Questão 5. É absolutamente inegável que nos dias atuais uma das técnicas mais usuais de controle comportamental é a PUNIÇÃO. Importante se faz lembrar que existem varias formas de punição inseridas nesse controle: o religioso que é dado através de penitências; a educação (escolar e familiar); os utilizados nos sistemas legais e policiais, baseados em multas e prisões, e outros mais que são empregados como forma de controle e ordem da sociedade com a utilização de técnicas aversivas, sendo, como se observa. Tendo-se em mente o caráter inevitável da punição, passaremos a descrever alguns efeitos desses tipos de controle do comportamento. Primeiramente falaremos dos efeitos sobre o punidor. O prazer é um dos principais efeitos gerados sobre o agente da punição, uma vez que o alivio causado pelo resultado da força (sentido lato senso) empregada para punir aquela punição, age como uma forma de evitar que o indivíduo volte a praticar aquele ato que nos prejudique, causando um prazer interior ao punidor (emocional). Outro efeito seria a culpa. Esta questão tem uma forte e estreita ligação com o cunho moral e/ou pessoal do agente. A sensação de ter causado um sofrimento a alguém, mesmo que este tenha praticado um ato que merecesse a punição aplicada, muitas vezes gera um conflito interno com o DEVER de punir para que o comportamento não se repita, e o sentimento causado com a aplicação da punição. O poder, outro importante efeito da punição, é aquele que dá ao agente punidor a sensação de controle da situação o que acaba tornando o ato de punir freqüente, na medida em que leva o punidor a não pensar nas conseqüências negativas que são geradas pela punição, especialmente quando estas ocorrem em excesso, uma vez que o poder acaba tornando-o insensível a essas percepções. Ainda como efeito sobre o punidor é a capacidade da punição torná-lo sinônimo dela mesma, ou seja, descrever o agente com A pessoa que causa temor nas outras, fazendo que com essas tenham medo, não da punição, mas da pessoa que a aplica. Por fim, falaremos dos efeitos causados sobre o punido. O primeiro tipo de efeito seria o imediato. Nesses casos o resultado obtido quando da aplicação da punição é instantâneo, tendo como uma das principais conseqüências a apresentação de fatores emocionais, como p.ex., o medo que caracteriza o que se convêm chamar de respostas emocionais ou até mesmo apresentar tendências à agressão gerada pela reação de revolta quando da punição. O segundo efeito seria o permanente, ou seja, aquele do qual se espera que a conseqüência da punição (diga-se “positiva”) permaneça após a retirada, pelo agente punidor, atingindo, desse modo, a questão emocional do punido que se verá inibido da prática da mesma conduta recriminada para aquele comportamento e até mesmo em outras atitudes que possa vir a praticar. Aqui podemos citar o desamparo aprendido, que se caracteriza pela tendência do indivíduo a desacreditar nas coisas que faz, como p.ex., apatia e passividade. Ainda referente ao efeito permanente da punição, temos as chamadas predisposições emocionais decorrentes dos primeiros passos de comportamentos que são severamente punidos e que provocam sentimentos de culpa, vergonha ou pecado (na punição religiosa), gerados por situações já punidas. A generalização também é um dos do efeito da punição e ocorre na medida em que todo o contexto associado ao fato punido passa ser alvo de reações emocionais e comportamentais resultantes da punição. O Terceiro efeito teria aspectos múltiplos onde, em um primeiro momento, teremos o desenvolvimento do efeito permanente no sentido de que haverá um condicionamento de um estímulo aversivo (externo ou inerente à resposta), conseqüente a uma resposta punida, ou seja, estão relacionados às predisposições emocionais. Assim, temos a inibição de múltiplas respostas, que é aquela que ocorre quanto, a punição de um determinado comportamento acaba afetando outros fatores associados ao contexto. Para Skinner (2000), a afirmação de que o individuo que é exposto a uma punição e não responde de uma determinada maneira, sofre uma estimulação aversiva condicionada, chama de “culpa”, quando estiver fazendo outra coisa a qual só pode ser evitando quando ocorrer o “cumprimento do dever” (p.207). Portanto, podemos dizer que o problema da punição não se restringe apenas à não permanência do efeito, mas às reações que estas possam vir a causar nos organismos, tanto comportamentais quanto emocionais. Questão 3. Como o próprio texto nos possibilita concluir, a punição é um artifício de redução ou eliminação de certas tendências do comportamento humano o que é feito por dois meios que definiremos como sendo de um lado a punição positiva (elemento aversivo), e de outro a punição negativa (elemento reforçador- estímulo que aumenta a probabilidade de ocorrência de determinado comportamento). Seguindo nesta linha de raciocínio, podemos citar um aspecto de relevância para o tema abordado, qual seja, o condicionamento de estímulos aversivos que se tornam reforçadores negativos na medida em que qualquer comportamento que reduza ou mesmo elimine a punição terá grandes possibilidades de se repetir, e que ao longo do tempo irá enfraquecendo por não obter o resultado desejado (redução/eliminação), o que fará com que o comportamento anteriormente punido ressurja. A ausência do agente da punição pode vir a causar uma sensação de liberdade para que o individuo volte a desenvolver aquele comportamento indesejado que antes fora punido, pela falta de controle que é exercido pelo punidor. Seguindo os ensinamento de Skinner, se o ato vier a ser novamente punido, o comportamento incompassível faz com que haja um regresso ao estágio anterior daquele ato comportamental o qual poderá ocorrer de forma mais intensa, agressiva. O elemento reforçado é o estímulo que aumenta a possibilidade de ocorrência do comportamento punível. Para o caso em questão, o elemento “Reforçador negativo” vai retirado ou reduzido por a prática de determinado comportamento pela ausência de um estimulo aversivo, ou seja, aquele que causa o desprazer após o organismo apresentar o comportamento pretendido aumentando, desta forma, a freqüência deste em virtude da retirada do estimulo aversivo. Com isso concluímos que a presença do agente da punição é uma fonte para a eficácia a punição se concretize. Para tanto, é indispensável o elemento da proximidade espacial do agente punidor para que este possa manter o controle do comportamento evitando que este se enfraqueça e volte a acontecer. OBS: A professora revisou meu trabalho e disse que as respostas estão muito boas. Fez algumas pequenas correções, apenas gramaticais.