ANALISE DA INFRA-ESTRUTURA RODOVIÁRIA DE SANTA CATARINA (BRASIL)1 Isa de Oliveira Rocha2, Aurora M. Putton Barbosa3, Leandro Moraes Vidal4 Palavras-chave: Rodovias - Santa Catarina - Diagnóstico Entre o segmento governamental e empresarial disseminou-se que a falta de investimentos em infraestrutura energética e de transportes tem impedido um maior crescimento da indústria catarinense. Destacam que a Região Sul do Brasil, apesar de ser a segunda locomotiva econômica do país, tem recebido um menor repasse de recursos federais, inclusive do PAC. O transporte rodoviário seria o entrave mais dramático, pois os gastos com a troca precoce de pneus e peças, uso excessivo de combustível, diminuição da velocidade etc. aumentam o custo do frete no Brasil em cerca de 40%. Portanto, a pesquisa analisa a dimensão da problemática, visando obter conclusões sem os vícios dos estudos que privilegiam anseios setorizados. A pesquisa realiza um diagnóstico da principal malha rodoviária: BRs 101, 116, 282, 280 e 470. Utilizou-se o referencial de M. Santos (F S-E: processo/estrutura/forma/função), de I. Rangel (desenvolvimento brasileiro), de A. Mamigonian e V. Peluso Jr. (combinações geográficas de Santa Catarina). Ao longo do século XX a evolução do sistema rodoviário do estado de Santa Catarina esteve intimamente ligada aos processos de ocupação do território, determinado pelas condições do quadro natural, da evolução sócio-econômica e das relações políticas estabelecidas, exercendo grande contribuição ao desenvolvimento regional. A divisão do território estabelecida pelo relevo gera diferenças entre as rodovias presentes na vertente oceânica e na do interior, que podem ser observadas nas distinções do traçado, no grau de importância regional e inter-regional, e principalmente nos custos de implantação e conservação. A conjuntura neoliberal dos anos 1990 trouxe o crescente abandono das infra-estruturas de transportes, dando início ao processo de privatizações e concessões. As principais rodovias utilizadas para transporte local, intra e inter-estadual, apresentam sérios problemas de saturamento, difícil acesso aos portos, péssimas condições de conservação, número elevado de acidentes etc., cujas soluções têm sido embasadas somente na construção e/ou duplicação de novas vias, como por exemplo a BR101, a BR 470 e a BR-280, ou nas concessões de gestão à iniciativa privada. Contudo, o desenvolvimento econômico catarinense, mesmo dificultado pela deficiência de planejamento e carência de investimentos em infra-estrutura de transportes, tem se movimentado dinamicamente e as exportações industriais registram números crescentes e significativos. 1 Resultado parcial da pesquisa "Diagnóstico da infra-estrutura de transportes de Santa Catarina", contemplada na Chamada Pública FAPESC/CNPq 04/2007 – Apoio a Infra-estrutura de CT&I para Jovens Pesquisadores da FAPESC e desenvolvida no Laboratório de Planejamento Urbano e Regional (LABPLAN/UDESC). 2 Orientadora – Professora do Departamento de Geografia – Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED/UDESC. 3 Acadêmica do Curso de Geografia – FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UDESC. 4 Acadêmico do Curso de Geografia – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica no Programa Voluntário de Iniciação Científica PIVIC/UDESC.