AUGUSTO JOSÉ DA SILVA ALBUQUERQUE CAVALCANTE FERNANDO MEDEIROS ANSELMO GLAUCO SCHMITT AVALIAÇÃO DO USO DE FITOTERÁPICOS POR PACIENTES ASSISTIDOS EM POSTOS DE SAÚDE DE TUBARÃO - SC Tubarão 2008 AUGUSTO JOSÉ DA SILVA ALBUQUERQUE CAVALCANTE FERNANDO MEDEIROS ANSELMO GLAUCO SCHMITT AVALIAÇÃO DO USO DE FITOTERÁPICOS POR PACIENTES ASSISTIDOS EM POSTOS DE SAÚDE DE TUBARÃO - SC Universidade do Sul de Santa Catarina. Orientador: Rodrigo Rebelo Peters Tubarão 2008 SUMÁRIO LISTA DE NOMES COMERCIAIS E FÓRMULAS ........................................................ ... LISTA DE CHÁS E SUAS FORMULAÇÕES .................................................................................. ... 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 09 1.1 Justificativa ........................................................................................................................ 10 2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 11 3 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................... 12 3.1 Tipo de estudo .................................................................................................................... 12 3.2 População de estudo ........................................................................................................... 12 3.3 Critérios de inclusão............. .............................................................................................. 12 3.4 Critérios de exclusão .......................................................................................................... 12 3.5 Método de coleta de dados ................................................................................................. 12 3.6 Variáveis....................... ...................................................................................................... 13 3.7 Aspectos éticos ....................... ........................................................................................... 13 3.8 Métodos de processamento e análise de dados................................................................... 14 4 RESULTADOS ............................................................................................................... 15 5 CONCLUSÃO................................................................................................................. 24 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 25 APENDICE 1 – QUESTIONÁRIO ....................................................................................... 27 LISTA DE NOMES COMERCIAIS E FÓRMULAS 1. Abrilar® => Hedera helix. 2. Acheflan® => Cordia verbenacea. 3. Ad-muc® => Chamomilla recutita. 4. Água de Melissa => Melissa officinalis 5. Água Inglesa => Cinchona calisaya, Matricaria recutita, Artemisea absinthium, Jatrorrhiza palmata, Baccharis triaera, Centaurium erythraea, Cinnamomum cássia. 6. Alcachofra Composta => Cynara scolymus, Peumus boldus. 7. Alcoolato de Camomila Camposta Catarinense® => Anthemis nobilis, Gentiana lutea, Picrasma excelsa, Rheum palmatum, Marsdenia cundurango, Centaurium erythraea, Artemisia absinthium, Aloe ferox, Papaver somniferum, Pimpinela anisum, Melissa officinalis, Mentha piperita. 8. Atepes® => Cimifuga racemosa. 9. Bálsamo Branco® => Lavandula angustifólia, Cinnamomum zeylanicum, Carum carvi, Caryophyllus aromaticus, Foeniculum vulgare, Citrus limon, Melissa officinalis. 10. Berinjela => Solanum melongena. 11. Calmapax® => Matricaria camomila, Passiflora incarnata, Erythrina mulungu. 12. Castanha da Índia => Aesculus hippocastanum. 13. Elixir Paregórico® => Papaver somniferum. 14. Emplastro Sabiá® => Capsicum annuum. 15. Eparema® => Peumus boldus, Rhamnus purshiana, Rheum palmatum. 16. Figatil® => Cynara scolymus, Peumus boldus, Fel tauri inspissatum. 17. Galenogal® => Salix alba. 18. Gamaline V® => Borago officinalis. 19. Garra do diabo => Harpaphytum procumbens. 20. Ginkgo biloba => Ginkgo biloba. 21. Ginseng => Panax ginseng 22. Gotas preciosas® => Gentiana lutea, Rheum palmatum, Aloe ferox, Cynara scolymus, Atropa belladona, Peumus boldus, Baccharis trimera. 23. Guacoflus® = Mikania glomerata. 24. Guaraná => Paulínia cupana. 25. Hepatozan® => Cynara scolymus. 26. Hipérico => Hypericum perforatum 27. Isoflavona® => Glycine max 28. Kava-Kava => Piper methysticum. 29. Maracugina® => Passiflora alata, Erythrina mulungu, Crataegus oxyacantha. 30. Mel rosado => extrato de rosas rubras em mel. 31. Melagrião® => Aconitum napellus, Nasturtum officinale, Myroxylon balsamum, Mikania glomerata, Cephaelis ipecacuanha, Polygala senega. . 32. Metamucil® => Plantago ovata Forsk 33. Naturetti® => Senna alexandrina, Cassia fistula, Tamarindus indica, Coriandrum sativum, Glycyrrhiza glabra. 34. Nerviton® => Anemopaegma mirandum, Cola nitida, Passiflora alata, Paullinia cupana, Ptychopetalum olacoides, Cloridrato de Tiamina. 35. Óleo de rícino => Ricinus communis. 36. Olina® => Angelica archangelica, Alpina officinarum, Commiphora myrrha, Rheum palmatum, Gentiana lutea, Aloe ferox, Cinnamomum zeylanicum. 37. Pilogênio® => Pilocarpus pinnatifolis. 38. Plantaben® => Plantago ovata. 39. Porangaba => Cordia salicifolia. 40. Serenus® => Passiflora alata, Crataegus oxyacantha, Adonis vernalis. 41. Tamarine® => Cassia angustifolia, Tamarindus indica, Cassia fistula, Coriandrum sativum, Glycyrrhiza glabra. 42. Tintura de arnica => Arnica Montana. 43. Umckan® => Pelargonium sidoides. 44. Valeriana => Valeriana officinalis. 45. Verilax® => Rhamus purshiana.. LISTA DE CHÁS E SUAS FORMULAÇÕES 1. Alcachofra => Cynara scolymus. 2. Alho => Allium sativum 3. Araçá => Psidium albidum 4. Boldo => Peumus boldus. 5. Bugre => Casearia silvestris. 6. Calêndula => Calendula officinalis. 7. Capim cidreira => Cymcopogon citratus. 8. Camomila => Matricaria recutita 9. Carqueja => Baccharis genistelloides 10. Cáscara Sagrada => Rhamnus purshiana 11. Cavalinha => Equisetum arvense 12. Chapéu de couro => Echinodorus macrophylus. 13. Cipó Mil-homens => Aristolochia cymbifera 14. Endro => Abethum graveolens 15. Erva-doce => Pimpinella anisum 16. Espinheira santa => Maytenus ilicifolia 17. Eucalipto => Eucalyptus globulus. 18. Funcho => Foeniculum vulgare 19. Goiaba => Psidium Guayaba. 20. Guaco => Mikania glomerata 21. Hortelã => Mentha piperita 22. Laranja => Citrus aurantium 23. Lima => Citrus sinensis 24. Louro => Laurus nobilis 25. Malva => Malva sylvestris 26. Melissa => Melissa officinalis 27. Pata de vaca => Bauhinia forticata 28. Poejo => Cunila microcephala 29. Porangaba => Cordia salicifolia 30. Preto => Camelia sinensis 31. Quebra-pedra => Phyllanthus niruri 32. Rescue® => Prunus cerasifera, Clematis vitalba, Impatiens glandulifera, Helianthemum nummularium, Ornithogalum umbellatum. 33. Sangue de dragão => Cróton lechleri. 34. Sene => Cassia angustifolia 35. Sete Sangrias => Cuphea balsamona 36. Verde => Camelia sinensis. 1 INTRODUÇÃO De acordo com o Ministério da Saúde, medicamento fitoterápico é aquele medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais.1 Segundo relata Roberto Adrianete,2 em seu artigo na Revista Brasileira de Psiquiatria, houve um aumento na comercialização de fitoterápicos para os transtornos mentais. Ballone GJ3 relata o uso de Hypericum perforatum como antidepressivo levemoderado e Valeriana officinalis como ansiolítico e indutor do sono. Ronald Brenner4, professor de Psiquiatria do Clinical Psyquiatry State of New York, relata estudo multicêntrico na Alemanha (realizado por Vorback E. U. et al) comparando imipramina com extrato de Hipérico mostrando que este tem uma eficácia similar e menos efeitos colaterais. Outro estudo "Comparison of Hypericum perforatum L. Extract LI 160 (St. John's Wort) and sertraline in the treatment of depression" mostrou que não há diferença entre o tratamento com 75mg de sertralina e o LI160 com 900mg de extrato de Hipérico.4 Calixto5 refere que para se registrar um medicamento fitoterápico no Brasil tem que haver um estudo de eficácia clínica, toxicologia, controle de qualidade e estabilidade e que, na pratica usual brasileira, usa-se quase sempre ervas frescas moídas com pouco ou nenhum estudo científico sem controle de qualidade adequado do produto não chegando este a ser um medicamento fitoterápico. Estudos mostram que Valeriana officinalis tem propriedades sedativas comprovadas em ensaios clínicos controlados com placebo6,7 e também que a camomila, Matricaria recutita, e o maracujá, Passiflora incarnata, estão entre os produtos naturais considerados sedativos7. 1.1 Justificativa Com o exposto anteriormente, este trabalho justifica-se pela importância de se saber o conhecimento da população sobre o assunto e, com isso, poder agir no futuro para uma melhor abordagem ao paciente que não conhece os fitoterápicos e verificar o real conhecimento da população acerca dessa classe medicamentosa. 2 OBJETIVOS 2.1 Geral Caracterizar o perfil de utilização de medicamentos fitoterápicos em postos de saúde de Tubarão - SC. 2.2 Específicos Saber para quais sintomas ou doenças as pessoas utilizam medicamentos fitoterápicos em Tubarão - SC; Conhecer quais são os fitoterápicos usados. Avaliar a satisfação com o tratamento fitoterápico. 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Tipo de estudo Foi realizado um estudo observacional com delineamento transversal. 3.2 População de estudo Foram entrevistados indivíduos que utilizam os serviços disponibilizados pelos postos de saúde de Tubarão – SC. 3.3 Critérios de inclusão Todas as pessoas que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, com idade mínima de 18 anos. 3.4 Critérios de exclusão Foram excluídas todas as pessoas que não quiseram participar do trabalho, assim como aquelas que preencheram erradamente o questionário. 3.5 Método de coleta de dados A coleta de dados ocorreu com a aplicação de um questionário com perguntas abertas e fechadas (apêndice 1) aos pacientes que esperaram na fila do posto de saúde por algum tipo de atendimento, sem horário específico. Aqueles pacientes que responderam apenas chás entre os medicamentos fitoterápicos foram considerados como se não soubessem o que seja um fitoterápico, porém, daqueles que agruparam chás e fitoterápicos na mesma resposta foram considerados como conhecedores da classe fitoterápica, apesar da não inclusão dos chás nesta classe e, devido a isso, foi realizado uma tabela a parte para os chás. 3.6 Variáveis Foram avaliadas variáveis como: gênero, idade, conhecimento acerca do medicamento fitoterápico, utilização de tal medicamento, tipo e sua forma de apresentação, qual sintoma ou doença o fez utilizar o medicamento, quem o indicou, e resultados mediante o uso, o motivo da não utilização, se utilizaria caso fosse prescrito por um médico e conhecimento sobre disponibilização dessa classe no SUS. Na confecção do questionário foi esquecido o item idade e foi, então, preenchida a idade do paciente no canto superior a direita acima da primeira pergunta. 3.7 Aspectos éticos Foi solicitado para que cada participante do trabalho preenchesse o termo de consentimento livre e esclarecido e os mesmos foram orientados que o trabalho respeitará os direitos humanos fundamentais sobre a confidencialidade da identidade e que o projeto somente irá valorizar as informações colhidas. O projeto foi submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa da Unisul – CEP, o qual segue as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, propostas pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde n 196/1996, sendo aprovado sob o número: 07.430.4.01.III 3.8 Métodos de processamento e análise de dados Os dados serão armazenados e analisados, utilizando os programas Microsoft Excel 2003 e Epi Info 6.04. As variáveis quantitativas serão avaliadas por medidas de tendência central (média, moda e mediana) e dispersão (desvio-padrão), as variáveis categóricas apresentadas em percentuais simples. As diferenças dos desfechos serão aferidas pelo método do Qui-quadrado. Fixou-se valor de p menor que 0,05 como significantes e intervalo de confiança de 95% para as diferenças e associações. 4 RESULTADOS O presente estudo avaliou 244 questionários coletados dos pacientes nos postos de saúde de Tubarão – SC, no período de setembro de 2007 até abril de 2008, sendo 153 mulheres e 91 homens, com idades variando de 18 a 82 anos, com uma média de 41 anos e um desvio-padrão de 15 anos. Ao analisar os dados obtidos, percebe-se que 183 (75%) participantes responderam que sabem o que é um medicamento fitoterápico ao passo que 61 (25%) responderam que desconhecem o que seja. Gráfico 1 - Conhecimento acerca de Fitoterápicos 300 244 250 200 183 Conhecem 150 100 Não conhecem Total 61 50 0 1 Dos 183 participantes que responderam sim, 132 (72,13%) utilizam ou já utilizaram algum medicamento fitoterápico, sendo que destes segue a lista dos fitoterápicos lembrados por eles usados ou em uso. Gráfico 2 - Utilização entre os que conhecem fitoterápicos 183 200 150 132 Utilizaram 100 Não utilizaram Total 51 50 0 1 Como Ribeiro8 mostrou em seu estudo, as plantas mais utilizadas comercialmente foram o Ginkgo biloba e a Passiflora spp., não muito diferente deste estudo, apesar da Mikania glomerata aparecer com grande destaque. Ginkgo biloba = 24 Gotas preciosas® = 2 Xarope de guaco = 20 Tamarine® = 2 Calmapax® = 15 Gamaline V® = 2 Olina® = 13 Nerviton® = 2 Maracugina® = 11 Garra do diabo = 2 Emplastro sabiá® = 11 Pilogênio® = 1 Melagrião® = 10 Acheflan® = 1 Água de Melissa = 9 Água inglesa® = 1 Isoflavona® = 9 Atepes® = 1 Figatil® = 9 Umckan® = 1 Valeriana = 8 Porangaba = 1 Castanha da índia = 7 Verilax® = 1 Óleo de rícino = 6 Plantaben® = 1 Ginseng = 5 Lecitina de soja = 1 Guaraná do amazonas = 5 Linhaça = 1 Alcachofra = 5 Abrilar® = 1 Elixir paregórico® = 4 Naturetti® = 1 Metamucil® = 4 Serenus® = 1 Balsamo branco® = 4 Kava-kava = 1 Tintura de arnica = 4 Hipérico = 1 Berinjela = 3 Hepatozan® = 1 Camomila catarinense® = 3 Galenogal® = 1 Mel rosado = 2 Ad-muc® = 1 Eparema® = 2 Não lembra = 1 Dentre os 132 participantes que responderam que utilizam ou já utilizaram fitoterápicos, 45 (34,09%) citaram, além dos medicamentos acima, chás como medicamentos fitoterápicos. Este estudo não pretende discutir o mérito acerca dos chás como medicamento, já que, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA9, classifica os chás como alimentos no Brasil. Sabendo disso, foram enquadrados os chás numa tabela a parte e não será mencionada a utilização dos chás no decorrer do trabalho. Alcachofra = 2 Cipó Mil-homens = 2 Malva = 4 Alho = 3 Endro = 1 Melissa = 1 Araçá = 1 Erva-doce = 3 Pata de vaca = 1 Boldo = 3 Espinheira santa = 2 Poejo = 1 Bugre = 2 Eucalipto = 1 Porangaba = 1 Calêndula = 1 Funcho = 1 Preto = 1 Capim cidreira = 7 Goiaba = 3 Quebra-pedra = 2 Camomila = 8 Guaco = 5 Rescue® = 3 Carqueja = 1 Hortelã = 9 Sangue de dragão = 1 Cáscara sagrada = 3 Laranja = 2 Sene = 4 Cavalinha = 1 Lima = 1 Sete sangrias = 2 Chapéu de couro = 1 Louro = 1 Verde = 4 Excluindo-se os chás, o gráfico 3 mostra as principais formas de apresentação. Dentre a resposta outros estão as seguintes apresentações: gotas = 32, pó = 11, emplastro = 11, flaconete = 7, geléia = 2, creme = 1, spray = 1, não lembra = 1. Não foi feita distinção entre cápsulas, comprimidos, drágeas e pílulas, sendo todos enquadrados como cápsulas. Gráfico 3 - Forma de utilização do fitoterápico 250 222 200 Xarope 150 100 Cápsula 89 Outros 67 66 50 0 1 Total Foi questionado aos participantes do trabalho quem indicou esta classe medicamentosa a eles e os resultados estão no gráfico 4. Dentre a resposta outros estão as seguintes respostas: farmacêutico = 20, amigos = 11, enfermeira = 5, colegas de trabalho = 1, televisão = 1, casa de ervas = 1, pastoral da saúde = 1. Gráfico 4 - Indicação do fitoterápico 160 136 140 120 Médico 100 Familiar 80 Vizinho 60 40 43 29 40 24 Outros Total 20 0 1 De acordo com os dados anteriores, pode-se observar a grande influência que os familiares fazem para o uso desses medicamentos, suplantando os médicos e percebe-se que vizinhos, farmacêuticos e amigos também apresentam grande influência. A relativa baixa participação médica dentre as indicações pode estar relacionada, como relata Rezende10 em sua pesquisa, que quando a doença fora considerada de maior urgência era que os médicos foram requisitados. Em relação ao preço, poucos participantes responderam o valor exato do medicamento, o que prejudica a compreensão do real valor, mas a percepção entre barato e caro pode ser vista no gráfico 5. Apesar de não se saber o que é caro para um indivíduo e barato para o outro, inferese, já que a base de dados foram usuários de postos de saúde, que realmente esta classe medicamentosa tem custo relativamente menor. Gráfico 5 - Conceituação do custo 132 140 112 120 100 Acessível 80 Cara 60 Total 40 20 20 0 1 Vários sintomas foram relatados como sendo melhorados no uso de fitoterápicos e a ordem dos principais sintomas referidos está no gráfico 6: Gráfico 6 - Motivo da utilização 30 dispepsia tosse calmante artralgia e mialgia 2727 constipaçào 25 ansiedade 20 15 19 climatério 1616 14 13 1212 11 10 perda de memória ativar circulação estimulação 10 6 6 5 4 4 44 0 1 3 3 4 2 1 1 1 11 insônia cólica emagrecimento tontura cicatrização contra colesterol varizes Sendo o último com quatro referências está varizes = 4 (1,80%), a partir observa-se odinofagia = 3 (1,35%), estomatite = 3 (1,35%), depressão = 2 (0,90%), noctúria = 1 (0,45%), aumentar a imunidade = 1 (0,45%), estimulante do apetite = 1 (0,45%), contusões = 1 (0,45%), aumento da regeneração capilar = 1 (0,45%), não preenchido = 4 (1,80%). Não foi feita a exata relação de medicamento com sintoma, porque não se quer indicar nenhum medicamento com este trabalho. Quanto ao resultado obtido pelo tratamento fitoterápico, o gráfico 7, sendo que um paciente estava em uso no momento da pesquisa e não respondeu à essa pergunta. Gráfico 7 - Satisfação pelo uso 131 140 120 112 100 Satisfatório 80 Insatisfatório 60 40 Total 19 20 0 1 Apesar disso, quando se questionou se voltará a fazer uso desse medicamento caso o sintoma referido surja novamente, o resultado foi o seguinte: Gráfico 8 - Reutização de fitoterápico 132 140 120 98 100 Sim 80 Não 60 Estão reutilizando Total 31 40 20 3 0 1 Aos 51 (27,87%) participantes que responderam o conhecimento sobre fitoterápicos, embora não os utilizou foi perguntado o porquê e o gráfico 9 mostra os resultados. Gráfico 9 - Motivos que levaram a não utilização 60 51 50 Não precisaram Não conheciam 40 30 Não acreditam 30 Não quiseram 20 10 Não foi indicado 6 9 4 Total 2 0 1 Também a estes 51 foi perguntado se eles usariam algum fitoterápico caso um médico prescrevessem. Eis o resultado no gráfico 10. Gráfico 10 - Usariam caso fosse prescrito 60 50 51 47 40 Sim 30 Não Total 20 10 4 0 1 A todos os 244 participantes da pesquisa foi perguntado se eles tinham ciência de que provavelmente o SUS iria oferecer alguns medicamentos fitoterápicos a população. (gráfico 11). Gráfico 11 - Sabem que fitoterápicos serão disponíveis pelo SUS 300 250 220 244 200 Sim 150 Não 100 Total 50 24 0 1 5 CONCLUSÕES De acordo com o exposto pode-se concluir que: 1. Do total de participantes, 75% sabem o que é um medicamento fitoterápico, por conseguinte 25 responderam que desconhecem o que seja. 2. Dentre os pacientes que sabem o que é fitoterápico, 72,13% utilizam ou já utilizaram um medicamento fitoterápico, em detrimento aos 27,87% dos participantes que conhecem, mas nunca utilizaram um medicamento desta classe. 3. Ao todo, foram citados pelos participantes 47 nomes comerciais ou formulações diferentes em 222 citações gerais e que xaropes e cápsulas são os meios mais utilizados de administração desses medicamentos. 4. Os sintomas mais mencionados para os quais os fitoterápicos foram indicados são sintomas dispépticos e tosse (12,16% cada) e para acalmar (8,46%). 5. A grande maioria dos participantes (84,85%) refere como satisfatório o resultado obtido com o tratamento fitoterápico, apesar de que esse número diminuiu (74,24% responderam que utilizariam) quando foi perguntado se utilizaria novamente o medicamento caso o sintoma ressurgisse. 6. A principal razão pela não utilização dos medicamentos fitoterápicos (58,82%) foi a não necessidade de utilização deles. 7. Das pessoas que conhecem o que é um medicamento fitoterápico, mas nunca os utilizou 92,16% responderam que utilizariam este medicamento caso um médico os prescrevesse. 6 REFERÊNCIAS 1. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 48, de 16 de março de 2004. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Disponível em: http://e-legis.anvisa.gov.br/leisr. php?id=10230 2. Andreatini R. Uso de fitoterápicos em psiquiatria. Revista Brasileira de Psiquiatria. 22ºvol. nº. 3. São Paulo. Setembro 2000. 3. Ballone GJ. Fitoterápicos. 2005. Disponível em: www.psiqweb.med.br 4. Brenner R. Jarsin: antidepressant efectivenes of LI-160. www.psiquiatrianet/tratamento/fitoterap_03.htm 5. Calixto JB. P&D dos fitoterápicos e a singularidade dos extratos. www.psiquiatrianet/tratamento/fitoterap_04.htm 6. Poyares D e cols. Hipnoindutores e insônia. Revista Brasileira de Psiquiatria. 27ºvol. suppl.1. São Paulo. Maio 2005. 7. Soares CN. Insônia na menopausa e perimenopausa _ características clínicas e opções terapêuticas. Revista Psiquiatria Clínica. nº. 33. p. 103-109. 2006. 8. Ribeiro AQ, Leite JPV, Dantas-Barros AM. Perfil de utilização de fitoterápicos em farmácias comunitárias de Belo Horizonte sob a influência da legislação nacional. Revista Brasileira de Farmacognosia. 15(1): 65-70, Jan./Mar. 2005. 9. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA. Sistema de perguntas e respostas. FAQ 1363. disponível em: http://www.anvisa.gov.br/faqdinamica/index.asp?Secao=Usuario&usersecoes=3 6&userassunto=135 10. Rezende HA, Cocco MIM. A utilização de fitoterapia no cotidiano de uma população rural. Rev Esc Enferm USP 2002; 36(3): 282-8. APÊNDICE 1 - QUESTIONÁRIO 1) O (a) senhor (a) sabe o que é medicamento fitoterápico, ou seja, feito de plantas? Sim Não Obs.: Se não, ler a explicação no verso. 2) Utiliza ou já utilizou algum medicamento fitoterápico? Sim Não Obs.: Se não, vá para a pergunta número 11. 3) Se a resposta foi sim, qual (is)? ___________________________________________________________________ 4) Com que freqüência é utilizado? 1-2x por semana 3-4x por semana 5-6x por semana Mais do que 6x por semana Quanto? ____________________________________ 5) Em qual forma de apresentação foi ou é utilizado? Chás Xaropes Cápsulas Outros Qual? _________________ 6) Quem o indicou a você? Médico Familiar Vizinho Outros 7) Em relação ao preço, o (a) senhor (a) achou: Caro Barato Quanto? _____________________________________ 8) Para qual doença ou sintoma foi utilizado? __________________________________________________________________ 9) O resultado foi satisfatório? (aliviou todo o sintoma ou curou a doença) Sim Não 10) Voltará a fazer uso desse medicamento caso o sintoma ressurja? Sim Não Obs.: Vá para a questão de número 13. 11) Porque não utilizou? ___________________________________________________________________ 12) Se prescrito por um médico ao senhor (a), utilizaria? Sim Não 13) O (a) senhor (a) sabia que provavelmente a partir de 2008 o SUS oferecerá fitoterápicos como opção terapêutica? Sim Não