UFPB-PRAC X Encontro de Extensão 6PRACPEX02 O SUJEITO E SEUS SINTOMAS CONTEMPORÂNEOS Ana Carolina Amorim da Paz (2); Bárbara Ticiana Moura Figueiredo Porto (2); Thaís Britto (2); Ítala Carneiro Bezerra (2); Melina Medeiros Miranda (2); Suele Conde Soares (2); Regileide Lucena (3); Beatriz Lavieri (3) PRAC/ Probex. RESUMO O projeto de extensão Aimée, em parceria com o Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira/SES/PB tem como objetivo oferecer atendimento psicanalítico na instituição pública num ambulatório psiquiátrico, como uma alternativa ao tratamento oferecido na rede pública de saúde mental do Estado. Hoje vivemos uma época de novos sintomas, tanto na neurose quanto na psicose. Podemos pensar, por exemplo, nas histéricas de Freud que faziam cegueira temporária e paralisias. Hoje esses sintomas se modificaram e com eles a relação com o Outro. Numa sociedade onde as figuras paternas não exercem mais a função de pai, o sujeito responde a isso com sintomas diversos. Uma das saídas encontradas se expressa através das toxicomanias. À primeira vista o sujeito neurótico parece apenas mais um viciado, um drogado, um alcoólatra, todas as nomeações que se atribuem aos sujeitos que têm sua estrutura recoberta por esse véu da drogadicção. Jovens que brigam, formam gangues, quebram leis, destroem bens, usam armas, esse é o sujeito ultra-moderno na contemporaneidade. No entanto, o neurótico faz sintomas endereçados ao Outro, num desejo de que o reconheça, o ame. O psicótico que se encontra à margem, excluído da sociedade onde sua verdade não é possível de ser dita, é a todo o momento medicado, sem uma escuta que o permita falar de seu lugar de sujeito. Este também mudou. Seus sintomas não se resumem mais a delírios e alucinações. Ele cria novos sintomas, sendo a arte bruta e a escrita saídas suplementares à existência desse Outro. Isso pode ser percebido nas Oficinas de psicanálise realizadas no Ambulatório do Complexo Juliano Moreira, onde o trabalho é arte, o que não pode ser dito torna-se escrita, a palavra amarra, dá estabilização. Arte inventada, criada e recriada. Esses são os resultados que se podem observar nas oficinas, funcionando como um dispositivo que permite ao paciente prolongar seu estado de estabilização, sem novas crises e conseqüentes internações. Palavras- chave: oficina de psicanálise; sintomas; toxicomania. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.