln 1 + cos2 x , com C ∈ R ou f(x)dx = sin (2x) dx = 1 + cos2 x sin (2x) dx 1 + cos(2x) 1+ 2 = (...) = − ln |3 + cos(2x)| + C = C − ln [3 + cos(2x)] , com C ∈ R 15. g(x)dx = C − arctan cos2 x, com C ∈ R h(x)dx = tan sin2 x + C, com C ∈ R f(x)dx = ln |ln ln x| + C, com C ∈ R ROSÁRIO LAUREANO 2.2 37 Primitivação de funções racionais 1. (a) (b) (c) (d) 1 3 ln x + 3x + C, com C ∈ R 3 1 2 ln x + 8x + 7 + C, com C ∈ R 2 1 1 ln 1 + x6 + C = ln 1 + x6 + C, com C ∈ R 6 6 √ 1 √ arctan 3x2 + C, com C ∈ R 2 3 1 x (e) √ arctan √ + C, com C ∈ R 2 2 2. (a) d1 (x) = (x + 3)2 , d2 (x) = (x + 2) (x + 4) e d3 (x) = (x + 3)2 +1 (b) (c) f(x)dx = − g(x)dx = h(x)dx = arctan (x + 3) + C, com C ∈ R j(x)dx = −2 1 + C, com C ∈ R x+3 1 1 ln |x + 2| − ln |x + 4| + C, com C ∈ R 2 2 (x + 3)−1 + ln |x + 3| + C −1 = 2 + ln |x + 3| + C, com C ∈ R x+3 1 3 k(x)dx = − ln |x + 2| + ln |x + 4| + C, com C ∈ R 2 2 l(x)dx = 1 ln (x + 3)2 + 1 − 2 arctan (x + 3) + C, com C ∈ R 2 ROSÁRIO LAUREANO 3. f(x) = x − 2 + 38 4x2 + 2x + 5 . 3 2 x + 2x + x fracção própria f(x)dx = g(x) = 2 + x2 7 − 2x + 5 ln |x| + − ln |x + 1| + C, com C ∈ R. 2 x+1 −12x2 − 16x + 2 3 2 x + 6x + 8x fracção própria 1 7 63 g(x)dx = 2x − 2 − ln |x| − ln |x + 2| + ln |x + 4| + C 8 8 8 = 2x + 7 63 1 ln |x| + ln |x + 2| − ln |x + 4| + C, com C ∈ R. 4 4 4 1 1 1 2 4. (a) ln |x| − ln (x + 3) + 1 − 17 arctan (x + 3) + C, 10 10 2 com C ∈ R 13 3 2 + x − 4 + 2 ln |x − 4| − 2 ln |x − 2| + C 2 (x − 4) x − 4 13 3 + C, com C ∈ R =− + 2 ln + x − 2 2 (x − 4)2 x − 4 (b) − (c) 3 − 1 1 1 1 − ln |x − 2| − + ln |x + 2| + C 16 (x − 2) 32 16 (x + 2) 32 x + 2 1 1 1 1 + C, com C ∈ R =3 − + + ln 16 x − 2 x + 2 32 x − 2 (d) ln |x − 1| + = 5. − 1 1 ln |x + 1| − ln x2 + 1 + C 4 4 1 |(x − 1) (x + 1)| ln + C, com C ∈ R 4 x2 + 1 1 1 2 − x − 2 + C, com C ∈ R. (x − 2) ROSÁRIO LAUREANO 2.3 39 Métodos de primitivação (por partes e por substituição) x2 1 1. (a) ln (x + 3) − 2 2 = x2 − 3x + 9 ln (x + 3) + C 2 x2 1 2 x − 9 ln (x + 3) − + 3x + C, com C ∈ R 2 2 (b) −x2 cos (x) + 2x sin (x) + 2 cos (x) + C = 2 − x2 cos (x) + 2x sin (x) + C, com C ∈ R (c) 3(x2 + 6x − 2) exp x − 9 (2x + 6) exp x + 54 exp 3 3 x = 3x2 − 6 exp + C, com C ∈ R 3 x (d) x arctan − ln 4 + x2 + C 2 x = x arctan − ln 4 + x2 + C, com C ∈ R 2 (e) 3 +C x2 1 1 2 exp(x2 ) − exp(x2 ) + C = x − 1 exp(x2 ) + C, com C ∈ R 2 2 2 (f) x arcsin (2x) + (g) x 1√ 1 − 4x2 + C, com C ∈ R 2 [exp(x) sin (2x)] dx = (...) = exp(x) sin (2x) − 2 exp(x) cos(2x) − 4 [exp(x) sin (2x)] dx logo [exp(x) sin (2x)] dx = 1 [exp(x) sin (2x) − 2 exp(x) cos(2x)] + C 5 = 1 exp (x) [sin (2x) − 2 cos(2x)] + C, com C ∈ R 5 ROSÁRIO LAUREANO 40 x x (h) sin cos (3x) dx = (...) = −2 cos cos (3x) 2 2 x x −12 sin sin (3x) + 36 sin cos (3x) dx 2 2 x −2 x cos (3x) dx = cos cos (3x) sin 2 −35 2 x 12 sin sin (3x) + C −35 2 x 2 x = cos cos (3x) + 6 sin sin (3x) + C, com C ∈ R 35 2 2 − (i) x tan x + ln |cos x| + C, com C ∈ R (j) 2(x + 3) exp com C ∈ R (k) (l) x 2 − 4 exp x 2 + C = (2x + 2) exp 2 + C, 1 4 41 (2x2 + 1) exp (3x) − x exp (3x) + exp (3x) + C 3 9 93 2 2x + 1 4 4 = − x+ exp (3x) + C, com C ∈ R 3 9 27 x 11 exp(2x) − exp(2x)+C = 2 22 x 1 − exp(2x)+C, com C ∈ R 2 4 x2 1 x +3 1− +C (m) x arcsin 3 9 √ 1 = x arcsin x + 9 − x2 + C, com C ∈ R 3 (n) x 1 x+2 sin (5x) + cos (5x) + C, com C ∈ R 15 75 (o) x arctan(3x) − 1 ln 1 + 9x2 + C 6 = x arctan(3x) − 1 ln 1 + 9x2 + C, com C ∈ R 6 ROSÁRIO LAUREANO (p) (q) (r) 41 [exp (2x) sin (3x)] dx = (...) 1 3 9 = sin (3x) − cos (3x) exp (2x) − [exp (2x) sin(3x)] dx 2 2 4 1 2 sin (3x) − 3 cos (3x) exp (2x) + C [exp (2x) sin(3x)] dx = 13 2 4 = 1 [2 sin (3x) − 3 cos (3x)] exp (2x) + C,com C ∈ R 13 1 − 2x 1 cos (2x) + sin(2x) + C, com C ∈ R 2 2 1 x4 exp x4 − exp x4 + C 4 4 = 1 4 x − 1 exp x4 + C, com C ∈ R 4 (s) −x cot (x) + ln |sin x| + C, com C ∈ R (t) 1 [sin (2x) cos (3x)] dx = (...) = − cos(2x) cos (3x) 2 3 9 − sin(2x) sin (3x) + 4 4 [sin(2x) cos (3x)] dx [sin(2x) cos (3x)] dx 4 1 3 = − − cos(2x) cos (3x) − sin(2x) sin (3x) + C 5 2 4 = 2 3 cos(2x) cos (3x) + sin(2x) sin (3x) + C, com C ∈ R. 5 5 √ √ (u) x ln x + 1 + x2 − 1 + x2 + C, com C ∈ R ROSÁRIO LAUREANO (v) 42 [exp (3x) (sin (2x) − cos (2x))] dx = (...) 1 exp (3x) [sin (2x) − 5 cos (2x)] 9 4 − [exp (3x) (sin(2x) − cos(2x))] dx 9 = 1 9 exp (3x) sin (2x) [exp (3x) (sin(2x) − cos(2x))] dx = 13 9 − exp (3x) 5 cos (2x) + C = (w) 1 [exp (3x) (sin (2x) − 5 cos (2x))] + C, com C ∈ R 13 arctan2 x x2 1 + 1 arctan2 (x)−x arctan (x)+ ln 1 + x2 − +C 2 2 2 1 2 1 x + 1 arctan2 (x) − x arctan (x) + ln 1 + x2 + C, 2 2 com C ∈ R = 2. a(x)dx = x ln (x) − x + C = x [ln (x) − 1] + C, com C ∈ R x2 1 x2 x2 1 f(x)dx = ln (x) − +C = ln (x) − + C, com C ∈ R 2 2 2 2 2 √ √ x1/2 g(x)dx = 2 x ln (x) − 2 + C = 2 x [ln (x) − 2] + C, com C ∈ R 1/2 1 h(x)dx = − ln2 (x) + 2 ln (x) + 2 + C, com C ∈ R x j(x)dx = (...) = x cos ln x + x sin ln x − cos ln x dx (...) = cos ln x dx = 1 [x cos ln x + x sin ln x] + C 2 x [cos ln x + sin ln x] + C, com C ∈ R 2 ROSÁRIO LAUREANO 43 k(x)dx = ln (x) ln ln x − ln (x) + C = ln (x) [ln ln x − 1] + C, com C ∈ R x l(x)dx = x cos2 ln x − 2 [cos ln x + sin ln x] + C 2 = x cos2 ln x − cos ln x − sin ln x + C, com C ∈ R √ √ 3. (a) f(x) = x2 + 12x x + 54x + 108 x + 81 (b) f(x)dx = = √ √ x3 24x2 x + + 27x2 + 72x x + 81x + C, com C ∈ R 3 5 x3 x5/2 x2 x3/2 + 12 + 54 + 108 + 81x + C 3 5/2 2 3/2 f(x)dx = 2 t5 t4 t3 t2 t6 + 12 + 54 + 108 + 81 6 5 4 3 2 +C t6 24t5 + + 27t4 + 72t3 + 81t2 + C 3 5 √ √ x3 24x2 x = + + 27x2 + 72x x + 81x + C,, com C ∈ R 3 5 = 4. (a) 3 t5 t4 t3 t2 − + − + t − ln |t + 1| + C 5 4 3 2 √ √ √ 3 3 3 √ x5 x4 x x2 √ =3 − + − + 3 x − ln | 3 x + 1| + C 5 4 3 2 √ 3 √ 3 √ 3√ 3 3 x2 + 3 3 x = x x2 − x 3 x + x − 5 4 2 √ −3 ln | 3 x + 1| + C, com C ∈ R ROSÁRIO LAUREANO 44 1 1 t + 2 (b) − (ln |t + 2| − ln |t|) + C = − ln +C 2 2 t 1 exp (x) + 2 1 2 = − ln + C = − ln 1 + +C 2 exp x 2 exp x 2 1 + C, com C ∈ R = − ln 1 + 2 exp x Note que esta primitiva pode ser resolvida como quase-imediata. (c) 2 (t − ln |t + 1|) + C = 2 =2 √ √ x + 1 − ln x + 1 + 1 + C √ √ x + 1 − ln x + 1 + 1 , com C ∈ R 2 (d) 3 t · cos t dt = (...) (por partes) = 3t2 sin (t) + 6t cos (t) − 6 sin (t) + C √ √ √ √ √ 3 = 3 x2 sin ( 3 x) + 6 3 x cos ( 3 x) − 6 sin ( 3 x) + C, com C ∈ R (e) Visto o m.m.c. (6, 4) = 12, consideramos a mudança de variável x = t12 . √ 6 x+1 A B C D √ √ dx = 12 + + + dt = (...) 6 4 t3 t2 t 1+t x7 + x5 √ √ (f) 2 [t − arctan t] + C = 2 ( x − arctan x) + C, com C ∈ R t4 t3 t2 (g) 4 + + + t + ln |t − 1| + C 4 3 2 4 = t4 + t3 + 2t2 + 4t + 4 ln |t − 1| + C 3 =x+ √ √ √ 4√ 4 x3 + 2 x + 4 4 x + 4 ln | 4 x − 1| + C, com C ∈ R 3 ROSÁRIO LAUREANO 1 (h) 4 t3 t−1 + 10t + 37 3 −1 45 1 +K = 4 t3 37 + 10t − 3 t +C √ √ 1 (2x − 5) 2x − 5 37 = + 10 2x − 5 − √ +C 4 3 2x − 5 1 = 4 2x + 25 √ 37 2x − 5 − √ 3 2x − 5 + C, com C ∈ R (i) Visto o m.m.c. (2, 3) = 6, consideramos a mudança de variável x = t6 . 7 √ t t5 t3 x √ dx = 6 − + − t + arctan t + C 7 5 3 1+ 3 x √ √ √ 6 6 √ x7 x5 x √ =6 − + − 6 x + arctan 6 x + C 7 5 3 √ √ √ 6 √ 6√ 6 = x 6 x− x5 + 2 x − 6 6 x + 6 arctan ( 6 x) + C, com C ∈ R 7 5 (j) m.v. ln x = t seguida de m.v. ln x √ dx = 2 x 1 + ln x 2 = 3 √ 1+t =z √ z3 2 (1 + t)3 − 2 1 + t + C − z +C = 3 3 √ (1 + ln x)3 − 2 1 + ln x + C √ √ 2 (1 + ln x) 1 + ln x − 2 1 + ln x + C 3 √ 2 (1 + ln x) − 2 1 + ln x + C = 3 = = 2 4 √ ln (x) − 1 + ln x + C, com C ∈ R 3 3 ROSÁRIO LAUREANO 46 (k) Embora a mudança de variável 2 + 3x2 = t2 permita resolver a primitiva, é mais conveniente efectuar por partes primitivação −3/2 −3/2 3 2 2 2 considerando x 2 + 3x = x · x · 2 + 3x 1/2 −3/2 x2 2 1 2 + 3x2 3 2 x 2 + 3x +C dx = − √ + 1/2 3 2 + 3x2 3 6 x2 2√ =− √ + 2 + 3x2 + C, com C ∈ R 2 9 3 2 + 3x (l) Visto o m.m.c. (2, 5) = 10, consideramos a mudança de variável 3x + 1 = t10 √ 3x + 1 √ dx 1 + 5 3x + 1 10 t13 t11 t9 t7 t5 t3 = − + − + − + t − arctan t + C 3 13 11 9 7 5 3 10 13 10 11 10 9 10 7 2 5 10 3 10 10 t − t + t − t + t − t + t− arctan t+C 39 33 27 21 3 9 3 3 10 10 10 10 10 10 (3x + 1)13 − (3x + 1)11 + (3x + 1)9 = 39 33 27 √ 10 2√ 10 10 10 10 − 10 (3x + 1)7 + 3x + 1 − (3x + 1)3 + 3x + 1 21 3 9 3 = √ 10 arctan 10 3x + 1 + C 3 √ 10 10 = (3x + 1) 10 (3x + 1)3 − (3x + 1) 10 3x + 1 39 33 10 10 10 2√ + 10 (3x + 1)9 − (3x + 1)7 + 3x + 1 27 21 3 √ 10 10 10 10 − (3x + 1)3 + 3x + 1 9 3 − − √ 10 arctan 10 3x + 1 + C, com C ∈ R 3 ROSÁRIO LAUREANO (m) 3 t5 5 + t2 2 47 3 3 5 (x − 1) (x − 1)2 +C + K = 3 + 5 2 33 3 3 2 (x − 1)2 + C = (x − 1) (x − 1) + 5 2 x−1 1 3 2x + 3 3 =3 + (x − 1)2 + C = 3 (x − 1)2 + C 5 2 10 3 1 (x2 − 4) 1 1 sin t +K = sin3 t + C = + C, com C ∈ R 5. (a) 4 3 12 12 x3 3 1 1 + ln |sec (t) + tan t| + C = − + ln |sec t + x| + C sin t sin t √ √ 1 + x2 =− + ln 1 + x2 + x + C, com C ∈ R x (b) − 2 4 + (x − 5) x − 5 +C + (c) ln |sec (t) + tan t| + K = ln 2 2 = ln 6. (a) x − 5 + 4 + (x − 5)2 2 + C, com C ∈ R √ f(x)dx = (...) = 1 + x2 arctan (x) − 1 √ dx 1 + x2 mas o cálculo desta última primitiva exige uma mudança de variável (m.v.) por substituição trigonométrica: 1 √ dx = (...) = ln |sec (t) + tan t| + C 1 + x2 √ = ln 1 + x2 + x + C, com C ∈ R ROSÁRIO LAUREANO (b) 1 f(x)dx = (...) = − arcsin (x) + x 48 1 √ dx x 1 − x2 Efectuamos a mudança de variável dada por √ 1 − x2 = t, (...) 1 1 √ dx = (...) = − [− ln |1 − t| + ln |1 + t|] + C 2 2 x 1−x 1 1 1 − t = [ln |1 − t| − ln |1 + t|] + C = ln +C 2 2 1 + t √ 1 1 − 1 − x2 √ = ln +C 2 1 + 1 − x2 (c) 4 2 −2 t2 dt = 4 t · t t + 1 dt = (...) (t2 + 1)2 −2t + 2 arctan (t) + C (por partes) = 2 t +1 x−1 −2 x−1 x+1 = + 2 arctan +C x−1 x+1 +1 x+1 √ x − 1 (x + 1) x−1 √ = −2 + 2 arctan +C x+1 2x x + 1 √ √ x−1 x+1 x−1 =− + 2 arctan + C, com C ∈ R x x+1