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AUGUSTO JOSÉ DA SILVA ALBUQUERQUE CAVALCANTE
FERNANDO MEDEIROS ANSELMO
GLAUCO SCHMITT
AVALIAÇÃO DO USO DE FITOTERÁPICOS POR PACIENTES ASSISTIDOS EM
POSTOS DE SAÚDE DE TUBARÃO - SC
Tubarão
2008
AUGUSTO JOSÉ DA SILVA ALBUQUERQUE CAVALCANTE
FERNANDO MEDEIROS ANSELMO
GLAUCO SCHMITT
AVALIAÇÃO DO USO DE FITOTERÁPICOS POR PACIENTES ASSISTIDOS EM
POSTOS DE SAÚDE DE TUBARÃO - SC
Universidade do Sul de Santa Catarina.
Orientador: Rodrigo Rebelo Peters
Tubarão
2008
SUMÁRIO
LISTA DE NOMES COMERCIAIS E FÓRMULAS ........................................................ ...
LISTA DE CHÁS E SUAS FORMULAÇÕES .................................................................................. ...
1
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 09
1.1 Justificativa ........................................................................................................................ 10
2
OBJETIVOS ................................................................................................................... 11
3 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................... 12
3.1 Tipo de estudo .................................................................................................................... 12
3.2 População de estudo ........................................................................................................... 12
3.3 Critérios de inclusão............. .............................................................................................. 12
3.4 Critérios de exclusão .......................................................................................................... 12
3.5 Método de coleta de dados ................................................................................................. 12
3.6 Variáveis....................... ...................................................................................................... 13
3.7 Aspectos éticos ....................... ........................................................................................... 13
3.8 Métodos de processamento e análise de dados................................................................... 14
4
RESULTADOS ............................................................................................................... 15
5
CONCLUSÃO................................................................................................................. 24
6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 25
APENDICE 1 – QUESTIONÁRIO ....................................................................................... 27
LISTA DE NOMES COMERCIAIS E FÓRMULAS
1. Abrilar® => Hedera helix.
2. Acheflan® => Cordia verbenacea.
3. Ad-muc® => Chamomilla recutita.
4. Água de Melissa => Melissa officinalis
5. Água Inglesa => Cinchona calisaya, Matricaria recutita, Artemisea absinthium,
Jatrorrhiza palmata, Baccharis triaera, Centaurium erythraea, Cinnamomum
cássia.
6. Alcachofra Composta => Cynara scolymus, Peumus boldus.
7. Alcoolato de Camomila Camposta Catarinense® => Anthemis nobilis, Gentiana
lutea, Picrasma excelsa, Rheum palmatum, Marsdenia cundurango, Centaurium
erythraea, Artemisia absinthium, Aloe ferox, Papaver somniferum, Pimpinela
anisum, Melissa officinalis, Mentha piperita.
8. Atepes® => Cimifuga racemosa.
9. Bálsamo Branco® => Lavandula angustifólia, Cinnamomum zeylanicum, Carum
carvi, Caryophyllus aromaticus, Foeniculum vulgare, Citrus limon, Melissa
officinalis.
10. Berinjela => Solanum melongena.
11. Calmapax® => Matricaria camomila, Passiflora incarnata, Erythrina mulungu.
12. Castanha da Índia => Aesculus hippocastanum.
13. Elixir Paregórico® => Papaver somniferum.
14. Emplastro Sabiá® => Capsicum annuum.
15. Eparema® => Peumus boldus, Rhamnus purshiana, Rheum palmatum.
16. Figatil® => Cynara scolymus, Peumus boldus, Fel tauri inspissatum.
17. Galenogal® => Salix alba.
18. Gamaline V® => Borago officinalis.
19. Garra do diabo => Harpaphytum procumbens.
20. Ginkgo biloba => Ginkgo biloba.
21. Ginseng => Panax ginseng
22. Gotas preciosas® => Gentiana lutea, Rheum palmatum, Aloe ferox, Cynara
scolymus, Atropa belladona, Peumus boldus, Baccharis trimera.
23. Guacoflus® = Mikania glomerata.
24. Guaraná => Paulínia cupana.
25. Hepatozan® => Cynara scolymus.
26. Hipérico => Hypericum perforatum
27. Isoflavona® => Glycine max
28. Kava-Kava => Piper methysticum.
29. Maracugina® => Passiflora alata, Erythrina mulungu, Crataegus oxyacantha.
30. Mel rosado => extrato de rosas rubras em mel.
31. Melagrião® => Aconitum napellus, Nasturtum officinale, Myroxylon balsamum,
Mikania glomerata, Cephaelis ipecacuanha, Polygala senega. .
32. Metamucil® => Plantago ovata Forsk
33. Naturetti® => Senna alexandrina, Cassia fistula, Tamarindus indica,
Coriandrum sativum, Glycyrrhiza glabra.
34. Nerviton® => Anemopaegma mirandum, Cola nitida, Passiflora alata, Paullinia
cupana, Ptychopetalum olacoides, Cloridrato de Tiamina.
35. Óleo de rícino => Ricinus communis.
36. Olina® => Angelica archangelica, Alpina officinarum, Commiphora myrrha,
Rheum palmatum, Gentiana lutea, Aloe ferox, Cinnamomum zeylanicum.
37. Pilogênio® => Pilocarpus pinnatifolis.
38. Plantaben® => Plantago ovata.
39. Porangaba => Cordia salicifolia.
40. Serenus® => Passiflora alata, Crataegus oxyacantha, Adonis vernalis.
41. Tamarine® => Cassia angustifolia, Tamarindus indica, Cassia fistula,
Coriandrum sativum, Glycyrrhiza glabra.
42. Tintura de arnica => Arnica Montana.
43. Umckan® => Pelargonium sidoides.
44. Valeriana => Valeriana officinalis.
45. Verilax® => Rhamus purshiana..
LISTA DE CHÁS E SUAS FORMULAÇÕES
1. Alcachofra => Cynara scolymus.
2. Alho => Allium sativum
3. Araçá => Psidium albidum
4. Boldo => Peumus boldus.
5. Bugre => Casearia silvestris.
6. Calêndula => Calendula officinalis.
7. Capim cidreira => Cymcopogon citratus.
8. Camomila => Matricaria recutita
9. Carqueja => Baccharis genistelloides
10. Cáscara Sagrada => Rhamnus purshiana
11. Cavalinha => Equisetum arvense
12. Chapéu de couro => Echinodorus macrophylus.
13. Cipó Mil-homens => Aristolochia cymbifera
14. Endro => Abethum graveolens
15. Erva-doce => Pimpinella anisum
16. Espinheira santa => Maytenus ilicifolia
17. Eucalipto => Eucalyptus globulus.
18. Funcho => Foeniculum vulgare
19. Goiaba => Psidium Guayaba.
20. Guaco => Mikania glomerata
21. Hortelã => Mentha piperita
22. Laranja => Citrus aurantium
23. Lima => Citrus sinensis
24. Louro => Laurus nobilis
25. Malva => Malva sylvestris
26. Melissa => Melissa officinalis
27. Pata de vaca => Bauhinia forticata
28. Poejo => Cunila microcephala
29. Porangaba => Cordia salicifolia
30. Preto => Camelia sinensis
31. Quebra-pedra => Phyllanthus niruri
32. Rescue® => Prunus cerasifera, Clematis vitalba, Impatiens glandulifera,
Helianthemum nummularium, Ornithogalum umbellatum.
33. Sangue de dragão => Cróton lechleri.
34. Sene => Cassia angustifolia
35. Sete Sangrias => Cuphea balsamona
36. Verde => Camelia sinensis.
1 INTRODUÇÃO
De acordo com o Ministério da Saúde, medicamento fitoterápico é aquele
medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É
caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela
reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através
de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em
publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele
que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as
associações destas com extratos vegetais.1
Segundo relata Roberto Adrianete,2
em seu artigo na Revista Brasileira de
Psiquiatria, houve um aumento na comercialização de fitoterápicos para os transtornos
mentais. Ballone GJ3 relata o uso de Hypericum perforatum como antidepressivo levemoderado e Valeriana officinalis como ansiolítico e indutor do sono.
Ronald Brenner4, professor de Psiquiatria do Clinical Psyquiatry State of New York,
relata estudo multicêntrico na Alemanha (realizado por Vorback E. U. et al) comparando
imipramina com extrato de Hipérico mostrando que este tem uma eficácia similar e menos
efeitos colaterais. Outro estudo "Comparison of Hypericum perforatum L. Extract LI 160
(St. John's Wort) and sertraline in the treatment of depression" mostrou que não há
diferença entre o tratamento com 75mg de sertralina e o LI160 com 900mg de extrato de
Hipérico.4
Calixto5 refere que para se registrar um medicamento fitoterápico no Brasil tem que
haver um estudo de eficácia clínica, toxicologia, controle de qualidade e estabilidade e que,
na pratica usual brasileira, usa-se quase sempre ervas frescas moídas com pouco ou nenhum
estudo científico sem controle de qualidade adequado do produto não chegando este a ser
um medicamento fitoterápico.
Estudos mostram que Valeriana officinalis tem propriedades sedativas comprovadas
em ensaios clínicos controlados com placebo6,7 e também que a camomila, Matricaria
recutita, e o maracujá, Passiflora incarnata, estão entre os produtos naturais considerados
sedativos7.
1.1 Justificativa
Com o exposto anteriormente, este trabalho justifica-se pela importância de se saber
o conhecimento da população sobre o assunto e, com isso, poder agir no futuro para uma
melhor abordagem ao paciente que não conhece os fitoterápicos e verificar o real
conhecimento da população acerca dessa classe medicamentosa.
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Caracterizar o perfil de utilização de medicamentos fitoterápicos em postos de saúde
de Tubarão - SC.
2.2 Específicos

Saber para quais sintomas ou doenças as pessoas utilizam medicamentos
fitoterápicos em Tubarão - SC;

Conhecer quais são os fitoterápicos usados.

Avaliar a satisfação com o tratamento fitoterápico.
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Tipo de estudo
Foi realizado um estudo observacional com delineamento transversal.
3.2 População de estudo
Foram entrevistados indivíduos que utilizam os serviços disponibilizados pelos
postos de saúde de Tubarão – SC.
3.3 Critérios de inclusão
Todas as pessoas que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, com
idade mínima de 18 anos.
3.4 Critérios de exclusão
Foram excluídas todas as pessoas que não quiseram participar do trabalho, assim
como aquelas que preencheram erradamente o questionário.
3.5 Método de coleta de dados
A coleta de dados ocorreu com a aplicação de um questionário com perguntas
abertas e fechadas (apêndice 1) aos pacientes que esperaram na fila do posto de saúde por
algum tipo de atendimento, sem horário específico. Aqueles pacientes que responderam
apenas chás entre os medicamentos fitoterápicos foram considerados como se não
soubessem o que seja um fitoterápico, porém, daqueles que agruparam chás e fitoterápicos
na mesma resposta foram considerados como conhecedores da classe fitoterápica, apesar da
não inclusão dos chás nesta classe e, devido a isso, foi realizado uma tabela a parte para os
chás.
3.6 Variáveis
Foram avaliadas variáveis como: gênero, idade, conhecimento acerca do
medicamento fitoterápico, utilização de tal medicamento, tipo e sua forma de apresentação,
qual sintoma ou doença o fez utilizar o medicamento, quem o indicou, e resultados
mediante o uso, o motivo da não utilização, se utilizaria caso fosse prescrito por um médico
e conhecimento sobre disponibilização dessa classe no SUS.
Na confecção do questionário foi esquecido o item idade e foi, então, preenchida a
idade do paciente no canto superior a direita acima da primeira pergunta.
3.7 Aspectos éticos
Foi solicitado para que cada participante do trabalho preenchesse o termo de
consentimento livre e esclarecido e os mesmos foram orientados que o trabalho respeitará
os direitos humanos fundamentais sobre a confidencialidade da identidade e que o projeto
somente irá valorizar as informações colhidas.
O projeto foi submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa da Unisul –
CEP, o qual segue as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres
humanos, propostas pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde n 196/1996, sendo
aprovado sob o número: 07.430.4.01.III
3.8 Métodos de processamento e análise de dados
Os dados serão armazenados e analisados, utilizando os programas Microsoft Excel
2003 e Epi Info 6.04. As variáveis quantitativas serão avaliadas por medidas de tendência
central (média, moda e mediana) e dispersão (desvio-padrão), as variáveis categóricas
apresentadas em percentuais simples. As diferenças dos desfechos serão aferidas pelo
método do Qui-quadrado. Fixou-se valor de p menor que 0,05 como significantes e
intervalo de confiança de 95% para as diferenças e associações.
4
RESULTADOS
O presente estudo avaliou 244 questionários coletados dos pacientes nos postos de
saúde de Tubarão – SC, no período de setembro de 2007 até abril de 2008, sendo 153
mulheres e 91 homens, com idades variando de 18 a 82 anos, com uma média de 41 anos e
um desvio-padrão de 15 anos. Ao analisar os dados obtidos, percebe-se que 183 (75%)
participantes responderam que sabem o que é um medicamento fitoterápico ao passo que 61
(25%) responderam que desconhecem o que seja.
Gráfico 1 - Conhecimento acerca de Fitoterápicos
300
244
250
200
183
Conhecem
150
100
Não conhecem
Total
61
50
0
1
Dos 183 participantes que responderam sim, 132 (72,13%) utilizam ou já utilizaram
algum medicamento fitoterápico, sendo que destes segue a lista dos fitoterápicos lembrados
por eles usados ou em uso.
Gráfico 2 - Utilização entre os que conhecem
fitoterápicos
183
200
150
132
Utilizaram
100
Não utilizaram
Total
51
50
0
1
Como Ribeiro8 mostrou em seu estudo, as plantas mais utilizadas comercialmente
foram o Ginkgo biloba e a Passiflora spp., não muito diferente deste estudo, apesar da
Mikania glomerata aparecer com grande destaque.
Ginkgo biloba = 24
Gotas preciosas® = 2
Xarope de guaco = 20
Tamarine® = 2
Calmapax® = 15
Gamaline V® = 2
Olina® = 13
Nerviton® = 2
Maracugina® = 11
Garra do diabo = 2
Emplastro sabiá® = 11
Pilogênio® = 1
Melagrião® = 10
Acheflan® = 1
Água de Melissa = 9
Água inglesa® = 1
Isoflavona® = 9
Atepes® = 1
Figatil® = 9
Umckan® = 1
Valeriana = 8
Porangaba = 1
Castanha da índia = 7
Verilax® = 1
Óleo de rícino = 6
Plantaben® = 1
Ginseng = 5
Lecitina de soja = 1
Guaraná do amazonas = 5
Linhaça = 1
Alcachofra = 5
Abrilar® = 1
Elixir paregórico® = 4
Naturetti® = 1
Metamucil® = 4
Serenus® = 1
Balsamo branco® = 4
Kava-kava = 1
Tintura de arnica = 4
Hipérico = 1
Berinjela = 3
Hepatozan® = 1
Camomila catarinense® = 3
Galenogal® = 1
Mel rosado = 2
Ad-muc® = 1
Eparema® = 2
Não lembra = 1
Dentre os 132 participantes que responderam que utilizam ou já utilizaram
fitoterápicos, 45 (34,09%) citaram, além dos medicamentos acima, chás como
medicamentos fitoterápicos. Este estudo não pretende discutir o mérito acerca dos chás
como medicamento, já que, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
ANVISA9, classifica os chás como alimentos no Brasil. Sabendo disso, foram enquadrados
os chás numa tabela a parte e não será mencionada a utilização dos chás no decorrer do
trabalho.
Alcachofra = 2
Cipó Mil-homens = 2
Malva = 4
Alho = 3
Endro = 1
Melissa = 1
Araçá = 1
Erva-doce = 3
Pata de vaca = 1
Boldo = 3
Espinheira santa = 2
Poejo = 1
Bugre = 2
Eucalipto = 1
Porangaba = 1
Calêndula = 1
Funcho = 1
Preto = 1
Capim cidreira = 7
Goiaba = 3
Quebra-pedra = 2
Camomila = 8
Guaco = 5
Rescue® = 3
Carqueja = 1
Hortelã = 9
Sangue de dragão = 1
Cáscara sagrada = 3
Laranja = 2
Sene = 4
Cavalinha = 1
Lima = 1
Sete sangrias = 2
Chapéu de couro = 1
Louro = 1
Verde = 4
Excluindo-se os chás, o gráfico 3 mostra as principais formas de apresentação.
Dentre a resposta outros estão as seguintes apresentações: gotas = 32, pó = 11, emplastro =
11, flaconete = 7, geléia = 2, creme = 1, spray = 1, não lembra = 1. Não foi feita distinção
entre cápsulas, comprimidos, drágeas e pílulas, sendo todos enquadrados como cápsulas.
Gráfico 3 - Forma de utilização do fitoterápico
250
222
200
Xarope
150
100
Cápsula
89
Outros
67
66
50
0
1
Total
Foi questionado aos participantes do trabalho quem indicou esta classe
medicamentosa a eles e os resultados estão no gráfico 4. Dentre a resposta outros estão as
seguintes respostas: farmacêutico = 20, amigos = 11, enfermeira = 5, colegas de trabalho =
1, televisão = 1, casa de ervas = 1, pastoral da saúde = 1.
Gráfico 4 - Indicação do fitoterápico
160
136
140
120
Médico
100
Familiar
80
Vizinho
60
40
43
29
40
24
Outros
Total
20
0
1
De acordo com os dados anteriores, pode-se observar a grande influência que os
familiares fazem para o uso desses medicamentos, suplantando os médicos e percebe-se
que vizinhos, farmacêuticos e amigos também apresentam grande influência. A relativa
baixa participação médica dentre as indicações pode estar relacionada, como relata
Rezende10 em sua pesquisa, que quando a doença fora considerada de maior urgência era
que os médicos foram requisitados.
Em relação ao preço, poucos participantes responderam o valor exato do
medicamento, o que prejudica a compreensão do real valor, mas a percepção entre barato e
caro pode ser vista no gráfico 5.
Apesar de não se saber o que é caro para um indivíduo e barato para o outro, inferese, já que a base de dados foram usuários de postos de saúde, que realmente esta classe
medicamentosa tem custo relativamente menor.
Gráfico 5 - Conceituação do custo
132
140
112
120
100
Acessível
80
Cara
60
Total
40
20
20
0
1
Vários sintomas foram relatados como sendo melhorados no uso de fitoterápicos e a
ordem dos principais sintomas referidos está no gráfico 6:
Gráfico 6 - Motivo da utilização
30
dispepsia
tosse
calmante
artralgia e mialgia
2727
constipaçào
25
ansiedade
20
15
19
climatério
1616
14
13
1212
11
10
perda de memória
ativar circulação
estimulação
10
6 6
5
4 4 44
0
1
3 3
4
2
1 1 1 11
insônia
cólica
emagrecimento
tontura
cicatrização
contra colesterol
varizes
Sendo o último com quatro referências está varizes = 4 (1,80%), a partir observa-se
odinofagia = 3 (1,35%), estomatite = 3 (1,35%), depressão = 2 (0,90%), noctúria = 1
(0,45%), aumentar a imunidade = 1 (0,45%), estimulante do apetite = 1 (0,45%), contusões
= 1 (0,45%), aumento da regeneração capilar = 1 (0,45%), não preenchido = 4 (1,80%).
Não foi feita a exata relação de medicamento com sintoma, porque não se quer
indicar nenhum medicamento com este trabalho.
Quanto ao resultado obtido pelo tratamento fitoterápico, o gráfico 7, sendo que um
paciente estava em uso no momento da pesquisa e não respondeu à essa pergunta.
Gráfico 7 - Satisfação pelo uso
131
140
120
112
100
Satisfatório
80
Insatisfatório
60
40
Total
19
20
0
1
Apesar disso, quando se questionou se voltará a fazer uso desse medicamento caso o
sintoma referido surja novamente, o resultado foi o seguinte:
Gráfico 8 - Reutização de fitoterápico
132
140
120
98
100
Sim
80
Não
60
Estão reutilizando
Total
31
40
20
3
0
1
Aos 51 (27,87%) participantes que responderam o conhecimento sobre fitoterápicos,
embora não os utilizou foi perguntado o porquê e o gráfico 9 mostra os resultados.
Gráfico 9 - Motivos que levaram a não utilização
60
51
50
Não precisaram
Não conheciam
40
30
Não acreditam
30
Não quiseram
20
10
Não foi indicado
6
9
4
Total
2
0
1
Também a estes 51 foi perguntado se eles usariam algum fitoterápico caso um
médico prescrevessem. Eis o resultado no gráfico 10.
Gráfico 10 - Usariam caso fosse prescrito
60
50
51
47
40
Sim
30
Não
Total
20
10
4
0
1
A todos os 244 participantes da pesquisa foi perguntado se eles tinham ciência de
que provavelmente o SUS iria oferecer alguns medicamentos fitoterápicos a população.
(gráfico 11).
Gráfico 11 - Sabem que fitoterápicos serão
disponíveis pelo SUS
300
250
220
244
200
Sim
150
Não
100
Total
50
24
0
1
5 CONCLUSÕES
De acordo com o exposto pode-se concluir que:
1. Do total de participantes, 75% sabem o que é um medicamento fitoterápico, por
conseguinte 25 responderam que desconhecem o que seja.
2. Dentre os pacientes que sabem o que é fitoterápico, 72,13% utilizam ou já
utilizaram um medicamento fitoterápico, em detrimento aos 27,87% dos
participantes que conhecem, mas nunca utilizaram um medicamento desta classe.
3. Ao todo, foram citados pelos participantes 47 nomes comerciais ou formulações
diferentes em 222 citações gerais e que xaropes e cápsulas são os meios mais
utilizados de administração desses medicamentos.
4. Os sintomas mais mencionados para os quais os fitoterápicos foram indicados são
sintomas dispépticos e tosse (12,16% cada) e para acalmar (8,46%).
5. A grande maioria dos participantes (84,85%) refere como satisfatório o resultado
obtido com o tratamento fitoterápico, apesar de que esse número diminuiu (74,24%
responderam que utilizariam) quando foi perguntado se utilizaria novamente o
medicamento caso o sintoma ressurgisse.
6. A principal razão pela não utilização dos medicamentos fitoterápicos (58,82%) foi a
não necessidade de utilização deles.
7. Das pessoas que conhecem o que é um medicamento fitoterápico, mas nunca os
utilizou 92,16% responderam que utilizariam este medicamento caso um médico os
prescrevesse.
6 REFERÊNCIAS
1. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº. 48, de 16 de março de 2004. Dispõe sobre o registro de
medicamentos fitoterápicos. Disponível em: http://e-legis.anvisa.gov.br/leisr.
php?id=10230
2. Andreatini R. Uso de fitoterápicos em psiquiatria. Revista Brasileira de
Psiquiatria. 22ºvol. nº. 3. São Paulo. Setembro 2000.
3. Ballone GJ. Fitoterápicos. 2005. Disponível em: www.psiqweb.med.br
4. Brenner
R.
Jarsin:
antidepressant
efectivenes
of
LI-160.
www.psiquiatrianet/tratamento/fitoterap_03.htm
5. Calixto JB. P&D dos fitoterápicos e a singularidade dos extratos.
www.psiquiatrianet/tratamento/fitoterap_04.htm
6. Poyares D e cols. Hipnoindutores e insônia. Revista Brasileira de Psiquiatria.
27ºvol. suppl.1. São Paulo. Maio 2005.
7. Soares CN. Insônia na menopausa e perimenopausa _ características clínicas e
opções terapêuticas. Revista Psiquiatria Clínica. nº. 33. p. 103-109. 2006.
8. Ribeiro AQ, Leite JPV, Dantas-Barros AM. Perfil de utilização de fitoterápicos
em farmácias comunitárias de Belo Horizonte sob a influência da legislação
nacional. Revista Brasileira de Farmacognosia. 15(1): 65-70, Jan./Mar. 2005.
9. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
ANVISA. Sistema de perguntas e respostas. FAQ 1363. disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/faqdinamica/index.asp?Secao=Usuario&usersecoes=3
6&userassunto=135
10. Rezende HA, Cocco MIM. A utilização de fitoterapia no cotidiano de uma
população rural. Rev Esc Enferm USP 2002; 36(3): 282-8.
APÊNDICE 1 - QUESTIONÁRIO
1) O (a) senhor (a) sabe o que é medicamento fitoterápico, ou seja, feito de plantas?
Sim 
Não 
Obs.: Se não, ler a explicação no verso.
2) Utiliza ou já utilizou algum medicamento fitoterápico?
Sim 
Não 
Obs.: Se não, vá para a pergunta número 11.
3) Se a resposta foi sim, qual (is)?
___________________________________________________________________
4) Com que freqüência é utilizado?
1-2x por semana 
3-4x por semana 
5-6x por semana 
Mais do que 6x por semana  Quanto? ____________________________________
5) Em qual forma de apresentação foi ou é utilizado?
Chás 
Xaropes 
Cápsulas 
Outros  Qual? _________________
6) Quem o indicou a você?
Médico 
Familiar 
Vizinho 
Outros
7) Em relação ao preço, o (a) senhor (a) achou:
Caro 
Barato 
Quanto? _____________________________________
8) Para qual doença ou sintoma foi utilizado?
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9) O resultado foi satisfatório? (aliviou todo o sintoma ou curou a doença)
Sim 
Não 
10) Voltará a fazer uso desse medicamento caso o sintoma ressurja?
Sim 
Não 
Obs.: Vá para a questão de número 13.
11) Porque não utilizou?
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12) Se prescrito por um médico ao senhor (a), utilizaria?
Sim 
Não 
13) O (a) senhor (a) sabia que provavelmente a partir de 2008 o SUS oferecerá
fitoterápicos como opção terapêutica?
Sim 
Não 
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