Capitulo 17 – Operação do Sistema Logístico A logística é uma função vital que deve ser implementada por todas as empresas. Dada sua importância estratégica para o negócio, é importante que haja integração com as outras áreas administrativas. Tradicionalmente, as empresas agrupam as atividades em três áreas: finanças, produção e maketing. Os interesses da cada área olhados isoladamente podem ser conflitantes. Por exemplo, para finanças o menor custo de estoque é zero, já para marketing este nível é péssimo pois haveria perda de vendas. O setor de logística deve ser capaz de conciliar os diversos interesses e objetivos, olhando o interesse global da empresa. O grau de importância do setor de logística varia de empresa para empresa. Em algumas, seu custo é pequeno enquanto em outras chega a consumir 25% do faturamento. Indústria extrativista. A indústria extrativista atua na mineração, exploração de madeira e agricultura. Seu produto é matéria-prima para uso industrial. O setor de logística é importante para garantir o suprimento de bens necessários às operações e controle das entregas dos materiais. Os materiais normalmente são entregues a granel, sem embalagem. Indústria de transformação. Este segmento é caracterizado por empresas que compram uma grande variedade de itens de muitos fornecedores. Transformam os materiais em itens de maior valor agregado e vendem a diferentes mercados, através de uma rede de canais. Compras e distribuição são duas atividades fundamentais para o sucesso da empresa. Por isso, muitas vezes, logística é um departamento responsável pelas duas áreas. Empresas distribuidoras. Como o título sugere, compram produtos para distribuir, para revender. Sua preocupação principal é vender e entregar. A estrutura da administração de logística é grande, pois compram de muitos fornecedores e vendem em várias combinações para grande número de clientes. Empresas de serviços. A logística em empresas prestadoras de serviços limita-se a garantir os suprimentos para execução das tarefas. Sua função é basicamente de compras e administração de estoques. Organização logística. Dependendo do setor e atividade da empresa, o setor logístico pode atuar como uma organização informal, semiformal ou formal. Informal. Em algumas empresas, a administração de transporte é separada do controle de estoque e do processamento dos pedidos. Cada área está vinculada a um departamento. Neste caso, a integração tem de ser feita através de arranjos informais, que não modifiquem a estrutura organizacional. Isto pode ser conseguido com a formação de comitês, por exemplo. Semiformal. Neste arranjo, o profissional de logística é formalmente responsável pela coordenação, mas divide a responsabilidade com os gerentes de cada departamento envolvido. Formal. Em empresas que adotam esta estrutura, a responsabilidade e autoridade é claramente definida. Normalmente, o profissional responsável pela área tem função gerencial e atua no mesmo nível hierárquico dos outros gerentes departamentais. Desempenho. Uma das funções da administração é o controle de desempenho. No dia-a-dia de uma empresa transportadora, podem haver muitas variações de tempo de entrega. O que não pode ocorrer, é que essas variações fiquem fora de limites prédeterminados no planejamento. Ao administrador cabe acompanhar e medir os desempenhos das várias etapas do processo de manuseio e transporte dos produtos. Relatórios. O relatório é um dos instrumentos de análise do trabalho. Através deles se pode medir e comparar o desempenho de tempo de entrega, custo de estoque, custo de venda, porcentagem de devolução de produto em relação à entrega etc. Um exemplo de relatório pode ser visto a seguir. O relatório do exemplo compara períodos idênticos em anos anteriores para medir a maior ou menor eficiência alcançada. Compara ainda o período com o objetivo planejado e a média do setor. É uma boa medida do desempenho. Auditoria. A análise de relatórios é uma ferramenta importante, mas pode apresentar falhas. A auditoria é a forma de garantir que a análise de desempenho está correta. Auditorias de estoque, por exemplo, são feitas periodicamente e visam achar erros de registro, roubo, lançamentos errados etc. Há ainda a auditoria de diagnóstico, para medir a qualidade do serviço, nível de perdas por problemas no manuseio de produtos, qualidade das embalagens etc. Ação corretiva. Sempre que for identificada falhas no desempenho, deve-se propor medidas corretivas. A base para as medidas corretivas é o planejamento. As ações corretivas dependem do grau de variação observada. Os custos de transporte, por exemplo, podem variar em vista do período, região, preço dos combustíveis. Já os custos de armazenamento e estocagem variam com a taxa de juros, demanda, maior ou menos tempo de ressuprimento. As medidas corretivas podem ser temporárias, caso o problema seja atípico, como greves ou inundações, ou podem ser de natureza definitiva, levando mesmo a um replanejamento das metas.