Cálculo renal está entre as três principais causas de atendimento nas emergências Nos serviços de emergência, o atendimento a pacientes com cálculo renal só perde para os casos cardiológicos e aqueles que demandam clínica geral. Com sintomas extremamente desconfortáveis, como dores agudas e náusas e popularmente conhecido como pedra nos rins, o cálculo decorre do acúmulo de sais minerais e outras substâncias que se calcificam no organismo e pode se localizar em qualquer parte do trato urinário – no rim, na bexiga, no ureter ou na uretra. Especialistas destacam que a prevenção seja muito acessível e se dá, essencialmente, através da ingestão diária de pelo menos 2 litros de água. Além disso, a redução no consumo de alimentos ricos em oxalato (que contribui para a calcificação) é uma medida importante. Espinafre, chocolate e café são alguns dos itens que devem ser utilizados com moderação. Quem já tem histórico familiar está mais propenso a desenvolver a doença e deve redobrar os cuidados e a atenção aos sintomas. Evolução - O tratamento do cálculo renal é um dos exemplos da evolução na medicina. Há alguns anos, o tratamento padrão era a cirurgia aberta, com incisão de cerca de 20 centímetros. Mais tarde, novas técnicas surgiram com o advento de máquinas capazes de fragmentar os cálculos dentro do corpo, como a chamada litotripsia extra-corpórea. “Hoje, o laser é empregado com sucesso. Com a utilização de endoscópio flexível, ele acessa o organismo pela uretra e segue até o rim, provocando uma espécie de pulverização das pedras. Elas se dissolvem e são expelidas junto com a urina. Sem cortes ou traumas, o paciente pode retomar sua rotina em 24 horas e dissolver múltiplos cálculos de uma só vez”, explica Dr. Eriston. Entre as vantagens atestadas por publicações científicas estão: a eficácia em até 94% dos casos, a redução no índice de complicações e no período de internação hospitalar.