As tecnologias na vida pessoal e profissional

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AS TECNOLOGIAS NA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL
Nós, que nascemos em um mundo anterior a tantas tecnologias,
aprendemos a viver no universo constituído por coisas palpáveis. O contato se
estabelecia entre seres humanos só por meios físicos: cartas, telefonemas,
encontros,...
Em um mundo concreto, a escola não poderia ser diferente: livros, giz, carteiras,
quadro-negro, mural. Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de
um tempo passado e tem se mantido relativamente inalterado. Os alunos atuais, porém,
são nativos digitais. Em outras palavras: nasceram em um mundo no qual já existiam
computadores, internet, telefone celular, tocadores de MP3, videogames, programas de
comunicação instantânea ( MSN, Google, Orkut, etc) e muitas outras ferramentas da era
digital.
Como esperar que esses jovens com um fluxo contínuo de informações,
sintam-se estimulados pelo espaço escolar, marcado pelo ritmo lento do mundo
material? Um perfil como o deles exige a incorporação das novas tecnologias
ao contexto de aprendizagem.
Diante desta situação e como educadora percebo a urgência do
conhecimento para usar as ferramentas disponíveis a nova linguagem dos
alunos e, assim, conceber novas estratégias pedagógicas motivadoras de
aprendizagem para esses jovens.
Com a evolução tecnológica temos que sempre nos manter em
constantes atualizações, na vida pessoal e profissional.
O novo desafio é educar sob os novos parâmetros desta realidade
globalizada e conectada em tempo real.
O professor tem um papel muito importante neste novo cenário. Além de
ser muitas vezes um modelo para seu aluno, o professor tem um contato direto
na formação do mesmo. Portanto tem uma responsabilidade que se compara
com poucos. Mas é importante que tenha consciência da necessidade de sua
adequação a esta nova realidade, para que possa aumentar a sua proximidade
com os educandos.
Utilizar ou não os meios tecnológicos como apoio pedagógico, não é
mais passível de discussão, mas a sua forma de utilização com certeza sempre
o será. O professor precisa se atualizar, sob pena de ser atropelado pelo tempo
e pelas novas tecnologias, que, na verdade, jamais superarão o mestre, a
relação professor-aluno, gerando então um verdadeiro vazio, um precipício que
já estamos vivenciando na falta de referências e valores dos jovens on-line.
O educador precisa acompanhar a evolução tecnológica, para que o processoensino-aprendizagem ocorra de forma eficaz.
Configura-se que na escola moderna, Aluno aprende com Professor; Professor
aprende com Aluno; Aluno aprende com Aluno e Professor aprende com Professor.
Os alunos estão prontos para a multimídia, os professores, em geral,
não. Os professores sentem cada vez mais claro o descompasso no domínio
das tecnologias e, em geral, tentam segurar o máximo que podem, fazendo
pequenas concessões, sem mudar o essencial. Creio que muitos professores
têm medo de revelar sua dificuldade diante do aluno. Por isso e pelo hábito
mantêm uma estrutura repressiva, controladora, repetidora. Os professores
percebem que precisam mudar, mas não sabem bem como fazê-lo e não estão
preparados para experimentar com segurança.
Mesmo com tecnologias de ponta, ainda temos grandes dificuldades no
gerenciamento emocional, tanto no pessoal como no organizacional, o que dificulta o
aprendizado rápido. As mudanças na educação dependem, mais do que das novas
tecnologias, de termos educadores, gestores e alunos maduros intelectual, emocional e
eticamente; pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar;
pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos.
São poucos os educadores que integram teoria e prática e que aproximam o pensar do
viver.
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