A Noção de Hábito na filosofia de John Dewey

Propaganda
A NOÇÃO DE HÁBITO NA FILOSOFIA DE JOHN DEWEY1
José Claudio Morelli Matos2, Antônia Chaves Barcellos Wallig3, Elisiani Cristina de Freitas
Noronha4.
Palavras-chave: Dewey – hábito – filosofia - experiência.
Este projeto de pesquisa se desenvolveu a partir de estudos sobre o conceito de experiência de
John Dewey e seus efeitos na educação. Tendo em vista a sua extensão e complexidade, o
trabalho de pesquisa aqui apresentado foi subdividido em três partes, sendo que as duas
bolsistas e o orientador ficaram responsáveis, mais especificamente, por cada uma destas. A
primeira tratou sobre o conceito de hábito, a segunda sobre a arte, experiência e educação, e a
terceira sobre o conhecimento científico, teoria da experiência e educação. Tomando por base a
leitura detalhada, em forma de análise de texto, de um dos livros mais conhecidos e acessíveis
de Dewey: Experiência e Educação, foi possível detectar dois princípios que determinam as
condições e a qualidade da experiência, o princípio da continuidade e o da interação. Faltaria ao
investigador encontrar casos, ou formas peculiares de experiência, onde estes princípios se
manifestem de modo exemplar. O livro Experiência e Educação foi a base inicial da pesquisa
que se desdobrou em um tema de interesse mais pessoal: a arte; tema este que encontrou
respaldo no livro Arte como Experiência. Partindo do princípio explicitado por Dewey de que
toda experiência tem caráter estético e de que, portanto, a arte é uma experiência consumatória,
buscou-se compreender de que forma o autor propõe que esta experiência seja realizada no
âmbito da educação e como é possível aproximarmos a experiência de caráter estético que tem
se tornado cada vez mais distante de nós. Dewey questiona como o nosso fazer diário de coisas
pode crescer até uma forma que é genuinamente artística e a nossa complacência de cenas e
situações comuns se desenvolva na satisfação peculiar que atende a experiência que é
enfaticamente estética. É no estudo de sua teoria que buscamos a importância desta questão para
a educação. Quanto ao conhecimento científico, Dewey afirma que um pensamento puramente
empírico baseia-se em conjunções e coincidências, gerando uma inércia mental. A ciência, por
sua vez, está ligada a um procedimento especulativo, que desenvolve o campo do que possa ser
possivelmente experimentado pelo investigador, em seu contato direto com os objetos, através
de uma linguagem e de um olhar fundado na exploração (no melhor sentido do termo) das
interações entre o indivíduo e o ambiente, entre o sujeito e o mundo. Para o autor, que também
desenvolve este assunto na obra Como Pensamos, o pensamento científico permite a
emancipação do pensamento, condição essencial para o progresso tanto individual quanto da
sociedade.
1
Projeto de Pesquisa da FAED/UDESC.
Orientador, Professor de Filosofia da Educação do Departamento de Ciências Humanas - Centro de
Ciências Humanas e da Educação - Av. Madre Benvenuta, 2007 - CEP 88.035-001 - Florianópolis – S.C.
2
Acadêmica do Curso de Pedagogia – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica no Programa
Voluntário de Iniciação Científica PIVIC/UDESC.
3
Acadêmica do Curso de Pedagogia – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica no Programa
Voluntário de Iniciação Científica PIVIC/UDESC.
4
Download