Desenvolvimento Cognitivo [Jean Piaget]

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Desenvolvimento Cognitivo- Jean Piaget
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Quais os mecanismos que o sujeito usa nas diferentes etapas da vida para entender o mundo.?
Quais os processos que o indivíduo usa para conhecer a realidade?
Como se desenvolve o conhecimento de mundo da criança?
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Quais os processos mentais envolvidos numa dada situação de resolução de problemas e quais os processos que
ocorrem na cça para possibilitar aquele tipo de atuação?
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Suposição central de Piaget – criança um participante ativo no desenvolvimento do conhecimento, construindo seu
próprio entendimento, para ele a criança vai atrás do conhecimento.
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Criança, um pequeno cientista, engajada numa exploração ativa buscando entendimento e conhecimento.
Criança tenta adaptar-se ao mundo que a cerca de maneiras satisfatórias.
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A adaptação à realidade externa depende basicamente do conhecimento.
Só o conhecimento possibilita o homem um estado de equilíbrio interno que o capacita a adaptar-se ao meio
ambiente
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Conceitos essenciais para a compreensão do processo de desenvolvimento:
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HEREDITARIEDADE – o indivíduo herda uma série de estruturas biológicas (sensoriais e neurológicas) que
predispõe o surgimento de estruturas mentais.
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Inteligência não é herdada- herdamos um organismo que vai amadurecer em contato com o meio ambiente.
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A criança precisa desenvolver recursos intelectuais para solucionar uma ampla variedade de situações para viver
satisfatoriamente num determinado ambiente social.
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Tanto o ambiente físico como social concorrem no sentido de oferecer estímulos e situações que requerem um
processo cognitivo como resolução.
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A riqueza e a pobreza de estimulação tanto no plano físico como social vão interferir no processo de
desenvolvimento da inteligência
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ADAPTAÇAO – o ambiente físico e social coloca a criança diante de questões que rompem o estado de equilíbrio
do organismo e eliciam a busca por comportamentos mais adaptativos.
O conhecimento possibilita novas formas de interação com o ambiente, proporcionando uma adaptação cada vez
mais completa e eficiente, tornando gratificante para o organismo, que sente-se mais apto para lidar com
situações novas.
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A maturação do organismo (sistema nervoso central)- vai contribuir de forma decisiva para que pareçam essas
novas estruturas mentais que proporcionam a possibilidade de adaptação cada vez melhor ao ambiente.
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Novas questões movimentam o organismo no sentido de resolvê-las para tanto, vai utilizar estruturas mentais
já existentes e se estas estruturas mostram-se ineficientes, serão modificadas a fim de chegar a uma forma
adequada para lidar com situação
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O processo de adaptação é constituído por vários subprocessos vitais.
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ESQUEMAS- são ações básicas de conhecimento, incluindo ações físicas/motoras/sensoriais/motoras e mentais.
Ao nascer a cça não é dotada de capacidade mental pronta, mas de alguns reflexos,como chupar, agarrar.
Devido a imaturidade neurológica e psicológica, a criança não tem conhecimento da realidade externa(objetos,
pessoas) ou de seu estado interno (fome,frio), tem apenas sensações.
Ex. reage a luz forte com comportamento reflexo de fechar os olhos
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Assim com um equipamento biológico hereditário , a cça irá formar estruturas mentais para organizar este caos
de sensações.
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Algumas ações apenas físicas ou sensoriais também são esquemas.
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-Todos os bebês começam a vida com um pequeno repertório de esquemas sensoriais e motores simples, olhar,
tocar ,provar ,ouvir,, no decorrer do desenvolvimento ela vai pouco a pouco adquirindo esquemas mentais mais
complexos.
Esquema- uma unidade estrutural básica de pensamento ou de ação e que corresponde, de certa maneira, a
estrutura biológica que muda e se adapta.
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ESQUEMA – pode referir-se tanto a uma seqüência especifica de ações motoras realizadas pelo bebê para
alcançar uma argola, como à imagem interiorizada da escola que freqüentamos até estratégias complexas
para resolver um problema.
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Vejamos como se da o processo de formação do esquema sensorial motor, por ex. preensão
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Esquemas são unidades estruturais móveis que se modificam e adaptam enriquecendo com isso tanto o
repertorio como a vida mental da cca.
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Esquemas- estão em contínuo desenvolvimento e permiti uma adaptação mais complexa a realidade que é
percebida.
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-Os esquemas iniciais primitivos e sensórios-motores se ampliam, se fundem se diferenciam e adquirem a
organização dos sistemas operacionais concretos ou abstratos.
A mudança dos esquemas sensório-motor simples do período de bebe para os esquemas mentais complexos
da infância posterior se da pela operação de três processos básicos:
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A cça nasce com o reflexo de preensão , a medida que ocorre a maturação biológica e que o ambiente apresenta a
criança inúmeros objetos que podem ser pegos, ira desenvolver um esquema de preensão, que será ativado quando
quiser pegar um objeto e será modificado quando o novo objeto tiver características especificas diferentes.
Assim:
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ASSIMILAÇÃO- tentativa do sujeito para solucionar uma determinada situação, utilizando uma estrutura mental
já formada. O NOVO ELEMENTO É INCORPORADO E ASSIMILADO A UM SISTEMA JÁ PRONTO.
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È o processo de absorver algum evento ou experiência em algum esquema.
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Ex o bebê assimilou o móbile nos esquemas de olhar e alcançar. QUANDO A CRIANÇA APRENDE A SUBIR
ESCADA, SABERA FAZER EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA......
Assimilação é um processo ativo; selecionamos as informações. Nós só prestamos atenção aqueles aspectos da
experiência para os quais já temos um esquema. Ex: Quando assiste uma aula, vai guardar aquilo que estiver
relacionado a um conceito já existente.
ACOMODAÇÃO – processo complementar,envolve modificar o esquema em resultado das novas informações
absorvidas pela assimilação.
Modificar estruturas antigas para poder dominar uma nova situação
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Para Piaget o processo de acomodação é a chave para a mudança desenvolvimental. Por meio dela, reorganizamos
nossas idéias, melhoramos nossas habilidades, mudamos nossas estratégias..Ex. bicicleta com marcha .
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Na medida que assimila novas informações, transforma (acomoda) seus conceitos e suas categorias.
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O processo de adaptação intelectual é extremamente dinâmico , envolve todo momento a assimilação e a
acomodação.
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EQUILIBRAÇÃO- reestruturação dos esquemas.
A criança está sempre lutando por coerência visando
permanecer em equilíbrio , com o objetivo de entender o mundo e que faça sentido em sua totalidade.
Piaget traça um paralelismo entre o desenvolvimento biológico e mental.
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Ira modificar suas estruturas antigas para poder dominar uma nova situação. No momento em que consegue
dominar adequadamente a bicicleta com marcha, diremos que se acomodou , adaptou-se a nova exigência da
realidade para manter com ela um estado de equilíbrio.
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O organismo funciona de modo a atingir e a procurar manter um estado de equilíbrio interno que permita a
sobrevivência no ambiente.
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Para isso os vários elementos orgânicos se organizam em sistemas maiores ou menores para obter um
desenvolvimento e um funcionamento harmônico de todas as partes. Se um elemento entra em desacordo, ocorre
um processo no organismo para retornar ao equilíbrio anterior.
Ex. sentir fome- buscara comida- sanar a fome – retorno ao estado de equilíbrio
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Organização mental acontece da mesma maneira-equilibração das estruturas cognitivas
Ex. recém-nascido ou poucos meses- recebe serie de impressões sensoriais desprovidas de significado para ela
(completo desequilíbrio com a realidade) estando totalmente dependente de outras pessoas.Tarefa principal neste
primeiro ano de vida é organizar estas impressões sensoriais que permita à criança atuar de modo coerente.
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Isto será possível na medida que possa formar seus primeiros esquemas sensoriais-motores, sua formação
dependera das impressões que receber dos objetos e de sua possibilidade de manipulação
Primeira forma de equilíbrio consiste na formação de uma serie de esquemas sensoriais-motores que permitirão
organizar o caos inicial de sensações internas e externas, dando condição de atuar sobre a realidade
Desenvolvimento é um processo que busca atingir formas de equilíbrio cada vez melhores
Em cada fase a crça consegue uma organização mental (equilíbrio) que lhe permite lidar com a realidade e que será
modificada à medida que conseguir alcançar novas formas de compreender a realidade e atuar sobre ele e tenderá
a uma forma final atingida na adolescência (operações mentais formais) raciocínio utilizado pelo adulto.
Ex. mapa da estrada – anotações e correções análoga às acomodações e o recomeçar e desenhar um novo mapa à
equilibração.
Três grandes equilibrações : 18 meses(primeiros símbolos ); entre 5 e 7 anos (operações-ações mentais mais
abstratas) e adolescência quando opera idéias e acontecimentos.
Estas três equilibrações criam quatro estágios :
ESTAGIO SENSÓRIO-MOTOR – nascimento ate 2 anos
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Assistimos ao chamado nascimento da inteligência .
Se definirmos a inteligência como a capacidade de adaptação ao meio , diremos que um ato inteligente é quando
realizado intencionalmente.
Quanto maior a plasticidade da cça ao enfrentar uma situação maior será sua probabilidade de êxito e maior sua
adaptação ao meio.
Ex. Recém-nascido e cça de dois anos com fome.
No caso do recém –nascido não há possibilidade de variação dos meios a serem utilizados para satisfação de uma
necessidade, enquanto na cça de dois anos são maiores os recursos para alcançar seu objetivo
O bebê tem uma reação reflexa onde a necessidade de alimentação está vinculada ao choro, sem que haja sequer a
identificação do estado motivacional que denominamos fome. A reação é automática .
A cça de dois anos percebe que está com fome. Esta percepção desencadeia a intenção de obter alimento e a
busca dos meios para atingi-lo
No decorrer de dois primeiros anos de vida, uma evolução gradual que passa de atos reflexos, com uma
plasticidade restrita passa para comportamentos complexos (comportamentos inteligentes)
Procurando traçar a linha evolutiva desta fase inicial de vida observamos a transição de atos reflexos
automáticos para comportamentos sob controle voluntário e consciente.
A cça passa de uma situação de passividade, onde os estímulos desencadeiam reações em bloco, para uma
organização móvel onde os meios podem ser variáveis para a consecução de um fim. A cça então é um ser
ativo com maior domínio sobre suas ações
É com mecanismos presentes desde o nascimento(inato) que a cça vai enfrentar o meio;e este vai tb se adaptar às
sua necessidades e exigências
Com o tempo através desta interação, haverá cada vez mais possibilidade de modificação dos comportamentos em
função das exigências e solicitações particulares de cada situação.
Inteligência então é a possibilidade de variar os meios, as formas de agir, em função da realização de
determinados objetivos..
Tendo certos padrões prontos ao nascer (reflexo de sucção , preensão ) e pequena plasticidade em termos de
adaptação ao meio, predominara a repetição dos comportamentos que possui, esta repetição vai cedendo lugar à
invenção e criação de formas novas de adaptação
Os esquemas são padrões de comportamentos organizados, que tb organizam as experiência da cça. Essência do
comportamento de pegar algo, mesmo que podemos pegar de diversas formas. Existe um conjunto básico de
coordenação motora subjacente a esta ação de pegar que pode ser transferido para outro pegar.
No período inicial de vida, a adaptação do bebê dar-se-á principalmente através do processo de
assimilação(situações novas serão enfrentadas com os esquemas que a cça já dispõe ), a medida que vai
amadurecendo vão se ampliando as interações com o meio, crescendo em importância o processo de acomodação(
esquemas e estruturas mudam para enfrentar situação nova)
-Primeiros meses já é capaz de executar atos inteligentes .
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-A relação da cça com ela mesma e com o ambiente nos dois primeiros anos é feita através de ações ,
sensações e percepções .
Ela vai conquistar , através dos movimentos, o universo que a cerca.
Inteligencia pratica ou sensório-motora(manipulação de objetos, aquisição de habilidades e adptações do
tipo comportamental.
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O bebê realiza o processo adaptativo básico de tentar compreender o mundo que o cerca.
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Segundo Piaget este é o pto de partida de todo o processo de desenvolvimento cognitivo chamada de
Inteligência sensório –motora.
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No início o bebê esta quase inteiramente preso ao presente imediato, respondendo aos estímulos existentes
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Assimila as informações que chegam na limitada série de esquemas sensório-motor com que nasceu(olhar,
escutar, sugar) e acomoda esses esquemas baseado em suas experiências .
Não existe qualquer representação cognitiva ou conceitual do comportamento ou do mundo externo.
Cça capaz de agir no mundo, mas não capaz de criar mentalmente soluções para enfrentar problemas.
Adapta-se por intermédio de ações, movimentos, mas não através de pensamentos, simbolização.
No entanto estas adaptações do tipo comportamental, pratica constituem os pré- requisitos para a possibilidade
da representação mental.
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A representação mental só será possível através da interiorização da ação.
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Como é que as reações sensório-motoras do recém –nascido preparam a cça para adaptar-se ao meio e par
adquirir os comportamentos ulteriores,caracterizados precisamente pela experiência ?
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Seis subestágios do período sensório-motor
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SUBESTAGIO I – exercício dos reflexos - ( 0 – 1 mês )
-pratica de esquemas ou reflexos inatos como sugar ou olhar.;Nenhuma imitação
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A cça torna-se capaz de apresentar comportamentos intencionais(inteligentes), isto é, desencadear duas ou três
ações para uma certa finalidade, passa a agir como se o mundo fosse um lugar permanente, onde os objetos
existem independente da percepção do mesmos.ex. procura objetos desaparecidos.
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Apesar da rigidez e da previsibilidade, o reflexo tb apresenta variabilidade e sofre o processo de adaptação
(assimilação e acomodação ).Reflexo de sucção esta presente desde a primeira mamada, mas melhora
consideravelmente com o decorrer das semanas.
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A interação com o meio é importante desde o início da vida, pois as potencialidades inatas vão se desenvolver no
contato organismo/meio.
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Os reflexos que levam à aprendizagem apresentam circularidade intrínseca (repete-se várias vezes).
Não podemos ainda falar dos processos de assimilação e acomodação separados,
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Falamos em assimilação, pq o que predomina e apesar da possibilidade de mudança é a repetição, o enfrentar
situações com os mecanismos que o bebê tem sem criar novos.
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-O processo de adaptação se dá através de três formas de ASSIMILAÇão:
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Assimilação funcional – ou repetição cumulativa – repetição do reflexo possibilita sua maior eficiência; melhora
que ocorre no mecanismo reflexo.
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Assimilação generalizadora – incorporação de situações ou objetos cada vez mais variados ao mesmo reflexo de
sugar(dedo, fralda)
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Assimilação recognitiva – inicio do reconhecimento pratico e motor dos estímulos, que ocorre quando é acionado
um mecanismo reflexo.Inverso da generalizadora. Ex. dar chupeta no lugar do leite, quando a criança esta com
fome.
Reconhecimento pratico e motor, sem qualquer representação interna, pois a çça ainda não tem os limites do pprio
corpo , da distinção eu x não eu
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Neste sub-estagio há uma estabilização , generalização dos reflexos que se tornam mais discriminadores, embora
limitados sempre aos resultados finais hereditariamente determinados.
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SUBESTAGIO II – as primeiras adaptações adquiridas – reação circular primaria ( 1- 4 meses)
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Acomodação de esquemas básicos, conforme o bebê os pratica interminavelmente - agarrar, olhar sugar.
Início de coordenação de esquemas de diferentes sentidos, como olhar na direção de um som, o bebê ainda não
vincula as ações do seu corpo a algum resultado fora dele.
Podemos falar em adaptações adquiridas – a partir do primeiro mês observamos o início da transformação dos
comportamentos em função da experiência (retenção de dados que não pertenciam ao reflexo.Ex. Não existe o
instinto de chupar o dedo.
A adaptação adquirida supõe uma aprendizagem relativa aos dados novos do meio.
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Assimilaçao e acomodação começam a se dissociar.
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Ex a coordenação mão/boca da sucção é repetida inúmeras vezes através da aquisição de uma coordenação nova
mão/boca que descobre através da exploração do meio novos resultados(prazer) e é primaria pq. esta relacionada
os mecanismos hereditário a o corpo do bebe .
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Conceito de objeto- noção da existência do objeto independente de ser acessível
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Reação circular primaria – refere-se as muitas ações repetitivas simples , organizadas em torno do corpo do bebê
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Durante os dois primeiros subestágios não observamos reação ativa da criança frente ao desaparecimento dos
objetos
Entretanto as coordenações entre vários esquemas , preensão /visão , preensão /audição , são passos
fundamentais para a noção de único mundo externo. Ex. olhar par o que ouve, primeiro passo para a constituição do
objeto permanente.
Neste estagio o objeto desaparecido deixa de existir.
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SUBESTAGIO III – reações circulares secundarias (4-8 meses)
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Pode haver imitação mas só dos esquemas que fazem parte do repertorio do bebê.
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Torna-se muito mais consciente dos eventos fora do corpo e tenta fazer que ocorra novamente numa
aprendizagem por tentativa e erro.
Vai repetir alguma ação a fim de provocar uma reação fora do próprio corpo.Certo dia o bebê bate no móbile
,acidentalmente, o móbile se movimenta, ele bate novamente; ele balbucia e a mãe sorri; então albucia, novamente.
Estas conexões iniciais entre a ação corporal e uma seqüência externa são automáticas.
O numero de resultados novos possíveis é infinito, e cada vez a adaptação da cça a situação requer uma
necessidade maior de mudança de esquemas para enfrentar uma situação nova(acomodação).
Mas não estamos ainda frente ao ato de inteligência completo.pq. obteve-se o resultado por acaso e se tornara
repetitivo sem inovações
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Inicio do entendimento do Conceito de permanência do objeto -A permanência do objeto no mundo é mais longa
,mas ainda não existe a busca ativa do objeto que desapareceu.Segue com os olhos, mas não procura.
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SUBESTAGIO IV – coordenação de esquemas secundários ( 8-12 meses)
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Condutas propriamente inteligentes – dissociação entre meios e fins para alcançar um objetivo.Ex. se quer
alcançar um brinquedo colocado atrás de um anteparo , poderá, empurrar, balançar para ter acesso a ele.
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Comportamento intencional de coordenar meios e fins claramente evidente
Mobilidade de esquemas; intencionalidade do comportamento
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Os fins aos quais a criança se propõe não são pensados ou planejados anteriormente , há sempre a sugestão do
meio exterior. Ex.viu seu brinquedo sendo colocado atrás do anteparo vai empreender a tentativa de chegar até
ele, não existe um planejamento anterior.
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CONCEITO DE PERMANÊNCIA DE OBJETO – a criança passa a buscar ativamente os objetos que são tirados de
seu campo perceptivo. Se você esconder o brinquedo embaixo da almofada na presença dela, irÁ procurar onde vc
colocou mas se colocar embaixo de outra almofada ira procurar embaixo da primeira mesmo tendo presenciado a
troca
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-Coordenação tátil/visual – o objeto perdido é o mesmo que o encontrado e que o bebê sente com as mãos .
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SUBESTAGIO V – Reações circulares terciárias ( 12 -18 meses)
Há exploração por tentativa e erro, a qual esta muito ativa e muito intencional.
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O bebê não se satisfaz com a repetição do comportamento original, mas experimenta variações . Experimentar e
buscar novidades marca este estágio
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A cça inventa novas formas de ação para atingir um objetivo almejado
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Ex. a criança deixa cair inúmeras vezes o carrinho no chão cada vez que o faz experimenta novas formas de jogalo para descobrir flutuações nos resultados.
A reação circular terciária é inovadora por dois motivos: há repetição dos movimentos com variação e
graduação,sendo que a repetição visa mais a compreensão do resultado do que apenas chegar ao mesmo fim;busca
a novidade.
RCT equivale à estratégia de tentativa e erro- a criança faz, erra, tenta novamente, modifica esquemas
(acomodação ) até adquirir resultado desejado.
Ex. conduta do suporte – deslocar a almofada (suporte) perto de si para pegar o carrinho que esta sobre ela.;
conduta do barbante ; conduta do bastão.
CONCEITO DE PERMANÊNCIA DE OBJETO - – A criança já leva em consideração os deslocamentos sucessivos
do objeto. Procura-o ativamente num primeiro ou segundo lugar escondido. Já tem noção da permanência deste
objeto. (ele está em algum lugar, e não desapareceu).
Mas, ainda não leva em conta movimentos invisíveis, como por exemplo, quando você esconde um objeto na mão e
depois o esconde embaixo de uma almofada sem que a criança veja. Ela irá procurar o objeto na sua mão, ou seja,
procurará o objeto no ponto em que ele foi visto da última vez.
SUBESTAGIO VI – Inicio do pensamento representacional (18 -24 meses)
- Desenvolvimento dos símbolos para representar objetos e eventos
-Compreende que o símbolo esta separado do objeto
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-Inicio da representação mental – começa a abrir mão de tentativa e erro explicitas e utilizar deduções , que se
baseia numa representação mental anterior, numa antecipação dos acontecimentos
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Ex, Colocar um barbante dentro da caixa de fósforo – Tentou por tentativa e erro mas parou (interrupção)
enrolou o barbante e colocou na caixa –solução mental
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Aparecimento da linguagem , confirmando a existência da capacidade da representação mental.
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CONCEITO DE PERMANÊNCIA DE OBJETO - – A criança entende a existência do objeto (adquire a noção do
objeto – ele existe mesmo que não faça parte de sua percepção visual).
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O objeto continua a existir e é adequadamente procurado. Leva em conta os movimentos invisíveis (há a procura
mesmo que haja desaparecimentos invisíveis longe de seu campo visual.
PERÍODO PRÉ-OPERACIONAL
(2-6ANOS)
Inserção mais ampla na sociedade.
Uso dos símbolos- (representação de uma coisa por outra) a criança de 2, 3 e 4 anos, usa uma vassoura como
cavalo.
Aquisição da linguagem
Egocentrismo – pensamento rígido, capturado pelas aparências, preso a ações(expressa o sentimento através da
brincadeira).
Caracterizado por um certo isolamento (ausência de socialização de idéias).
Apresenta uma confusão entre eu-outro, eu-objeto do qual é basicamente inconsciente.
Explicações e crenças baseiam-se numa mistura de impressões reais e fantásticas que resultam num
entendimento distorcido da realidade e na existência de um mundo próprio pessoal e intransferível.
Fada e super - homem convivem com pessoas comuns sem entrar em choque.
Pensam que seus pensamentos são comuns a todas as outras pessoas.
• Período pré-operacional caracteriza-se por uma certa organização e coerência a nível da
ação(estabilizando a vida da criança no cotidiano).
• Porém no nível do pensamento apresentará um equilíbrio instável, dadas as inadequações do pensamento
egocêntrico em termos de compreensão da realidade.
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Lógica a nível de ação mas não a nível de pensamento.
EGOCENTRISMO INTELECTUAL
• Conservação - aparência dos objetos Ex. copos diferentes com a mesma quantidade de suco é diferente;
cachorro com mascara de gato é gato.
• Justaposição- Adquire uma série de informações mas não consegue discriminar e generalizar. Os
julgamentos são colocados lado a lado, não se relacionam.
• Ex. ramalhete de cravos e rosas / há mais crianças ou meninos, responderá meninos (raciocínio de
particular para particular)
• Não acontece “relação de inclusão”- vários elementos da mesma classe possui propriedades definidoras
e possuem particularidades que o colocam em outra subclasse com conceito de elemento individual e
identidade própria.
• Sincretismo- Generalização indevida - laranja verde e abacate como fruta verde.
• Irreversibilidade – O pensamento não é reversível (fazer o caminho de volta).
• Centralização - raciocínio rígido e inflexível. Não faz ainda grandes operações mentais. Ex. corintiana
ou brasileira
• Realismo intelectual - toma como verdade uma percepção momentânea, fase da transparência. Ex.
desenho de alguém que acabou de almoçar, fará em transparência a comida no estômago.
• Animismo - atribui alma humana a todas as coisas. Pensamento egocêntrico das vivências pessoais, a
criança as estende a outros seres vivos e a objetos inanimados. Ex. mesa esta chorando, árvore esta
triste, o sol foi dormir.
• Artificialismo - atribuirá as origens dos fenômenos naturais a Deus ou ao homem (magicamente) .
Ex.De onde vêm os rios? Respondera que o homem fez/ esta chovendo porque Deus está chorando
Socialização
-Evolução caminha no sentido de sair do egocentrismo total inconsciente.
Percepção muito lenta porém gradual e continua da existência de outras pessoas e a colocação de si entre
os outros.
• Período sensório-motor – mãe como primeira figura a ser diferenciada do caos de sensações.
• Através do tato, do calor do contato físico, dos sons emitidos por ela, da visão continua de sua
fisionomia que a criança irá formar a noção desta figura humana.
• A mãe além de oferecer toda a estimulação sensorial, irá discriminar, a partir dos sinais emitidos pela
criança, quais são suas necessidades básicas.
• Ajudará a discriminar suas sensações internas e desenvolver maneiras novas e mais amadurecidas de
comunicá-las e satisfazê-las.
• Para Piaget – O ESQUEMA MÃE estará bem formado em torno de nove meses.
• Nesta época o bebê chorará na frente de estranhos.
• Objetivo do desenvolvimento da inteligência é a socialização do pensamento, sair do pensamento autista
para o pensamento social.
• Neste sentido a estimulação social é básica para o desenvolvimento intelectual e constitui força
motivadora.
• O bebê sai do período sensório-motor e passa para o pré-operacional imitando sem-números de gestos e
situações presenciadas no contato, mesmo com o modelo ausente.
• Imitação é o elemento básico que permite a criança assimilar a realidade externa ao seu próprio eu em
formação. Ex. Fala ao telefone como viu mãe fazer.
• O relacionamento social começa a incluir, além da família, outros adultos e outras crianças.
• Padrão de relacionamento egocêntrico – auto-centralizado – não se coloca como indivíduo entre os
demais – não percebe cada um com uma realidade diferente.
• Será pela percepção do choque entre suas explicações fantasiosas e aquelas oferecidas pelo adulto
(lógicas) que a criança procurará novos modos de entender a realidade.
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Existe um certo interesse pelos companheiros da mesma idade(3 a 6 anos), mas o contato social
limita-se a estar junto não a brincar junto.
À medida que a criança cresce diminui o egocentrismo intelectual e social e aumenta a cooperação .
Brinquedo
• Período sensório motor – interação social bastante limitada, predomina o brincar isolado de caráter
exploratório.
• Esquema não tem finalidade adaptativa – podem ser repetidos pelo prazer que provocam.
• 2º estágio (1-4 meses)- executam as reações circulares primárias – inclui um elemento adaptativo – pois
explora a si mesmo e o ambiente num processo lúdico.
• 3º estágio (4-8 meses) repete o ato agora com caráter de jogo .Ex. Chocalho pendurado no berço, nas
primeiras vezes em que fizer o chocalho balançar, denotará atenção e interesse, a partir de certas
repetições o ato será acompanhado de expressões de prazer .
• 4º estágio -8-12meses – após conseguir realizar a tarefa o bebê vai repeti-la pra obter prazer.Ex. gestos
habituais no início do sono – deitar de lado, chupar o polegar, agarrar uma fralda etc.. como um ritual
lúdico.
• 5º estágio – 12-18 meses – reações circulares terciárias.Repete várias vezes a mesma brincadeira para
compreender e explorar os resultados.
• 6º estágio - faz de conta que come algo 18-24 meses.
• O jogo simbólico oferece a criança não só a oportunidade de aprender normas culturais mas também a
oportunidade de elaborar conflitos cotidianos e realizar seus desejos insatisfeitos. Ex. Nasce irmãozinho
x sentimentos e atos agressivos nas brincadeiras.
• Período pré – operatório - o brinquedo se aproxima da representação imitativa da realidade.Ex. arrumar
carrinhos numa garagem, índios em uma aldeia etc..
• Pré-operatório – 4-5 anos – jogo paralelo – fazem coisas juntas mas não brincam juntas (Egocentrismo
Social)
O brincar
• Jogo sensório-motor – a criança passa a maior parte do tempo explorando e manipulando objetos. Ex.
coloca na boca, sacode, movimenta
• Jogo construtivo- por volta dos dois anos , usam objetos para construir algo. Ex. Cria uma torre de
blocos, monta quebra cabeça, faz algo com argila. Atividade principal entre 3 e 6 anos.
• Primeiro jogo faz-de-conta – começa com usar uma colher de brinquedo para comer (propósitos reais) –
colher para comer, pente para pentear; 15-21 meses ocorre uma mudança – Ex. usa a xícara com a
boneca e não mais com ela mesma, alimenta imaginariamente uma boneca.
• Jogo de faz de conta substituto – 2-3 anos – usa uma vassoura como cavalo, faz caminhões com blocos.
• Jogo sociodramático – faz –de –conta com outras crianças – casinha, médico, idade do amigo
imaginário (2 e 4 anos)
• Início do simbolismo coletivo (4-7 anos) – várias crianças brincam juntas com papéis definidos Ex.
batizado de bonecas...
• VISÕES MAIS RECENTES DO PENSAMENTO PRÉ-ESCOLAR:
• Novas pesquisas apontam que os pré-escolares são bem menos egocêntricos quanto imaginava Piaget.
• Algumas crianças adaptam o modo de falar e brincar quando estão com crianças mais novas ou
deficientes.
• Aparência e realidade: por volta dos cinco anos a criança é capaz de separar a aparência da realidade (se
vê um cachorro com máscara de gato não achará que é um cachorro ou se vê uma esponja pintada para
parecer uma pedra, se tocar na esponja, saberá que é uma esponja e não uma pedra, mas se um colega
não tocou na esponja, pode ser que pense que é uma pedra. – (FALSA CRENÇA)
• Teorias da mente: A criança desenvolve teorias sobre as idéias e desejos dos outros e sobre como isto
afeta o comportamento deles. (Ex: A criança vê um adulto com cara de feliz após comer algo e com cara
de “nojo” após comer outra coisa. Entende que o adulto prefere comer o que lhe deu prazer).
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Compreendendo e regulando emoções: Reconhecimento das expressões faciais (por volta dos quatro
anos). A criança entende que se alguém conseguiu algo ficará feliz, e se estiver triste, talvez não tenha
conseguido. Com três anos aparece o sorriso social (diferente do sorriso espontâneo - a criança sabe que
existem momentos que ela precisa sorrir, mesmo sem estar totalmente feliz).
CONCLUSÃO:
• Estudos atuais - talvez Piaget estivesse certo sobre as seqüências básicas, mas apontou a idade errada: a
transição observada por ele aos seis ou sete anos, realmente pode acontecer por volta dos quatro ou
cinco anos de idade.
• Estudos atuais confirmam que desenvolvimento cognitivo é favorecido pelas interações sociais.
• Atualmente as crianças são mais estimuladas e interagem com muitos adultos, aprendendo sobre
sentimentos e reações dos outros.
• A imitação também ocupa um lugar bastante importante neste caso.
Período das operações concretas
(6/7 – 11/12 anos)
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Entrada da criança no ensino fundamental (mais estímulos).
Novas e grandes aquisições intelectuais
Criança desenvolve regras E ESTRATÉGIAS. Quer brincar de jogos que envolvem raciocínio
Pensamento lógico.Raciocínio somente com base no real.
• Dos sete aos nove aprende regras que segue rigidamente.
• Dos 10 anos em diante muda as regras se todos os participantes concordarem.
• Jogos interativos - As brincadeiras começam a ser cooperativas, porém há a preferência para
brincadeiras com crianças do mesmo sexo. (brinquedo coletivo)
• Diminuição do egocentrismo (começa a levar em conta a realidade do outro)
• É capaz de fazer operação mental – internalização das ações. Porém a operação mental é feita a partir de
coisas concretas. Ex. a criança vê o brinquedo e consegue ordená-lo crescentemente.
• O pensamento é reversível - faz inversão de operações.
• Já possui noção de invariância ou conservação. Entende que os objetos permanecem iguais apesar da
mudança na aparência.
• A conservação de quantidade é entendida pela criança que já conta, a de peso só será entendida aos oito
anos e volume com 10 anos.
• Há inclusão de classes.7/8 anos Ex.as rosas e os cravos são subclasses das flores.
• Pensamento relacional – Os termos mudam de acordo com as relações. Ex: Quem é mais alto? Ela
saberá que João é mais alto do que Carlos, pois vê João e Carlos lado a lado. É hábil com questões
concretas.
• Declínio da linguagem ecocêntrica – por volta dos 7 anos.
• Desenvolve a capacidade de usar a LÓGICA INDUTIVA - consegue ir de sua própria experiência para
um princípio geral.
• Ex. Acrescentar um brinquedo a uma pilha de brinquedos e contar depois. A partir disto, a criança saberá
que: ACRESCENTAR SEMPRE RESULTA EM MAIS!
NOVOS TEMAS:
• Desenvolvimento da memória e da estratégia- decorar, agrupar, elaborar e busca sistemática.
• Perícia - conhecer bem um assunto determinado.
• “A Perícia faz qualquer um de nós parecer muito inteligente, cognitivamente avançado; a falta de
perícia nos faz parecer muito burros” (Flavel, 1985).
• Variabilidade no pensamento - várias formas de resolver o mesmo problema.
Período das operações formais:
10
12 anos até 16 anos mais ou menos
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Adolescência, a idade das grandes paixões (O adolescente ama tudo e odeia tudo).
Desequilíbrio emocional (Sou criança ou adulto?).
A característica principal e nova habilidade mental é que este adolescente é capaz de pensar em
termos abstratos, não precisando da percepção e da experiência imediata (não precisa ver nem
vivenciar as coisas para pensar).
Capacidade de realizar operações lógicas ao nível das idéias, desvinculando-se do pensamento
concreto.
Raciocina abstratamente sobre informações verdadeiras ou não – A partir de uma situação é capaz de
levantar hipóteses, testa-las e deduzir conclusões lógicas.
Forma conceitos abstratos (amor, solidariedade, liberdade, justiça, etc.).
Critica o sistema social e os valores morais dos pais.
Tem necessidade de um modelo (que não os pais, pois querem ser livres – ex: O pai do meu amigo é
super bacana, pois o deixa dirigir o carro, queria que ele fosse o meu pai...).
Tem necessidade de ser original como um todo, mas igual a seu grupo, pois andam tribos, gangues
(modismo).
Tem necessidade de ser responsável (trabalho e dinheiro próprio, cuidar de algo).
Descoberta do tempo e da morte (NÃO são reversíveis).
O EGOCENTRISMO reaparece, quando ele se considera o instrumento de modificação do mundo
sob o seu ponto de vista. Acha que pode resolver os problemas do mundo (mas não os particulares,
pois tem dificuldades de falar sobre problemas pessoais).
Opera com possibilidades e não só com a realidade concreta
Manipula mentalmente idéias e possibilidades – Raciocínio dedutivo.Ex.se tal teoria estiver certa
poderemos observar tais e tais coisas
Desenvolve a capacidade de usar a LÓGICA DEDUTIVA (parte de algum princípio geral e em
seguida supõe algum resultado). Ir da teoria para hipótese. (É necessário imaginar). Chamado de
RACIOCÍNIO HIPOTÉTICO DEDUTIVO.Ex. se todas as pessoas são iguais então eu e você
somos iguais.
Conceito central de Piaget: CONSTRUTIVISMO:
Desde o nascimento, a criança está ativamente envolvida no processo de construir o entendimento do mundo
externo e de suas ações.As crianças são pensadores ativos, capazes de construir novas estratégias e
entendimentos avançados para resolver um determinado tipo de problema.
Desenvolvimento do julgamento moral
Moral- tendência a aceitar e seguir um sistema de regras que regulam o comportamento interpessoal.
Jogo de bolinha de gude- as regras determinam a maneira que os jogadores devem se portar; o comportamento
esperado de cada jogador; controlam os direitos individuais;regulam o direito de propriedade e nada mais são
que uma criação cultural, transmitida de geração a geração
Relação entre o código moral e o jogo de bolinhas de gude preenchem as mesmas condições com a vantagem do
jogo, pois foram elaborados por crianças.
Evolução do comportamento moral
4-7 anos – estágio egocêntrico – incapaz de levar em consideração o ponto d vista do outro- pauta-se por um
conjunto próprio de regras – não entendem o sistema proposto pelo outro- jogam juntas e acreditam que as
regras estão sendo seguidas e que jogam corretamente – não há competição entre os jogadores – jogam na
verdade um jogo individual- é possível todos vencerem .
11
4- 7 anos – realismo moral- oque determina a culpa não e a intenção mas a quantidade de danos.Ex deixou
cair tinta/pintou a toalha. Mancha grande sem querer é mais culpado que a pequena de propósito .
8 anos já diferencia.
Concepção da criança sobre as regras
Moralidade heterogênea ou de restrição – 4/5 anos até 9/10 anos
Fase absolutista – criança acredita que alguma autoridade criou as regras-regras têm caráter sagrado e são
invioláveis ., mas viola por não conhece-las
Moralidade de restrição – conhece as regras básicas e recusa modificá-las
Cooperação incipiente- a partir dos 7 anos- caráter social – concordam com as regras e esforçam-se para seguilas , procurando aprender o resto ; aparecimento da competição, gera conflitos pois ainda não dominam as
regras, atento as ações do parceiro.
Cooperação genuína 11-12 anos – domínio das regras (interesse pelas regras)- inventam novas formas de jogar,
elaborando novas regras.
Moralidade autônoma ou de cooperação10 -11 anos -deixa de acreditar na inviolabilidade das regras – podem
ser alteradas- autoridades não são vistas como infalíveis
Julgamento moral- justiça, bondade, mentira
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