pneumonia 2011

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Infecções de Vias Aéreas
Superiores e Inferiores
Soraya Rezende
2011
Faringoamigdalite
Faringite: diagnóstico
CLÍNICO
Manifestações clínicas
Exame físico criterioso
Faringe posterior inflamada
Vermelho brilhante
Amígdalas , c/ exsudato
Linfonodomegalia cervical anterior
Estreptocócica
Mononucleose infecciosa
Faringite: complicações
SUPURATIVAS
ABSCESSOS
EPIGLOTITE
NÃO SUPURATIVAS
FEBRE REUMÁTICA
GLOMERULONEFRITE AGUDA
Otites
Otite Média Aguda
Infecção Ouvido Médio
 Crianças e adultos (ocasional)
Etiologia
 S pneumoniae
 H influenza
 Moraxella catarrhalis
Sinais e Sintomas
 Febre Dor
 Audição
 Vertigem, irritabilidade (crianças)
 Otoscopia: MT vermelha,  mobilidade, secreção
Otite Média Aguda: Complicações
• Incidência: 0,5%
• Perfuração MT
• Abscesso cervical
• Osteomielite
• Mastoidite
• Abscesso cerebral
• Meningoencefalite
Sinusites
Sinusites
Infecção de seios paranasais
 SINTOMAS PERSISTENTES (> 10 DIAS)
Etiologia
 S pneumoniae
 H influenza
 Moraxella catarrhalis
Sinais e Sintomas
 Cefaléia - Obstrução / Secreção Nasal
 Dor à palpação de seio paranasal
 Rx: opacificação, espessamento mucosa e nível hidroaéreo
Sinusite: recomendações
• O Diagnóstico é Clínico
• Rx em criança < 6 anos: dispensável
• Punção aspirativa: dispensável
• Antibioticoterapia: Sempre
CONSIDERAR:
• Fatores de Risco: Internados, uso recente de
antibióticos (< 90 dias) e Idade <2 anos)
Pneumonia Adquirida Comunidade
Aquela que acomete o paciente fora do
ambiente hospitalar ou que surge nas
primeiras 48 horas da admissão.
Epidemiologia: doença respiratória mais
freqüente e a de maior mortalidade entre
as doenças respiratórias ocupando o quarto
lugar na mortalidade geral entre os adultos.
MAGNITUDE
EUA
– Incidência = 2 a 3 milhões de casos/ano.
– Hospitalização = 258/100.000 hab/ano (968/100.000/ano em > 65
anos).
– 500.000 internações por ano.
– 45.000 mortes por ano (sexta causa de morte).
Brasil
– Incidência estimada = 2 milhões de casos por ano.
– 1 milhão de internações por ano
– 27.000 óbitos por ano (DATASUS).
Fisiopatologia
Etiologia
Streptococcus pneumoniae
A pneumonia mais frequente
 Crianças, idosos, doentes crônicos
 Inicio agudo, quadro clínico típico
 Consolidação / broncograma aéreo
Derrame pleural em 50% dos casos
Consolidação LID
Broncograma aéreo
PAC - DIAGNÓSTICO
História Clínica
1) Sinais e sintomas de pneumonia
2) Fatores predisponentes
3) Exposição a patógenos específicos
Exame Físico
T > 37,8
FR > 20
 Febre, Calafrios
 Tosse
 Expectoração
 Dor pleurítica
 Dispnéia
 Sintomas não
Respiratórios: cefaléia,
mialgias, astenia ...
 Doentes idosos menos
sintomáticos
FC> 100
Exames laboratoriais gerais:
Hmg, U/C, glicemia, eletrólitos, TGO/TGP, CPK
Rx Tórax
Exames bacteriológicos de escarro (limitações)
Hemoculturas, exames sorológicos e pesquisa de antígenos
PAC – DIAGNÓSTICO - Hemograma/Bioquímicos
Avaliar gravidade (leucopenia <4.000
leucócitos /mm3) / resposta terapêutica.
(Hemograma tem baixa sensibilidade e
especificidade)
Uréia, glicemia, eletrólitos, transaminase e
CPK (pouco valor diagnóstico mas úteis em
caracterizar os critérios de gravidade na
identificação de comorbidades)
Papel do Rx de Tórax
•
•
•
•
•
•
Confirmar o diagnóstico
Avaliar a gravidade da doença
Detectar doença pulmonar coexistente
Suspeitar o agente etiológico
Fazer diagnóstico diferencial
Avaliar a evolução, complicações
IMAGEM RADIOLÓGICA
Pneumonia pneumocócica
Conduta
Hospitalizar??
“Hospitalizar o doente é talvez a decisão mais
importante que o médico tem de tomar na
abordagem do tratamento da Pneumonia
Adquirida na Comunidade”
( American Thoracic Society )
Gravidade / local de tratamento
Escore britânico:
C.U.R.P. – 65
C= Confusão mental.
U= Uréia (>50mg/dl).
R = Frequência Respiratória (>30ipm).
P= Hipotensão arterial(PAS<90 mmhg).
65 = Idade >65 anos.
(escore de zero ou de um podem ser tratados em
domicílio os maiores devem ser internados).
PSI - NEJM 1997
< 50 a, sem
comorbidade,
sem alteração
de sinais
vitais
grupo I
homem idade
mulher idade -10
residência em asilos + 10
insuf. cardíaca congestiva + 10
insuficiência renal + 10
enfermidade cerebrovascular + 10
hepatopatia + 20
neoplasia + 20
freqüência cardíaca ³ 125 bpm + 10
temp. < 35 oC ou > 40oC + 15
freqüência respiratória > 30/min + 20
pressão sistólica < 90 mmHg + 20
confusão + 20
glicose ³ 250 mg/dl + 10
hemotócrito < 30% + 10
PaO2 < 60 mmHg + 10
derrame pleural + 10
sódio < 130 mmol/l + 20
nitrogênio ureico ³ 30 mg/dl + 20
pH arterial < 7.35 + 30
Grupo II
(< 70)
Grupo III
(71-90)
Grupo IV
(91-130)
Grupo V
(>130)
Gravidade / local de tratamento
Classe risco I = idade < 50 anos, sem
comorbidades, com sinais vitais normais e
sem distúrbio sensoriais.
Classe risco II – V = os indivíduos não
alocados na classe I ( conforme pontos do
critério de Fine).
Consensos sugerem que a classe I e II não
necessitaria de internação o restante
deveria ser tratado internado.
PSI - NEJM 1997
PAC - tratamento
 Início
No mesmo local do diagnóstico
No máximo em 4 horas
 Posologia
Via oral na ambulatorial e parenteral na internação
TRATAMENTO
Pacientes não internados:
 Etio = S.pneumoniae, M.pneumoniae, C.pneumoniae
e H.influenzae.
 Antibiótico = Macrolídeo ( pacientes previamente
sadios).
 Macrolídeo + betalactâmico ou fluoroquinolona
(pacientes com dçs. Associadas = DPOC, DM,
nefropatias, ICC...)
 Via de administração= Oral.
 Duração tratamento = 7 – 14 dias.
TRATAMENTO
Pacientes internados em enfermaria:
Antibiótico :
macrolídeo + betalactâmico (ceftriaxona)
OU
 fluoroquinolona respiratória isolada
(gatifloxacina, levofloxacino ou
moxifloxacina).
Via de administração = endovenosa.
TRATAMENTO
Pacientes internados em UTI:
Critérios para internação em UTI (EWIG):
Pelo menos 02 dos 03 critérios menores:
– PaO2/ FiO2 < 250
– Envolvimento de mais 02 lobos pulmonares
– PA sistólico < 90 mm/hg
Pelo menos 01 dos 02 critérios maiores:
– Necessidade de ventilação mecânica
– Choque séptico
TRATAMENTO
Pacientes que necessitam de internação UTI:
 Agentes: S. Pneumoniae, Legionella, bacilos
aeróbios gram negativos, mycoplasma e vírus
respiratório.
 Antibióticos: cefalosporina de 3ª geração +
macrolídeos ou fluoroquinolonas.
TRATAMENTO
 Macrolídeos:
- Ativo contra os principais germes, inclusive atípicos.
- Fácil posologia e boa adesão e tolerabilidade.
 Amoxicilina:
- Ativa contra S. pneumoniae em 90-95% dos casos
quando usado na dose 3-4g/d.
- Não tem ação contra germes atípicos e bactérias
produtoras de beta-lactamase
TRATAMENTO
Amoxicilina-Clavulanato:
- Ativa contra S. pneumoniae, bactérias
produtoras de beta-lactamase e anaeróbios.
- Não são ativas contra atípicos.
Fluorquinolonas:
- Ativo > 98% S. pneumoniae.
- Ativo H. influenza, atípicos.
- Custo.
TRATAMENTO
Ceftriaxona
- Ativo contra pneumococo, H. influenza.
- Estudos clínicos.
- Resistência bacteriana.
FALHA TERAPÊUTICA
ERRO DIAGNÓSTICO
Insuficiência
Cardíaca
TEP
Hemorragias
Vasculites
Neoplasias
DIAGNÓSTICO CORRETO
Paciente: obstrução, resposta
imune inadequada, empiema.
Antibiótico:Erro na seleção,
dose, via de administração,
interações.
Patógeno: Micobactérias,
vírus, fungos.
Obrigada!!
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