Cleber Grings – Maristela Bressler – Michelly Buttini – Patricia Zanatta – Silviana Colpani - Taís Ludwig 1 Alcoolismo é definido com um estado de dependência física ou psíquica com ou sem complicações, resultante do mau uso do álcool.Esse consumo poderá ser periódico ou contínuo e a dependência irá variar de caso para caso. O grau do alcoolismo pode ser: 2 Leve quando o indivíduo, sem muito transtorno; se priva do consumo habitual de tomar duas ou três doses diárias; Grave impulso quando o indivíduo apresenta um irresistível alcoólicas. 3 para ingerir bebidas O alcoólatra é um doente crônico que consome o álcool sem se saciar; tornando-se assim tolerante aos efeitos da embriaguez, quando esse consumo é interrompido, as pessoas demonstram sinais de abstinência. 4 5 O álcool existentes nas bebidas (Uísque, Vodca, Rum, Cachaça,Conhaque...), é absorvido muito rapidamente, podendo cinco minutos após sua ingestão, ser detectado no sangue circulante. A maior parte dele é absorvido pelo estômago (25%) e o restante (75%) pelo intestino.Sua eliminação ocorre em (95%) das vezes através do fígado, no qual é metabolizado, e o restante fica distribuído pelo 6 pulmão, pele e rins. 7 O indivíduo que é “dependente” de álcool O comportamento de repetição obedece a dois mecanismos básicos não patológicos: O reforço positivo: comportamento de busca do prazer: quando algo é agradável a pessoa busca os mesmos estímulos para obter a mesma satisfação. O reforço negativo: comportamento de evitar a dor ou desprazer. quando algo é desagradável a pessoa procura os mesmos meios para evitar a dor ou desprazer, causados numa dada circunstância. As medicações hoje em uso atuam sobre essas fases: a naltrexona inibe o prazer dado pelo álcool, inibindo o reforço positivo; o acamprosato diminui o mal estar causado pela abstinência, inibindo o reforço negativo. 8 Os sintomas que definem “dependência” são: Incapacidade de controlar a ingestão de álcool ou drogas no seu início, término ou níveis de uso. Desejo compulsivo de ingerir álcool ou drogas Estreitar o uso de álcool e drogas às atividades e padrões pessoais de vida. Negligência progressiva dos prazeres ou interesses em favor do uso da substância. Uso persistente de álcool ou drogas apesar das evidências dos efeitos nocivos. Evidência de tolerância com aumento da dose para alcançar efeitos antes atingidos por dose menor. Estado de síndrome de abstinência. Uso da substância para diminuir síndrome de abstinência sem orientação para tal. 9 A síndrome de abstinência constitui-se no conjunto de sinais e sintomas observado nas pessoas que interrompem o uso de álcool após longo e intenso uso. As formas mais leves de abstinência se apresentam com tremores, aumento da sudorese, aceleração do pulso, insônia, náuseas e vômitos, ansiedade depois de 6 a 48 horas desde a última bebida. A síndrome de abstinência leve não precisa necessariamente surgir com todos esses sintomas, na maioria das vezes, inclusive, limita-se aos tremores, insônia e irritabilidade. Para se fazer o diagnóstico de abstinência, é necessário que o paciente tenha pelo menos diminuído o volume de ingestão alcoólica, ou seja, mesmo não interrompendo completamente é possível surgir a abstinência 10 11 A pessoa que abusa de álcool não é necessariamente alcoólatra, ou seja, dependente e faz uso continuado. O critério de abuso existe para caracterizar as pessoas que eventualmente,ou recorrentemente têm problemas por causa dos exagerados consumos de álcool em curtos períodos de tempo.Para se fazer esse diagnóstico é preciso que o paciente esteja tendo problemas com álcool durante pelo menos 12 meses e ter pelo menos uma das seguintes situações: 12 Prejuízos significativos no trabalho, escola ou família como faltas ou negligências nos cuidados com os filhos; Exposição a situações potencialmente perigosas como dirigir ou manipular máquinas perigosas embriagado; Problemas legais como desacato a autoridades ou superiores; Persistência no uso de álcool apesar do apelo das pessoas próximas em que se interrompa o uso. 13 O estado de intoxicação é popularmente conhecida por embriaguez, que normalmente é obtida voluntariamente. No estado de intoxicação a pessoa tem alteração da fala (fala arrastada), descoordenação motora, instabilidade no andar, nistagmo (ficar com olhos oscilando no plano horizontal como se estivesse lendo muito rápido), prejuízos na memória e na atenção, estupor ou coma nos casos mais extremos. Normalmente junto a essas alterações neurológicas apresenta-se um comportamento inadequado ou impróprio da pessoa que está intoxicada. Uma pessoa muito embriagada geralmente encontra-se nessa situação porque quis, uma leve intoxicação em alguém que não está habituado é aceitável por inexperiência mas não no caso de alguém que conhece seus limites. 14 Os alcoólatras "pesados" em parte (10%) desenvolvem algum problema grave de memória. A SWK é caracterizada por descoordenação motora, movimentos oculares rítmicos como se estivesse lendo (nistagmo) e paralisia de certos músculos oculares, provocando algo parecido ao estrabismo para quem antes não tinha nada. Além desses sinais neurológicos o paciente pode estar em confusão mental, ou com a consciência clara, pode apresentar prejuízos evidentes na memória recente (não consegue gravar o que o examinador falou 5 minutos antes) e muitas vezes para preencher as lacunas da memória o paciente inventa histórias, a isto chamamos fabulações. 15 Este quadro deve ser considerado uma emergência, pois requer imediata reposição da vitamina B1(tiamina) para evitar um agravamento do quadro. Os sintomas neurológicos acima citados são rapidamente revertidos com a reposição da tiamina, mas o déficit da memória pode se tornar permanente. Quando isso acontece o paciente apesar de ter a mente clara e várias outras funções mentais preservadas, torna-se uma pessoa incapaz de manter suas funções sociais e pessoais. 16 No uso pesado e prolongado do álcool, mesmo sem a síndrome de Wernick-Korsakoff (SWK), o álcool pode provocar lesões difusas no cérebro prejudicando além da memória a capacidade de julgamento, de abstração de conceitos; a personalidade pode se alterar, o comportamento como um todo fica prejudicado. A pessoa torna-se incapaz de sustentar-se. 17 A Síndrome de Abstinência Fetal descrita pela primeira vez em 1973 era considerada inicialmente uma conseqüência da desnutrição da mãe, posteriormente viu-se que os bebês das mães alcoólatras apresentavam problemas distintos dos bebês das mães desnutridas, além de outros problemas que esses não tinham. Constatou-se assim que os recém-natos das mães alcoólatras apresentam um problema específico, sendo então denominada Síndrome de Abstinência Fetal (SAF). 18 As características da SAF são: baixo peso ao nascer, atraso no crescimento e no desenvolvimento, anormalidades neurológicas, prejuízos intelectuais, más formações do esqueleto e sistema nervoso, comportamento perturbado, modificações na pálpebra deixando os olhos mais abertos que o comum, lábio superior fino e alongado. O retardo mental e a hiperatividade são os problemas mais significativos da SAF. Mesmo não havendo retardo é comum ainda o prejuízo no aprendizado, na atenção e na memória; e também descoordenação motora, impulsividade, problemas para falar e ouvir. O déficit de aprendizado pode 19 persistir até a idade adulta. O Delirium Tremens é uma forma mais intensa e complicada da abstinência. Delirium é um diagnóstico inespecífico em psiquiatria que designa estado de confusão mental: a pessoa não sabe onde está, em que dia está, não consegue prestar atenção em nada, tem um comportamento desorganizado, sua fala é desorganizada ou ininteligível, a noite pode ficar mais agitado do que de dia. Como dentro do estado de delirium da abstinência alcoólica são comuns os tremores intensos ou mesmo convulsão, o nome ficou como Delirium Tremens. 20 Um traço comum no delírio tremens, mas nem sempre presente são as alucinações táteis e visuais em que o paciente "vê" insetos ou animais asquerosos próximos ou pelo seu corpo. Esse tipo de alucinação pode levar o paciente a um estado de agitação violenta para tentar livrar-se dos animais que o atacam. Pode ocorrer também uma forma de alucinação induzida, por exemplo, o entrevistador pergunta ao paciente se está vendo as formigas andando em cima da mesa sem que nada exista e o paciente passa a ver os insetos sugeridos. O Delirium Tremens é uma condição potencialmente fatal, principalmente nos dias quentes e nos pacientes debilitados. A fatalidade quando ocorre é devida ao desequilíbrio hidro-eletrolítico do corpo. 21 Provocado por intoxicação alcoólica aguda (mais de 4 g ä de álcool no sangue). Caracterizase por respiração rápida e superficial, com taquicardia e tendência para hipotensão. Beber sem controle pode levar a pessoa ao coma alcoólico, que se manifesta com a ausência de respostas a estímulos leves como não dar atenção a um simples chamado. O coma alcoólico, é o estágio mais grave e leva a pessoa alcoolizada à UTI podendo até causar a morte através de parada respiratória. 22 Antes de uma pessoa chegar ao coma, ela passa pelo: o Estado de alerta :no qual ela consegue se movimentar ou conversar diante de algum estímulo. o Estado de sonolência: em que o paciente fica com o corpo mole, mas ainda está consciente o Torpor : já um pouco avançado, vai desde a sonolência até o risco do coma alcoólico. 23 O alcoolismo, essencialmente, é o desejo incontrolável de consumir bebidas alcoólicas numa quantidade prejudicial ao bebedor. O núcleo da doença é o desejo pelo álcool; há tempos isto é aceito, mas nunca se obteve uma substância psicoativa que inibisse tal desejo. Como prova de que inúmeros fracassos não desanimaram os pesquisadores, temos hoje já comprovadas, ou em fase avançada de testes, três substâncias eficazes na supressão do desejo pelo álcool, três remédios que atingem a essência do problema, que cortam o mal pela raiz. São eles: 24 É uma espécie de antídoto para a intoxicação de heroína, morfina e similares. Recentemente verificou-se que a naltrexona possui um efeito bloqueador do prazer proporcionado pelo álcool, cortando o ciclo de reforço positivo que leva e mantém o alcoolismo. A naltrexona foi a primeira substância a atingir a essência do alcoolismo: o desejo pelo consumo de álcool. Os principais efeitos colaterais da naltrexona, o enjôo e o vômito não são intensos o suficiente para impedir o seu uso. Os principais efeitos da naltrexona são inibir o desejo pelo álcool e mesmo que se beba, o prazer da sensação de estar "alto" é abolido. Assim, a bebida para o alcoólatra em uso de naltrexona se torna sem graça 25 Essa substância ao contrário da naltrexona é nova e foi criada especificamente para o tratamento do alcoolismo. O mecanismo do acamprosato é distinto da naltrexona embora também diminua o desejo pelo álcool. O acamprosato atua mais na abstinência, reduzindo o reforço negativo deixado pela supressão do álcool naqueles que se tornaram dependentes. À medida que o indivíduo se torna tolerante às primeiras doses passa a ser necessária sua elevação para voltar a ter o mesmo prazer das primeiras doses. Nessa fase o indivíduo já é dependente e está em aprofundamento e agravamento da dependência. 26 A bebida não dá mais prazer algum e por outro lado trouxe uma série de problemas pessoais e sociais; o alcoólatra está preso ao vício porque ao tentar interromper o consumo de álcool surgem os efeitos da abstinência. Nessa fase o alcoolista bebe não mais por prazer, mas para não sofrer os efeitos da abstinência alcoólica. É nesta fase que o acamprosato atua. A principal atividade do acamprosato é sobre os neurotransmissores gabaérgicos, taurinérgicos e glutamatérgicos, envolvidos no mecanismo da abstinência alcoólica. O acamprosato tem poucos efeitos colaterais: os principais indicados foram confusão mental leve, dificuldade de concentração, alterações das sensações nos membros inferiores, dores musculares, vertigens. 27 Mais recentemente vem sendo estudado seu efeito no tratamento do álcool. Esses estudos ainda estão em fase preliminar; uma possível aprovação para o alcoolismo deverá levar talvez alguns anos. Essa medicação tem um efeito específico como antagonista do receptor serotoninégico 5HT3. Por enquanto há poucos estudos da eficácia da Ondansetrona no alcoolismo, o que se obteve, por enquanto, é uma maior eficácia no tratamento do alcoolismo nas fases iniciais. Alcoolistas de longa data e doses altas não apresentaram resultado muito superior ao placebo. Se aprovada hoje, sua utilização recairia sobre os pacientes alcoólatras há pouco tempo. A forma de ação é parecida a da naltrexona, inibindo o reforço positivo, o prazer que o álcool dá nas fases iniciais do alcoolismo. Os pacientes que tomam Ondansetrona tendem a beber menos que o habitual. 28 29 Pancreatite é uma condição clínica na qual o pâncreas, órgão localizado atrás do estômago, fica inflamado. O pâncreas produz enzimas que ajudam na digestão de proteínas e carboidratos. Além disso, o órgão possui células especializadas na produção de insulina e glucagon. Existem dois tipos da doença: Pancreatite aguda é quando ocorre uma inflamação súbita do órgão e que pode ser fatal em sua forma mais severa. Após uma crise de pancreatite a estrutura e a função do pâncreas normalmente retornam para o normal. Pancreatite crônica é uma inflamação contínua na qual ocorre dano permanente no pâncreas. 30 31 É uma doença crônica do fígado que se caracteriza por fibrose e formação de nódulos que bloqueiam a circulação sangüínea. Pode ser causada por infecções ou inflamação crônica dessa glândula. A cirrose faz com que o fígado produza tecido de cicatrização no lugar das células saudáveis que morrem. Com isso, ele deixa de desempenhar suas funções normais como produzir bile (um agente emulsificador de gorduras), auxiliar na manutenção dos níveis normais de açúcar no sangue, produzir proteínas, metabolizar o colesterol, o álcool e alguns medicamentos, entre outras. A cirrose é mais comum em homens acima dos 45 anos, mas pode acometer também as mulheres. O uso abusivo de álcool fez crescer o número de portadores da 32 doença nos últimos anos. Os principais sintomas da cirrose são: náuseas, vômitos, perda de peso, dor abdominal, constipação, fadiga, fígado aumentado, olhos e pele amarelados (icterícia), urina escura, perda de cabelo, inchaço (principalmente nas pernas), ascite (presença de líquido na cavidade abdominal), entre outros. Em casos mais avançados pode ocorrer a encefalopatia hepática (síndrome que provoca alterações cerebrais provocadas pelo mau funcionamento do fígado). No entanto, durante muito tempo a doença pode evoluir sem causar sintomas. 33 Fígado cirrótico Fígado com cirrose 34 As novas exigências do capitalismo globalizado acarretam múltiplos riscos à sociedade, dentre os quais a busca de novas motivações ao uso do álcool e outras drogas. No trabalho, o consumo de álcool “auxilia” no enfrentamento de situações perigosas e de tensões, insensibilizando contra o que faz sofrer. Entende-se que o desenvolvimento de estudos sobre a dependência química, especialmente do álcool, se faz urgente diante da realidade social, em que o uso indevido de drogas lícitas e ilícitas é considerado, não apenas nacionalmente, mas também internacionalmente como um problema de saúde pública, sendo objeto de mobilização organizada das nações em todo o mundo. 35 No âmbito do trabalho, as organizações vêm despertando seu interesse para o desenvolvimento de estratégias e implantação de programas preventivos ao uso indevido do álcool e outras drogas. O que motiva estas ações são as conseqüências negativas trazidas à saúde do trabalhador e à sua produção. Sabe-se que, no Brasil, o alcoolismo é o terceiro motivo para absenteísmo no trabalho, a causa mais freqüente de aposentadorias precoces e acidentes no trabalho e a oitava causa para concessão de auxílio-doença pela Previdência Social. Acarreta ainda atrasos, queda de produtividade, desperdício de materiais, sonolência, sobrecarga dos sistemas de saúde, conflitos com colegas de trabalho, conflitos disciplinares em relação aos supervisores, dificuldade de entender novas instruções ou de reconhecer erros, reação exagerada às críticas e variação constante do 36estado emocional. Considera-se o alcoolismo como um problema nas organizações, e suas conseqüências podem ser percebidas observando alguns aspectos no comportamento dos trabalhadores como: Absenteísmo: faltas não autorizadas, licenças por doença, freqüente nas segundas, sextas, ou antes e depois de feriados, etc. Ausências: no período da jornada de trabalho: atraso excessivo após almoço ou intervalo, saída antecipada, idas freqüentes a banheiro, bebedouro, sala de descanso, etc. Queda na produtividade e qualidade do trabalho: necessidade de um tempo maior para realizar menos, desperdício de materiais, perda ou estrago de equipamentos, desculpas inconsistentes, dificuldades com instruções e procedimentos, alternância de períodos de alta e baixa produtividade, dificuldade com tarefas complexas. 37 Mudanças nos hábitos pessoais: trabalho em condições anormais (bêbado, com discurso vago ou confuso), comportamento diferente depois do almoço, menos atenção à higiene e à aparência pessoal. Relacionamento ruim com os colegas: reação exagerada às críticas reais ou não, ressentimentos irreais (como a paranóia, idéias de perseguição, etc.), conversar excessivamente com os colegas, estados emocionais muito variados, endividamento, pedido de empréstimo, irritabilidade em discussões, explosões de ira, choro ou riso. Esses dados subsidiam a preocupação e o interesse das empresas quanto a práticas de intervenção no ambiente de trabalho em relação às políticas de combate ao álcool, com a implantação e desenvolvimento de programas assistenciais e de prevenção do alcoolismo 38 O suíço Weiss demonstrou através de sua pesquisa que a utilização do álcool como meio para regular tensões provenientes do trabalho é mais provável quanto menor for a capacidade do indivíduo de lidar com tensões e situações problemáticas, quanto menores forem o campo de decisão e a flexibilidade de disposição do indivíduo na execução de suas tarefas, e quanto mais raros forem os contatos sociais no trabalho, possibilitando reagir de forma coletiva a situações que provocam tensões. 39 Os fatores de risco ligados ao trabalho podem ser inerentes à especificidade da ocupação. Às condições em que o trabalho é efetuado, ao tipo de agentes estressores e como eles atuam física e psicologicamente no trabalhador. E, por outro lado, existem as características e a vulnerabilidade da personalidade diante do ambiente de trabalho que favorecerão ou não o uso abusivo. 40 41 Estatísticas realizadas em todo o mundo apontam que 90% das pessoas adultas, já usaram ou ainda fazem uso de bebidas alcoólicas. Destes 50%, já tiveram problemas temporários por uso excessivo da mesma pelo menos uma vez, e destes 50% pesquisados, 15% desenvolveram problemas graves e persistentes, sendo 10% do sexo masculino e 5% do sexo feminino. Apesar do abuso de álcool ter sido sempre criticado durante a história humana, o conceito de dependência alcoólica só foi surgir no final do século XVIII e início do século XIX . 42 A bebida alcoólica surgiu ao acaso durante o período Neolítico na pré-história. Alexandre, o Grande, caiu inconsciente depois de beber muito em seu ultimo banquete e veio a morrer dias depois de doença relacionada ao abuso de álcool. A regulamentação do comércio de vinho passou a existir de forma mais consistente a partir da Idade Média. As mulheres russas proletárias no inicio do século XX colocavam bebida destilada nas chupetas de seus filhos. Na Inglaterra do século XVIII o Gim era conhecido como a bebida de preferência das mulheres. 43 Código de Trânsito brasileiro vigente. ● -Alcoolemia =ou > 0,6g / l. Limite para criminalidade. ● -Acidente de trânsito no mundo. 10ª Causa de morte e 9ª causa de morbidade. 1,2 milhões morrem por ano e 20 a 50 milhões de feridos Risco de acidente fatal. 0,2 a 0,5 g/l é de 2,6 a 4,6x maior que o condutor sóbrio. 0,5 a0,7 g/l é de 10 x maior que o condutor sóbrio. Ocorre diminuição de 62% o número de vítimas fatais quando se usa estratégia como: Suspensão da carteira, blitz para checar a alcoolemia, diminuição do limite permitido e tolerância zero. 44 Bafômetro - Lei seca 11.705 = ou > que 0,1 mg/ litro - Motorista é punido : Multa de R$ 955 ,00 e perda da habilitação / 1 ano. = ou > que 0,3 mg/ litro - Motorista é punido: Preso 6 meses há 1 anos de reclusão e fiança R$ 1200,00. 0,1 mg de álcool de baforada corresponde a 2dg de substância no sangue. Margem de erro – 0,007 /l 45 O alcoolismo é responsável por quase 75% de todos os acidentes de trânsito com mortes, 39% de ocorrências policiais e 40% das consultas psiquiátricas, além disso, 15% da população do país é alcoólatra. Estes são alguns dados que mostram como o álcool está presente na vida do brasileiro, inclusive entre os mais jovens. 40% dos leitos hospitalares são ocupados por doenças associadas ao alcoolismo O alcoolismo é a terceira doença que mais mata no mundo. 46 1.ALFA: o indivíduo bebe excessivamente, sem perda de controle ou capacidade de se abster. 2.BETA: bebe excessivamente, sem apresentar claras evidências de dependência física ou psíquica, mas que apresenta certas complicações, tais como: neurite, gastrite, cirrose. 3.GAMA: apresenta tolerância, dependência física e incapacidade de controlar a bebida. 4.DELTA: tolerância, incapacidade de abstinência, síndrome da abstinência, mas a quantidade consumida ainda pode ser controlada. 5.EPSILON: consumo intermitente. 47 48 / 49