PROPEDÊUTICA CARDÍACA RUMY KATAYOSE ANAMNESE CARDÍACA ANAMNESE SINTOMAS COMUNS OU PREUCUPANTES: o Dor torácica. o Palpitações. o Falta de ar: Dispneia, ortopnéia ou dispneia paroxística noturna. o Tumefação ou Edema. ANAMNESE ALÉM DESSES HÁ TAMBÉM OUTROS SINTOMAS: o Tosse Insuficiência Ventricular Esquerda Estenose Mitral o Expectoração o Hemoptise o Sibilância Insuficiência Ventricular Esquerda Insuficiência Ventricular Esquerda Estenose Mitral Insuficiência Ventricular Esquerda o Síncope Insuficiência Cardíaca Aguda (Infarto) Estenose Aórtica Estenose Pulmonar Bloqueio Atrioventricular (Bradiarritmias) o Alterações do Sono Insuficiência Ventricular Esquerda o Cianose Insuficiência Cardíaca Congestiva Grave Cardiopatias Congênitas o Astenia Insuficiência Cardíaca Infarto Agudo do Miocárdio Dor torácica “A segunda maior causa de consultas a serviços de emergência...” Indica com frequência uma Cardiopatia Coronária. Angina de Peito, Infarto do Miocádio, Aneurisma Dissecante da Aorta... Outras causas possíveis. Dor torácica DISSECÇÃO AÓRTICA AGUDA: Dor em região anterior do tórax, tipo dilacerante ou como se estivesse rasgando o peito, quase sempre irradiando para as costas ou pescoço. O senhor tem alguma dor ou desconforto no peito? Localizar? Irradia? Duração? Frequência?* ANGINA DE PEITO: Dor ao esforço clássica, compressão ou desconforto no tórax, ombro, dorso, pescoço ou braço. Que tipo de atividades desencadeia a dor?* O que alivia a dor? Qual a intensidade desta dor, numa escala de 1 a 10? Quando o sintoma apareceu ou se modificou? Existe algum sintoma associado, como falta de ar, sudorese, palpitação ou náuseas? A dor chega a despertar a noite? Palpitação Alguma vez já percebeu o batimento do seu coração? Qual é a sensação? Sensações: Coração estivesse pulando, acelerando, tremendo, batendo forte ou parando... INDICAÇÃO DE ECG PERCEPÇÃO DO PACIENTE Palpitação INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: Palpitação e dispnéia que se iniciam subitamente, ao realizar esforço físico e desaparece ao repouso, de maneira gradual e lenta. Batimentos rítmicos, enérgicos e rápidos. Sendo o episodio de aceleração dos batimentos cardíacos, ele começou e cessou de forma gradual ou súbita?*** Associado a algum esforço? Intensidade do esforço? Peça para tentar reproduzir o ritmo com um batuque. O ritmo é lento ou rápido? Regular ou irregular? Ensinar como fazer uma medida Quanto tempo durou? seriada da frequência do pulso. TAQUICARDIA PAROXÍSTICA: Possuem início e fim súbitos. Fc: + 150bpm. TAQUICARDIA SINUSAL: Possuem início súbito e fim gradual. Fc: 100 - 150bpm. Falta de Ar Comum a pacientes com problemas pulmonares e cardíacos. Dispnéia aos Esforços: INSUFICIÊNCIA VENTRICULAR ESQUERDA *Grau da atividade física. *Rápida Progressão – Enfermidades pulmonares e Anemia Ortopnéia: INSUFICIÊNCIA VENTRICULAR ESQUERDA ESTENOSE MITRAL * Razão real do uso de travesseiros extras. Dispnéia Paroxística Noturna: INSUFICIÊNCIA VENTRICULAR ESQUERDA ESTENOSE MITRAL Edema “As causas variam de locais e sistêmicas...” Você incha em algum lugar do corpo? Onde...? Algum outro lugar...? Quando isso ocorre? Piora de manhã ou a noite? O sapato aperta? Os anéis apertam os dedos? Precisa afrouxar o sinto ou a roupa está apertando? INSUFICIÊCIA CARDÍACA DIREITA: Localiza-se inicialmente nos MMII pela ação da gravidade. É bilateral, podendo ser simétrico. Intensifica-se ao longo do dia, atingindo máxima intensidade à tarde. Diminui ou desaparece com o repouso noturno. EXAME FÍSICO DO CORAÇÃO INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 1.0 PESQUISA ABAULAMENTO: ◦ TÉCNICA: Observação em 2 incidências: Tangencial e Frontal. ANEURISMA DA AORTA, CARDIOMEGALIA, DERRAME PERICÁRDICO... ◦ Abaulamentos X Estrutura Osteomuscular: Ocorrência de Impulsão do Precórdio. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 2.0 ICTUS CORDIS: “Palpável em apenas 25% a 40% dos adultos sadios...” • TÉCNICA: Caso não identifique em decúbito dorsal, pedir ao paciente para se colocar em decúbito lateral esquerdo, tornando a palpar. Se ainda não conseguir palpar, solicite que o paciente expire completamente e mantenha-se sem respirar por alguns segundos. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 2.0 ICTUS CORDIS: 2.1 LOCALIZAÇÃO: GRAVIDEZ: Deslocamento para cima e para o lado esquerdo. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA, CARDIOMIOPATIA E CARDIOPATIA ISQUÊMICA: Deslocamento lateral. * Deslocamento além da Linha Hemiclavicular: Probabilidade de Cardiomegalia. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 2.0 ICTUS CORDIS: 2.2 EXTENSÃO: • NORMAL: 1 ou 2 polpas digitais. • HIPERTROFIA VENTRICULAR: 3 ou + polpas digitais. 2.3 MOBILIDADE: ◦ TÉCNICA: Primeiro marca-se o ictus em decúbito dorsal. A seguir, em decúbito direito e esquerdo marca-se novamente. ◦ NORMAL: Deslocamento de 1 a 2 cm. ◦ SÍNFISE PERICÁRDICA: Não há deslocamento. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 2.0 ICTUS CORDIS: 2.4 AMPLITUDE: • TÉCNICA: Utiliza-se para tal a palma da mão, invés dos dedos. “Pessoas jovens, em exercício ou excitadas apresentam uma amplitude aumentada...” ESTENOSE AÓRTICA: Ictus Cordis Difuso REGURGITAÇÃO MITRAL: Ictus Cordis Propulsivo. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 2.0 ICTUS CORDIS: 2.5 DURAÇÃO : • TÉCNICA: Ausculte as bulhas cardíacas e, simultaneamente, palpe o ictus. Faça uma estimativa da parcela da sístole ocupada. • NORMAL: 2/3 iniciais da sístole ou menos que isso, mas deixa de ser percebido antes da 2ª bulha. HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA (HIPERTENSÃO): Persistente de grande amplitude. CARDIOMIOPATIA DILATADA: Persistência, mas de baixa amplitude. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 3.0 BATIMENTOS OU MOVIMENTOS: 3.1 RETRAÇÃO SÍSTOLICA APICAL: HIPERTROFIA DIREITA: Percebe uma retração, invés de impulso. 3.2 LEVATAMENTO EM MASSA DO PRECÓRDIO: HIPERTROFIA DIREITA: Movimento de uma área relativamente grande da parede torácica nas proximidades do esterno. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 3.0 BATIMENTOS OU MOVIMENTOS: 3.3 PULSAÇÃO EPIGÁSTRICA: Transmissão das pulsações da aorta. • TÉCNICA: Comprimir para cima com a palma da mão, no nível do ângulo xifoesternal. Com o indicador, logo abaixo da região do gradil costal, tenta-se perceber as contrações do ventrículo hipertrofiado. HIPERTROFIA VENTRICULAR DIREITA ESTENOSE TRICÚSPIDE: Pulsação Pré-Sistólica INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE: Pulsação Sistólica INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 3.0 BATIMENTOS OU MOVIMENTOS: 3.4 PULSAÇÃO SUPRAESTERNAL (FÚRCULA ESTERNAL): • Observadas em pessoas normais. • Quando muito intensas: HAS, Esclerose Senil da Aorta, Aneurisma da Aorta ou Insuficiência Aórtica. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 3.0 FRÊMITO CARDIOVASCULAR: • 3.1. LOCALIZAÇÃO: Referencia são os focos de ausculta. • 3.2. SITUAÇÃO NO CICLO CARDÍACO: Diferenciando pela coincidência ou não com o ictus ou pulso carotídeo. (Sistólicos, Diastólicos, Sistodiastólicos) • 3.3. INTENSIDADE: Avaliada em cruzes. (+ a 4+). * SOPROS INTENSOS, ÁSPEROS ou TIPO RUFLAR. ESTENOSE AÓRTICA PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR ESTENOSE MITRAL (raramente) AUSCULTA FOCOS OU ÁREAS DE AUSCULTA: BORDA ESTERNAL ESQUERDA: Detecta Desdobramento normal da 1ª Bulha. Análise de Desdobramentos (fisiológicos ou patológicos) – da 2ª bulha. Fenômenos acústicos de origem da VALVA AÓRTICA. Fenômenos Estetoacústicos (alterações de bulhas, estalitos, sopros) originados em VALVA MITRAL (Estenose ou Insuficiência) Fenômenos na VALVA TRICÚSPIDE, principalmente sopro sistólico (Insuficiência Tricúspide – mais próximo ao F. mitral). *Inspiração Profunda – Intensifica esse sopro. AUSCULTA OUTRAS ÁREAS DE AUSCULTA DO PRECÓRDIO: • Borda Esternal Esquerda: • Borda Esternal Direita: • Regiões Infra e Supraclaviculares: • Regiões Laterais do Pescoço: Sopro de ESTENOSE AÓRTICA (Irradiação) • Regiões Interescapulovertebrais: Principalmente esquerda, devido a melhor ausculta do sopro da PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL. AUSCULTA a. BULHAS CARDÍACAS: PRIMEIRA BULHA (B1): ◦ Corresponde ao fechamento das valvas mitral e tricúspide. ◦ Coincide com a Ictus Cordis e com o Pulso Carotídeo. ◦ Tem maior intensidade do FOCO MITRAL. “Em metade das pessoas normais, percebe-se separadamente os componentes mitral e tricúspide, sem significado patológico...” AUSCULTA a. BULHAS CARDÍACAS: SEGUNDA BULHA (B2): ◦ Corresponde ao fechamento, audível, das valvas aórtica e Pulmonar. ◦ Ouve-se o componente AÓRTICO em todo o precórdio, enquanto o PULMONAR é auscultado na região limitada, correspondendo no foco pulmonar e a borda esternal esquerda. ◦ Tem influencia da inspiração, contribuindo para auscultar os componentes separadamente. ◦ Normalidade, mais intenso nos FOCOS DA BASE (aórtico e pulmonar).* AUSCULTA BULHAS CARDÍACAS: a. ◦ ◦ ◦ ◦ TERCEIRA BULHA (B3): Ruído Protodiastólico. Corresponde ao vibração da parede ventricular subitamente distendida. Normalidade em crianças e adultos jovens. Mais audível no FOCO MITRAL, em decúbito latera esquerdo, e utilizando a campânula. AUSCULTA a. BULHAS CARDÍACAS: QUARTA BULHA (B4): ◦ Ruído débil que ocorre no final da diástole ou pré-sistóle. ◦ Raramente ouvida, em normalidade, em crianças e adultos jovens. ◦ Originada da desaceleração brusca do fluxo sanguíneo mobilizado pela contração atrial. AUSCULTA SOPROS CARDÍACOS: a. CRONOLOGIA: PROTO, MESO, TELE ou HOLO. b. FORMATO: Crescente, Decrescente, Crescente-Decresente, Platô. AUSCULTA a. b. c. SOPROS CARDÍACOS: LOCAL DE INTENSIDADE MÁXIMA: IRRADIAÇÃO: INTENSIDADE: Escala de 6 pontos. AUSCULTA SOPROS CARDÍACOS SISTÓLICOS PATOLÓGICOS: ◦ SOPRO SÍSTOLICO MÉDIOS Localizado: 2º e 3º EIE. Irradiação: Quando alto, para o ombro esquerdo e pescoço. Intensidade: Baixo a Alto (assoc. a frêmito. Tom: Médio, cresc.-decres. Localizado: 2º EID. Irradiação: Com frequência para as carótidas, descendo pela borda esternal esquerda. Intensidade: Frequentemente alto, c/ frêmito. Tom: Médio, cresc.-decres. Localizado: 3º e 4º EIE. Irradiação: Descendo pela borda esternal esquerda até o ápice, possivelmente até a base, mas não até o pescoço. Intensidade: Variável. Tom: Médio. AUSCULTA SOPROS CARDÍACOS SISTÓLICOS PATOLÓGICOS: ◦ SOPRO HOLOSÍSTOLICO Localizado: Ápice Irradiação: Axila esquerda, mais raramente borda esternal esquerda. Intensidade: Baixo a Alto (assoc. a frêmito. Tom: Médio a Alto. Localizado: Borda Esternal Inferior Esquerda. Irradiação: Direita do esterno, área xifoide e talvez LMC esquerda, não para axila. Intensidade: Variável Tom: Médio. Localizado: 3º e 4º EIE. Irradiação: Frequência ampla. Intensidade: Frequentemente muito alto, com frêmito. Tom: Alto. AUSCULTA SOPROS CARDÍACOS DIASTÓLICOS PATOLÓGICOS: Localizado: 2º ao 4º EIE. Irradiação: Quando alto, para o ápide, talvez para borda esternal esquerda. Intensidade: Grau 1 a 3. Tom: Alto. (Use o diafragma) Localizado: Geralmente limitado ao ápice. Irradiação: Pouca ou nenhuma. Intensidade: Grau 1 a 4. Tom: Estrondo baixo em decrescendo (Use o campânula). AUSCULTA SOPROS CARDÍACOS SÍSTOLICOS E DIASTÓLICOS PATOLÓGICOS: Localizado: 2º EIE. Irradiação: Em direção à Clavícula esquerda. Intensidade: Geralmente alto, associado por vezes a frêmito. Qualidade: Dissonante, semelhante a uma máquina. Tom: Médio Localizado: Variável, melhor ouvido no 3º EIE esternal Irradiação: Pouca Intensidade: Variável. Pode aumentar quando o paciente se inclina para diante, expira e prende a respiração. Qualidade: De arranhão, raspagem. Tom: Alto. (Use o diafragma) REFERENCIAS PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. ICKLEY, L.S.; SZILAGYI, P.G. Bates - Propedêutica médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.