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UFPB-PRG
XII Encontro de Iniciação à Docência
5CCMDMIMT01
EDUCAÇÃO MÉDICA E FARMACOTERAPIA: RACIONALIDADE DA PRESCRIÇÃO PARA
IDOSOS INTERNADOS EM HOSPITAL-ESCOLA
Charles Saraiva Gadelha(1), Joyce Freire Gonçalves de Melo(2), Rafael de Sousa Andrade(2),
Fernando Roberto Gondim Cabral de Vasconcelos (2), Guilherme Augusto Teodoro de
Athayde(2), Jailson de Sousa Oliveira(2), Bruno Melo Fernandes(2), George Robson Ibiapina(4),
José Luiz Simões Maroja(4), Isabel Barroso Augusto Silva(4), Rilva Lopes de Sousa-Muñoz(3).
Centro de Ciências Médicas/Departamento de Medicina Interna/MONITORIA
RESUMO
Introdução: A investigação da racionalidade da prescrição para idosos através dos estudos
sobre o uso de medicamentos é uma prática recomendada como ferramenta para a avaliação
da qualidade do serviço de saúde prestado à população geriátrica. A preocupação com o uso
irracional de medicamentos em idosos tem atualmente interesse na área de Educação Médica,
sobretudo no contexto das residências em Clínica Médica, pois são os clínicos generalistas que
atendem a maior proporção de idosos na prática médica no Brasil. Objetivos: Avaliar a
prevalência do uso de prescrições potencialmente inadequadas (PPI) e polifarmacoterapia na
clientela idosa hospitalizada nas enfermarias da residência em clínica médica do Hospital
Universitário Lauro Wanderley (HULW), Universidade Federal da Paraíba. Descrição
Metodológica: Estudo transversal descritivo com análise das prescrições geriátricas realizadas
por médicos residentes em clínica médica no HULW. Os dados foram colhidos mediante
análise das folhas de prescrição no 100 dia de internação, assim como através de entrevistas
realizadas nas enfermarias com os pacientes antes da alta. A amostra analisada foi composta
pela totalidade dos pacientes idosos internados nas enfermarias do HULW entre os meses de
maio de 2007 e maio de 2008. Para identificar PPI foram adotados os Critérios de Beers-Fick.
Definiu-se polifarmacoterapia como o uso de mais de cinco medicamentos por prescrição. Os
medicamentos foram classificados pelo sistema Anatômico-Terapêutico-Químico. Resultados:
Avaliaram-se as prescrições de 61 pacientes de 60 a 87 anos (69,47,2), 62,3% do sexo
masculino, que receberam um total de 268 medicamentos, compreendendo 61 princípios ativos
diferentes. O número médio de medicamentos prescritos por paciente foi de 6,1 ( 2,0). As
classes terapêuticas mais prescritas foram as relacionadas aos aparelhos digestório
(51/83,6%), cardiovascular (39/63,9%) e nervoso (30/49,2%). Os princípios ativos mais
prescritos foram metoclopramida, ranitidina, dipirona e captopril. Mais da metade dos pacientes
(33/54,1%) recebeu ao menos uma PPI, com maior frequência de nifedipina, seguida pela
butilescopolamina e o diazepan. A maioria dos pacientes apresentava polifarmacoterapia
(36/59%). Conclusões: Identificou-se uma alta prevalência de PPI, polifarmacoterapia e
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1)
Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.
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XII Encontro de Iniciação à Docência
excesso de prescrições de antiulcerosos e antieméticos na amostra estudada. Estes resultados
indicam que maior atenção deve ser dada à prescrição para pacientes idosos por médicos
residentes em enfermarias de clínica geral. A difusão do conceito de uso inapropriado para
pacientes idosos mediante educação continuada para médicos residentes generalistas poderia
facilitar a adoção dos critérios de Beers-Fick, ainda não conhecidos por toda a comunidade
médica.
Palavras-chave: Prescrições medicamentosas. Educação médica. Saúde do idoso.
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1)
Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.
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