DESENVOLVIMENTO REGIONAL E SUSTENTÁVEL • Brasil: Desenvolvimento regional exógeno • Teoria da Polarização de Perroux • Realidade locais pouco consideradas • Agravamento de suas desigualdades socioeconômica • Primeira década do séc. XXI – temíveis níveis de pobreza e exclusão social Nota-se que há um equívoco sobre o entendimento entre crescimento econômico e desenvolvimento regional. CRESCIMENTO ECONÔMICO: Está relacionado às mudanças complementares nas características demográficas, culturais, políticas, econômicas e de comunicações. (Faoro, 1975) DESENVOLVIMENTO REGIONAL: Está relacionado às complexas mudanças sociais, políticas e econômicas, de uma sociedade. (Faoro, 1975) Do ponto de vista especial ou regional, Boisier (1998), discute desenvolvimento endógeno como um processo interno de ampliação contínua da capacidade de agregação de valor sobre a produção, bem como de capacidade de absorção da região, cujo desdobramento é a retenção do excedente econômico gerado na economia local e/ou atração de excedentes provenientes de outras regiões. A Teoria da Base de Exportação considera as exportações como a principal força desencadeadora do processo de desenvolvimento. O crescimento nesta teoria depende da dinamicidade das atividades econômicas básicas que, por sua vez, incentivam o desenvolvimento de atividades complementares. As atividades básicas vendem seus produtos em outras regiões, sendo, portanto, a força motriz da economia. As atividades complementares dão suporte às atividades básicas. (North, 1977) Para entrar com detalhes na questão do desenvolvimento regional e políticas públicas é preciso fazer um levantamento histórico do contexto geográfico-econômico e social, priorizando a análise da perspectiva do comportamento dos lugares e regiões, tomadas das unidades espaciais socialmente integradas e solidárias, diante dos processos de desenvolvimento em escala global. (Silvio Bandeira em Estudos sobre Globalização, Território e Bahia - 2006 – adaptado) Segundo Santos, em A natureza do espaço, esses espaços estão sendo requalificados para atenderem cada vez mais aos interesses dos atores hegemônicos da economia, da cultura e da política e serem incorporados às novas correntes mundiais. Tornam-se então, um meio técnicocientífico-informacional que é a globalização. Porém, tal caminho pautado pela ótica neoclássica e neoliberal é proveitosa para aqueles que detêm o poder, piorando o nível de vida das classes pobres. Nesse sentido, para tentar reduzir as disparidades regionais e sociais, os governos têm estabelecido políticas redistributivas que visam o curto prazo desestimulando por vezes o trabalho produtivo da população atendida. O desenvolvimento local também passa por novas assunções de relação entre o Estado e a sociedade, sendo uma delas a descentralização (por uma transferência do poder central para um nível mais regional/local). A descentralização leva a conscientização do caráter espacial e participativo do desenvolvimento local. A auto-organização das populações implica que se estabeleçam, progressivamente, novas estruturas de debate e de representação, que promovam o diálogo e a concertação com os poderes públicos e as forças vivas locais.