8 – Escola Funcionalista

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8 – O pensamento funcionalista
 Vinculada a sociologia – estudo para compreender as sociedades humanas e
solucionar seus problemas.
 O aperfeiçoamento dos meios de comunicação e o aparecimento de outros,
fez surgir correntes de estudos específicos para a comunicação social.
 Inicialmente os estudos sociais encontraram-se em duas vertentes:
o Positivismo – que trazia a rigidez aos estudos sociais, leis científicas
doutrinárias e verdade quase absoluta aferida por métodos
quantitativos.
o Marxismo – remete aos seguidores de Karl Marx e Friedrich Engles. Na
sociedade, a luta de classes é o motor da história. Os estudos
compreendem a modificação das classes através da reflexão crítica.
 Os estudos de pensamento positivista nos EUA se iniciaram no início do séc
XX com alguns teóricos da Escola de Chicago, que propunham a construção
de uma ciência social com bases empíricas.
Mass communication research
 Abordagem variada para o campo da comunicação, indo de sociólogos a
engenheiros com resultados diversos para cada corrente de pensamento.
 Possui 4 características unificadoras:
o Enfoque empiricista (prático) dos estudos com tendência quantitativa.
o Orientação pragmática, que se opõe a ideologias ou dogmas não
aplicáveis, ou seja, a verdade é um valor prático.
o São estudos voltados prioritariamente aos meios de comunicação de
massa.
o Tratam os estudos da comunicação dentro dos modelos lineares.
 Teoria hipodérmica ou bala mágica
o Trata a audiência como uma massa amorfa, que responde cegamente
aos estímulos dos meios.
o Seus estudos visavam responder o efeito dos mass media em uma
sociedade de massa.
o Seu principal pensamento encontra-se na psicologia behaviorista.
 Behaviorismo é um tipo de estudo psicológico social em que as
atitudes e comportamentos são previsíveis e controláveis segundo
algumas determinações estímulo/resposta.
o O teórico é Lasswell supera a Teoria Hipodérmica com a sugestão do
seguinte modelo da comunicação:
 Quem, diz o que, em que canal, para quem e com que
efeito?
 Teoria da Persuasão ou empírico-experimental
o Aponta em seus estudos as primeiras diferenciações entre as
massas, ou seja, subentende-se que as mensagens devem
passar por uma adequação mínima para que sejam melhor
assimiladas.
o Apresenta um modelo parecido com o modelo hipodérmico:
CAUSAS (estímulo) > PROCESSOS PSICOLOGICOS INTERVENIENTES > EFEITOS (resposta)
o A expocição seletiva é mais um conceito trazido por essa teoria
e compreende a observação de camadas que são suscetíveis a
um ou outro meio de comunicação.
o A integralidade das argumentações é o tipo de pesquisa mais
popular que surgiu com essa teoria. Compreende o estudo dos
processos que objetivam a mudança de comportamento diante
com convencimento (persuasão).
 Teoria Empírica de Campo ou Teoria dos Efeitos Limitados
o Se a teoria hipodérmica falava da manipulação e a teoria
empírico-experimental falava da persuasão, a teoria dos
efeitos limitados fala de influência e não apenas das
mídias, mas também dos circulos sociais.
o Lazersfeld aponta que o público é capaz de fazer suas próprias
escolhas, mas age sobre propostas vinda de outras camadas.
Com suas pesquisas surge a proposta do Two-step flow:
 As decisões são criadas não diretamente pelo meio de
comunicação, mas por influencia 1º do meio e 2º pelos
líderes de opinião.
 A retórica da persuasão passa a ser um ponto na
comunicação massiva.
 Teoria dos Usos e Gratificações (Teoria Funcionalista)
o A questão aqui já não são os efeitos, mas as funções exercidas
pela comunicação de massa na sociedade.
o A mudança conceitual abandona a idéia de um efeito intencional
para focar nas conseqüências objetivamente averiguáveis
(quantitativos) na sociedade.
o É uma teoria que coloca a sua atenção no indivíduo,
especialmente nos seus hábitos de consumo mediático, em
detrimento da sociedade pois procura entender os usos que as
pessoas fazem da comunicação social.
o Blumer (1979) salientou que os motivos que levam ao uso dos
meios de comunicação podem gerar tipos específicos de
influência por parte dos media. Entre esses motivos ele inscreve
os seguintes:
 Orientação cognitiva, que, por exemplo, corresponde à
necessidade de se obter em determinados conhecimentos
através da informação jornalística;
 Entretenimento;
 Identificação pessoal, motivação satisfeita, por exemplo, pelo
consumo de produtos mediáticos que mais se adéqüem ao
sistema de crenças, valores, idéias e expectativas do
receptor, ou seja, ao seu sistema de pensamento.
o Os efeitos são, respectivamente, os seguintes:
 A busca de informação pode facilitar a aquisição de
conhecimentos;
 O consumo dos meios de forma a satisfazer necessidades de
entretenimento pode levar a que os consumidores dos
produtos mediáticos percepcionem a realidade social em
consonância com a realidade mediaticamente representada;
 Reforço da identidade pessoal.
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