DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS COMO AVALAIR UM DISTÚRBIO ÁCIDO-BÁSICO? Pela gasometria arterial: pH=7,30 (7,35-7,45) pCO2 =18 (35-45mmHg) HCO3=10 (22-28mEq/l) QUE RECURSO IMEDIATO DISPÕE O ORGANISMO FRENTE A UMA CARGA ÁCIDA? HCO3 / CO2 O tampão HCO3/CO2 Tampona 40% da carga ácida O consumo de bicarbonato ameniza as variações bruscas do pH plasmático, mas não impede que o distúrbio ácido-básico ocorra HEMÁCEA Contém bases de hemoglobinato e fosfato Que podem tamponar o H+ H+ + Hemoglobinato- Hemoglobina + H+ + HPO4– 2 H2PO4 Ácido fosfórico PROTEÍNAS PLASMÁTICAS E INTRACELULARES Tampão proteinato: Recebe Hidrogênio QUAL O 2º MECANISMO DE COMPENSAÇÃO? Após o consumo de bicarbonato ocorre uma hiperventilação (compensação respiratória) que diminui o Pco2, devido a estimulação de sensores do arco aórtico COMO VERIFICAR SE A COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA ESTÁ SENDO ADEQUADA? PCO2 esperada = 1,5 x [HCO3] + 8 ( +/- 2) Se o pCO2 esperado estiver adequado concluímos que o paciente é portador de uma acidose metabólica primária Se o pCO2 esperado não foi atingido significa que o paciente possui uma acidose mista (com distúrbios de pH mas intensos) QUAIS AS OUTRAS FORMAS DE COMPENSAÇÃO DA ACIDOSE METABÓLICA QUE OCORREM DE FORMA MAIS TARDIA? Tamponamento celular e ósseo Tamponamento renal (ainda mais tardio!) TAMPÃO ÓSSEO O mineral ósseo é capaz de liberar substâncias tampão frente a altas concentrações de H+ (NaHCO3, KHCO3, CaCO3, CaHPO4) Conseqüências da acidemia: desmineralização óssea (perda de cálcio e fósforo), acidose permanente (calciúria e perda óssea), calculose renal, raquitismo e ósteomalácea QUAIS SÃO OS TIPOS DE ACIDOSE? 1) Acidose que acumulou ácido acidose com ânion GAP elevado 2) Acidose que não acumulou ácido, mas perdeu HCO3 acidose com ânion GAP normal, o rim retém CL- para manutenção dos íons negativos, portanto... acidose hiperclorêmica! ACIDOSE METABÓLICA COM GAP ELEVADO 1) CETOACIDOSE No insulinopenico ocorre acumulo de ácido acético e beta-hidroxibutirato: COMO S CETOÁCIDOS SE DISSOCIAM? o ácido acético H+ + acetato o beta-hidroxibutirato H+ + butirato NO QUE OS CETOÂNIONS SÃO CONVERTIDOS? Acetato e butirato são cetoânions, e são convertidos em HCO3 por transformação hepática. Por isso na cetoacidose não faço HCO3 a priori (risco de alcalose metabólica) TRATAMENTO: Após a reposição volêmica e reposição de insulina raramente é necessário realizar HCO3 2) ACIDOSE LÁTICA É a mais freqüente Em problemas com a oxigenação tissular, a etapa mitocondrial deixa de existir, e o excesso de piruvato intracelular é convertida em ácido lático TIPO A: anaerobiose, falha na fosforilação oxidativa, exercício vigoroso, convulsões, hipotermia severa, sepse, choque , baixo débito, PCR, hipoxemia, cirrose, anemia TIPO B: decorrente de drogas biguanidas (metiformina); doença maligna após QT; falência hepática, etanol COMO SE DISSOCIA O ÁCIDO LÁTICO? Lactato + H+ Qualquer ânion é bicarbonato em potencial TRATAMENTO: Correção da causa subjacente Alívio da falência circulatória, da hipoxemia ou da sepse O HCO3 não melhora o pH nem a sobrevida Estudos clínicos sugerem que o tratamento com bicarbonato de sódio não melhora nem o pH sanguíneo nem a sobrevida dos pacientes com acidose láctica. A administração de bicarbonato pode levar a hipernatremia e hiperosmolaridade por se tratar de solução hipertônica de sódio A administração de bicarbonato aumenta muito a pressão de CO 2 nos líquidos corporais, uma vez que ele é metabolizado H2CO3 e este a CO2 e H2O, podendo levar a acidose intracelular. ADMINISTRAÇÃO IV DE HCO3 DE SÓDIO Nunca corrigir todo o défcit • Pro: Baixa níveis de H+ (pH) Melhora a resposta pressora Melhora a função miocárdica • Contra: Piora acidose intracelular Pode piorar resultado final Hipertonicidade 3) ACIDOSE POR ENVENENAMENTO (METANOL E ETILENOGLICOL) a) METANOL METANOL alcool desidrogenase FORMALDEÍDO aldeído desidrogenaseÁCIDO FÓRMICO H+ + Formato O Metanol é álcool de madeira usado como anticongelante de radiadores, solvente e removedor Quando injerido em mais que 15ml,altera visão, vômitos pancreatite e acidose grave b) ETILENOGLICOL Etilenoglicol=> ácido glioxálico => glioxalato + H+ Destino de ânions formados pela dissociação dos ácidos não voláteis: bicarbonato 4) ACIDOSE POR IRC AVANÇADA Ocorre aumento de ácido devido o metabolismo de proteínas produzindo ácido sulfúrico sulfato + H+ Portanto aumenta ânions não mensuráveis no sangue PORQUE A CONCENTRAÇÃO DE Na+ É MAIOR QUE A CONCENTRAÇÃO DE Cl- + HCO3, MAS O EQUILÍBRIO SE MANTÉM? Pela existência de outros ânions que nós não mensuramos (fosfatos, sulfatos...) O somatório de ânions não mensurados = ânion GAP Sempre que um ânion diferente do Cl- e HCO3 se eleva no plasma, como Lactato Cetoânions:acetato e butirato Salicilato Formato nós temos acidose metabólica com ânion GAP alto! (ganhou ácido, não perdeu HCO3) Todos os ânions não mensuráveis são potencialmente transformados em bicarbonato, portanto não dou HCO3 QUAL CÁLCULO DO ÂNION GAP? ÂNION GAP = Na + – ( Cl + HCO3) Valor normal = 8 - 15mEq/L POR QUE O ÂNION GAP AUMENTA EM ALGUNS TIPOS DE ACIDOSE? Para compensar queda do Bicarbonato visando manter o equilíbrio eletroquímico do plasma O aumento de ÂG, ânions não mensuráveis, representam o acúmulo de: Butirato,Acetato,Lactato e Formato impede que o organismo retenha Cloreto, para que se mantenha o equilíbrio eletroquímico do plasma PORTANTO, QUANDO SE DESENVOLVE ACIDOSE METABÓLICA POR ÂNION GAP ELEVADO? Quando tem acúmulo de ácidos orgânicos ou inorgânicos não-cloretados como na: Cetoacidose , Acidose latica, Acidose por metanol, IRC avançada • • • • Tipo Lática Diabete Uremia Metanol Ânion: Lactato Cetonas Sulfato/fosfato Formato NAS ACIDOSES ONDE NÃO OCORRE AUMENTO DO ÂNION GAP, COMO SE FAZ O EQUILÍBRIO ELETROQUÍMICO DO PLASMA? Ocorrerá retenção do ânion Cloreto pelo rim, na tentativa de manter o equilíbrio eletroquímico do plasma ...Se a queda do bicarbonato é proporcional a elevação do ânion GAP = acidose metabólica primária! ACIDOSE METABÓLICA HIPERCLORÊMICA COMO FICA O EQUILÍBRIO ELETROQUÍMICO NAS ACIDOSES METABÓLICAS HIPERCLORÊMICAS? A queda do Bicarbonato plasmático será compensada pelo aumento do Cloreto, já que nenhum outro ânion foi retido, pois não houve acúmulo de ácidos, como nos casos anteriores Não existe acúmulo de ânions não mensuráveis Existe perda de alcali CAUSAS DE ACIDOSE HIPERCLORÊMICA 1) NA PERDA GASTRO-INTESTINAL BAIXA Perdas abaixo do piloro, ricas em HCO3 (50- 70mEq/L de fluido) Diarréia de delgado Fístula biliar Fístula entérica Fístula pancreática DIARRÉIA O K+ tende a cair com a perda de HCO3 As acidoses em geral são hipercalêmicas! (sai K+ da célula quando sai HCO3 para tamponar) 2) NAS ACIDOSES RENAIS A) ACIDOSE TUBULAR RENAL I) TIPO I - DISTAL Dificuldade de excretar a carga de H+ por disfunção de células intercaladas do TC responsáveis pela acidificação urinária Queda da atividade H+ - ATP ase na membrana luminal, resultando em pH urinário alcalino e acidemia por retenção de H+ O H+ normalmente vai para luz renal onde se combina ou com o NH3 => NH4 ou se combina com o PO4- => H2PO4 Portanto ocorre uma acidose metabólica hiperclorêmica + uma alcalose urinária (Acidose tubular renal) Não há acúmulo de ácidos não mensuráveis, nem há perda de HCO3, porém há acumulo de H+ que é consumido no sangue pelo HCO3 e com isso o Cl- é reabsorvido pelos rins A acidose tubular renal distal (RTA Tipo I) é um distúrbio causado por um defeito na secreção de íons de hidrogênio no túbulo renal distal (a última porção do túbulo renal). Isto provoca uma redução na reabsorção de bicarbonato na corrente sangüínea. A RTA Tipo I ocorre em cerca de 1 em cada 10.000 pessoas. A causa exata do defeito varia, incluindo condições hereditárias e adquiridas. A RTA Tipo I causa retenção de ácido, e está associada também com uma leve perda de potássio na urina. A condição de acidez corporal faz com que o cálcio dos ossos se dissolva. O cálcio se acumula na corrente sangüínea, e o excesso de cálcio sérico é expelido pelos rins, provocando uma perda do cálcio total do corpo, o que resulta em osteomalacia ou raquitismo, crescimento prejudicado de crianças, deformações esqueléticas e fraqueza muscular. B) Há uma incidência acentuada de pedra no rim e nefrocalcinose associados com a excreção excessiva de cálcio e fosfato pelos rins. II) TIPO II - PROXIMAL A acidose tubular renal proximal (RTA Tipo II) é um distúrbio causado por um defeito parcial na secreção de íons de hidrogênio no túbulo renal proximal. Isto provoca uma redução na reabsorção do bicarbonato do túbulo de volta para a corrente sangüínea. Ela é menos comum do que a RTA clássica (Tipo I). Este distúrbio ocorre com maior freqüência durante a infância, podendo desaparecer espontaneamente. A causa exata do defeito varia, incluindo condições hereditárias e adquiridas. A RTA Tipo II provoca a perda de bicarbonato, e também está associada com a perda de glicose e aminoácidos na urina. Há uma perda excessiva de fosfato e cálcio, assim como uma perda considerável de potássio na urina. O corpo também pode perder líquidos, visto que a água acompanha a excreção destas moléculas. Distingue-se da ATR tipo 1 pela a capacidade de acidificar normalmente a urina durante a acidose espontânea ou induzida pelo cloreto de amônio. III) TIPO IV – HIPOALDOSTERONISMO esta associada ao hipoaldosteronismo ou à hipo-responsividade tubular renal aos mineralocorticóides. IRC LEVE A MODERADA Clearence de creatinina 15-40 ml/min Comprometimento da produção de amônia IRC estágio 3, apenas em acidemia leve Os néfrons remanescentes trabalham na sua capacidade máxima,ainda continuam excretando H+, mas a capacidade de produzir amônia no estágio 3 está reduzida, favorecendo o aumento de H+ e acidemia, por incapacidade de excretar a carga ácida adequadamente QUAL A CONSEQUÊNCIA DA ACIDOSE METABÓLICA GRAVE? PH < 7,0 leva a alteração do pH celular Comprometimento da função enzimática Arritimias ventriculares graves Choque por vasodilatação excessiva Depressão miocárdica QUANDO USAR NaHCO3 ? Depende da causa e da gravidade Nas acidoses hiperclorêmicas por diarréias, se a reposição de bases não for instituída, ocorrerá demora na correção do distúrbio metabólico, mesmo na vigência de um rim funcionante, mas, haverá recuperação tardia , quando a hidratação é instituída Uma opção seria reposição com SGF e Na HCO3 em torno de 50mEq para cada litro de diarréia Na IRC e acidose tubular, se não houver correção, não ocorrerá recuperação, sempre administrar bases *Correção: NaHCO3: 0,3 x Peso x BE. Fazer de inicio 1/3 da dose ou (HCO3 desejado (de 15 ) encontrado) x 0,6 x peso ALCALOSE METABÓLICA É sinônimo de retenção de HCO3 QUIS SÃO AS CAUSAS DE ALCALOSE METABÓLICA? Vômitos A mucosa estomacal secreta100 mEq/dia de H+ para a luz gástrica, através da bomba H+ : K ATP-ase Simutâneamente lança quantidade igual de HCO3 no meio interno Ocorre excesso de bases pois os íons HCO3 continuam a ser produzidos e não mais são tamponados pelo ácido gástrico reabsorvido Com vômitos, há perda de Na, Cl, K e H+ O resultado é a alcalose metabólica COMO SE DÁ A COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA DA ALCALOSE METABÓLICA? Compensação respiratória sempre utiliza da relação HCO 3 / CO2 Aumento de base é acompanhado de aumento da pCO2 O aumento do pH desestimula os sensores no arco aórtico e a aferência ao bulbo Hipoventilação retenção de CO2 EXISTE LIMITE PARA COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA NA ALCALOSE METABÓLICA? Sim, a hipóxia. A hipoxia é inevitável quando a ventilação alveolar cai em demasia. A queda na pO2, impede que a pCO2 continue a subir. Dificilmente a pCO2 se eleva acima de 55-60 mmHg. COMO AFERIR SE A COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA FOI ADEQUADA NA ALCALOSE? pCO2 1,0 para cada 1 mEq/L HCO3 O QUE MAIS OCORRE COM OS VÔMITOS? HIPOCLORIDRIA E HIPOVOLEMIA!!! O QUE OCORRE COM OS RINS NA ALCALOSE METABÓLICA? A ABSORÇÃO DO ÍON Na+ NO TCP ESTÁ ATRELADA ABSORÇÃO DE UM ÂNION: HCO3- ou Cl NO TCP A ABSORÇÃO DE Na+ SE DÁ PELO CO-TRANSPORTE COM O HCO3- (Na+- HCO3- ) NO TCP A ABSORÇÃO DE Na+ SE DÁ PELO CO-TRANSPORTE COM O Cl- (Na+ - Cl- ) EM CONDIÇÕES NORMAIS RIM PROTEGE O ORGANISMO DA ALCALOSE METABÓLICA Há enorme capacidade de eliminar o excesso de HCO3- quando este excede 28mEq/l (É o limiar de HCO3-) Bicarbonatúria surge na tentativa de eliminar o excesso de bases, diminuição de reabsorção proximal de bicarbonato, pH urinário alcalino. PORÉM.... Em condições de hipovolemia : Aumenta a reabsorção proximal e distal de Na+ No TCP esta absorção está atrelada a de HCO3 Ocorre dificuldade na instalação da bicarbonatúria Na hipovolemia, aumenta reabsorção proximal de HCO3, em vez de aumentar sua excreção PORTANTO... HIPOVOLEMIA PERPETUA A ALCALOSE METABÓLICA PORQUE BLOQUEIA A INSTALAÇÃO DA BICARBONATÚRIA! O QUE É ACIDÚRIA PARADOXAL DA ALCALOSE METABÓLICA ? A hipovolemia eleva aldosterona Aumenta reabsorção de Na+ e secreção H+ e K+ no coletor O hiperaldosteronismo acidifica a urina em situação em que deveria alcalinizar PORQUE A HIPOCLOREMIA TAMBÉM PERPETUA ALCALOSE METABÓLICA? Vômitos levam a hipocloremia e diminuem a concentração de Cloro no fluido tubular Menos Cl para absorção com o Na+ no TCP, e assim chega mais Na+ ao TCD e Coletor No coletor Na+ é reabsorvido por troca com o H+ nas células principais PORTANTO...A ALCALOSE É MANTIDA PELA PERDA URINÁRIA DE H+ , A HIPOCLOREMIA PERPETUA ALCALOSE METABÓLICA PORQUE OCORRE HIPOCALEMIA NA HIPEREMESE? 1- Perda de K no suco gástrico é de 10mEq/L e na diarréia de 50-70mEq/L 2- Hiperaldosteronismo secundário a contração do VEC 3- Ocorre hipopotassemia pela alcalose O ↑ OH- no extracelular influxo de Na+ e K+ do extra para o intracelular em troca da saída de H+ de dentro da célula. Acidose = hipercalemia ( diminui pH 0,1 => aumenta K+ 0,6) e Alcalose = hipocalemia (Aumento de 0,1 no pH => queda de 0,6mEq/L de K+ ) Ex:pH 7,1 e K+: 4,8 mEq/l. Qual é o K+ real ? pH baixou de 7,4 - 7,1 ( 3 x 0,1 = 0,3 ) e o K+ sérico aumentou 3 x 0,6 = 1,8 K+ real = 4,8 - 1,8 = 3,0 ( O paciente na realidade está hipocalêmico) COMO A HIPOCALEMIA É COMPENSADA PELOS RINS? Em situações de extrema carência de K, as células intercaladas do TC ativam a H +- K+ ATPase no sentido de trocar K+ por H+, para poupar K+ QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DE ALCALOSE METABÓLICA? 1-Vômitos: estenose hipertrófica do piloro ou alta drenagem gástrica 2-Hipocalemia persistente, principlmente pelo uso de diuréticos: Furosemide, hidroclotiazida etc 3-Hiperaldosteronismo primário e secundário com hipocalemia 4-Cushing com hipocalemia (cortisol que tem efeito mineralocorticóide) 5-Hemotransfusão maciça (citrato=> bicarbonato) 6-Administração inadvertida de NaHCO3 QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DA ALCALOSE METABÓLICA? Vasoconstricção cerebral: confusão mental, convulsão e torpor Excitabilidade neuro muscular: tetania e parestesias Excitabilidade cardíaca com arritimias Hipoventilação pulmonar compensatória Redução do Cálcio ionizado,maior excitabilidade neuro muscular: parestesias, tetania e convulsões QUAL A RELAÇÃO ENTRE CÁLCIO E pH PLASMÁTICO? O cálcio circula 50% ligado a albumina e 50% livre, que é o cálcio ionizado pH alcalino aumenta a avidez da albumina pelo cálcio, reduzindo a fração ionizada O pH ácido tem efeito inverso aumentando a fração ionizada QUAL A BASE DO TRATAMENTO DA ALCALOSE METABÓLICA? Para o rim eliminar o excesso de HCO3 garantir euvolemia, calemia e cloremia: SF + KCl ...Hipovolemia, hipocalemia e depleção de cloro perpetuam a alcalose metabólica ACIDOSE RESPIRATÓRIA AGUDA QUAIS SÃO AS CAUSAS DE ACIDOSE RESPIRATÓRIA AGUDA? Fadiga da musculatura respiratória Obstrução de vias aéreas superiores por corpo estranho, rolha de secreção, edema de glote e laringoespasmo Lesões do SNC com inibição dos centros respiratórios Doenças da medula espinhal ou nervos periféricos Doenças musculares ou neuro-musculares que acometem o diafragma COMO SE DÁ A COMPENSAÇÃO NA ACIDOSE RESPIRATÓRIA AGUDA? Para cada aumento de 10mmHg no pCO2 aumenta 1mEq/L de HCO3 ↑[HCO3-] = 1 mEq/L para cada 10 mm Hg ∆PCO2 O QUE É CARBONO-NARCOSE? Altos níveis de CO2 Penetração rápida do CO2 no líquor e cérebro Queda do pH com vasodilatação cerebral Provoca agitação, convulsões, torpor, coma, papiledema e alterações hemodinâmicas como choque, arritimias e PCR COMO DEVE SER FEITO O TRATAMENTO DA ACIDOSE RESPIRATÓRIA AGUDA? Tratamento da forma aguda é a intubação oro-traqueal imediata Ventilação mecânica Trazer a pCO2 para níveis prévios pH para a faixa normal ACIDOSE RESPIRATÓRIA CRÔNICA COMO SE DÁ A COMPENSAÇÃO FISIOLÓGICA NAS ACIDOSE RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS? O rim excreta mais prótons (H+) acidificando mais o pH urinário Aumenta formação de NH4 e de acidez titulável, reabsorve HCO3 No TCP O QUE SIGNIFICA BICARBONATO E BE, TÃO ELEVADOS? Ocorreu compensação renal O bicarbonato está elevado por retenção crônica de bases pelo rim bem como aumento de excreção da carga ácida É um distúrbio de instalação lenta QUAIS SÃO AS CAUSAS DE ACIDOSE RESPIRATÓRIA CRÔNICA? Retenção progressiva de CO2 Pneumopatia Crônica DPOC, Cifo-escoliose grave e PickWick (obesidade mórbida e apnéia do sono) O QUE É O BUFFER BASE E O EXCESSO DE BASE? HCO3 é o principal sistema tampão, mas não o único, uma vez que hemoglobina e outras proteínas plasmáticas contribuem como sistema tampão BUFFER BASE= total de bases presentes no fluido extracelular, incluindo interstício, plasma e hemáceas Buffer Base normal = 45 - 51mEq/L BE = Buffer bases do paciente- Buffer bases normal Excesso de Bases normal (BE) = - 3,0 à + 3,0 mEq/L PORTANTO... 1) SE BE É POSITIVO Existe um aumento total de bases, ou seja, o rim está retendo bases por distúrbio metabólico primário ALCALOSE METABÓLICA (ex. bulimia) ou por distúrbio compensatório como na ACIDOSE RESPIRATÓRIA CRÔNICA(ex. DPOC) 2) SE BE É NEGATIVO Existe uma redução total de bases, ou seja o rim está perdendo bases por distúrbio metabólico primário ACIDOSE METABÓLICA (ex. diarréia crônica) ou distúrbio compensatório como na ALCALOSE RESPIRATÓRIA CRÔNICA (ex. hiperventilação crônica por doença intersticial) O QUE É O BICARBONATO STANDARD? É a concentração de HCO3 - plasmático após equilíbrio da paCO2 para 40 mmHg Não sofre influência da dinâmica da reação Só altera frente a excesso ou déficit real de HCO3 Seu aumento significa distúrbio metabólico primário ou compensatório ...Serve como BE, pois mostra que apesar de corrigirmos o dusturbio respiratório )corrigindo o Pco2 para 40mmHg) se ainda há excesso de base. QUAIS AS ALTERAÇÕES DE pH DE UM RETENTOR CRÔNICO DE CO2? pH sanguíneo discretamente baixo, devido a aumento importante e compensatório de HCO3 pela retenção renal COMO SE DÁ A COMPENSAÇÃO RENAL NA ACIDOSE RESPIRATÓRIA CRÔNICA? HCO3 3,5 - 4,0 mEq/L por 10 mm Hg pCO2, uma espécie de alcalose metabólica compensatória pelo excesso de bases Mesmo frente a pCO2 de aproximadamente 62 mmHg, estes paciente não tem pH que oscila em torno de 7,32 a 7,35 COMO DEVE SER TRATADA A ACIDOSE RESPIRATÓRIA CRÔNICA? Não precisa ser tratada, tratar apenas doença de base Não de BICARBONATO! Quando descompensarem, fazem acidose respiratória aguda, aí sim, deverão ser intubados O QUE PODE DESCOMPENSAR UMA ACIDOSE RESPIRATÓRIA CRÔNICA? Infecção de trato respiratório superior Sedação ou oxigenioterapia Ocorrendo retenção aguda de CO2 e queda expressiva do Ph o paciente deverá ser tratado como Acidose Respiratória Aguda ALCALOSE RESPIRATÓRIA AGUDA QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA ALCALOSE RESPIRATÓRIA? Ocorre elevação do pH liquórico Alcalose do SNC, pois a queda da a pCO2 liquórica leva a vasoconstricção cerebral Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DE ALCALOSE RESPIRATÓRIA? 1-Hiperventilação alveolar: Asma, pneumonia, distúrbio pulmonar restritivo, tromboembolismo pulmonar e edema pulmonar, Sepse por Gram negativos ( endotoxina estimula o centro bulbar) 2-Insuficiência Hepática, por altos níveis de progesterona, por menor degradação hepática 3-Gravidez ( progesterona). 4-Doenças do SNC: AVC,Tu, Infecções 5-Intoxicação por Salicilatos 6-Hiperventilação psicogênica por crise de ansiedade ou angústia SÍNDROME DE ALCALOSE RESPIRATÓRIA PSICOGÊNICA Alcalose Respiratória Aguda, decorrente de um distúrbio psicológico ou psiquiátrico Manifesta-se com tontura, parestesias periorais e de extremidades Se muito grave poderá causar tetania por redução dos níveis de cálcio ionizado COMO SE FAZ A COMPENSAÇÃO RENAL NA ALCALOSE RESPIRATÓRIA CRÔNICA? A compensação renal se faz com perda de bicarbonato urinário Aumento da excreção de bases BE NEGATIVO QUAL O TRATAMENTO DA ALCALOSE RESPIRATÓRIA? Corrigir a causa básica: psicogênica, ICC, Insuficiência hepática, TEP, Pneumonia Se hiperventilação severa, utilizar bolsas coletoras de ar, exalando o ar na bolsa e inspira uma fração rica em CO2 No respirador pode-se aumentar o espaço morto aumentando o circuito do respirador HIPONATREMIA PRIMEIRO DEVEMOS CLASSIFICAR A HIPONATREMIA SEGUNDO A OSMOLARIDADE: 1-HIPONATREMIA HIPEROSMOLAR (>295mOsm/L) 2-HIPONATREMIA HIPO-OSMOLAR (<275mOsm/L) O QUE É OSMOLARIDADE? COMO É EXPRESSA? A concentração de partículas osmoticamente ativas contidas em 1 litro de solução A concentração total de solutos em um meio aquoso A unidade é o mOsm/L QUEM CONTRIBUI PARA A OSMOLARIDADE PLASMÁTICA ? SÓDIO Outros íons Glicose Uréia COMO PODE SER MENSURADA A OSMOLARIDADE PLASMÁTICA? Diretamente pelo osmômetro Valor normal = 275 - 295 mOsm/L EQUAÇÃO USADA PARA AFERIR OSMOLARIDADE CALCULADA Osmpl = 2 x Na+ + K +( mEq/L ) + Glicose (mg/dl) : 18 + Uréia (mg/dl) : 6 ...AS ALTERAÇÕES DO SÓDIO TÊM ENORME INFLUÊNCIA NA OSMOLARIDADE PLASMÁTICA!!! RELAÇÃO DA URÉIA COM A OSMOLARIDADE Uréia não é osmoticamente ativa, não causa transferência de água, como Na+ e ou glicose na ausência de insulina A membrana celular é altamente permeável a uréia Uréia circula livremente do extracelular para o intracelular e vice-versa OSMOLARIDADE EFETIVA URÉIA NÃO FAZ PARTE DA FÓRMULA DA OSMOLARIDADE EFETIVA Osmolaridade efetiva = 2 x Na+ + K + + (Glicose:18) VALOR NORMAL = 275 – 295 MOSM/L ABORDAGEM CLÍNICA DO PACIENTE COM HIPONATREMIA INICIALMENTE CALCULE OSMOLARIDADE PLASMÁTICA 1-OSMOLARIDADE ALTA: HIPONATREMIA HIPER-OSMOLAR Investigar a presença de um soluto osmoticamente ativo como glicose 2-OSMOLARIDADE BAIXA: HIPONATREMIA HIPO-OSMOLAR Realizar exame físico detalhado Realizar dosagens laboratoriais focalizando o estado do Volume Extra Celular HIPONATREMIA HIPEROSMOLAR REPERCUSSÃO DA HIPER-OSMOLARIDADE SOBRE O VOLUME CELULAR HIPER OSMOLARIDADE EXTRACELULAR Saída de água das células para o extracelular Desidratação celular Células crenadas PORQUE OCORRE HIPONATREMIA HIPEROSMOLAR NA HIPERGLICEMIA? Glicose ↑ a osmolaridade e “puxa água das células” diluindo o Na plasmático PSEUDO HIPONATREMIA (HIPONATREMIA TRANSLOCACIONAL) Cada ↑ de 100 mg/dL na glicemia > 100mg/dl o Na+ ↓ 1,6 mEq/L NATREMIA ESPERADA PARA UMA GLICEMIA DE 700 mg/dl 140 – ( 6 x 1,6 )140 - 9,6 130,4 (Na corrigido = Na medido + variação da glicemia) TRATAMENTO DA HIPONATREMIA HIPEROSMOLAR Corrija hiperglicemia: insulina + hidratação H2O interior das células e normalização do Na plasmático HIPONATREMIA HIPO-OSMOLAR SE A HIPONATREMIA É HIPO-OSMOLAR FAÇA SEMPRE A PERGUNTA : QUAL O STATUS DE VOLUME DO PACIENTE ? COMO ESTÁ O VOLUME EXTRACELULAR TOTAL? COMO ESTÁ O INTRAVASCULAR? OU SEJA O VOLUME ARTERIAL EFETIVO? COMO RESPONDE O ORGANISMO FRENTE À DIMINUIÇÃO DO VOLUME ARTERIAL EFETIVO? ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA VIA BARORECEPTOR LIBERAÇÃO NÃO OSMÓTICA, VIA BARORECEPTOR DA SECREÇÃO DE ADH ATIVAÇÃO DO SRAA SITUAÇÕES DE VOLUME ARTERIAL EFETIVO BAIXO APESAR DO EXCESSO DE NA E H2O: ICC SÍNDROME NEFRÓTICA ASCITE 1) HIPONATREMIA HIPO-OSMOLAR HIPERVOLÊMICA PORQUE NA ICC A HIPONATREMIA É DITA HIPO-OSMOLAR HIPERVOLÊMICA? HIPONATREMIA COM VOLUME ARTERIAL EFETIVO BAIXO, APESAR DE VOLUME EXTRACELULAR TOTAL AUMENTADO COMO OCORRE A ATIVAÇÃO DOS BARORRECEPTORES E LIBERAÇÃO DE ADH? VOLUME SANGUÍNEO BARORRECEPTORES FIBRAS AFERENTES IX E X PARES CRANIANOS TRONCO ENCEFÁLICO NTS NÚCLEOS SO E PV ADH POR QUE A ICC GERA HIPONATREMIA? APESAR DE EXPANSÃO DE VEC, EDEMA, CONGESTÃO PULMONAR E OU ASCITE, O LÍQUIDO CORPORAL ESTÁ DESLOCADO DO LEITO ARTERIAL, RETIDO NO SISTEMA VENOSO POR VENOPLEGIA, RETIDO NO INTERSTÍCIO POR EDEMA , RETIDO NAS SEROSAS COMO DERRAMES CAVITÁRIOS O VOLUME ARTERIAL EFETIVO É BAIXO COMO ESTÁ O SÓDIO NAS SITUAÇÕES DE VOLUME ARTERIAL EFETIVO BAIXO? OCORRE EXCESSO DE SÓDIO E ÁGUA, MAS PROPORCIONALMENTE MAIOR É O EXCESSO DE ÁGUA QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA CONTRAÇÃO DO INTRAVASCULAR? SEDE OLIGÚRIA FC ↑ PA ↓ QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS LABORATORIAIS DA CONTRAÇÃO DO INTRAVASCULAR? NA+ URINÁRIO < 20 MEQ/L E FE% DE NA+ < 1% DENSIDADE URINÁRIA ALTA > 1025 URÉIA E ÁCIDO ÚRICO PLASMÁTICOS ELEVADOS COM CREATININA POUCO ALTERADA QUAL A RELAÇÃO ENTRE HIPONATREMIA E PROGNÓSTICO DA ICC? ASSOCIADA A AUMENTO DA MORTALIDADE DE 7 A 60 VEZES COMO DEVE SER O TRATAMENTO DA HIPONATREMIA COM EXPANSÃO DE VEC E VOLUME ARTERIAL EFETIVO BAIXO, COMO NA ICC? NÃO ADMINISTRAR SÓDIO TERAPIA DIRECIONADA PARA A DISFUNÇÃO ORGÂNICA SUBJACENTE ADMINISTRAR INOTRÓPICOS, IECA E BETABLOQUEADORES RESTRIÇÃO DE SAL A NO MÁXIMO 2G/DIA RESTRIÇÃO DE ÁGUA SE CONCENTRAÇÃO DE NA+ < 125MEQ/L USO DE DIURÉTICOS DE ALÇA POR QUE USAR DIURÉTICO DE ALÇA NA HIPONATREMIA COM VOLUME ARTERIAL EFETIVO BAIXO SE A DENSIDADE URINÁRIA FOR ALTA? Reduzem a capacidade de concentração urinária máxima, favorecendo perda de água acompanhada de sal O diurético de alça, inibe a geração de um interstício medular hipertônico, o qual é responsável pela reabsorção de água mediada pelo ADH, logo não ocorre absorção de água no coletor favorecendo maior geração de água livre Furosemide faz perder sal e água: forma urina isoosmótica (300mOsm/L) 2) HIPONATREMIA HIPO-OSMOLAR HIPOVOLÊMICA PORQUE OCORRE HIPONATREMIA NA DIARRÉIA? É OUTRA CONDIÇÃO ONDE HÁ HIPONATEMIA HIPO-OSMOLAR HIPOVOLÊMICA, SÓ QUE COM CONTRAÇÃO DO VOLUME DO VEC E DO INTRACELULAR Obs. A MAIORIA DAS HIPONATREMIAS SÃO DILUCIONAIS Em sua maioria ocorre excesso de água, em relação ao sódio plasmático Na maioria, não ocorre perda do íon sódio QUAL A FISIOPATOLOGIA DA HIPONATREMIA HIPOVOLÊMICA? - Estímulo hipovolêmico (via baroreceptor) ↑ de ADH central - Consumo de H2O livre e soluções hipotônicas(SG 5% 3 litros + 3 gr Na Cl) PORQUE A DIARRÉIA ESTÁ MAIS ASSOCIADA A HIPONATREMIA E NÃO A HIPERNATREMIA? - No inicio ocorre maior perda de água em relação a soluto, porém, a perda de água estimula a sede, ocorrendo reposição das perdas por ingestão de água ou administração de fluidos hipotônicos e a excreção de água é prejudicada pela depleção do VEC, pelo aumento do ADH. - Portanto a hiponatremia na diarréia é dilucional pela ingesta de fluidos hipotônicos QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS LABORATORIAIS? (SEMELHANTES A ICC MAS DIFERE NAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS!!!) - Sódio urinário baixo < 10 mEq/L - Densidade urinária alta >1020 - Uréia e ácido úrico elevados QUAL A RELAÇÃO ENTRE OSMOLARIDADE PLASMÁTICA E LIBERAÇÃO DE ADH? - Quando a osmolaridade ultrapassa 291mOsm/L deflagra a sensação de sede - Quando a osmolaridade plasmática é maior que 280mOsm/L aumenta linearmente a produção de ADH QUAIS AS OUTRAS CAUSAS DE HIPONATREMIA POR CONTRAÇÃO DO VEC E DE VOLUME ARTERIAL EFETIVO BAIXO? - Vômitos e diarréia - Terceiro espaço: trauma muscular, peritonite ou pancreatite - Nefrites túbulo-intersticiais perdedoras de sal - Iatrogênicas:uso de diuréticos COMO ESTÁ O SÓDIO URINÁRIO NAS CONTRAÇÕES DO VEC? - CARACTERISTICAMENTE BAIXO QUAL A BASE DO TRATAMENTO DO PACIENTE CONTRAÇÃO DO VEC? - Expansão com salina isotônica a 0,9% - Reposição deverá ser rápida até que sinais de hipovolemia grave desapareçam - A partir de então a reposição poderá ser mais lenta REPOSIÇÃO - Depleção moderada:hipotensão postural, vasoconstricção cutânea e taquicardia,como neste caso - Depleção severa: caracterizada por choque - De 70Kg : 60% do peso é água ou seja 42 L 2/3 ( 40%) é do VIC ( 28L) 1/3 (20%) é do VEC (14 L) - Redução moderada do VEC, em torno de 30% de 14L = 4,2L - Redução severa do VEC, em torno de 50% de 14L= 7L - Fazer SF 0,9% (30% do VEC ou seja 30% de 14L = 4,2L ) - REPOSIÇÃO RÁPIDA: ATÉ DESAPARECER SINAIS DE HIPOVOLEMIA, APÓS REPOSIÇÃO LENTA 3)HIPONATREMIA HIPO-OSMOLAR EUVOLÊMICA O QUE É A SIADH? - É A PRODUÇÃO AUTÔNOMA PATOLÓGICA E EXCESSIVA DE ADH NÃO DEPENDENTE DE ESTÍMULO OSMÓTICO OU VOLÊMICO - A PRODUÇÃO SE MANTÉM MESMO NA AUSÊNCIA DO ESTÍMULO OSMÓTICO OU VOLÊMICO COMO ATUA O ADH? - ações renais(reabsorção de água no TC -Receptor V2-) - ACTH - glicogenólise - TSH - Agregação plaquetária - (+) ejeção do leite - (+) contração uterina - Vasos - musculatura lisa (contração da parede RPT - Receptor V1-) EFEITOS DA INFUSÃO EV CONTÍNUA DE PITRESSIN POR 12 DIAS PELOS ALTOS NÍVEIS DE ADH, A SIADH TEM O MANEJO DE ÁGUA ANORMAL ADMINISTRAÇÃO DE H2O LIVRE É PERIGOSA PELO RISCO DE SUA RETENÇÃO ADMINISTRAR SOLUÇÃO HIPERTÔNICA QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS LABORATORIAIS DA SIADH? 1-Sódio urinário > 25 mEq/L 2- Densidade urinária entre 1010 a 1030 3- Osmolaridade urinária geralmente maior de 100 (300-800mOsm/L),inapropriadamente alta, para Na+ plasmático tão baixo 4-Uréia e ácido úrico baixos COMO CLASSIFICAR A HIPONATREMIA DESTE PACIENTE EM RELAÇÃO AO VOLUME EXTRACELULAR? HIPONATREMIA EUVOLÊMICA ou HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA HIPONATREMIA DA SIADH? - Ausência de edema ou de hipovolemia confirmado através de exame físico e laboratorial COMO ESTÃO OS NÍVEIS DE SÓDIO URINÁRIO NA SIADH? - Sódio urinário é proporcional a injesta - Liberação do peptídeo natriurético atrial - Maior excreção urinária de sódio pela expansão de volume no geral > 20mEq/L COMO ESTÁ A DENSIDADE URINÁRIA NA SIADH? - Densidade urinária > 1005 - Osmolaridade > 100 mOsm/L - Inapropriada para o grau de hiponatremia, já que, não existe causa patológica, que comprometa a capacidade de diluição do rim É TÍPICO DA SIADH - Osmolaridade urinária maior que 100 mOsm/L - Densidade urinária > 1005 *Na ausência de polidipsia primária, a existência de hiponatremia, obrigaria a uma diluição urinária máxima! ...Qualquer osmolaridade acima de 100mOsm/L é inapropriada, implicando num defeito renal na excreção de água na SIADH. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DA SÍNDROME INAPROPRIADA DE ADH? - AFECÇÕES DO SNC - DISFUNÇÃO HIPOTALÂMICA - PRODUÇÃO PATOLÓGICA E EXCESSIVA DA VASOPRESSINA - PRODUÇÃO ECTÓPICA DE ADH QUAIS SÃO AS AFECÇÕES RELACIONADAS A PRODUÇÃO AUTÔNOMA E ECTÓPICA DE ADH? - LESÕES DO SNC - DOENÇAS PULMONARES - DROGAS QUE POTENCIALIZAM A AÇÃO RENAL DO ADH - DROGAS QUE AUMENTAM A LIBERAÇÃO CENTRAL DE ADH QUAIS SÃO AS AFECÇÕES PULMONARES RELACIONADAS A PRODUÇÃO ECTÓPICA DE ADH? 1-O carcinoma pulmonar de pequenas células 2-Pneumonias, principalmente pneumocócica Tuberculose pulmonar Abcesso pulmonar Ventilação mecânica Atelectasia Pneumotórax QUAIS SÃO AS AFECÇÕES DO SISTEMA NERVOSO RELACIONADAS À PRODUÇÃO ECTÓPICA DE ADH? - TCE - AVC - HEMORRAGIA SUBARACNÓIDE - MENINGITE - ENCEFALITE - CONVULSÕES - TUMORES - DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS QUAIS SÃO AS NEOPLASIAS RELACIONADAS A PRODUÇÃO ECTÓPICA DE ADH? - Neoplasia maligna de pâncreas - Neoplasia de próstata e bexiga - Linfomas QUAIS SÃO AS DROGAS RELACIONADAS A PRODUÇÃO DE ADH? - Aumentam liberação de ADH: Carbamazepina, Haloperidol, Amitriptilina, Barbitúricos, Morfina e Clofibrato - Potencializam a ação do ADH no rim: Clorpropamida, Ciclofosfamida e AINH - Drogas com ação similar ao ADH como ocitocina QUAL A AÇÃO DO AINH? AINH diminui produção de PGE2 o que: - Diminui Fluxo sanguíneo medular , aumenta Reabsorção de NaCl Ramo espesso da alça Henle ...aumentando a tonicidade medular - Aumento da ação do AVP no ducto coletor ....Esses efeitos diminuem a excressão de água CAUSAS OUTRAS, QUE NÃO SIADH, CAUSADORAS DE PRODUÇÃO EXCESSIVA DE ADH: - Cirurgias extensas - Dor - Náuseas - Vômitos - Convulsões - Insuficiência Adrenal - Hipotireoidismo COMO É O TRATAMENTO DA SIADH ASSINTOMÁTICA? - Eliminação do excesso de água - Restrição de líquido geralmente é suficiente - NÃO USAR SALINA ISOTÔNICA NA SIADH, POIS PIORA A HIPONATREMIA! - LEMBRE: Os rins de pacientes com SIADH excretam o sódio que lhes é fornecido mas, retém a água - Em pacientes sintomáticos fazer o menor volume possível de preferência hipertônica a 3% QUANDO ADMINISTRAR FUROSEMIDE NA SIADH? - Quando houver densidade urinária muito elevada - Usar o furosemida associado a salina hipertônica, de preferência a 3% - O furosemida diminui a osmolaridade urinária a menos que 300mOsm/L - O furesemida facilita a eliminação do excesso de água - O sódio perdido na urina é reposto por sódio EV RESUMINDO... - Se você na SIADH colocar o paciente em dieta restrita de sal seu sódio urinário irá reduzir também. - O sódio urinário alto visto na SIADH resulta apenas da expansão de volume próprio da síndrome. - Qualquer quantia de sal fornecida é prontamente excretada, não existe comprometimento da excreção de sal. - Se volume sanguíneo reduz, sódio urinário cai em paralelo. - Na SIADH a manipulação renal de sal é normal, mas, a de água é comprometida. - Portanto: O tratamento tem como base eliminação do excesso de água, através da restrição de líquido,e, se necessário furosemide com salina a 3%. O QUE OCORRE NO PÓS-OPERATÓRIO QUE E LEVAR A HIPONATREMIA AGUDA? - no pós-operatório ocorre uma SIADH aguda - Numa condição de pós operatório, um total de 4L/24h de fluido hipotônico, associado a estímulo constante na liberação de ADH, dado pela dor, nauseas e AINH, pode ser suficiente para causar encefalopatia hiponatrêmica grave e fatal - A capacidade de eliminar água livre está comprometida, pelos altos níveis de ADH e uma oferta de água muito elevada, favorece a hiponatremia QUAL A CLÍNICA DO PACIENTE COM HIPONATREMIA? - Concentração comprometida - anorexia - náuseas - vômitos - convulsão - coma - morte COMO AS CÉLULAS CEREBRAIS MANTÉM O EQUILÍBRIO OSMÓTICO? - AS CÉLULAS CEREBRAIS SE ADAPTAM AS ALTERAÇÕES DA TONICIDADE DO EXTRACELULAR - Através da variação do conteúdo de solutos - Mantém relativamente alta sua concentração citoplasmática de pequenos solutos, osmolitos orgânicos ( aminoácidos, poliois e metil-aminas) - Nos estados de hipotonicidade, o edema cerebral é evitado, pela extrusão destes pequenos solutos para o interstício cerebral, na tentativa de equilibrar a osmolaridade do intra com o extra - Na fase de adaptação a hiponatremia, os osmolitos perdidos para o VEC, deverão ser recuperados de maneira gradual, antes que as concentrações séricas do sódio subam EM QUE SITUAÇÕES OCORRE HIPONATREMIA DE INSTALAÇÃO RÁPIDA? - Polidpsia psicogênica - Pacientes hospitalizados recebendo água livre EV - A HIPONATREMIA DE INSTALAÇÃO RÁPIDA SÃO GRAVES, SINTOMÁTICAS E COM RISCO DE VIDA! QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA HIPONATREMIA CRÔNICA? - A hiponatremia que se instala em 1 a 2 semanas, por depleção crônica de sódio, apresenta menos sintomas - Não ocorre edema cerebral - A quantidade intracelular de osmolitos é progressivamente reduzida até equilibrar com o extrcelular - Ocorre em pacientes ambulatoriais ...ALTERAÇÕES AGUDAS DO SÓDIO PODEM SER FATAIS! ...AS ALTERAÇÕES CRÔNICAS DO SÓDIO PODEM SER TOLERADAS! PRICIPAIS CAUSAS DE HIPONATREMIA PÓS OPERATÓRIA: 1-AUMENTO DE ADH MEDIADO POR BARORECEPTOR Diminuição da ingesta hídrica antes da cirurgia Formação de terceiro espaço 2-AUMENTO DE ADH NÃO MEDIADO POR BARORECEPTOR, liberado na resposta endócrina-metabólica ao trauma por dor e nausea 3-USO de AINH 4-ADMINISTRAÇÃO DE FLUIDOS HIPOTÔNICOS ANTES E APÓS CIRURGIA COMO SE FAZ O TRATAMENTO DA HIPONATREMIA PÓS-OPERATÓRIA? - Suspensão de líquido EV - Administração de Lasix 40mg EV - Se os níveis de Na+ não aumentarem: SF a 3% PORTANTO, QUAIS AS BASES DO TRATAMENTO DA HIPONATREMIA? -Relaciona-se a severidade, tempo, causa e sintomas associados - Em todos os casos a conduta inicial é restrição hídrica, para impedir a progressão da hiponatremia COMO SE FAZ O TRATAMENTO DA HIPONATREMIA AGUDA SINTOMÁTICA? - Há certeza de que a hiponatremia é aguda ?< 48 horas? - A hiponatremia aguda geralmente é sintomática - Sintomas neurológicos, rebaixamento do nível de consciência, convulsão e coma: a correção deverá ser rápida - Inicialmente: Restrição hídrica, para que não haja progressão da hiponatremia - A reposição deverá ser com salina a 3% - Se houver sintomas neurológicos repor 3 meq/L nas próximas 3 horas, até que os sintomas desapareçam QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA REPOSIÇÃO RÁPIDA DE SÓDIO DA HIPONATREMIA CRÔNICA? - Hiponatremia de instalação lenta, e, reposição agressiva e rápida, provoca danos irreparáveis - Quando a correção da hipotonicidade celular se faz mais rápido que o retorno dos pequenos solutos ao intracelular, há injúria cerebral e desidratação de células neuronais - TRATAMENTO INCORRETO DA HIPONATREMIA, PODERÁ ACARRETAR NO SURGIMENTO DE MIELINÓLISE PONTINA! O QUE É A MIELINÓLISE PONTINA? - Síndrome desmielinizante, aguda, descrita sempre que os níveis de sódio sobem inesperadamente rápido, na correção de paciente com hiponatremia de instalação superior a 48h - Resulta em lesão simétrica da parte central da base da ponte - Tetraparesia, inicialmente flácida e depois espástica, paralisia pseudobulbar, alterações agudas no estado mental, coma, e morte - Surge 2 a 7 dias após a correção da hiponatremia - Aconselha-se correção dos distúrbios de K e P antes da terapia para hiponatremia *Se, há dúvidas quanto a duração da hiponatremia, é melhor ter cautela na reposição! SE O PACIENTE ESTIVER ASSINTOMÁTICO NA HIPONATREMIA CRÔNICA, COMO TRATAR? - Restrição hídrica uma a quantidade menor que o volume de diurese nas 24 horas + perdas insensíveis (800-1000mL), tentando produzir balanço negativo de água - Esta medida acarreta em aumento de sódio e da tonicidade sanguínea - Restrição hídrica poderá ser associada ao uso de furosemida Conversão do sódio em meq/L para gramas - 1g = 17mEq de sódio Quantos ml de salina a 3% contém de gramas de sódio? - Osmolaridade do SF 0,9% = 308mOsm/L=154 mEq/L= 9g - Osmolaridade do SF 3% = 1026 mOsm/L= 510mEq/L = 30g Como preparar solução salina a 3%, a partir de salina a 0,9% e NaCl a 20% ? - Proporção de 9 partes de SF0,9% para 1 parte de NaCl a 20% - 500ml de SF 0,9% dividido por 10= 50ml - Logo 9 partes é 450ml de SF e 50ml de NaCl a 20% A fórmula mais utilizada é a de ANDROGUÉ, NEJM 2000 Variação de Na+ a cada 1L de soro infundido = Na+ do soro – Na+ do paciente Água Corporal + 1 + Na salina 3% = 510mEq/L Água Corporal no homem = 0,6 x peso Água Corporal na mulher = 0,5 x peso Água Corporal no idoso = 0,45 x peso. Água Corporal na criança = 0,6 x peso Volume de salina 3% = Variação desejada de Na+ Resultado da fórmula HIPONATREMIA AGUDA PELO USO DE ECSTASY: A hiponatremia do ECSTASY se sintomática deve ser corrigida sempre com salina hipertônica, lasix e restrição hídrica. Tratada como hiponatremia aguda e vista com SIADH aguda Se assintomática só restrição hídrica PORQUE OCORRE HIPONATREMIA PELO ECSTASY? O início de ação do Ecstasy ocorre aproximadamente em 20 minutos após a ingestão e a duração varia de 4 a 8 horas Elevação da temperatura corporal até 42 ºC, induzida pelo MDMA, potente liberador de serotonina cerebral e agravado pela intensa atividade física durante as festas O usuário de MDMA bebe grande quantidade de água, pelo efeito sobre o SNC, polidipsia central, e, pelo excesso de exercícios A grande ingestão de fluido coloca o paciente em risco de hiponatremia, pelo seu efeito sobre a liberação de ADH, agravado pela ingestão excessiva fluido. Uma pequena dose de 40 mg de MDMA, aumenta os níveis de ADH em 4 to 5, em voluntários adultos. Hiponatremia apesar de rara entre usuários é a causa mais comum de óbito pelo Ecstasy HIPERNATREMIA O QUE É HIPERNATREMIA? Hipernatremia é definida como uma concentração de sódio sérico acima de 135 mEq/L. O QUE DEVEMOS FAZER AO ENCONTRARMOS UA HIPERNATREMIA? Frente a uma hipernatremia, devemos sempre calcular a osmolaridade. Como o sódio é o principal elemento que dita a osmolaridade plasmática, em todas as hipernatremias teremos um estado hiperosmolar. Porém, o cálculo continua sendo importante, pois com este valor conseguimos ter mais um dado para sabermos a gravidade do quadro. Temos que ver também o status volêmico do paciente: nas hipernatremias, a grande maioria dos casos há hipovolêmia. QUAIS AS CAUSAS DE HIPERNATREMIA? As hipernatremias ocorrem basicamente ou por privação de água ou por excesso de água, sendo a mais comum a privação de água/ perda de água livre em maior quantidade que a de sal. Pacientes idosos e acamados dependem de outras pessoas para reporem suas necessidades hídricas. Com a febre ocorre mais perda de água ainda, o que leva ao aumento da concentração de seu sódio. PORTANTO EM CASO DE HIPERNATREMIA SEMPRE DEVEMOS PENSAR: se o pacientes está ingerindo água adequadamente, se tem hipodpsia relacionada ao envelhecimento, se ele tem acesso a água, se esta restrito no leito, se está com algum problema do sensório (se o paciente não conseguir demonstrar que esta com sede ninguém irá ajudá-lo), se está em ventilação mecânica, se está sedado ou se perde água livre ou ganha sal. COMO O ORGANISMO REAGE FRENTE AO AUMENT DA OSMOLARIDADE QUE OCORRE NESSES CASOS? Frente a um estímulo hipovolêmico ou, como nestes casos, um aumento da osmolaridade, os sensores hipotalâmicos ficam estimulados, havendo estímulo de sede e liberação de ADH. Assim, se a sensação da sede, o acesso à água, a secreção de ADH e a resposta renal ao ADH estiverem normais, a hipernatremia não ocorrerá. FATORES DE RISCO PARA HIPERNATREMIA: São aqueles pacientes que possuem dificuldade de acesso a água ou dependem de outros: recém nascidos, idosos, indivíduos acamados e graves enfermos. COMO SE DÁ A EXCREÇÃO DE ÁGUA PELO CORPO? Existem dois tipos de perdas de água que ocorrem naturalmente em nosso organismo: as perdas sensíveis e as perdas insensíveis. As perdas insensíveis, a causa mais comum de perda de água livre, ocorrem pela pele e pela respiração. Este tipo de perda aumenta quando temos febre alta, calor ambiente aumentado, exercícios físicos prolongados, queimaduras e taquipnéia. Em condições normais, as perdas insensíveis em adultos são na ordem de 0,6mL/Kg/hora ou 1,0 litro de água por dia. As perdas sensíveis são representadas pela urina e pelas fezes. Normalmente a perda gastrointestinal é mínima (150mL/dia), porém, aumenta muito em alguns casos de diarréia. O rim pode eliminar desde 500mL até 27 litros por dia, dependendo de quanto houve de expansão do volume arterial efetivo (aumenta excreção) e de aumento da osmolaridade plasmática (conserva água). Porém, a conservação de água pelos rins é insuficiente para proteção contra a hipernatremia: é necessário que o mecanismo da sede esteja funcionante e o paciente beba água. QUAIS AS CONSEQUENCIAS DA HIPERNATREMIA? As manifestações comuns da hipernatrmeia são: agitação, irritabilidade, leargia, abalos musculares, espasticidade e hiperrreflexia. A hipernatremia causa hiperosmolaridade, que por sua vez faz com que a água se desloque para o extracelular. Isto pode causar desidratação neuronal com diminuição do tamanho do cérebro. A conseqüência disto é tracionamento e ruptura de veias, podendo causar hemorragia intraparenquimatosa e sub-aracnóidea. HIPERNATREMIA EUVOLÊMICA: Ocorre quando não há aumento da perda, mas há diminuição da sensação de sede ou acesso à água. Isto ocorre em lesões do SNC como AVCs, infecções do SNC, tumores e metástases. Ocorre também nos idosos, que normalmente apresentam hipodipsia. Como o rim está trabalhando bem e há excesso de sódio no sangue, a osmolaridade urinária estará aumentada (em condições normais a osmolaridade urinária deve refletir a osmolaridade plasmática o rim excreta o que tenho no sangue). HIPERNATREMIA HIPERVOLÊMICA: Normalmente ocorrem por iatrogenia: administração inadvertida de bicarbonato de sódio ou solução hipertônica de NaCl. Pode ocorrer também na sepse, quando dou mais soro do que o paciente precisava. O sódio urinário estará alto. HIPERNATREMIA HIPOVOLÊMICA: As hipernatremias hipovolêmicas são as mais comuns e ocorrem por perda de água em maior quantidade a perda de sal. Existem 3 tipos de perdas neste grupo: 1. Perda de Líquidos Hipotônicos: são perdas de líquidos que possuem baixa concentração de sódio. É a perda por diarréia osmótica e por uso de medicamentos. A perda de suor e pela respiração é considerada perda de água livre. 2. Perdas Renais por Diurese Osmótica: quando substâncias osmoticamente ativas em alta concentração no sangue, como glicose e manitol, forçam o rim a excretar mais água. 3. Perdas Renais por Diurese Aquosa: quando há deficiência no ADH e o rim excreta muita água. É o diabetes insipidus. HIPERNATREMIA É DEVIDO A PERDA DE LIQUIDOS HIPOTÔNICOS: Nestes casos, devemos tentar observar por onde ocorre a perda. Ela pode ser renal (sódio renal urinário) ou extra-renal (sódio urinário diminuído). Quando o sódio urinário está baixo e, portanto estamos frente a uma perda extra-renal, devemos lembrar das perdas pelo suor, respiração e por diarréia. Quando o sódio urinário estiver alto, a principal causa é o uso inadvertido de furosemida (aquarético e natriurérico só que perde mais água do que sódio). HIPERNATREMIA É DEVIDO A PERDA DE LIQUIDOS HIPOTONICOS PELA DIARRÉIA OSMÓTICA: As diarréias osmóticas podem ser infecciosas ou não infecciosas. Diarréias Osmóticas Infecciosas são aquelas onde há lesão da epitélio, com acúmulos de substâncias alimentares que não conseguem ser absorvidas na luz intestinal (como açucares). Estas substâncias são osmoticamente ativas e puxam água para a luz. Nestes casos, o sódio e o potássio fecal são baixos. As diarréias osmóticas não infecciosas ocorrem pela ingestão de substâncias osmoticamente ativas: laxantes salinos, hidróxido de magnésio, sorbitol (presente em gomas de mascar diet), lactose (no tratamento da encefalopatia hepática; tem como objetivo causar uma diarréia para “limpar” o intestino das bactérias) e manitol (preparo do intestino para colonoscopia). HIPERNATREMIA DEVIDO A DIURESE OSMÓTICA (HIPERGLICEMIA): A hiperglicemia possui duas fases. No início temos hiponatremia hiperosmolar, pois a alta concentração de glicose no sangue faz com que as células percam água para o intravascular, o que acaba por diluir o sódio. Porém, quanto maior a glicemia acima de 180mg/dL, maior a força osmótica que a glicose coloca sobre o rim, fazendo com que este excrete água. Quando a excreção de água supera a de sódio estaremos andando para um estado de hipernatremia hipovolêmica. TRATAMENTO DA HIPERNATREMIA: Primeiro Passo: o paciente está com depleção do intravascular (hipotensão postural, colapso circulatório, sinais de desidratação intensa, etc)? iniciar expansão volêmica imediatamente com SF 0,9% até que a instabilidade hemodinâmica seja corrigida. Após isso, vamos para o passo dois para trocarmos o soro, que será diferente dependendo da causa da hipernatremia. Se o paciente não apresenta instabilidade hemodinâmica, já devemos pular para o segundo passo direto para procurar a causa do distúrbio e saber qual será o soro de reposição adequado. Passo Dois: perguntar se a perda foi de água livre (cutânea, diabetes insipidus ou respiração) ou foi perda de líqüidos hipotônicos/ diurese osmótica (diarréia e hiperglicemia). Se a perda foi de água livre, reponho com água livre (água entereal VO ou SG 5% EV). Se a perda foi de líquidos hipotônicos, dou um poquinho de sódio, repondo com SF 0,45%. Para preparar este soro, é só juntar duas partes iguais de SF 0,9% e de água destilada. OBJETIVO DO TRATAMENTO: Segue o mesmo padrão da hiponatremia. Baixar o sódio em 0,5 por hora ou de 8-12 mEq/L por dia. Se houver sintomas: baixar sódio até corrigi-los. Para isso, assim como na hiponatremia, usamos a Fórmula de Androgué. Assim, temos que conhecer o quanto de sódio temos em cada solução: SG 5%: 0 NaCl 0,45%: 77mEq/L Porém, diferente da hiponntrmeia, devemos repor, por dia, perdas insensíveis de água. Estas perdas podem ser consideradas de 1000-1500 mL, dependendo de cada paciente. DIABETES INSIPIDUS Ocorre perda de água livre ocasionando um aumento da osmolaridade sanguínea com hipernatremia. COMO REALIZAR O MANEJO DA POLIÚRIA? Sempre que estivermos diante de uma poliúria, com ou sem hipernatremia, devemos procurar saber se ela é uma diurese osmótica ou aquosa. Para isto, nos valemos da osmolaridade urinária (quando não tenho a osmolaridade, vejo se a urina está com a densidade aumentada/ normal ou diminuída e se o paciente está desidratado uréia: cretinina > 40:1). Se a urina estiver com osmolaridade acima de 300 mOsm/L, a diurese é causada por um soluto, ou seja, é uma diurese osmótica. Caso esteja menor, há perda apenas de água e temos diurese aquosa. Por exemplo, no diabetes mellitus, quando a glicose fica acima de 180 ultrapassamos o limiar renal de reabsorção de glicose, gerando glicosúria. Como a glicose possui força osmolar, puxa muita água, causando diurese osmótica. Assim, no DM a urina é no mínimo isosmolar (maioria das vezes é hiper) e o sódio urinário é maior que 20. Porém, se temos diurese aquosa, estamos diante de 3 possibilidades: Diabetes Insipidus Central Diabetes Insipidus Nefrogênico Polidipsia Primária com perda renal adequada (paciente psíquico que bebe água em excesso). Ao contrário dos outros dois, estes pacientes não acordam a noite para urinar (porque pararam de beber água). QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DO DIABETES INSIPIDUS? Quando existe hipernatremia, a osmolaridade urinária deveria acompanhar. Porém, se temos resistência à ação do ADH ou déficit em sua produção, a urina não consegue se concentrar, causando baixa osmolaridade e densidade urinária. QUAIS AS CAUSAS DE DIABETES INSIPIDUS CENTRAL? Ocorre por déficit na produção (hipotálamo) ou secreção (hipófise) do ADH. Geralmente é adquirido e possui início abrupto. As principais causas são TCE, neoplasia, neurocirurgia, AVCh, hipóxia grave e sarcoidose do SNC ou outras doenças granulomatosas. Se o paciente com DI não possui acesso a água (ex: pós-operatório de neurocirurgia), desenvolverá grave hipernatremia. Se possuir acesso a água, a queixa principal do paciente será poliúria e polidpsia, pois a hipernatremia não se desenvolverá. QUAIS OS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS? O diagnóstico diferencial é feito com DM e polidpsia primária. Para diagnóstico diferencial: glicemia, osmolaridade urinária e Teste da Restrição Hídrica: porém este teste só pode ser feito em pacientes sem hipernatremia. Se o paciente possui poliúria aquosa com hipernatremia, o diagnóstico de diabetes insipidus (central ou nefrogênico) já está fechado. DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO: Ocorre devido a uma resistência do rim (receptor V2) a ação do ADH. Também possui etiologia adquirida, mas tem inicio insidioso e evolução gradual. As principais causas são: lítio, hipocalemia crônica, hipercalcemia, uropatia obstrutiva, traço falsêmico e amiloidose. Este paciente possui ADH moderadamente elevado. A intensidade de poliúria/ polidpsia dependerá do grau de resposta renal ao ADH. HIPOPOTASSEMIA QUAIS OS VALORES DE REFERENCIA DO POTÁSSIO? Intracelular = 150 mEq/L Extracelular = 3,5 a 5,0 mEq/L HIPOCALEMIA: [K+] plasmática < 3,5 mEq/l HPERCALEMIA: [K+] plasmática < 5,0 mEq/l Distribuição interna desequilibrada ou déficit real COMO SE DÁ A REGULAÇÃO DO POTÁSSIO? Regulação Aguda: transcelular até que os rins possam excretar o potássio necessário Regulação Crônica: A excreção de potássio feita principalmente pelos rins QUE SITUAÇOES AUMENTAM A EXCREÇÃO DE K+ PELOS RINS? Principais determinantes da secreção de K nos túbulos distais e coletores: aporte de sódio (na urina) aporte de fluido (na urina) ação da aldosterona QUAIS AS CONSEQUENCIAS DA HIPOCALEMIA? Altera a função de células musculares esqueléticas favorecendo surgimento de paralisia flácida Altera a função de células musculares lisas causando íleo metabólico Altera a eletrofisiologia do sistema de condução cardíaco levando a arritimias Altera a função dos nervos periféricos levando a parestesias e hiporreflexia Inibe vasodilatação muscular após o exercício, sua falta pode provocar rabdomiólise Depleção crônica K leva a diabete insípidus nefrogênico e até mesmo nefropatia túbulointersticial crônica e IRC QUAIS AS CAUSAS DE HIPOCALEMIA? 1) Hipocalemia Espúria (pseudo) => glóbulos brancos > 100.000cm3 2) Desvio transcelular 3) Diminuição do K+ corporal total QUAIS AS CAUSAS DE HIPOCALEMIA POR DESVIO TRANSCELULAR? HIPOCALEMIA EXCESSO INSULINA Estimula a Na-K-ATPase Catecolaminas interagem com o receptor B-ADRENÉRGICO Aumenta AMPc Estimula Na-K-ATPase TRATAMENTO ANEMIA MEGALOBLÁSTIC A E PROLIFERAÇÃO CELULAR HIPOTERMIA PARALISIA PERIÓDICA HIOCALEMICA TIREOTÒXICA DROGAS Feocromocitoma IAM ASMA ABSTINÊNCIA TCE PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALEMICA FAMILIAR Beta agonistas Fenoterol Teofilina Aminas vasoativa s O QUE É A PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA? Causada por mutações de canais iônicos de cálcio, sódio e potássio da membrana da célula muscular A doença tem caráter familiar, transmitindo-se de modo autossômico dominante Clínica – episódios agudos intermitentes de fraqueza muscular, com hipocalemia (↓fosfato e ↓magnésio); Gatilhos: refeições ricas em carboidratos, após exercícios; frio excessivo, infecções e abuso de alcool Estímulos: liberação de insulina e beta-adrenérgico; DUAS FORMAS Hereditária: Autossômica dominante, mutação canal de cálcio Adquirida: Tireotoxicose Tratamento: 60-120 mEq/L de K+, beta-bloqueador, ↓carboidratos, tratamento da tireotoxicose; QUAIS AS CAUSAS DE HIPOCALEMIA POR REDUÇÃO DO K+ CORPORAL TOTAL? ALCALOSE Diminuição da ingesta Perda renal Perda extra renal (laxante, suor, diarréia) SOBRE A HIPOCALEMIA POR DIMINUIÇÃO DA INGESTA: Causa incomum de hipocalemia; Rins podem reduzir a excreção de K+ ao mínimo de 5-15 mEq/dia; Redução da ingesta pode exacerbar hipocalemia devido a outros processos QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA HIPOCALEMIA POR PERDA GASTROINTESTINAL? Perda urinária de K+ menor que 20 mEq/L Diarréia do delgado, diarréia secretora: hipocalemia associada a acidose com AG normal: Intestino delgado chega a perder de 15-30 mEq de K por litro e perda acentuada de bicarbonato levando a acidose metabólica. Diarréia colônica por uso crônico de laxantes: hipocalemia associada à alcalose metabólica: cólon chega a perder de 30-50 mEq de K por Litro sem perda sinificativa de bicarbonato. Vômito: perda de suco gástrico (5-10 mEq/L) hipocalemia associada a alcalose metabólica QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA HIPOCALEMIA POR PERDAS RENAIS? Excreção urinária maior que 20 mEq/L Excluir: quadros de diarréia ou uso de laxativos Associação: ↑Na+ distal e atividade mineralocorticóide Ocorre em uso de diuréticos de alça (Inibe a reabsorção proximal de Na, Cl e água aumenta o fluxo no néfron distal aumenta a conc de Na+ no fluido tubular aumenta secreção de K+) QUANDO PENSAR EM HIPOCALEMIA DEVIDO DEVIDO AO HIPERALDOSTERONISMO? HAS resistente ao tratamento HAS acompanhada de hipocalemia Em paciente com história familiar negativa para HAS QUAIS AS CARACTERÍSTICAS D O HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO? Produção ectópica e exagerada de aldosterona Produção não dependente de renina Adenomas solitários da adrenal (APA) ou hiperplasias uni ou bilaterais da zona glomerulosa da glândula Estes pacientes apresentam alta prevalência de HAS e hipocalemia COMO SE APRESENTA O VEC NO HIPERALDOSTERONISMO 1º ÁRIO? Pelos altos níveis de aldosterona no coletor, ocorre maior absorção de sal e água e excreção de K+ e H+ para a luz tubular Hipervolemia e aumento do VEC Inibição da produção de renina por hipervolemia QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO HIPERALDOSTERONISMO SECUNDÁRIO? É o hiperaldosteronismo decorrente de níveis elevados de renina plasmática Decorre da hipoperfusão renal, como na estenose da artéria renal (HARV) CARACTERIZA-SE POR: HAS, CALIURESE E HIPOCALEMIA QUANDO PENSAR EM HARV? HAS antes dos 30 e após os 50 anos Presença de sopro abdominal Assimetria de pulsos HAS acelerada ou HAS grave ou refratária com IRC progressiva Elevação de creatinina com IEC. Assimetria renal ou de função Indícios de doença vascular COMO INVESTIGAR HIPERSECREÇÃO DE ALDOSTERONA? Na vigência de HAS com K < 3,5 mEq/L é mandatório dosagem de K em urina de 24 horas; Se K urinário > 30 meq/L prossiga na investigação de hiperaldosteronismo: Dosagem de aldosterona e renina: Aldosterona alta e renina baixa ALDO PLASMÁTICA / RENINA PLASMÁTICA > 20 (valor de referência = 10) hiperaldosteronismo primário Aldosterona alta e renina alta ALDOSTERONA PLASMÁTICA / RENINA PLASMÁTICA < 10 HARV HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO É CONFIRMADO POR TC ou RNM DE ADRENAIS! A HARV DEVE SER AVALIADA POR DOPLLER DE ARTÉRIAS RENAIS SEGUIDA DE ANGIOGRAFIA POR RNM OU ANGIO-TOMO Diante de hipocalemia solicitar uma gasometria, pois a hipocalemia do hiperaldosteronismo está associado a alcalose metabólica *PACIENTE COM OBSTRUÇÃO GRAVE DE AMBAS ARTÉRIAS RENAIS PODE FAZER IRA COM A INTRODUÇÃO DE IECA NA TERAPEUTICA, POIS A RENINA É QUEM ESTÁ MANTENDO O FLUXO RENAL! HIPOCALEMIA POR BULEMIA: Por conseqüência dos vômitos ocorre alcalose metabólica com hipocalemia e caliurese HIPOCALEMIA POR ACIDOSE TUBULAR RENAL DISTAL (TIPO I) QUAIS AS CUASAS DE ACIDOSE TUBULAR RENAL DO TIPO I? PRIMÁRIA ADQUIRIDAS Hipergamaglobulinemia como mieloma; Sd. Sjogren, LES O QUE OCORRE NA ACIDOSE TUBULAR RENAL DISTAL? Diminuição da secreção de prótons pelo néfron distal para a luz tubular PH urinário >5,5 mesmo frente a acidose grave Diminuição da excreção da carga ácida ACIDOSE METABÓLICA Carga filtrada de HCO3 reduzida Menos Na+ é reabsorvido com o HCO3 no TCP Maior aporte de Na+ ao néfron distal com troca deste por potássio Redução de Na+ corporal total / Redução de VEC Aumento de Renina e aldosterona HIPOCALEMIA HIPERPOTASSEMIA QUANDO OCORRE A PSEUDOHIPERCALEMIA? Trauma mecânico durante venopunção QUAIS AS CAUSAS DE HIPERCALEMIA POR DESVIO TRANSCELULAR? Shift” celular Injúria celular: rabdomiólise, lise tumoral, hemólise maciça, isquemia Toxinas/drogas: digoxina, succinilcolina Acidoses Estado hiperosmolar QUAIS AS CAUSAS DE HIPERCALEMIA? QUAIS SÃO OS TIPOS DE HIPOALDOSTERONISMO, OU SEJA, DE HIPERCALEMIA POR REDUÇÃO PRIMÁRIA DA ATIVIDADE DO MINERALOCORTICÓIDE? Hipoaldosteronismo por disfunção da adrenal Auto-imune, tuberculose, fungo, iatrogênico Hipoaldosteronismo por devido doença renal Prejuízo na liberação de renina como n DM e redução de néfrons QUAIS AS CAUSAS DE HIPERCALEMIA POR ANORMALIDADES NO TÚBULO COLETOR CORTICAL? 1-Drogas que bloqueiam liberação de renina/ ação da aldosterona: Beta-bloqueadores, CSA, FK, AINE, IECA, BRA 2-Drogas que competem com a aldosterona: Anti-fúngicos, espironolactona 3-Drogas que bloqueiam canal epitelial de sódio:Amilorida, triantereno, trimetoprim, pentamidina 4-Nefrite tubulointersticial e destruição mácula densa TCD:Nefropatia diabética, nefropatias túbulointersticial 5-Obstrução urinária: Aumento de pressão luminal, distensão das células e perda da força de secreção do potássio *CLEARENCE < 30 É CONTRA-NIDICAÇÃO DE ESPIRINOLACTONA! QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS DA HIPERCALEMIA X HIPOCALEMIA? Hipocalemia Hipercalemia Neuromuscular Fraqueza IRespiratória Rabdomiólise Fraqueza Cardíaco Arritmias Parada cardíaca CONDUTA NA HIPERCALEMIA: HIPERCALEMIA ECG ECG ALTERADO GLUCONATO DE CÁLCIO ECG NORMAL MEDIDAS PROVISÓRIAS: INALAÇÃO BEROTEC/ INSULINA/HCO3 RESINAS DE TROCA (elimina K+ no intestino) COM QUE DROGAS DEVE SER FEITO O TRATAMENTO DA HIPERCALEMIA? Mecanismo Dose Início Duração Gluconato de cálcio Antagonismo 10-20 ml EV 1-3 min 30-60 min Bicarbonato de sódio Antagon + redistr. 100 mEq EV 5-10 min 2 horas Glico-insulina simples Redistribui-ção 40 g glicose + 20U insul. 30 min 4-6 horas Resina (Sorcal) Remoção 30g vo 8/8 horas 1-2 horas 4-6 horas Hemodiálise Remoção - min - Via oral – KCl líquido (15 ml – 900 mg – 12 mEq) ou comprimidos (600 mg – 8 mEq – Slow K) – 40 a 120 mEq Via endovenosa – KCl a 19,1% - amp. 10 ml com 25 mEq. Velocidade < 20 mEq/hora; concentração < 40 mEq/l Regra prática - A redução de 1 mEq/l no K sérico corresponde a um déficit de 200-300 mEq no potássio total. Repor magnésio quando necessário SÍNDROME NEFRÍTICA QUAIS AS TRÊS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA SÍNDROME NEFRÍTICA? HEMATÚRIA EDEMA HAS - DEPENDENDO DA EXTENSÃO DO PROCESSO INFLAMATÓRIO, PODERÁ HAVER ALGUM GRAU DE PERDA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR, COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA - 100% DOS PACIENTES APRESENTAM HEMATÚRIA, MICRO OU MACRO ...E, É SEMPRE UMA HEMATÚRIA DISMÓRFICA! QUAL A EVOLUÇÃO DESTA SÍNDROME? BOA EVOLUÇÃO, QUADRO CLÍNICO REVERSÍVEL , CURSO AUTOLIMITADO COMO AVALIAR A HEMATÚRIA? Pelo desmorfismo eritrocitário QUAL A PATOGÊNESE DA GLOMERULONEFRITE? Imunidade humoral e celular participam AC podem se ligar diretamente a AT da MBG ou a antígenos circulantes, formando AT- AC AT-AC podem ser aprisionados na MBG,atraindo células inflamatórias, mononucleares e PMNs neutrófilos, ativando complemento A reação inflamatória libera de mediadores inflamatórios que estimulam a proliferação das células glomerulares residentes: mesangiais, endoteliais e epiteliais A reação inflamatória libera de mediadores inflamatórios que lesam a estrutura da MBG alterando a sua permeabilidade: Hematúria, Leucocitúria, Formação de cilindros celulares, Proteinúria QUAIS OS DISTURBIOS CLÍNICOS E BIOQUÍMICOS ENCONTRADOS NA GNDA? 1) Pelo processo inflamatório, ocorre alterações de permeabilidade e seletividade da parede capilar glomerular, com passagem de proteína para espaço de Bowman e proteinúria 2) O processo inflamatório glomerular exuberante, glomerulite, diminui a área de superfície filtrante da parede do capilar glomerular de muitos glomérulos OCORRE QUEDA DO RFG E DEPENDENDO DA LESÃO, DIFERENTES GRAUS DE PERDA DE FUNÇÃO RENAL PORQUE OCORRE OLIGÚRIA, EDEMA E HAS? O processo inflamatório glomerular exuberante, diminui a área de superfície filtrante glomerular Queda do RFG Menor quantidade de fluido chega ao TCP Maior reabsorção tubular proximal e distal de sódio e água Diminuição da natriurese e diurese Consequentemente expansão do Volume Extracelular Aumento da Pressão Hidrostática Edema e HAS QUAL A COMPLICAÇÃO DA GNDA? Na maioria das vezes o processo inflamatório é autolimitado com resolução completa em poucos dias. Mas, algumas raras vezes uma evolução desfavorável poderá ocorrer....O processo deixa de ser autolimitado e benigno...Podendo ser grave e acompanhado de perda importante de função renal, expressa por oligúria mantida e aumento das escórias nitrogenadas como níveis de uréia e creatinina. Quando o processo inflamatório glomerular é muito severo, poderá acontecer uma complicação grave que é a formação de crescentes. COMO OCORRE ESTA COMPLICAÇÃO? Inflamação exuberante, pode causar ruptura das alças glomerulares, por necrose fibrinóide, vazamento de fibrina do plasma e migração de macrófogos sanguíneos para o espaço de Bowman. Ocorre proliferação de células epiteliais do folheto visceral da cápsula, resultando na formação de crescentes, obstruindo o espaço de Bowman, comprimindo o tufo capilar, com perda grave de função renal. Os crescentes são lesões extracapilares necrotizantes, é um diagnóstico histológico. QUAL A EVOLUÇÃO DESTA COMPLICAÇÃO? Com a evolução do processo inflamatório, se não tratado, ocorre organização dos crescentes, por fibroblastos e colágeno, surgindo fibrose, havendo destruição da arquitetura glomerular e perda irreversível de função renal QUE NOME RECEBE ESSA SÍNDROME, QUE DIFERENTE DA APRESENTAÇÃO DO NOSSO CASO CLÍNICO, QUE FOI DE EVOLUÇÃO BENIGNA E AUTOLIMITADA, EVOLUI PARA UMA FORMA MUITO AGRESSIVA DE DOENÇA COM PROGNÓSTICO DESFAVORÁVEL, COM PERDA DE FUNÇÃO RENAL PERMANENTE? Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva (GNRP) caracteizada pelo encontro de crescentes em mais de 50% dos glomérulos QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA GNRP? De evolução bastante desfavorável, que independente da causa, se associa a rápido e progressivo declínio da função renal, e que, se não tratada rapidamente, evolui para rim terminal em semanas, ou poucos meses Poderá o paciente ficar dependente de Terapia Renal Substitutiva permanente *Toda evolução desfavorável no curso de uma glomerulonefrite, prescinde de uma biopsia renal, para definir o tipo histológico e afastar a possibilidade de: Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva QUAIS AS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ENCONTRADAS NA GNRP? Oligoanúria mantida Azotemia severa:uréia e creatinina elevadas Tratamento com imunosupressão pesada deve ser precoce, logo que estabelecido diagnóstico Poderá ocorrer necessidade permanente de Terapia Renal Substitutiva QUAIS AS CAUSAS DE GLOMERULO NEFRITE PÓS-INFECCIOSA? 1- Causas de glomerulonefrite pós infecciosa, pode ser bacteriana ou viral 2- As glomerulonefrites pós infecciosas estão associadas frequentemente a infecções de vias aéreas superiores principalmente faringites ou a infecções de pele como piodermites estreptocócicas, como no nosso paciente 3- Poderá seguir-se a outras infecções não estreptocócicas: shunts ventriculoatriais, ventrículoperitoneais, geralmente associados a S.aureus ou em associação com endocardite subagudas por St. viridans ou S. pidermidis 4- A Glomerulonefrite pós infecciosa também poderá se seguir a quadros virais pelo HIV, Toxo, adenovírus etc GLOMERULO NEFRITE PÓS-ESTREPTOCÓCICA (GNPE): Período de incubação de 1 à 2 semanas para infecções de vias aéreas e de 3 à 6 semanas após impetigo. Cepas diferem da asssociada a febre reumática QUAL O SCREENING PARA GNPE? Questionando sobre faringite ou impetigo. Verificar se o período de incubação é compatível A documentação da estreptococia: avaliação da resposta imune a exoenzimas do estreptococo em titulagem seriadas da ASLO e anti DNAse B Demonstrando queda transitória e típica do complemento C3 EPIDEMIOLOGIA DA GNPE: Atinge todas as idades, mas principalmente de 6 à 12 anos, acometendo mais comunidades carentes, ocorrendo em sua maioria em surtos epidêmicos,nesta faixa etária tem excelente prognóstico O risco de desenvolver nefrite quando associado a lesões de pele chega a 25% O risco de desenvolver nefrite quando associado a infecções de garganta é de 5% QUAL A PATOGENIA DA GNPE? Cepa nefritogênica do estreptococo, em indivíduo susceptível, induz a formação de anticorpos, imunecomplexos, que depositam-se a nível de mesângio e subendotélio, ativando o sistema complemento, desencadeando a inflamação glomerular QUAIS AS CARACTERÍSTICAS LABORATORIAIS DA GNPE? O sedimento urinário é sempre anormal: hematúria dismórfica, leucocitúria, cilindros hemáticos e leucocitários. Proteinúria variável, no geral < 3.5g/24h Níveis de creatinina quase normais, em 20% apresenta-se >2mg/dl Consumo de C3, em 90% dos pacientes, que não se correlacionam com parâmetros clínicos, após 2 meses os níveis tendem a normalidade Títulos altos de ASLO estão presentes em mais de 95% dos pacientes com faringite e em 80% dos com piodermite, entre a terceira e quinta semana de doença, para depois retornarem lentamente ao normal Altos títulos de ASLO não correlacionam-se com a gravidade da doença QUANDO DEVE SER FEITA A BIÓPSIA RENAL? Como a evolução é em geral muito boa, usualmente não necessita de BR Fazer BR em fase aguda quando surgem cursos atípicos: quadro clínico florido e complemento normal, presença de síndrome nefrótica persistente, perda de função rápida e progressiva, anúria por mais de 3 dias e história de nefropatia prévia Fazer BR no período de resolução da doença se, oligúria maior que três semanas, complemento baixo por mais de três meses, hematúria macroscópica por mais de 3 semanas, HAS persistente e proteinúria mantida QUAL O PROGNÓSTICO DA GNPE? Excelente em crianças, mas, em idosos pode ter até êxito letal Os que evoluem com glomerulonefrite crescêntica ou síndrome nefrótica, tem pior prognóstico, podendo vir a apresentar lesão renal permanente. IRCT em cianças ocorre em menos de 2% Estudos prospectivos de 15 anos, em crianças, demonstram que a ocorrência de HAS, proteinúria e hematúria microscópica, pós GNPE, é a mesma para a população geral QUAL O TRATAMENTO DA GLOMERULONEFRITE AGUDA? O tratamento depende da etiologia da doença renal Na GNPE, o tratamento é de suporte, focalizando o manejo do edema e da HAS, controlar sobrecarga de volume e a HAS, com restrição de sal e água Monitorizar diariamente peso, pressão arterial e diurese Quando necessário iniciar diuréticos e antihipertensivos em doses habituais Se necessário TRS Tratar com antibióticos, todos aqueles com que tenham evidência de infecção strepocócica ativa, penicilina ou eritromicina por 7 dias, e, cuidados de higiene frente piodermites QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DE GLOMERULO NEFRITE SECUNDÁRIA? GNA DE CAUSA INFECCIOSA GNA PÓS- ESTREPTOCÓCICA (GNPS) 90% GNA NÃO PÓS- ESTREPTOCÓCICA Bacteriana: Endocardite, Sepse, Abcessos Viral: Hepatite, Mono, Sarampo, Varicela... Parasitária: Malária e Toxoplasmose GN CAUSADA POR DOENÇA SISTÊMICA LES, Vasculites, Púrpura de Henoch-Schönlein, tumores etc QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DE SÍNDROME NEFRÍTICA PRIMÁRIA? Nefropatia por IgA Glomerulonefrite membranoproliferativa Glomerulonefrite proliferativa mesangial PORTANTO COMO É FEITA A AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE UMA GLOMERULONEFRITE AGUDA? Sempre descartar através da solicitação de diversos exames de laboratório, a possibilidade de ser secundária a infecção pós estreptocócica ou a alguma patologia sistêmica,para nortear o tratamento de condições específicas QUAIS OS EXAMES QUE EU DEVO SOLICITAR, PORTANTO? 1-Complemento C 4 normal e C3= indetectável 2- ASLO= 850 U Todd 3- FAN = negativo 4- cANCA e pANCA = negativos 5-Hemoculturas= negativas 6-Pesquisa de crioglobulinas= negativa 7-Sorologia para LUES 8-Sorologias Hep B e C = não reagente 9-Sorologia para HIV= não reagente 10- Ultrason de rins e vias urinárias: Rins de dimensões levemente aumentadas com espessura cortical preservada. Aumento difuso da ecogenicidade. Sem evidência de dilatações ou cálculos SÍNDROME NEFRÓTICA O QUE É SÍNDROME NEFRÓTICA? É uma síndrome caracterizada por grande perda urinária de albumina, maior que 3.5g/ 1,73m2 ao dia, ou, 50mg/kg/dia em crianças, seguida de hipoalbuminemia, tendência a edema e hipercolesterolemia Uma série de doenças glomerulares, primariamente renais, ou, secundária a doenças sistêmicas, que tem como denominador comum a perda maciça de proteínas pode caUsar a síndrome nefrótica QUAL A DIFERENÇA DA SÍNDROME NEFRÍTICA DA NEFRÓTICA? SÍNDROME NEFRÍTICA: Fenômenos de proliferação celular, decorrente da invasão de células inflamatórias e proliferação de células residentes, Glomerulite. SEDIMENTO FLORIDO: hemáturia, leucocitúria e proteinúria geralmente não nefrótica. SÍNDROMME NEFRÓTICA: Sem invasão de células ou proliferação de células glomerulares residentes. Alterações importantes da permeabilidade glomerular a proteínas. SEDIMENTO POBRE: Muitas vezes só proteinúria maciça e lipidúria. Poderá apresentar algum grau de proliferação com hematúria e leucocitúria, no geral não proeminente QUAIS AS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA SÍNDROME NEFRÓTICA? AFECÇÃO CRÔNICA E DE INÍCIO INCIDIOSO COM ACOMETIMENTO GLOMERULAR PROTEINÚRIA MACIÇA HIPOALBUMINEMIA EDEMA Não ocorre hematúria, piúria, cilindrúria, oligúria Não ocorre HAS Função renal na apresentação é normal Poderá haver superposição das duas síndromes: nefrítica e nefrótica QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA PROTEINÚRIA PESADA? A HIPOALBUMINEMIA HIPERLIPIDEMIA EDEMA QUAL O TIPO DE EDEMA NA SÍNDROME NEFRÓTICA? Incidioso Frio Indolor Inelástico Mole Sem alterações da coloração da pele Generalizado, até face, principalmente nos MMII e genitália, com ascite e derrame pleural QUAL A FISIOPATOLOGIA DA HIPERLIPIDEMIA? Colesterol e triglicerídeos estão elevados Lipidúria Fígado tenta compensar a perda proteica, aumenta síntese de albumina e de lipoproteínas LDL e VLDL, carreadoras de colesterol e triglicerídeos. *A QUEDA DA PRESSÃO ONCÓTICA É ESTÍMULO DIRETO PARA A LIPOGÊNESE QUAL A FISIOPATOLOGIA DA SÍNDROME NEFRÓTICA? -ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA GLOMERULAR -AUMENTO DA PERMEABILIDADE GLOMERULAR -PROTEINÚRIA O QUE É PRECISO SER FEITO COM O PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME NEFRÓTICA? É obrigatório descartar laboratorialmente, a possibilidade de síndrome nefrótico secundário a patologias sistêmicas: - DIABETE - DOENÇA DO COLÁGENO - INFECÇÕES - NEOPLASIA - DOENÇA PARASITÁRIA Portanto deve-se pedir: 1-COMPLEMENTO C 3 e C4 2- ASLO 3- FAN 4- ANCA 5-HEMOCULCURAS 6-PESQUISA DE CRIOGLOBULINAS 7-SOROLOGIA PARA LUES 8-SOROLOGIAS HEP B E C 9-SOROLOGIA PARA HIV 10- ULTRASON DE RINS E VIAS URINÁRIAS QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DE SÍNDROME NEFRÓTICA SECUNDÁRIAS? Doenças sistêmicas: Diabete, LES Infecções: HBV, HCV, HIV, Sífilis Malária, Equistossomose Neoplasia: Adenocarcinoma, Linfoma, Leucemia Drogas e toxinas: AINH, sal de ouro, penicilamina, heroína, picada de inseto QUAL A ETIOLOGIA DAS INFECÇÕES NO SÍNDROME NEFRÓTICO, E, QUAIS AS INFECÇÕES MAIS PREVALENTES ? A perda de imunoglobulinas e de frações do complemento Desnutrição proteico-calórica: edema visceral, anorexia e perda proteica acentuada Suscetibilidade a infecções virais e bacterianas, como para germes capsulados como: Pneumococo, Klebsiella, Haemophylus e Salmonela ( imunidade humoral para opsonização) Infecções: cutânea, pulmonar e peritonite QUAIS AS OUTRAS COMPLICAÇÕES CLÍNICAS QUE OCORREM NA SÍNDROME NEFRÓTICA? DESNUTRIÇÃO FENÔMENOS VASCULO-OCLUSIVOS: hipercoagulabilidade ANEMIA: Perda de transferrina, anemia hipomicro, resistente ao tratamento com ferro ATEROSCLEROSE: hiperlipidemia INSUFICIÊNCIA RENAL: hipovolemia principalmente quando hipoalbuminêmicos são submetidos a altas doses de diuréticos, infecções, diarréia, sepse ou paracentese QUAL A RELAÇÃO ENTRE SÍNDROME NEFRÓTICO E TVP? Estado permanente de hipercoagulabilidade por produção aumentada de fatores de coagulação e de fibrinogênio. Atividade pró-coagulante hepática Perda urinária de anti-trombina III e proteína S livre Hemoconcentração, hipovolemia, repouso no leito e aumento de viscosidade Hipercolesterolemia se associa a plaquetose e maior adesividade plaquetária. Fibrinólise reduzida por perda urinária de Plasminogênio Quanto maior proteinúria, mais alto fibrinogênio e mais baixo Plasminogênio COMO DEVE SER ABORDADA A SÍNDROME NEFRÓTICA? Frente o encontro de proteinúria em níveis nefróticos é necessário definir tipo histológico e etiologia da doença renal, se primária ou secundária, para tanto: Solicita-se uma biopsia renal na expectativa de se detectar uma das 5 formas primárias da síndrome com base na MO, IF e ME *isso sempre depois de realizar todos os exames laboratoriais e historia clinica que inidicam se a SN for secundária a uma doença sistêmica. Neste caso deve-se tratar a doença sistêmica! *A causa mais frequente de síndrome nefrótica secundária em pacientes adultos é DM! QUAL O TRATAMENTO NA SÍNDROME NEFRÓTICA? MEDIDAS GERAIS: restrição de sal, 2-3g/dia e diuréticos potentes de alça Dieta hiperprotéica não é recomendada, aumenta proteinúria, dano tubular e não altera a albuminemia, geralmente hipoproteica: 0,8 a 1g/kg/dia Drogas anti-lipêmicas ajudam a preservar RFG e reduzir proteinúria ? Anticoagulação profilática é preconizada nos acamados hospitalizados MEDIDAS ESPECÍFICAS: aplicadas a cada tipo de lesão renal, após resultado da BR ou confirmada a doença sistêmica associada QUAIS SÃO AS 5 FORMAS DE SN PRIMÁRIA? GLOMERULONEFRITE MEMBRANOSA (GNM) 33% GLOMERULONEFRITE MEMBRANOPROLIFERATIVA (GNMP) 2-5% DOENÇA DE LESÃO MÍNIMA (DLM) 15% GLOMERULONEFRITE PROLIFERATIVA MESANGIAL 10% GLOMERULOESCLEROSE FOCAL E SEGMENTAR (GESF) 33% *A classificação histológica só é feita após biopsia renal! COMO OCORRE A GLOMERUNEFRITE MENBRANOSA (GNM)? CAUSA COMUM DE SÍNDROME NEFRÓTICA PRIMÁRIA, IDIOPÁTICA NO ADULTO RESPONSÁVEL POR 30% DOS CASOS 1-Complexos imunes se depositam na região subepitelial. 2-MBG emite projeções para engloba-los, ditas espículas 3-Incorporação dos depósitos pela MBG 4-Fusão podocitária ...A GLOMERULONEFRITE MEMBRANOSA NA VERDADE NÃO REPRESENTA UMA DOENÇA ESPECÍFICA, MAS SIM, UM MECANISMO ESPECÍFICO DE LESÃO , QUE PODE OCORRER DE FORMA IDIOPÁTICA OU COMPLICAR O CURSO DE DIVERSAS DOENÇAS SISTÊMICAS! As neoplasias malignas são responsáveis por 5 a 10% das nefropatias membranosas, em pacientes acima de 60 anos SENDO A GLOMERULOPATIA MEMBRANOSA CAUSA FREQÜENTE DE SN NO ADULTO, QUAIS SUAS FORMAS MAIS FREQUENTES? FORMA IDIOPÁTICA: mais em homens da quarta à sexta década FORMA SECUNDÁRIA: menos freqüente, associada a condições sistêmicas: LES ARTRITE REUMATÓIDE HEPATITE ESQUISTOSSOMOSE VASCULITE CRIOGLOBULINEMIA SÍFILIS HANSENÍASE NEOPLASIA SÓLIDA SAIS DE OURO E OU PENICILAMINA COMO PROCEDER DIANTE DE UMA INVESTIGAÇÃO NEGATIVA PARA FORMA SECUNDÁRIA? Quando toda investigação se revelar negativa, o diagnóstico de Glomerulopatia Membranosa Idiopática é firmado.Tratamento específico deverá ser iniciado, após análise de cada caso em partícula.r QUAL O MECANISMO DE LESÃO GLOMERULAR NA DOENÇA DE LESÃO MÍNIMA(DLM)? É a perda de carga negativa da barreira glomerular, originando um tipo seletivo de proteinúria intensa: ALBUMINÚRIA Tem sido proposto que estes pacientes, frente a um estímulo ainda não determinado, poderiam produzir linfocinas com cargas positivas, que se ligariam as cargas negativas da MBG, neutralizando-as e dando origem a proteinúria PROTEINÚRIA RELACIONADA A ALTERAÇÃO DE CARGA Sugere-se que disfunção de linfócitos T resultando na produção de um fator que aumenta a permeabilidade glomerular. Este fator circulante afeta diretamente a parede do capilar glomerular resultando fusão podocitária e proteinúria marcada. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS LABORATORIAIS NA DOENÇA DE LESÃO MÍNIMA (DLM)? Função renal na maioria das vezes está preservada Não tem hematúria macro Hematúria microscópica só em menos de 20% dos casos. Sedimento urinário normal bem como níveis de complemento Complemento é normal na forma idiopática QUAIS AS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS NA DLM? Períodos de remissão e atividade, a evolução natural geralmente é boa. Menos de 5% das crianças desenvolvem rim terminal quando acompanhados por um período de 25 anos Recidiva com freqüência após infecções Pode ocorre após reação alérgica, imunização, infecção viral Remissão espontânea freqüentes Altos índices de resposta a corticoterapia HAS é rara, mas, em adultos e idosos é mais prevalente TENDO-SE EM MENTE A POSSIBILIDADE DE QUE A DLM PODERÁ TER CAUSA SECUNDÁRIA, QUAL A PRINCIPAL DOENÇA ASSOCIADA A DLM? QUAIS AS OUTRAS? LINFOMA DE HODGKIN: A síndrome nefrótica poderá ser o primeiro sinal de um linfoma oculto LINFOMA NÃO HODGKIN OUTRAS: SIDA, LUES, NEOPLASIAS SÓLIDAS, DROGAS (AINH, OURO, INTERFERON E RIFAMPICINA) O QUE É VISTO NA BIÓPSIA DE MEDULA NA DLM? A DLM caracteriza-se por pobreza de achados a MO e IF sem depósitos Se existir algum grau de proliferação mesangial recebe a classificação de Glomerulonefrite Proliferativa, que apresenta o mesmo quadro clínico da DLM apenas poderá apresentar hematúria na urina I Se existir algum grau de esclerose receberá o nome de glomeruloesclerose, e poderá ser: 1) GLOMERULOESCLEROSE FOCAL ( se a esclerose acomete apenas a alguns glomérulos) 2)GLOMERULOESCLEROSE DIFUSA (se a esclerose acometer todos os glomérulos) 3) GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR ( se acometer parte do glomérulo) 4) GLOMERULOESCLEROSE GLOBAL (se a esclerose acomete todo glomérulo) QUAL O TRATAMETO DA DLM? Corticoterapia Iniciar com 1mg/Kg/dia até negativação da proteinúria, a partir daí, reduzir vagarosamente por 6 meses QUAL A COMPLICAÇÃO DA DLM? Algumas vezes ocorre alguma proliferação mesangial e expansão de matriz mesangial com posterior obliteração das alças capilares e formação de sinéquias. Essas alterações evolutivas representam a esclerose glomerular focal e segmentar (GESF). Quando na evolução da DLM, se sobrepõe lesão de esclerose, acometendo apenas segmentos de alguns glomérulos, a glomerulopatia passa a receber o nome de glomeruloesclerose focal segmentar. GLOMERULONEFRITE PROLIFERATIVA MESANGIAL E GESF DEVEM SER CLASSIFICADAS COMO CONDIÇÕES DISTINTAS OU COMPLICAÇÕES DE DLM? A maioria dos autores consideram formas histológicas mais graves e menos responsivas ao tratamento da DLM, mas causadas pelo mesmo mecanismo patológico. INSUFICIENCIA RENAL AGUDA IRA PRÉ-RENAL QUAL A DEFINIÇÃO DE IRA? Diminuição aguda da função renal manifesta por aumento dos níveis sanguíneos de uréia e creatinina O QUE ACOMPANHA CLINICAMENTE A IRA? Associada a oligúria (volume urinário<400ml/dia) Distúrbios no controle do equilíbrio hidro-eletrolítico(hiperpotassemia) e ácido-básico (acidose metabólica) COMO DEVE SER A PRIMEIRA AVALIAÇÃO DE UM PACIENTE EM IRA? Deve-se fazer os critérios de RIFLE RISCO: Creatinina sérica basal >1,5X Débito urinário <0,5ml/Kg/hora por 6hs INJÚRIA: (nesta fase é IRA!) Creatinina sérica basal >2X Débito urinário <0,5ml/Kg/hora por 12hs FALÊNCIA: (vai para diálise) Creatinina sérica basal >3X Débito urinário <0,3ml/Kg/hora por 24hs ou anúria por 12hs PERDA: Persistência da IRA = perda de função renal por mais de 4 semanas PERDA TERMINAL PERMANENTE: Doença renal em estágio final, >3meses QUAL A MORTALIDADE NA IRA? Paciente com IRA em TRS tem pior prognóstico (78% de mortalidade!) A DESPEITO DO AVANÇO TECNOLÓGICO, A MORTALIDADE NA IRA PERMANECE EM TORNO DOS 50% A MORTALIDADE PODE CHEGAR A 80%, EM IDOSOS, COM DOENÇAS CRÔNICAS PRÉVIAS,QUADROS CLÍNICOS GRAVES, OU PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS QUAIS OS FATORES DE RISCO PARA IRA? Condições crônicas: Idade Avançada; Diabetes Mellitus; DRC; Doença Arterial Vascular; Insuf. Cardíaca; Insuf. Hepática; Sexo Masculino; Hipoalbuminemia; Raça negra Condições agudas: Sepsis; Hipotensão/ Choque; Rabdomiólise; Cirurgia Cardíaca; Cirurgia Vascular; Obstrução de vias biliares; Transplante de órgão sólido; Ventilação Mecânica Agentes nefrotóxicos: Contraste radiológico; Antimicrobianos; Quimioterápicos; AINE COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DE IRA? Pela história clínica + exame físico, com marcadores laboratoriais e índices urinários. As conclusões que devemos obter no diagnóstico são: IRA: pré-renal, renal ou pós-renal O QUE DEVE SER AVALIADO NA HISTÓRIA? Nausea? Vomito? Diarreia? História de doença cardíaca, hepática, Doença renal prévia, cálculos renais, HPB? Alguma doença recente? Edema, modificação da micção? Algum medicamento novo? Algum exame radiográfico recente? Rashes? O QUE DEVE SER AVALIADO NO EXAME FÍSICO? “Status” do Volume o Membranas mucosas, hipotensão. ortostática Cardiovascular o Jugulares, atritos Pulmonar o Diminuição dos sons respiratórios o Estertores Rash (Nefrite interstitial alérgica, Livedo reticularis) Prostata aumentada Extremidades ( edema) QUAIS OS MARCADORES LABORATORIAIS NA IRA? Creatinina e uréia COMO AVALIAR A FUNÇÃO RENAL NO INÍCIO? Creatinina e uréia Densidade e osmolaridade urinária Fração de excreção de sódio ou fração de excreção de uréia COMO SÃO CALCULADOS OS ÍNDICES URINÁRIOS? 1) FRAÇÃO DE EXCREÇÃO DE SÓDIO: Na+ urinário / Na+ sangue Creatinina urinária/ Creatinina sangue X 100% - perde a validade em paciente em uso de diurético - <1% = pré-renal 2) FRAÇÃO DE EXCREÇÃO DE URÉIA: Uréia urinário / uréia sangue Creatinina urinária/ Creatinina sangue - níveis <35% = pré-renal X 100% - uso quando o paciente toma diurético FRAÇÃO DE EXCREÇÃO DE SÓDIO <1% É SEMPRE IRA PRÉ-RENAL? Não, corre na GNDA ou por contraste iodado QUAIS MECANISMOS FISIOLÓGICOS DE AUTO-REGULAÇÃO RENAL EM RESPOSTA A HIPOPERSFUSÃO? Hipoperfusão renal estimula receptores de tensão na arteríola aferente Vasodilatação local por resposta miogênica Aumento da produção intra-renal de AII Vasoconstricção predominante da arteríola eferente Aumento da produção local de PGE2 e PGI e possivelmente óxido nítrico Vasodilatação arteriolar aferente Portanto a perfusão renal é preservada em situações de hipoperfusão através de: VASODILATAÇÃO AFERENTE, VASOCONSTRICÇÃO EFERENTE, AUMENTO DA FRAÇÃO DE FILTRAÇÃO, PRESERVAÇÃO DO RFG PORQUE NÃO POSSO USAR IECA E AINH EM PACIENTE COM DEPLESSÃO DE VOLUME? Porque diminui a pressão de perfusão renal COMO SE COMPORTA O RIM FUNCIONANTE EM SITUAÇÕES DE HIPOVOLEMIA ? TÚBULOS RENAIS RETERÃO TODO SÓDIO POSSÍVEL TANTO NO NEFRON PROXIMAL( AII) COMO NO DISTAL( ALDOSTERONA) TÚBULO COLETOR ABSORVE AO MÁXIMO A ÁGUA POR AÇÃO DO ADH CONSEQUÊNCIA: Na+URINÁRIO E FE Na+ SERÃO MUITO BAIXOS HAVERÁ OLIGÚRIA SÓDIO URINÁRIO ABAIXO DE 10 MEQ/L FRAÇÃO DE EXCREÇÃO DE SÓDIO MENOR QUE 1% * NOTA-SE QUE O RIM DESTA PACIENTE AINDA ESTÁ FUNCIONANTE, MESMO FRENTE A CONDIÇÃO DE HIPOVOLEMIA, TEM SUA FUNÇÃO TUBULAR PRESERVADA EXPRESSA POR SÓDIO URINÁRIO E FRAÇÃO DE EXCREÇÃO DE SÓDIO BAIXOS! APÓS OS EXAMES LABORATORIAIS COM A CONFIRMAÇÃO DE IRA QUE EXAME SEMPRE DEVE SER SOLICITADO? US de vias urinárias (para descartar cálculos, hidronefrose, rim de dimensões diminuídas ou aumentadas, etc) IMPORTÂNCIA DA US DAS VIAS URINÁRIAS NA IRA: Avaliar dimensões renais, espessura cortical, diferenciação córtico-medular e descartar obstrução renal e hidronefrose Na IRA não obstrutiva as dimensões renais são normais ou levemente aumentado Rins contraídos são típicos de IRC Dimensão abaixo de 9 cm indica dano crônico irreversível O QUE OCORRE ENTÃO NA IRA PRÉ-RENAL? DIMINUIÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR POR HIPOPERFUSÃO RENAL, ASSOCIADA A REDUÇÃO DA VOLEMIA MAS NÃO SE OBSERVA LESÃO RENAL INTRÍNSECA, O RIM TRABALHA NO MÁXIMO DE SUA CAPACIDADE QUANDO TRATADA EM TEMPO, HAVENDO INTERRUPÇÃO DO INSULTO ISQUÊMICO, E, RESTAURAÇÃO DA PERFUSÃO RENAL SE A HIPOPERFUSÃO É MANTIDA PODERÁ EVOLUIR PARA LESÃO RENAL INTRAPARENQUIMATOSA IRA POR NECROSE TUBULAR AGUDA *Uma parcela substancial dos casos de IRA pré-renal acaba evoluindo para a forma renal QUAIS AS CUASAS DE IRA PRÉ-RENAL? HIPOVOLEMIA: Desidratação Hemorragia Diuréticos Excesso de anti-hipertensivos Pancreatite, peritonite,ascite,obstrução intestinal e trauma muscular Queimaduras Hipoalbuminemia O QUE NÓS ENCONTRAMOS NOS MARCADORES LABORATORIAS E ÍNDICIES URINÁRIOS DA IRA PRÉRENAL? Na U <20mEq/L FE Na <1% FE uréia <35% Uréia/creatinina sérica >40/1 Densidade urinária >1020 Osmolaridade urinária >500mOsm/L Sedimento: células epiteliais e cilindros de células epiteliais O QUE É FEITO NO TRATAMENTO DA IRA PRÉ-RENAL? 1-OTIMIZAÇÃO DO VOLUME 2-OBSERVAÇÃO CONSTANTENTE DE VOLEMIA E FLUXO URINÁRIO APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE LÍQUIDOS 3-A IRA PRÉ-RENAL E A OLIGÚRIA SÃO REVERTIDAS QUAL A COMPLICAÇÃO DA IRA PRÉ-RENAL? Necrose tubular aguda, evoluindo portanto para IRA renal. IRA RENAL O QUE OCORRE NA IRA RENAL POR NECROSE TUBULAR AGUDA? DIMINUIÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR LESÃO RENAL INTRÍNSECA DANO DE CÉLULAS TUBULARES NÃO IMEDIATAMENTE REVERSÍVEL MESMO COM A INTERRUPÇÃO DO INSULTO CAUSADOR NA MAIORIA HÁ RETORNO DA FUNÇÃO EM UM PRAZO VARIÁVEL DE HORAS ATÉ SEMANAS QUAIS SÃO AS CAUSAS DE NECROSE TUBULAR AGUDA? Isquêmica Nefrotóxica Na maioria dos casos é de etiologia multifatorial (hipotensão, sepse e agentes nefrotóxicos) Nefrites intersticiais (glomerulonefrites e vasculites) O QUE OCORRE NA NECROSE TUBULAR AGUDA ISQUÊMICA? HIPÓXIA PROLONGADA BAIXA DE ATP NA CÉLULA TUBULAR DIMINUIÇÃO DE INTEGRINAS, QUE AJUDAM A MANTER A CÉLULA TUBULAR ANCORADA A MATRIZ MESANGIAL PERDA DA MANUTENÇÂO DO CITOESQUELETO FIXAÇÃO INTERCELULAR TUBULAR TAMBÉM PREJUDICADA PERDA DE POLARIDADE DAS CÉLULAS TUBULARES QUAL A FISIOPATOGÊNESE DA NECROSE TUBULAR AGUDA? 1-CÉLULAS TUBULARES DESGARRADAS INVADEM LUZ TUBULAR 2-FORMAM-SE CILINDROS PIGMENTADOS E LARGOS 3-MICROOBSTRUÇÃO DA LUZ 4-AUMENTO DE PRESSÃO INTRATUBULAR E RETRÓGADA 5-REDUÇÃO DO RFG NAQUELE NÉFRON 6-SURGEM LACUNAS FORMADO PELAS CÉLULAS QUE DESPRENDEM 7-RETROVAZAMENTO DE FLUIDO EM DIREÇÃO AO INTERSTÍCIO QUAIS SÃO OS TIPOS DE NECROSE TUBULAR AGUDA? Oligúrica e Não oligúrica O QUE OCORRE NA IRA POR NTA OLIGÚRICA? PREDOMINA MICRO-OBSTRUÇÃO TUBULAR FORMAÇÃO DE LACUNAS NO EPITÉLIO TUBULAR OCORRE RETROVAZAMENTO PELA MEMBRANA BASAL OCORRERÁ EDEMA INTERSTICIAL PREDOMINANDO NÃO ABSORÇÃO O QUE OCORRE NA IRA POR NTA NÃO OLIGÚRICA? DISFUNÇÃO TUBULAR PREDOMINA CÉLULA EPITELIAL TUBULAR NÃO TRANSPORTADORA NÃO OCORRE ABSORÇÃO DO FLUIDO TUBULAR REJEIÇÃO DO FLUIDO TUBULAR DIURESE QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DE NTA POR NEFROTOXICIDADE? 1) TOXINAS EXÓGENAS Radiocontraste Antibióticos (Aminoglicosídeos) Antiretrovirais Esteróides Anabolizantes Anfotericina B Anestésicos fluorados ( Halotano e metoxiflurano) 2) TOXINAS ENDÓGENAS Rabdomiólise Hemólise Lise tumoral Mieloma Hipercalcemia QUAIS OS FATORES DE RISCO PARA IRA? SEPSIS TRAUMA HIPOALBUMINEMIA FALÊNCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS PÓS OPERATÓRIO QUAIS OS ACHADOS LABORATORIAS NA IRA RENAL? Urina cilindros de células epiteliais tubulares, granulosos pigmentados e debris Na+ urinário > 10mEq/L FE Na+ > 1% Densidade urinária < 1020 Osmolaridade urinária < 500 mOsm/L ( inabilidade de preservar água) NA IRA NÃO OLIGÚRIA OS ÍNDICES URINÁRIOS NÃO SÃO MUITO CONFIÁVEIS QUAIS AS FASES DA NECROSE TUBULAR AGUDA E O QUE OCORRE EM CADA UMA DELAS? 1) fase inicial oligúrica pode ser de 7 a 14 dias: AUMENTO DO RFG INABILIDADE DOS TÚBULOS REGENERADOS EM REABSORVER SÓDIO E ÁGUA 2) fase diurética ou poliúrica: RESUMINDO, QUAL A IMPORTANCIA DOS ÍNDICIES URINÁRIOS NA IRA OLIGÚRICA? Dentre os índices tradicionais a FeNa apresenta o melhor desempenho. Falseado por diversas situações: uso de diuréticos, contraste radiológico etc Nestes casos, a fração de excreção da uréia (FeU), pode ser utilizada para o diagnóstico diferencial da IRA pré-renal versus parenquimatosa em pacientes com doença crítica Deve-se considerar que existem sérios problemas potenciais na ressuscitação de pacientes sépticos que podem ser prevenidos pela utilização dos índices urinários. Em pacientes oligúricos, com FeNa ou FeU elevadas, a ressuscitação volêmica forçada não tem a capacidade de melhorar a função renal e pode resultar em edema pulmonar, hipóxia, necessidade de ventilação mecânica e síndrome de desconforto respiratório QUAL A CLÍNICA QUE UM PACIENTE EM IRA PODE APRESENTAR? MANIFESTAÇÕES GASTROINTESTINAIS: anorexia, nauseas, vômitos, sangramento digestivo etc AUMENTO DO VEC: hipervolemia,edema e derrames cavitários MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS: letargia, confusão agitação, asterix, tremores e convulsões DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS: acidose metabólica DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS:hipercalemia, hiponatremia QUAIS AS COMPLICAÇÕES DA IRA? METABÓLICAS hiponatremia hipercalemia acidose metabólica hipocalcemia hiperfosfatemia hipermagnesemia hiperuricemia HEMATOLÓGICAS anemia diátese hemorrágica INFECCIOSAS pneumonia septicemia infecção urinária infecção de ferida QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DE ÓBITO NA IRA? INFECÇÃO ( 30 – 70%) EVENTOS CARDIO-VASCULARES ( 5- 30%) EVENTOS GASTROINTESTINAIS EVENTOS PULMONARES E NEUROLÓGICOS ( 7-30%) COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A HD (1- 2%) QUAIS OS FATORES RELACIONADOS A MORTALDIADE NA IRA? Doença crônica pré-existente Hipotensão Oligúria Insuficiência respiratória com ventilação mecânica Falência de múltiplos órgãos Icterícia ou insuficiência hepática Neoplasia e Coma RESUMINDO, O QUE FAZER EM SITUAÇÃO DE PERDA AGUDA NA FUNÇÃO RENAL? Hipoperfusão renal: Favoreça euvolemia, hidrate e trate doença de base. Não use diuréticos pois reduzem ainda mais o FPR Drogas:Suspenda e ajuste à função renal Infecção:Trate foco infeccioso Crise hipertensiva:Trate hipertensão Alteração metabólica:Trate hipercalcemia hiperglicemia, hiperuricemia Se doença multissistêmica: Trate doença de base Afaste pelo US uropatia obstrutiva: Chame urologia Se rins contraídos diagnostique IRCT COMO TRATAR A NECROSE TUBULAR AGUDA? Minimizar a lesão parenquimatosa renal Otimizar o estado de volemia Restrição de sal e água principalmente em IRA oligúrica Restrição de potássio e fósforo. Identificar e corrigir acidose, pois diminui catabolismo protéico Restrição proteica, diminuindo nitrogênio ureico, fósforo e carga ácida Administração de caloriais, as custas de carbohidratos e aminoácidos essenciais, mantém balanço nitrogenado e diminui catabolismo protéico Ajuste das medicações para o grau de função renal Quando o tratamento conservador não for suficiente prover TRS QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS ABSOLUTOS PARA ENCAMINHAR O PACIENTE PARA TRS? Acidose urêmica com pH < 7,2 Encefalopatia urêmica severa Edema pulmonar por hipervolemia refratário, não responsivo a diuréticos. Hipervolemia não controlável. Hiperpotassemia não responssiva a medicação instituída Serosite urêmica principalmente se houver pericardite com sinais de tamponamento IRA PÓS-RENAL QUANDO OCORRE A IRA OBSTRUTIVA OU PÓS-RENAL? Quando o fluxo urinário é dificultado ou interrompido por obstrução mecânica das vias urinárias QUAL O EXAME MAIS IMPORTANTE PARA O DIAGNÓSTICO DE OBSTRUÇÃO RENAL? US QUANDO PENSAR EM IRA OBSTRUTIVA? - Homens idosos com história de nictúria, alteração de jato, dificuldade de esvasiamento vesical, volume de urina flutuante e desconforto suprapúbico -História de urolitíase -Neoplasia intra-abdominal, vesical, prostática ou pélvica -Prostata aumentada -Massa abdominal ou pélvica - Anúria de início súbito -Bexiga distendida -Obstrução ureteral bilateral ou em rim único -História de urolitíase -Obstrução ureteral bilateral ou em rim único *Possibilidade de poliúria com urina diluída não afasta obstrução crônica QUAL É O TRATAMENTO DA IRA OBSTRUTIVA? Diálise em situações emergenciais enquanto se aguarda resolução pela urologia Desobstrução das vias urinárias o mais rápido possível :Sonda vesical ,Cateter duplo J etc Nefrostomia ou Cirurgia de próstata QUAIS OS PROCESSOS ENVOLVIDOS NOS MÉTODOS DIALÍTICOS? PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS DIFUSÃO: Transporte de solutos, através de uma membrana semipermeável, obedecendo a gradiente de concentração, peso molecular e tamanho da molécula, com movimento bidirecional CONVECÇÃO COMO SE DÁ OS PROCESSOS DIFUSIVOS? Pela Depuração de uréia por difusão HEMODIÁLISE: Depuração de solutos principalmente por difusão Usa membrana semipermeável artificial Usa solução de diálise ou banho de diálise Ocorre simultâneo transporte de fluidos (UF) por pressão hidrostática transmembrana DEPURA SOLUTOS TRANSPORTA FLUIDOS COMO FUNCIONAM AS DIALISADORES DE FIBRAS OCAS? Dois compartimentos separados por uma membrana semipermeável Ocorre troca entre sangue e banho de diálise, favorecida pelo gradiente de concentração e de pressão entre os dois compartimentos Milhares de fibras capilares dispostas paralelamente, separadas entre si, juntas formam a superfície interna do dialisador (1,1-2,2m2) O QUE É O BANHO, OU SOLUÇÃO DE DIÁLISE? Duas frações separadas: Básica: HCO3 e NaCL Ácida: Ácido acético, lático ou cítrico e os demais componentes Durante a sessão de HD as duas frações são aspiradas e misturadas a água tratada DIALISATO: não precipita, pH=6,8-7,3 Passa pelo capilar a um fluxo variável: 300, 500 e 800mL/min QUAIS SÃO OS MÉTODOS DE TERAPIA NA HEMODIÁLISE? 1) TERAPIAS INTERMITENTES HEMODIÁLISE INTERMITENTE (4h 3x semana) DIÁLISE PERITONEAL INTERMITENTE (24-72h 2x semana) ULTRAFILTRAÇÃO INTERMITENTE 2) TERAPIAS CONTÍNUAS HEMOFILTRAÇÃO (24 horas) - CVVH HEMODIÁLISE CONTÍNUA OU HEMOLENTA - CVVHD HEMODIAFILTRAÇÃO (24 horas) - CVVHDF ULTRAFILTRAÇÃO CONTÍNUA (24 horas) – SCUF 3) TERAPIAS HÍBRIDAS DIÁLISE DIÁRIA ESTENDIDA (6-8 horas diariamente) DIÁLISE DE BAIXA EFICIÊNCIA SUSTENTADA ( 12 horas diariamente) QUAL MÉTODO DEVE SER ESCOLHIDO PARA TRS EM PACIENTES COM IRA? Terapia contínua para pacientes instáveis O melhor método é aquele que pode ser bem executado, analisando o treinamento do corpo clínico e enfermagem Sempre adequar o método ao momento do paciente INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Para efeitos clínicos, epidemiológicos, didáticos e conceituais a DRC é dividida em 5 estágios de acordo com a função renal QUAIS AS ETIOLOGIAS DA IRC? 1. Hipertensão Arterial 2. Diabetes mellitus 3. Glomerulonefrite crônica 4. Doença Renal Policística 5. Nefrite Intersticial 6. Doenças Vasculares do Colágeno 7. Neoplasias 8. Doenças Metabólicas 9. Doenças Congênitas/Hereditárias 10. Anemia de Células Falciformes 11. AIDS Outras O QUE NÓS ENCONTRAMOS NOS DIFERENTES EXAMES NA IRC? RX DE TÓRAX • Congestão pulmonar bilateral que se estende do hilo para a periferia poupando bases e ápices • Cardiomegalia • Apagamento do seio costofrênico direito US DE RINS E VIAS URINÁRIAS • Rins contraídos com aumento difuso de ecogenicidade sem diferenciação corticomedular ECG • Sinais de SVE • Achatamento da onda P, onda T pontiaduda e QRS alargado ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA • Duas ulceras gástricas sangrantes e mucosa difusamente enantematosa e sangrante QUAL A CONDUTA TERAPEUTICA PARA O PACIENTE EM SÍNDROME UREMICA POR IRC? 1-Dieta hipercalórica e hipoproteica ( 0,6 g/kg/dia) até início de TRS, para redução do catabolismo proteico Tratar HAS com antihipertensivos e diuréticos de alça 2-Pelas alterações da hipercalemia ao ECG:Gluconato de cálcio, 2 ampolas a 10% EV 3-Pela hipercalemia e para aumentar o influxo de K para o intracelular:Berotec em inalação de 4/4h 4-Glicoinsulina EV de 12/12h e Bicarbonato de sódio a 8,4% EV, também para aumentar o influxo de K para o intracelular 5-Se não for iniciar TRS usar resinas de troca iônicas 6-Acionar a equipe de nefrologia para providenciar TRS, visto tratar-se de urgência dialítica 7-Transfusão de sangue 8-Protetor gástrico QUAIS SÃO AS FUNÇOES EFETUADAS PELOS RINS? A – Balanço ácido básico A –Remoção de água E – Balanço eletrolítico T –Remoção de toxinas P –Controle da pressão sanguínea E – Produção de eritropoetina D –Metabolismo da Vitamin D O QUE É A SÍNDROME URÊMICA? • A azotemia significa elevação plasmática das escorias nitrogenadas, especificamente ureia e creatinina • Síndrome urêmica ou uremia é uma constelação de sinais, sintomas e complicações secundarias a insuficiência renal. • Síndrome urêmica é a azotemia associada a quadro clinico composto por desnutrição, nauseas e vômitos, sonolência, torpor, coma, alteração do ciclo sono-vigilia, polineuropatia periferica, sangramentos, pericardite, hipervolemia entre outros. • Uremia caracteriza a situação em que os rins já não têm capacidade de exercer suas funções glomerulares, tubulares e endócrinas. QUAIS AS MANIFESTAÇÕES HIDRO-ELETROLÍTICAS E ÁCIDO BÁSICAS NA SÍNDROME URÊMICA? • Volume circulante – HAS, edema e IC • Potássio- Hipercalemia • Cálcio e Fósforo – Hipocalcemia – Hiperfosfatemia • Acidose metabólica – respiração de Kussmaul QUAIS AS MANIFESTAÇÕES GASTROINTESTINAIS NA SÍNDRMOE URÊMICA? • Gastroenterite urêmica, mucosa edemaciada, hiperemia capilar, angiodisplasia, ulcerações superficiais, lesões necróticas e hemorrágicas • Urease bacteriana • Uréia ---------------------------- NH3 + CO2 • Anorexia,Náuseas,vômitos,Hálito Urêmico • Sangramento Gastrointestinal • Úlcera Péptica QUAIS AS MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS NA SÍNRMOE URÊMICA? • MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS CENTRAIS Encefalopatia urêmica com alterações do estado de alerta e da consciência Asterixe traduzindo encefalopatia metabólica Fadiga Alteração do Sono e concentração Cefaléia Convulsões Irritabilidade Coma • MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS PERIFÉRICAS Polineuropatia simétrica ou isolada sensitivo motora em luva e bota Síndrome da Perna Irrequieta e prurido Disfunção autonômica:hipotensão postural, alteração na sudorese e distúrbios da motilidade gástrica QUAIS AS MANIFESTAÇÕES PULMONARES NA SÍNDROME URÊMICA? • Pulmão urêmico • Pleurite • Derrame Pleural • Postula-se a existência de toxina que aumenta permeabilidade capilar pulmonar, causando transudação de líquido • • Pulmão Urêmico: Congestão bilateral que se estende do hilo para a periferia poupando bases e ápices Pleurites com ou sem efusão QUAIS AS MANIFESTAÇÕES CARDIOVASCULARES NA SÍNDRMOE URÊMICA? • Hipertensão arterial • Insuficiência cardíaca • Coronariopatia • Pericardite • Miocardite OUTRAS MANIFESTAÇÕES • Manifestações Oculares Retinopatia Hipertensiva Depósitos de cálcio na conjuntiva e córnea • Manifestações Hematológicas Anemia Sangramento • Manifestações Metabólicas Intolerância aos carboidratos Hiperlipidemia Gota • MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Palidez Pigmentação Prurido, escoriações Equimoses QUAL A CAUSA DE ÓBITO NO PACIENTE COM DRC? • Principal causa de óbito no portador de DRC é doença cardiovascular • DRC é fator de risco independente para aterosclerose • Aterogênese acelerada é evidente na IRC PORTANTO NÃO DEIXE DE INVESTIGAR ICO NESTE PACIENTE E QUALQUER OUTRO RENAL CRÔNICO COMECE COM SOLICITÇÃO DE ECOCARDIOBIDIMENSIONAL E DEPOIS SE NECESSÁRIO CATETERISMO QUAIS EXAMES LABORATORIAS AJUDAM A DEFINIR SE A DOENÇA RENAL É AGUDA OU CRÔNICA? • ULTRASONOGRAFIA DE RINS E VIAS URINÁRIAS • NÍVEIS HEMATIMÉTRICOS • NÍVEIS DE CÁCIO • NÍVEIS DE FÓSFORO • NÍVEIS DE PTH QUAL O MANUSEIO DA DRC? – DIAGNÓSTICO – ENCAMINHAMENTO PRECOCE PARA ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO COM NEFROLOGISTA – PREPARO PARA A TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (TRS) COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO LABRATORIAL DE DRC? • Clearance da Creatinina urina de 24horas • Urina I • Bioquímica • Proteinúria em amostra de 24 horas • Gasometria • Ultra-sonografia COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO DE DRC? • História • Exame físico • Imagem renal ( US) • Avaliação da função renal, sedimento urinário, quantificação de proteinúria • Punção biopsia quando indicada AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL • Creatinina sérica isolada. • Equações utilizando a creatinina sérica. • Recomenda-se, para avaliação da FG de adultos, a fórmula de Cockcroft-Gault como primeira opção. (140- idade) x peso x (0,85 se mulher) FG (ml/min) = • • • • • • 72 x Cr Pesquisar presença de Proteinúria no paciente com doença renal (sintomático ou assintomático) Como pesquisar proteinúria? Fita reagente. Se proteinúria positiva → quantificar Como quantificar proteinúria? Proteinúria em urina de 24h Amostra isolada de albumina corrigida por creatinina urinária ( 30mg/g) Pacientes com doença renal e proteinúria negativa,ou abaixo de 300mg/dia, pesquisar e quantificar ALBUMINÚRIA Pacientes com risco de doença renal sempre pesquisar ALBUMINÚRIA COMO SE FAZ O TRATAMENTO CONSERVADOR DA IRC? (estágio I a IV) Medidas visam evitar a aceleração da progressao da DRC 1-Controle estrito da glicemia nos pacientes diabéticos 2-Controle da hipertensao arterial (<125 x 75 mmHg nos pacientes diabeticos com proteinúria e <130 x 80 mmHg para os outros pacientes); 3-Dieta hipoproteica, controle da dislipidemia; evitar drogas nefrotoxicas como antiinflamatorios não hormonais, radiocontrastes iodados e aminoglicosideos 4-Evitar tabagismo 5-Tratar a anemia com eritropoietina recombinante humana e ferro para manter os niveis de Hb > 11,0g/dl e não ultrapassar Hb= 13,0g/dl 6-Evitar a hiperpotassemia e a hiperfosfatemia com controle dietético. A PREVENÇÃO DAS COMPLI CAÇÕES DEVEM SER ESTABELECIDA DURANTE O TRATAMENTO CONSERVADOR NOS ESTÁGIOS 3,4 e 5 NÃO DIALÍTICO! COMO FAZER A PREVENÇÃO DAS COMPLICAÇÕES NA DRC? • RISCO DE HIPERCALEMIA (FG < 10 ml/min) • Controle da ingestão de frutas, legumes frescos, carnes e sais substitutivos do NaCl, administração KCl e transfusões. • Evitar drogas que dificultam a eliminação do K ou bloqueiam a secreção e/ou a ação da aldosterona:ESPIRONOLACTONA, AMILORIDE e IECA • TRATAMENTO DA ACIDOSE METABÓLICA suplementando HCO3 em pacientes portadores de DRC, objetivando preservação da massa muscular e a redução da perda óssea • TRATAMENTO DA ANEMIA com reposição de ferro nos pacientes com deficiência previamente à terapia com EPO. Sat de transferrina < 20% e ou Ferritina < 100ng/ml • TRATAMENTO DA ANEMIA com administração de EPO EV ou SC. • AVALIAR METABOLISMO DO CÁLCIO E FÓSFORO Determinação de Ca, Pi e PTHi em todo paciente com FG < 60ml/min Pacientes com Ca reduzido recebe CaCO3 e ou vitamina D • TRATAMENTO DA HIPERFOSFATEMIA inicialmente com restrição de fosfato da dieta. Depois quelantes a base de cálcio (CaCO3) • TRATAMENTO DO HIPERPARATIREOIDISMO pelo controle do fósforo e pelo uso do calcitriol QUAL A MORTALIDADE DA IRC? • Apesar da TRS, a mortalidade na IRC é alta com uma redução de 60-80% na expectativa de vida • Com retenção de substâncias tóxicas no estado urêmico , características genéticas, desnutrição, hipercatabolismo e a bioincompatibilidade das membranas na TRS, fazem do urêmico um inflamado crônico PORQUE O ENCAMNIHAMENTO AO NEFROLOGIATA DEVE SER PREOCCE? • Encaminhamento tardio está associado a pior resultado na diálise • As complicações da IRC necessitam de cuidados multi-disciplinares • É a diálise prevenível ? CAUSAS REVERSÍVEIS DE PERDA DE FUNÇÃO RENAL • Obstrução do trato urinário • Infecção do trato urinário • HAS • Drogas • ICC • Distúrbios metabólicos – Hipercalcemia – Doenças imunológicas • Gravidez QUAL A RELAÇÃO DA HAS COM A DRC? • Círculo vicioso entre HAS e doença renal crônica • O controle ótimo da PA retarda a progressão da doença renal(<130/85) • IECA pareem mais eficazes que outros agentes antihipertensivos – Anti-proteinúricos – Anti-fibrogênicos QUAIS AS CONSEQUENCIAS DA DESTRUIÇÃO DOS NÉFRONS? • Ocorre adaptação renal à perda crônica de néfrons desde que haja reserva funcional no rim remanescente. • Os néfrons saudáveis e os menos lesados, se hipertrofiam e aumentam de função. • Ocorrendo compensação a perda renal • A homeostase é mantida até fases bastante avançadas da DRC. • Aumenta Filtração Glomerular por Néfron • Mas a sobrecarga hemodinâmica crônica acarretará em agressão glomerular • Perda de mais néfrons e estabelecimento de um círculo vicioso • DESTRUIÇÃO DE NÉFRONS RESPOSTA ADAPTATIVA • ELEVAÇÃO DA FILTRAÇÃO E DO FLUXO DE SANGUE GLOMERULAR POR NÉFRON • HIPERTENSÂO E HIPERFILTRAÇÃO GLOMERULAR • LESÃO ENDOTELIAL GLOMERULAR • AUMENTO DE PERMEABILIDADE CAPILAR GLOMERULAR • AUMENTO DA FILTRAÇÃO A MACROMOLÉCULAS • ATIVAÇÃO DE CÉLULAS MESANGIAIS • AUMENTO DE MATRIZ MESANGIAL • ESCLEROSE GLOMERULAR IRCT EVOLUÇÃO DA IRC • Uma vez iniciada a Insuficiência Renal, a deterioração da função residual é progressiva, levando a IRCT, em um período variável de tempo • Outros fatores poderão acelerar a perda de função renal residual como HAS,ITU, Obstrução e ou uso de drogas nefrotóxicas. • A IRC progride inexoravelmente, independente do controle destes fatores COMO REALIZAR A RENOPROTEÇÃO? MEDIDAS GERAIS • Identificação da patologia de base • Pesquisar presença de fatores associados ao agravo renal • Encaminhamento precoce ao nefrologista • Investigação de grupos de risco para DRC RECOMENDAÇÕES PARA DIMINUIR O RISCO DE AGUDIZAÇÃO. • Evitar hipotensão • Desidratação • Exposição a nefrotoxinas • Realizar diagnóstico precoce de obstrução do trato urinário MEDIDAS ESPECÍFICAS • Controle da PA, medida de maior impacto na redução da perda renal, em especial nos proteinúricos • Bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona • Bloqueio do SRAA através de IECA ou BRA • Dieta hipoprotéica ??? • Controle do perfil lipídico • Controle glicêmico e tabágico AÇÃO DO IECA NA RENOPROTEÇÃO • A II exerce efeitos diretos e indiretos pró-inflamatórios • O bloqueio do SRAA leva a redução de proteinúria pela queda da pressão intraglomerular. • A queda da carga de proteína filtrada, reduz o dano tubular • O bloqueio do SRAA, pelos IECA, diminui a permeabilidade da MBG às macromoléculas. • O bloqueio do SRAA atenua das alterações adaptativas glomerulares secundária a perda de néfrons • O bloqueio do SRAA reduz o infiltrado macrofágico, a proliferação fibroblástica, expressão de fator de crescimento transformador β • (TGF β) e de fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) no tecido renal • O bloqueio do SRAA reduz a síntese de colágeno • O bloqueio do SRAA leva a menor inflamação e fibrose renal TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA DIÁLISE - QUANDO INDICAR? O início da terapia dialítica, deve ser estabelecida pelo nefrologista com base na FG e no quadro clínico do paciente. 1. Evitar Desnutrição 2. Excesso de Volume Extracelular 3. Neuropatia Periférica 4. Sintomas Urêmicos 5. TFG aproximada 10,5ml/min/1,73m2 COMO DEVE SER O PREPARO DO PACIENTE PARA TRS? • Orientação do paciente e familiares sobre o tratamento (TRS), riscos e benefícios. • Preparo do acesso vascular, ou peritoneal para a modalidade de diálise a ser escolhida. • Detecção de marcadores virais no sentido de proteger a equipe de saúde e outros pacientes • Imunização contra Hepatite B, Tétano e Pneumococo. • Prevenção da rede vascular do membro superior não dominante, para realização da fístula artério-venosa, evitando punções. • A FAV é fundamental para um tratamento dialítico eficaz • Fazer a FAV precocemente e deixar maturar por um período superior a quatro semanas antes da punção COMO INICIAR A TRS? • A escolha do método para a TRS deve ser individualizada e contemplar características clínicas, psíquicas e socioeconômicas do paciente • É importante apresentar ao paciente e família, de forma clara e compreensível, as opções de tratamento, assegurando-lhes a possibilidade de modificar a escolha inicial conforme a evolução: • DIÁLISE PERITONEAL AMBULATORIAL CONTÍNUA (CAPD) • DIÁLISE PERITONEAL AUTOMATIZADA (DPA) • HEMODIÁLISE • TRANSPLANTE RENAL INDICAÇÕES OBIGATÓRIAS PARA TRS – Pericardite – Hipervolemia refratária ao uso de diuréticos – Hipertensão arterial refrataria às drogas hipotensoras – Presença de Neuropatia periférica ou sinais encefalopatia – Sangramento atribuíveis a uremia – Náuseas e vômitos persistentes – Hiperpotassemia não controlada – Acidose metabólica não controlada CÁLCIO E FÓSFORO CÁLCIO • Aproximadamente 99% do cálcio corporal encontra-se no esqueleto, principalmente sob a forma de cristais de hidroxiapatita [Ca10(PO4)6(OH)2]. • O restante (1%) encontra-se nos dentes, tecidos moles e no fluido extracelular. • Essencial na coagulação sangüínea, na eletrofisiologia de células excitáveis, tais como os miócitos e as células musculares lisas • Os níveis séricos de cálcio são controlados por meio de uma resposta integrada de hormônios reguladores: Paratormônio (PTH), a vitamina D [1,25(OH2D3 ] e a Calcitonina. FÓSFORO • A dieta diária de um adulto saudável contém 800 a 1.400 mg de fósforo • Cerca de 90% desse íon é absorvido no intestino, principalmente no jejuno, pelo transporte passivo e, em pequena proporção, pelo transporte ativo, que é estimulado pela 1,25 dihidroxi-vitamina D3 [1,25(OH)2D3]. • A maior parte do fósforo é excretada na urina,entretanto, aproximadamente 10% são eliminados nas fezes • Conservação e transferência de energia; transporte celular; constituição dos fosfolipídeos; transmissão de impulso nervoso; glicólise; cofatores enzimáticos • Manutenção da mineralização óssea • Depleção do fósforo associa-se às alterações hematológicas (anemia hemolítica, trombocitopenia e disfunção leucocitária), rabdomiólise, hepatite, pancreatite a abaixamento do nível de consciência. • O transporte renal de fósforo sofre influência do PTH. • No túbulo próximal, o hormônio atua inibindo o cotransporte Na/P, diminuindo assim a reabsorção do fósforo e aumentando a fosfatúria. • Logo:PTH reduz a concentração plasmática de fósforo • Os níveis séricos de fósforo são controlados por meio de uma resposta integrada de hormônios reguladores: Paratormônio (PTH), a vitamina D [1,25(OH2D3 ] e FGF23 (FIBROBLAST GROWTH FACTOR 23) CALCITONINA • Age como um antagonista fisiológico do PTH, impedindo que o cálcio se eleve acima dos níveis fisiológicos. • Atua principalmente no osso, causando uma diminuição da reabsorção óssea através da inibição da atividade osteoclástica e estimulação da osteoblastica. • A secreção da calcitonina é produzida pela células (C) da tireóide PTH • • • • Principal regulador da secreção do PTH: próprio íon Ca Ca++ sérico ativa receptor-sensor do Ca++ reduz síntese de PTH Ca++ sérico dessensibiliza receptor-sensor do Ca++ aumenta síntese de PTH O vitamina D a secreção do PTH VITAMINA D • Hormônio com ação no enterócito. • Aumenta a entrada de cálcio no interior do enterócito, através de um aumento na expressão de canais de cálcio na membrana apical. • Facilita o transporte de cálcio através da célula provocando um aumento na síntese das calbidinas. • • • • • • Aumenta a saída de cálcio através da membrana basolateral do enterócito por elevar a síntese da bomba de cálcio. Aumenta o transporte ativo de fosfato através de um aumento na expressão do cotransporte sódio-fosfato na membrana apical do enterócito. Nos rins, a ação da 1,25(OH)2D3 é controversa e atuaria diminuindo a reabsorção tubular de fósforo Na IRC há uma tendência a hipocalcemia,devido a uma deficiência da forma ativa da vitamina D (1,25-(OH)2 vitamina D3) Lembrando: Uma das funções endócrinas do rim é a biossíntese da forma ativa da Vit.D. IRC Diminuição progressiva da massa renal Diminuição dos níveis circulantes da Vit D Redução da absorção intestinal de Cálcio HIPOCALCEMIA CONSEQUENCIAS DA HIPOCALCEMIA HIPOCALCEMIA Hiperparatiroidismo secundário ( PTH ) Permitindo manter o cálcio plasmático em níveis normais ou pouco reduzidos à custa de uma mobilização das reservas ósseas de Ca. DESCALCIFICAÇÃO ÓSSEA COMO OCORRE O DUSTURBIO MINERAL ÓSSEO NA IRC? • A excreção de fosfato é diretamente proporcional a FG • Toda vez que os níveis de P sobem ele precipita com o Ca nos tecidos, ou seja, o produto Ca x P alto, favorece a precipitação de fosfato de cálcio em diferentes tecidos, calcificação extraóssea. • Na IRC avançada, especialmente nos dependentes de diálise crônica há grande retenção de fosfato, que precipita nos tecidos com o cálcio. • Ocorre precipitação de fosfato de cálcio no próprio tecido renal, nas paredes vasculares, levando a nefrocalcinose e a obstrução coronariana. NEFROCALCINOSE PROCESSO INFLAMATÓRIO DESTRUIÇÃO DO PARÊNQUIMA RENAL AGRAVANDO AINDA MAIS O QUADRO DA IRC A PRECIPITAÇÃO DE FOSFATO DE CÁLCIO, CALCIFICAÇÃO EM TECIDOS NÃO ÓSSEOS, É INEVITÁVEL EM PCTS EM FASE AVANÇADA DA DRC JÁ QUE: 1-Muito difícil restringir a ingestão de fosfato na dieta do pct. 2-Não há outra via de eliminação de fosfato que não a renal Níveis de cálcio, fósforo e PTH (PTHi) devem ser determinados em todos os pacientes com DRC, com TFG abaixo de 60 mL/min/1,73 m2. A freqüência das determinações deve ser baseada no estágio da DRC. Freqüência de dosagens de Ca, P e PTHi de acordo com o estágio da DRC Estágio da DRC FG Dosagem De PTHi Dosagem de Ca e P 30-59 ANUAL ANUAL 4 15-29 Trimestral Trimestral 5 <15 ou diálise Trimestral MENSAL 3 Níveis-alvo de PTHi de acordo com o estágio da DRC Estágio da DRC FG PTHi alvo (pg/mL) 30-59 35-70 15-29 70-110 <15 -diálise 150-300 3 4 5 QUAIS AS CONSEQUENCIAS DA HIPERFOSFATEMIA? • Hipocalcemia • Diminuição dos níveis de calcitriol • Hiperparatireoidismo secundário • Calcificação de partes moles • Calcificação CV: vasos coronarianos, periféricos,miocárdio e valvas cardíacas • Aumento da morbidade e mortalidade COMO SE FAZ A AVALIAÇÃO DO FÍSFORO SÉRICO? • O nível de fósforo sérico deve estar entre: 2,7 e 4,6 mg/dL (Estágios 3 e 4) 3,5 e 5,5 mg/dL (Estágio 5). • Hiperfosfatemia é fator altamente preditivo de mortalidade no portador de DRC, possivelmente causado pela calcificação em tecidos não ósseos como paredes vasculares. • A avaliação da ingestão dietética de P deverá ser sempre realizada por um nutricionista • Estágio 3 e 4 até 700mg/dia • Estágio 5 até 1.000mg/dia QUANDO FAZER O USO DE QUELANTES DE FÓSFORO? - Deve ser instituído quando não houver controle do fósforo ou do PTHi apesar da restrição do fósforo dietético. Quelantes à base de cálcio desde que o pct não haja Ca >10,2mg/dL, que não tenha calcificação extra-óssea, Usar Carbonato ou acetato de Ca Outra opção são os quelantes que não contenham cálcio também como o Cloridrato de sevelamer. Deverão ser tomados logo antes,durante ou imediatamente após a refeição!!! A dose deverá ser calculada de acordo com a quantidade de P contida na refeição,estimada através do inquérito dietético. COMO ESTÁ O CÁLCI OE A VITAMINA D NA IRC? Na DRC,o nível de cálcio depende da ingestão diária de Ca, do tipo de quelante de P utilizado,o uso ou não de Vit.D,do nível sérico de PTH e da concentração de cálcio no dialisato. Vitamina D: 1-Bom:Aumenta a absorção intestinal de Ca e P,promove a mineralização óssea e inibe a síntese e a secreção de PTH. 2-Ruim:Pode causar hipercalcemia,hiperfosfatemia e calcificação extra-óssea. HIPERFOSFATEMIA E CALCIFICAÇÃO DE CÉLULA MUSCULAR LISA VASCULAR - A calcificação vascular não se faz apenas pelo depósito de fosfato de cálcio no vaso - A hiperfosfatemia induz ativação de genes, relacionados a síntese de proteínas associadas a funções osteoblásticas pela célula muscular lisa - A hiperfosfatemia transforma a CML em osteoblasto com síntese óssea - Existe associação entre calcificação arterial e reabsorção óssea - A calcificação vascular é um processo ativo de ossificação de vasos,extremamente frequente na uremia,e que, contribui para a elevada morbimortalidade cardiovascular presente nos pacientes renais crônicos. IRC E AS MANIFESTAÇÕES CARDIOVASCULARES A doença cardiovascular é a maior causa de morte na população urêmica • Aterogênese acelerada é evidente em IRC • Calcificação arterial em pacientes jovens em diálise • Fatores de risco cardiovasculares tradicionais : Idade avançada, sexo masculino,HAS, Diabete, fumo, Col LDL alto e HDL baixo e predisposição genética, são os mais importantes nas fases iniciais da IRC • Mas, fatores de risco não tradicionais crescem sua importância a medida que a função renal piora • Calcificação coronariana e de grandes artérias,está relacionada a aumento da morbimortalidade cardiovascular • Associa-se a aumento na pressão de pulso, HVE, arritmias resultantes da rigidez arterial, podendo levar a aumento de doença cardio vascular e morte TODOS ESSES DISTÚRBIOS RELACIONADOS AS ALTERAÇÕES MINERAIS E ÓSSEAS RECEBEM O NOME DE: DISTÚRBIO MINERAL ÓSSEO DA IRC QUAIS AS DOENÇAS ÓSSEAS QUE PODEM OCORRER NA SÍNDROME URÊMICA? 1. DOENÇA ÓSSEA DE AUTO TURNOVER (PTH alto) a) HIPERPARATIROIDISMO SECUNDÁRIO NA IRC - Aumento no número e na atividade dos osteoclastos - Alta reabsorção óssea - Fibrose do espaço medular por ativação das células mesenquimais da medula, que se diferenciam em fibroblastos b) OSTEÍTE FIBROSA - Aumento paralelo da atividade osteoblástica com aumento de osteóide 2. DOENCA ÓSSEA DE BAIXO TURNOVER (PTH normal ou baixo) DOENÇA ADINÂMICA - Baixa formação e remodelação óssea Elevada taxa de fraturas com dor e limitação de movimento QUAL QUADRO CLÍNICO NO HIPERPARATIROIDISMO? Prurido, calcificação vascular, deformidade óssea, periartrite e calcificação metastática Dores ósseas, aumento da incidência de fraturas, miopatia, dor muscular e ruptura de tendões MANIFESTAÇÕES HEMATOLÓGICAS ANEMIA DA DRC: NORMOCÍTICA-NORMOCRÔMICA • • Principal local de produção da Eritropoetina é no endotélio do capilar peritubular da córtex renal e medula externa. RFG < 50-30mL/min reduz a produção de Eritropoetina FATORES ENVOLVIDOS COM ANEMIA NA IRC • Deficiência de eritropoetina pelos fibroblastos peritubulares • Deficiência de Ferro (52%) • Deficiência de Folato e B12 • Perdas sanguíneas • Diminuição da sobrevida das hemáceas( 30-50%) • Inflamação • Toxicidade relacionada ao hiperparatireoidismo DIAGNÓSTICO DE ANEMIA EM PACIENTES PORTADORES DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) • RECOMENDAÇÃO 1.1. Diagnóstico de anemia em pacientes adultos (acima de 18 anos) com DRC, independente do estágio da doença, deve obedecer aos critérios diagnósticos recomendados para a população geral Homens : nível de hemoglobina < 13,0g/dL Mulheres e homens acima de 65 anos: Hb <12,0g/dL Este é um critério diagnostico e não de intervenção • RECOMENDAÇÃO 1.2. Um hemograma, saturação transferrina e ferritina sérica devem ser solicitados em todos os pacientes com DRC independente do estágio da doença. • RECOMENDAÇÃO 1.3. Em todos os pacientes com DRC, outras causas de anemia devem ser investigadas sempre que não houver compatibilidade dos índices hematimétricos e a taxa de filtração glomerular. COMO É A ANEMIA DA IRC? • A anemia da Doença Renal Crônica é habitualmente assintomática e de instalação lenta, permitindo a adaptação do paciente a níveis decrescentes de hemoglobina • O diagnóstico preciso e a abordagem terapêutica precoce são cruciais para que os conhecidos efeitos deletérios da anemia sobre os sistemas cardiovascular, nervoso e, talvez, sobre a progressão da doença renal, possam ser prevenidos. • Os pacientes diabéticos constituem um grupo que merece um cuidado maior, visto que, desenvolvem anemia mais severa e freqüente que os pacientes com outras causas de DRC, o que pode determinar um pior prognóstico quanto à morbidade, sobrevida e a incidência de complicações. • A presença de anemia está associada à evolução desfavorável do paciente em diversas doenças. COMO INVESTIGA-LA? • HMG com Hb/Ht, VCM e CHCM • Ferro sérico • Saturação da transferrina • Ferritina sérica DEFICIENCIA FUNCIONAL DE FERRO NA IRC • Muitos pacientes necessitam doses crescentes desses medicamentos para manter o alvo de hemoglobina, em decorrência da incapacidade do organismo para mobilizar a quantidade de ferro necessária para suprir uma eritropoiese efetiva. • A esse estado dá-se o nome de deficiência funcional de ferro. • Essa deficiência tem como aspecto peculiar a diminuição da concentração do ferro sérico e da saturação da transferrina, e, paradoxalmente, ferritina sérica normal ou aumentada. • A ferritina por ser uma proteína de fase aguda, muitas vezes está aumentada em pacientes com DRC sem que essa situação reflita estoques adequados de ferro e sim a presença de um processo inflamatório Hipertrofia Cardíaca está Presente em 74% dos Pacientes que Iniciam Diálise QUANDO INICIAR O TRATAMENTO? • A correção da Hb com eritropoetina: – Melhora a Qualidade de Vida – Ajuda Controlar a Hipertrofia Cardíaca – Mas aumenta o risco de Tromboses • Tratamento Individualizado. • Diretrizes Brasileiras: Hb 11 a 12 g/dL em qualquer estágio da DRC, no máximo:13 g/dL • Tratar toda Anemia Sintomática REPOSIÇÃO DE FERRO Pacientes em estágio 3 e 4 (FG 15 a 59 mL/min) • Com Hb > 11 g/dL – Manter ferritina > 100 ng/mL e Saturação de transferrina > 20 %. • Com Hb < 11 mg/dL – Manter ferritina > 200 ng/mL e saturação de transferrina > 20 %. Pacientes em estágio 5 (FG < 15 mL/min) Manter ferritina > 200 e saturação de transferrina > 20 % Cuidado: Não ultrapassar 500 ng/mL de ferritina ou 40 % de sat de transferrina COMO INTERPRETAR A MÁ RESPOSTA? • Deficiência de Ferro • Hiperparatireoidismo • Infecção/Inflamação Crônicas • Dose de Diálise Inadequada • Intoxicação por Alumínio • Dose de Eritropoetina Insuficiente SÍNDROME ANEMIA CARDIORENAL • A presença de DRC e anemia em portadores de IC é denominada síndrome anemia cardiorrenal, um círculo vicioso que vêm sendo relacionado ao aumento da mortalidade. • A investigação da presença de anemia e da função renal pela taxa estimada da filtração glomerular deve ser parte integrante da avaliação clínico-laboratorial em todo paciente com IC • Intervenções preventivas e terapêuticas, podem reduzir a evolução clínica dessas comorbidades e interferir no prognóstico da IC. • O uso de eritropoetina (EPO) subcutânea e de ferro endovenoso são novas alternativas terapêuticas para a anemia associada à IC que, apesar de não modificar a sobrevida, melhora a capacidadefuncional e a qualidade de vida na IC. • Anemia x DRC (Cl<60mL/min) x IC • Parece ser a anemia um fator de risco independente de progressão da DRC. • Anemia leva vasoconstricção renal • Anemia se relaciona a hipóxia e aumento do stress oxidativo no tecido renal • Administração de EPO pré dialítica se associou a diminuição da velocidade de progressão da DRC • O estado inflamatório da DRC interfere na disponibilidade de Fe para eritropoese. • Cada queda de 0,5g na hemoglobina aumenta 1,3 vezes a incidência de HVE • Existe correlação entre níveis de Hb. e gravidade de IC • Anemia leva a estimulação simpática com aumento de FC com progressão da HVE e da ICC • A IRC é comum na ICC ( prevalência de 30-50%) • Corrigir anemia e tratar agressivamente a ICC • HB alvo é11g/dl na pré-menopausa 12g/dl em homens e mulheres na pós- menopausa TRATAMENTO • Programa de promoção à saúde e prevenção primária (grupos de risco para DRC) • Identificação precoce da disfunção renal • • • • • • Detecção e correção das causas reversíveis da doença renal Diagnóstico etiológico Definição e estadiamento Intervenção para retardar progressão Prevenção das complicações Modificação de comorbidades TRATAMENTO CONSERVADOR DA DRC 1. Controle da progressão da nefropatia a. Tratamento da hipertensão b. Redução da proteinúria c. Restrição dietética de proteína e fósforo d. Manejo da hiperlipidemia 2. Evitar danos adicionais, prevenindo agudização 3. Manejo das complicações da uremia PREVENÇÃO DA PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA • A taxa de declínio da filtração glomerular deve ser avaliada através de estimativas periódica, utilizando medidas da creatinina sérica e clearence. • A FG deve ser estimada pelo menos uma vez ao ano, e a cada três meses naqueles com: – FG< 60ml/min/1,73m2 – Declínio rápido da FG – Fatores de risco para progressão mais rápida – Vigência de tratamento para diminuir a progressão – Exposição a fatores de risco para declínio agudo • Deve ser realizado controle rigoroso da pressão artéria para todos os pacientes. Condições PA ideal TTO Portadores de nefropatia não diabética com proteinúria > 1g/24h < 125 / 75 mmHg 1ªescolha: IECA podendo se associar BRA, para melhor controle da PA e/ou proteinúria Portadores de nefropatia não diabética com proteinúria < 1g/24h </= 130 / 80 mmHg IECA ou BRA, para melhor controle da PA e/ou proteinúria • • • • • • • REDUÇÃO DA PROTEINÚRIA com IECA ou BRA RESTRIÇÃO DE SÓDIO-Recomendado 2 a 4g de sal. Se necessário associar diuréticos. Restrição Dietética de Proteína e Fósforo Ingestão protéica de 0,75 g/Kg/d nos pacientes com FG > 30 ml/min. Ingestão protéica de 0,6 g/Kg/d nos pacientes com FG < 30 ml/min Ingestão energética > 30-35 Kcal/Kg/d Desnutrição proteico-calórica pode ser critério de indicação de terapia de substituição renal NEFROPATIA DIABÉTICA QUAL A IMPORTÂNCIA CLÍNICA DA NEFROPATIA DIABÉTICA? COMPLICAÇÃO CRÔNICA DO DIABETE MELLITUS ASSOCIADA A IMPORTANTE AUMENTO NA MORTALIDADE QUANDO A NEFROPATIA DIABÉTICA SE INSTALA: A MORTALIDADE AUMENTA EM 100 VEZES NO DIABETE TIPO 1, A MORTALIDADE AUMENTA EM 5 VEZES NO TIPO 2 A NEFROPATIA DIABÉTICA É A PRINCIPAL CAUSA DE INGRESSO EM PROGRAMAS DE DIÁLISE EM PAÍSES DESENVOLVIDOS QUA A PREVALENCIA DA NEFROPATIA DIABÉTICA? 35- 40% DOS PACIENTES COM DIABETE MELLITUS TIPO 1, DESENVOLVEM NEFROPATIA DIABÉTICA SUA PRINCIPAL CAUSA DE ÓBITO 18-23%, DOS PACIENTES COM DIABETE MELLITUS TIPO 2, DESENVOLVEM NEFROPATIA DIABÉTICA QUAIS AS FASES DA NEFROPATIA DIABÉTICA? INICIAL OU DE HIPERFILTRAÇÃO SEM ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS HIPERTROFIA GLOMERULAR RENOMEGALIA HIPERFILTRAÇÃO GLOMERULAR ALBUMINÚRIA É NORMAL, ou seja < 30 mg/ 24h PODE SER REVERSÍVEL ATRAVÉS DE RIGOROSO CONTROLE GLICÊMICO FASE DA NEFROPATIA INCIPIENTE OU DE MICROALBUMINÚRIA ESPANSÃO MESANGIAL ESPESSAMENTO DE MBG RFG AINDA É NORMAL ALBUMINÚRIA ENTRE 30 À 300mg / 24 H NEFROPATIA CLÍNICA OU DE MACROALBUMINÚRIA 1º -ESPANSÃO MESANGIAL DIFUSA GLOMERULOESCLEROSE INTERCAPILAR E NODULAR ALBUMINÚRIA > 300mg/24 horas DEPOIS SURGE PROTEINÚRIA FRANCA > 500 MG/24H 2º -HIALINOSE ARTERIOLAR deposição subendotelial de proteínas em arteríolas aferentes resultando em isquemia e hialinização de numerosos glomérulos 3º -OBLITERAÇÃO GLOMERULAR NESTA FASE O RFG COMEÇA A CAIR PROGRESSIVAMENTE, proporcional ao número de glomérulos esclerosados (CLEARANCE de creatinina < 60 mL/MIN) 4-FASE DE INSUFICIÊNCIA RENAL TERMINAL (CLEARANCE CREATININA < 30 mL/min) O QUE NÓS PODEMOS VO=ISUALIZAR NA BIÓPSIA RENAL? Glomerulosclerose intercapilar nodular de Kimmelstiel-Wilson Espessamento mesangial na forma de nódulo, hialino e acelular. Sempre associada à glomerulosclerose difusa. HIALINOSE ARTERIOLAR: deposição subendotelial de proteínas em arteríolas aferentes, levando a isquemia e hialinização de numerosos glomérulos *Quanto maior o número de glomérulos hialinizados maior o grau de IRC e menor o clearance de creatinina QUANDO DEVEMOS RASTRAR A NEFROPATIA DIABÉTICA? Após 5 anos de instalada a diabete se portador de DM tipo 1. Se a DM tipo 1 surgiu na infância, após 5 anos da puberdade Já no DM tipo 2 nefropatia deve ser investigada no diagnóstico . O rastreamento da nefropatia diabética deverá ser repetido anualmente em ambos os tipos COMO É FEITO O RASTREAMENTO? Exame comum de urina e urocultura em amostra casual de urina Dosagem de proteinúria de 24horas Proteinúria < 300 mg/ 24h, dose microalbuminúria em urina de 12 ou 24 horas A microalbuminúria deve ser feita por imunoturbidimetria ou radioimunoensaio, pelo menos 2 de 3 amostras com um intervalo de 3 a 6 meses QUE SITUAÇÕES CAUSAM FALSO POSITIVO PARA ALBUMINÚRIA? - Mau controle metabólico -Urina muito alcalina e ou muito densa -Infecção do trato urinário -Alta ingestão protéica -Exercício físico vigoroso -Níveis pressóricos muito elevados -Menstruação -Obesidade mórbida -Leucorréia -Gestação -Doença aguda ou febre QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA NEFROPATIA INCIPIENTE NA FASE MICROALMUMINÚRIA? Surge especialmente nos DM tipo1 com mais de 10 anos de doença Em pacientes com DM tipo 2 ao contrário dos pacientes com DM tipo 1, já pode estar presente na ocasião do diagnóstico do DM A TFG usualmente se mantém estável nos pacientes microalbuminúricos até que a EUA atinja valores próximos aos da fase de nefropatia clínica > 300mg/24h Os pacientes permanecem por 8-10 anos nesta fase QUAIS PACIENTES MICROALBUMINÚRICOS PROGREDIRÃO PARA MACROALBUMINÚRIA ? Mau controle glicêmico Níveis tensionais elevados Dislipidêmicos Tabagistas Fatores genéticos fortes para DCV O QUE COMPROVADAMENTE EVITA O SURGIMENTO DE MICROALBUMINÚRIA, OU SEJA, DE NEFROPATIA DIABÉTICA? - CONTROLE GLICÊMICO E PRESSÓRICO INTENSIVOS - A REDUÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NÃO SÓ RETARDA O APARECIMENTO DE NEFROPATIA, COMO O REDUZ RISCO CARDIOVASCULAR DESTES PACIENTES QUE CIFRAS ATINGIR ? Glicemia < 120 mg/dl e Glico-hemoglobina < 7% Pressão arterial < ou = a 130 x 80mmHg Pressão arterial <120 x 75mmHg se houver proteinúria RELAÇÃO ENTRE MICROALBUMINÚRIA E ATEROGÊNESE Microalbuminúria, per se, é um fator de risco independente de cardiopatia isquêmica e de aumento na mortalidade, tanto em pacientes com DM tipo 1 quanto para o DM tipo 2 Microalbuminúricos configuram um perfil aterogênico 1-Níveis pressóricos elevados ou menor descenso noturno 2- Aumento do LDL e triglicerídeos e diminuição do HDL 3-Alterações da função endotelial 4- Aumento do fator VII 5- Aumento do fibrinogênio 6-Aumento da atividade do inibidor do ativador do plasminogênio HEMODINÂMICA RENAL NA DIABETE MELLITUS HIPERFILTRAÇÃO GLOMERULAR AUMENTO NA PASSAGEM DE MACROMOLÉCULAS AO MESÂNGIO GLOMERULOESCLEROSE INTERCAPILAR SRA E NEFROPATIA DIABÉTICA • As células mesangiais contêm todos os elementos do SRA, incluindo renina, angiotensinogênio, receptores AT1 e ECA. • A hiperglicemia aumenta a produção de Ang II pelas células mesangiais. • A glicose e a Ang II têm efeitos similares em culturas de células glomerulares: estimulam a síntese de proteínas da matriz mesangial, inibem a atividade da colagenase, promovem o acúmulo de colágeno e inibe a ativação do plasminogênio. • A hiperglicemia e A II aumenta da formação de citocinas pelas células mesangiais que estímulam o crescimento da matriz mesangial • A A II induz a produção de superóxido e a hipertrofia das células mesangiais. • A A II também tem importante papel na síntese de endotelina pelas células endoteliais e mesangiais • A hiperglicemia, a angiotensina II e o estresse mecânico, estimulam a produção do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) • • • • O VEGF é uma citocina importante na patogênese da nefropatia diabética, sua expressão se expressa nas células glomerulares e mesangiais A citocina TGF-β é um importante mediador de acúmulo e fibrose da matriz. Glomérulos de pacientes diabéticos têm um aumento do RNAm para TGF-β, bem como de outros fatores promotores do crescimento. Glicose e angiotensina II aumentam TGF-β COMO É FEITO O TRATAMENTO DA MICROALBUMINÚRIA ? - Os IECA, dilatam preferencialmente a arteríola eferente, reduzindo a pressão intraglomerular - Os IECA reduzem a expressão no tecido renal de fatores de crescimento diminuindo síntese de colágeno IV, com menor inflamação e fibrose - IECA detém deterioração da função renal e previne progressão de micro para macroalbuminúria, no DM 1, mesmo nos normotensos - Ação renoprotetora específica dos IECA na redução da proteinúria, em proporção maior para os mesmos níveis de redução da PA (metoprolol) - Uma estratégia alternativa na prevenção primária da nefropatia diabética: Utilização de IECA independente da presença de HAS ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA AO PORTADOR DE MICROALBUMINÚRIA -Parar imediatamente o fumo e possível álcool -Oftalmologista anual -Dieta hipolipídica rica em fibras -Iniciar estatina com a meta de manter Col LDL < 100mg/dl -Manter triglicerídeos < 150mg/dl -Atividade física regular -Explicar sobre dieta e sobre pico glicêmico etc -Controle rígido de glicemia - Explicar sobre a vantagem de usar drogas que reduzam a microalbuminúria e que atuem na evolução da doença. - Iniciar IECA ou Inibidor de receptor da angiotensina II - ASSOCIAR???? - Dieta hipoproteica ( 0,8 g/Kg/dia) de preferência proteína de frango, peixe ou substituição por proteína vegetal, pois também reduz colesterol QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA NEFROPATIA CLÍNICA - FASE MACROALBUMINÚRICA? - Geralmente os pacientes tem mais de 10 anos de DM - Macro albuminúria evolui para proteinúria franca e até síndrome nefrótica - Surgimento de HAS - Perda de função renal progressiva, proporcional ao grau de glomeruloesclerose e ao número de glomerulos hialinizados - O tratamento antihipertensivo eficiente no curso da IRC, retarda a perda de função e diminuir a albuminúria - O controle glicêmico rigoroso nesta fase parece não influenciar na progressão da nefropatia A sobrevida renal após o surgimento da proteinúria franca é em média 8 a 10 anos. - Nos DM tipo 1, a partir do diagnóstico de nefropatia clínica, ocorre uma redução nos valores de TFG da ordem de 1 ml/min/mês. - A perda de função no tipo 2 é mais heterogênea, podendo ocasionalmente ser mais lenta, com valor de declínio da TFG de 0,5 ml/ min/mês. QUAIS OS DETERMINANTES DA VELOCIDADE DE DECLÍNIO DO RFG NA FASE DE MACROALBUMINÚRIA? - Níveis de PA - Colesterol - Fumo - Controle glicêmico - Proteinúria (> 2 g/24 h) - Fatores genéticos RELAÇÃO ENTRE PROTEINÚRIA E MACROANGIOPATIA NO DM TIPO 2 Pacientes com DM tipo 2 proteinúricos mais freqüentemente apresentam macroangiopatia. Nesta fase a prevenção com aspirina é preconizada O uso de betabloqueadores, quando bem indicado, tem resultados positivos QUAL O ACOMPANHAMENTO CLÍNICO IDEAL DO PACIENTE MACROALBUMINÚRICO? PA < 120 x 75 mmHg nos com proteinúria > 2g. em 24 horas Avaliar a função renal de 3 em 3 meses com a progressão da nefropatia clínica Manter glicemia e lipídeos em bom controle Tratar adequadamente as complicações associadas como a retinopatia, neuropatia periférica e autonômica RELAÇÃO ENTRE ND E CO-MORBIDADES Retinopatia, pode ser considerada marcador de nefropatia diabética devendo sempre ser avaliada Retinopatia e a nefropatia compartilham com os mesmos determinantes: glicemia, PA e dislipidemia Neuropatia periférica e autonômica estão associadas a maior morbi-mortalidade, devendo sempre ser avaliada Avaliação de cardiopatia isquêmica deve ser rotina, pelo elevado risco cardiovascular desta população Doença carotídea, arterial periférica e estenose de artéria renal deve ser adequadamente procuradas ORIENTAÇÃO PARA O PACIENTE EM NEFROPATIA CLÍNICA Reorientar em relação ao fumo Oftalmologista 6 em 6 meses Dieta hipolipídica rica em fibras Estatina com a meta de manter col LDL <100mg/dl Fibratos com a meta de manter triglicerídeos < 150mg/dl Atividade física regular Controle rígido de glicemia adicionando insulina regular ou rápida nas refeições Re-explicar sobre dieta do diabético sobre pico glicêmico etc Rigor no controle pressórico em relação a progressão da doença IECA e BRA Orientar sobre cuidado com os pés Dieta hipoproteica ( 0,8 g/Kg/dia), de preferência proteína de frango ou peixe, ou, substituição por proteína vegetal Restrição hídrica e diurético se edema Retorno com 3 em 3 meses. QUANDO O CLEARENCE DE CREATININA FOR < 30ML/MIN TODO PACIENTE DEVERÁ ESTAR SOB SUPERVISÃO DO NEFROLOGISTA PARA PREPARO DA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA! CUIDADOS NA FASE DE INSUFICIÊNCIA RENAL TERMINAL Retorno mensal para controle laboratorial Solicitação de sorologias para Hep B, C e HIV. Família e paciente, deverão receber orientação sobre a doença renal terminal e modalidades de tratamento, riscos e vantagens. Encaminhá-lo para avaliação com o cirurgião vascular. Encaminhá-lo para avaliação com o nutricionista. Encaminhá-lo para vacinação de hepatite B se necessário, gripe, pneumo e hemophilus Iniciar TRS quando necessário