Apreensão e Compreensão do Espaço Geográfico Antonio C

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Apreensão e Compreensão do Espaço Geográfico
Antonio C. Castrogiovanni
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Por que a geografia pode não ser tão interessante.
Pesquisas comprovam que muitos professores que atuam nas séries iniciais não foram
alfabetizados em Geografia.
Alfabetização espacial -> construção de noções básicas de localização, organização,
representação e compreensão da estrutura do espaço elaborada pela sociedade.
A representação dos segmentos espaciais facilita a leitura do todo espacial.
O espaço é tudo e todos - grupos sociais, culturais, diversidade étnica, etc.
Estudos sociais – História / tempo
Geografia / lugar
Sociologia / questão social
A escola longa da vida e do cotidiano dos alunos a escola parece homogênea e a vida
fora atraente, emoções, mistérios.
Os primeiros anos da escolarização deve trabalhar com a idéia de “alfabetização” em
Estudos Sociais -> valorização do espaço e do tempo vivenciados.
Alfabetização temporal -> construção das noções temporais, quantificação do tempopassado/presente/futuro/épocas -> lidar com movimentos amplos-> globalização.
Cada lugar é sempre uma fração do espaço totalidade -> diferentes tempos.
A idéia de lugar -> imagem da significação -> identidade.
A construção da noção de espaço.
O espaço da AÇÃO/perceptivo: do nascer aos 2 anos mais ou menos -> espaço vivido -> prática
-> organizado -> equilibrado.
Espaço representativo/reflexivo : símbolo, imagem, palavra as ações são interiorizados dois
momentos:
I - Representações estáticas -> irreversíveis
II - Operatório -> que ordena e percebe as relações.
Para que ocorra a construção das relações é necessário a interação do sujeito com o meio ->
liberação gradual do egocentrismo passando para a descentralização.
A escolarização facilita a descentralização -> ações construtivas.
Segundo Piaget e Inhelder – 3 tipos de relações espaciais:
Relações espaciais topológicas - Mais importante e dão origem as relações projetivas e
euclidianas.
São as relações do espaço no cotidiano e podem ser:
 Vizinhança – próximos um do outro
 Separação – os objetos embora vizinhos ocupam posições distintos no espaço.
 Ordem ou sucessão – relações que se estabelecem entre elementos vizinhos e
separados.
 Envolvimento ou fechamento –> sentido de interior, exterior, centralidade,
proximidade, contorno.
 Continuidade ou contínuo -> pontos colocados na seqüência no espaço.
Relações projetivas: pontos de vista -> inicialmente o ponto de partida é o corpo da própria
criança, sua hemisferização. Essa construção evidencia a passagem da criança de seu mundo
egocêntrico para a descentração. As noções fundamentais são; direita/esquerda; frente/atrás;
em cima e em baixo; ao lado de.Apresenta 3 fases:
 Entre os 5/8anos a criança consegue dar posição nos objetos.
 Entre 8/11 anos consegue dar a posição a partir do outro colocado a sua frente.

12 anos – colocando-se no lugar dos objetos distintos, quando solicitado a situá-los
entre eles.
Com a liberação do egocentrismo, a criança consegue usando as relações projetivas, dar a
posição de objetos em 3 fases -> estabelecendo as relações Norte/Sul e Leste/Oeste.
O ponto de partida é o corpo da própria criança, mas considera a existência da “outros”.
Relações euclidianas - Este espaço deriva do espaço topológico e do projetivo.
As constatações de grandeza e de forma pela criança são organizadas em nível da inteligência
sensório-motora permanência do objeto ausente.
O sistema de coordenadas corresponde ao ponto de chegada de toda a construção psicológica
do espaço euclidiano -> ponto de chegada.
A localização absoluta em Geografia é dada pela utilização de um sistema de coordenadas
geométricas.
Somente aos 10 anos a criança coordena as medidas e utiliza as referências horizontal e
vertical.
A evolução da forma de apreensão do espaço pela criança.
A evolução segue três etapas:
a) a etapa do espaço vivido -> o espaço físico -> movimento da locomoção.
b) O espaço percebido-> a criança percebe o espaço sem ter que experimentá-lo
biologicamente como no espaço vivido – Percebe não mais só o “aqui ” mas o “alí” e “lá”.
Começa “analisar” o espaço, através da observação -> introduz a criança no mundo da leitura
das paisagens.
c) O espaço concebido – aos 12 anos ± -> é o espaço abstrato – formado pelos sentidos, pela
reflexão.
O aluno mostra-se apto a compreender as relações métricas (espaço euclidiano).
A representação Espacial
• A Cartografia
• As maquetes, mapas, cartas e plantas são representações sociais de um determinado
espaço real e representam uma organização dos elementos que compõem o espaço.
• Para que uma criança faça uma leitura de mapas é preciso ter aprendido a construí-los.
Só lê quem aprendeu a construí-los.
• A figura cartográfica (mapa, carta ou planta) é uma representação que no uso
cotidiano e é usada em larga escala.
• Tanto para o uso cotidiano como para o científico a figura cartográfica tem uma
função prática – instrumento de conhecimento, domínio e controle de um território.
• O aluno/cidadão -> análise crítica da representação cartográfica.
Orientação
• É um procedimento fundamental na localização dos lugares -> no sentido geográfico é
o mesmo que rumo ou direção.
• Graficamente a rosa-dos-ventos dá as direções (pontos cardeais, colaterais e
subcolaterais).
• O sol, estrelas, bússola -> instrumentos práticos e eficientes para a orientação.
• A rede de coordenados geográficos -> paralelos e meridianos fornece a posição fixa
absoluta.
• Os paralelos são linhas circulares traçadas a partir do Equador – paralelo inicial – a
distância entre qualquer ponto da terra e o Equador é chamado latitude – a latitude
máxima - 90º Norte ou Sul
• Os meridianos são linhas semi circulares traçadas a partir do meridiano da Greenwich > longitude – quanto mais distante de Greenwich maior a longitude 180º graus
Leste/Oeste.
A compreensão das legendas: leitura a linguagem cartográfica
Os mapas oferecem uma visão da síntese das relações espaciais e da distribuição dos
diferentes elementos que compõem o espaço.
Os símbolos e os signos são geralmente convenção e sinais gráficos.
As cores são empregadas conforme determinadas áreas.
Planimétricas - quando representam aspectos localizados na superfície terrestre.
Altimétricas - quando indicam altitude ou profundidade de uma área.
A representação do mundo necessita de simbolização cartográfica.
Os símbolos, signos e legendas são responsáveis pela leitura da linguagem cartográfica.
A noção de escala
A escala é uma relação de proporção entre o tamanho de uma representação e o real.
A escala pode ser pequena/média/grande.
Quando a escala é grande apresenta detalhes. Ex. um prédio.
A escala pode ser representada:
Escala numérica – quando a relação é expressa em números como
1 : 50.000.
Escala gráfica -> é representada por um gráfico, geralmente uma linha dividida em vários
segmentos que indicam relações entre o tamanho do segmento e o tamanho real.
0 1 2 3 4 5 6
_________________ Km.
A escala gráfica é a melhor entendida pelos alunos.
Projeção Cartográfica
O princípio das projeções cartográfica é o de colocar um globo (geóide) numa representação
plana.
Qualquer que seja a projeção haverá um tipo de distorção, nas áreas, nas formas ou distâncias
da superfície terrestre. Podem ser:
a) Cilíndrico
b) Cônica
c) Plana ou azimutal
Organização espacial
As sociedades ao longo da história organizaram e reorganizaram o espaço transformando a
natureza.
A organização espacial reflete as características do grupo que a constrói.
Maquetes
O trabalho com a maqueta mistura o real com o imaginário. Ela funciona como um
“laboratório” geográfico, onde as interações sociais do aluno no seu dia-a-dia são possíveis de
serem percebidas na quase totalidade.
O espaço é estudado em diferentes campos do conhecimento: sociológico, etnográfico,
filosófico, psicológico, histórico, e geográfico.
Geograficamente, o espaço é considerado como território e lugar, historicamente produzido
pelas sociedades -> dinâmico.
A cartografia -> ferramenta indispensável nos estudos e compreensões geográficas.
O local e o global formam uma totalidade.
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