Depressão

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Capítulo 7
Depressão e Doenças Físicas
In: Depressão: do neurônio ao funcionamento social / Acioly Luiz Tavares de
Lacerda … [et al.] Porto Alegre : Artmed, 2009, pp. 99 - 122
Apresentação:
Leonardo Sodré – R2 HPSP
INTRODUÇÃO
• Co-morbidade de depressão e doenças nãopsiquiátricas compromete de maneiras
diferentes o portador:
– Piora prognóstico
– Dificulta o diagnóstico do episódio depressivo
– Pode tornar o quadro depressivo resistente
• A pesquisa nas áreas da imunologia,
psicofarmacologia e endocrinologia podem
auxiliar na compreensão de pontos obscuros da
fisiopatogenia da depressão
INTRODUÇÃO
• A dispersão de frequências da depressão entre
pacientes com doenças físicas é muito grande: 0
a 70%
– Diversidade de condições clínicas
– Diferenças metodológicas das pesquisas
• Depressão 5 a 10 vezes maior em indivíduos
•
fisicamente doentes que na população geral
Dicotomia entre causas estudadas: fatores
psicossociais e de natureza biológica
INTRODUÇÃO
• Linha tênue que separa uma doença física da depressão
maior:
– Citocinas recombinantes usadas no tratamento de neoplasias
desenvolvem uma gama de sintomas que nada se diferenciam
do Transtorno Depressivo Maior
– Ativação de citocinas pró-inflamatórias com o uso de interferonalfa no tratamento de neoplasias e doenças infecciosas (Hepatite
C)
– Ativação de citocinas pró-inflamatórias (TNF-alfa, IL-1, IL-6) em
condições clínicas (doenças auto-imunes, neoplasias e infecções)
– Indução no SNC, através de citocinas, de alterações
comportamentais descritas como “comportamento de doente”,
que se confundem com sintomas de depressão
INTRODUÇÃO
• Formas diferentes de abordagem diagnóstica:
– Abordagem exclusiva:
• Fins de pesquisa
• Não se consideram fadiga e alteração de apetite e são
necessários apenas 4 critérios no DSM-IV
• Redução de casos falso-positivos
– Abordagem inclusiva:
• Fins clínico-diagnosticos
• DSM-IV na íntegra
• Garantia de que a maioria dos indivíduos deprimidos tenham
acesso ao tratamento
Depressão e Oncologia
• Sintomas depressivos: 60% dos pacientes com
•
•
•
câncer
Transtorno Depressivo Maior (TDM): frequência
superior a 38%
Indivíduos com câncer deprimidos: risco 3x
maior de nãoa desão ao tratamento
Pode afetar de forma significativa o prognóstico
do paciente:
– Aumento de dor
– Aumento do desejo de morrer
– Acentuação do prejuízo funcional global
Depressão e Oncologia
• Indivíduos com maior risco:
– Mulheres com doença grave
– Prejuízo funcional
– Câncer avançado
• Câncer de pâncreas: TDM antecedia o dignóstico
•
de Ca de pâncreas mais do que em outras
doenças malignas gastrintestinais
Tratamento antidepressivo deve ser conduzido
igual ao de pacientes sem câncer
Depressão e Oncologia
• Atentar para alguns cuidados:
–
–
–
–
–
Efeitos adversos, cardíacos e cognitivos (pcp anticolinérgicos)
História prévia de resposta individual ou familiar
Função cognitiva do paciente
Sintomas clínicos
Comorbidades psiquiátricas (ansiedade e abuso de substâncias)
• O tratamento com antidepressivos em pacientes com
câncer demonstram resposta de 65 a 70% dos casos,
recomendndo-se optar segundo perfil sindrômico do
paciente e efeitos colaterais da medicação
Depressão e Doenças Renais
• Mais estudados a comorbidade com pacientes
em diálise para doença renal terminal:
– 1 em cada 3 pacientes com este diagnóstico
apresenta transtorno depressivo concomitante
– Em geral não são diagnosticados
Depressão e Doenças Renais
• A comorbidade com depressão é fator de aumento da
mortalidade entre pacientes submetidos a diálise
• Maior risco para suicídio nesta população
• Estudos abertos demosntram eficácia dos
antidepressivos em doses baixas
Depressão e Doenças
Infecciosas
• Hepatite C: alta frequência de sintomas
depressivos
– Sintomas depressivos estavam presentes em 57,5%
dos portadores de Hepatite C entre usuários de
drogas sem tratamento para abuso de substâncias
– Em indivíduos sem a doença, a frequência era de
48.2%
Depressão e Doenças
Infecciosas
• Sugere-se que os quadros depressivos se
correlacionam com:
– a frequência
– a gravidade
– curso do tratamento com inerferon alfa dos quadros
infecciosos pelo HCV
• Possível ação direta do HCV no SNC
Depressão e Doenças
Infecciosas
• AIDS: foco de atenção obrigatório na
psiquiatria
– Ação direta do HIV no SNC
– Repercussão que o vírua traz ao portador
– Complexa relação entre características prévias
de personalidade e síndromes clínicas
psiquiátricas
Depressão e Doenças
Infecciosas
• Depressão pode ter um impacto deletério na
progressão da infecção por HIV
• alterações imunológicas podem constituir
prejuízo clínico após dois anos de
acompanhamento
Depressão e Doenças
Infecciosas
• Correlação positiva entre depressão e uso de
drogas injetáveis e transtornos de personalidade
em pacientes HIV-positivos
• Difícil diferenciação de depressão e déficits
cognitivos (síndromes demenciais)
Depressão e Doenças
Infecciosas
• Alterações estruturais dos gânglios basais, tálamo e lobo
frontal asociam-se a comprometimento do estado
motivacional, caracterizado por
–
–
–
–
–
–
–
Apatia
Irritabilidade
Alterações da memória
Alentecimento cognitivo
Abandono das atividades habituais
Alteração de características da personalidade
Dificuldade em correlacionar conhecimentos adquiridos
Depressão e Doenças
Infecciosas
• Ocorrem tamvém sintomas depressivos após o
•
•
início de uso de drogas para o tratamento da
AIDS (esteróides, interleucina 2, zidovudina,
interferon e efavirenz)
Necessidade de titulação progressiva dos
antidepressivos
Interações medicamentosas tornam-se um
ponto desafiador
– Alterações na absorção ou excreção de drogas
• Indução, inibição e competição metabólicas
Depressão e Doenças
Infecciosas
• Benzodiazepínicos têm importante interação com
os anti-retrovirais
• Usar drogas com menos efeitos colinérgicos
• ISRS são mais bem tolerados: primeira linha
• Metilfenidato é uma opção terapêutica na
predominância de apatia e fadiga e refratários a
outros tratamentos
Depressão e Endocrinologia
Síndrome de Cushing
• A associação da Síndrome de Cushing (SC) com TDM é
um complicação importante, ocorrendo em até 80% dos
pacientes
• Sintomas:
–
–
–
–
–
–
–
Fadiga
Anergia
Irritabilidade
déficit de memória e concentração
humor deprimido ou lábil
redução da libido
insônia e choro fácil
Depressão e Endocrinologia
Síndrome de Cushing
• A associação da Síndrome de Cushing (SC) com TDM é
um complicação importante, ocorrendo em até 80% dos
pacientes
• Fatores de risco para o desenvolvimento de TDM na SC:
–
–
–
–
sexo feminino
idade avançada
níveis mais elevados de cortisol urinário pré-tratamento
gravidade da condição clínica e ausência de adenoma hipofisário
Depressão e Endocrinologia
Síndrome de Cushing
• A ação dos glicocorticóides obedece o padrão de
ligação de receptor-esteróide
• Alterações repercutindo em vários níveis:
– Enzimáticos
– Produção de aminas biogênicas e neurotransmissores
– Expressão de receptores neuronais sinápticos
• Estas ações podem ser contrárias a efeitos dos
antidepressivos
Depressão e Endocrinologia
Síndrome de Cushing
• Também é proposto um prejuízo na neurogênese
decorrente do hipercortisolismo, acometendo estruturas
como giro denteado da formação hipocampal
• O tratamento da SC costuma diminuir progressivamente
os sintomas depressivos
• O tratamento isolado com antidepressivos não parece
ser efetivo isoladamente
Depressão e Endocrinologia
Tireoidopatias
• A frequência de sintomas depressivos chegam a
50% no hipotereoidismo, e o TDM chega a 40%
• Mulheres são mais vulneráveis
• Principais sintomas:
–
–
–
–
ansiedade flutuante
déficits de memória e tenção
queixas somáticas
sintomas depressivos
Depressão e Endocrinologia
Tireoidopatias
• Acometimento de receptores serotonérgicos e
noradrenérgicos
• Não existem sintomas patognomônicos que orientem o
diagnóstico diferencial, sendo imprescindível a rotina de
avaliação da função tiroideana na psiquiatria
• Entre pacientes refratários ao tto antidepressivo, o
hipotireoidismo varia entre 25 a 52%
Depressão e Endocrinologia
Tireoidopatias
• Sugere-se uma correlação positiva entre formas
subclínicas de disfunção tireoideana e depressão
• Também se sugere a resolução dos sintomas depressivos
com o tratamento hormonal desses quadros
• A princípio o tratamento das tireoidopatias se faz através
da resolução da disfunção hormonal
• Pode-se associar antidepressivos e antipsicóticos na
vingência de sintomas graves de humor e quadros
psicóticos
Depressão e Endocrinologia
Paratireoidopatias
• Mecanismos fisiopatológicos não esclarecidos
• Correlação positiva entre sintomas depressivos e
hipoparatireoidismo:
– 12% sintomas ansiosos
– 20% inquietação subjetiva
– 24% depressão grave
• Correlação com hiperparatireoidismo: 10% dos
pacientes apresentam depressão
• Os princípios de tratamento obedecem os
mesmos das tireoidopatias
Depressão e Endocrinologia
Diabete Melito
• Diabéticos deprimidos demonstram:
•
•
•
•
•
•
•
•
Baixa adesão ao tratamento medicamentoso
Baixa adesão à dieta
Baixa adesão aos exercícios físicos recomendados
controle glicêmico comprometido
curso mais grave de endocrinopatia
risco aumentado de complicações da diabete
redução da qualidade de vida
aumento da taxa de mortalidade
Depressão e Endocrinologia
Diabete Melito
• Há indícios destes prejuízos se manterem
mesmo após anos da remissão total do
transtorno
• A incidência de DM entre pacientes com TDM é
2x maior, sobretudo em indivíduos com baixo
nível educacional – alguns pesquisadores têm
considerado o TDM omo fator de risco
independente para DM tipo 2
Depressão e Endocrinologia
Diabete Melito
• Fatores de risco para TDM em pacientes
diabéticos:
–
–
–
–
–
Sexo feminino
Adultos jovens
História prévia de depressão
Dor neuropática periférica
Pouco apoio social
Depressão e Endocrinologia
Diabete Melito
• Estressores ambientais, fisiológicos, genéticos e
comportamentais podem alterar os sistemas
neurotransmissores e a função neuroendócrina
• a cetoacidose diabética é associada a alteração
no metabolismo dos aminoácidos precursores de
vários neurotransmissores
• Ainda assim, menos de 25% dos diabéticos
deprimidos são tratados
Depressão e Endocrinologia
Diabete Melito
• Farmacoterapia e TCC estão associadas a redução da
gravidade da depressão, melhora do controle glicêmico e
aumento da sensibilidade a insulina
• No tratamento farmacológico, evitar antidepressivos com
maior potencial para efeitos adversos e interações
medicamentosas
• ISRS são o tratamento de primeira linha, mas os ISRSN
e os antidepressivos de ação combinada oferecem
vantagens significativas
Depressão e Endocrinologia
Diabete Melito
• Em pctes com dor neuropática pode-se usar a Duloxetina
• Cautela com Fluoxetina e fluvoxamina (interação
medicamentosa - 3A4 e 2C9- com hipoglicemiantes
orais, causando hipoglicemia) e Mirtazapina (ganho
ponderal)
• Bupropiona: inibição mínima das enzimas do CYP450,
efetividade adjuvante no tratamento da dpendência de
nicotina, minima incidência de disfunção sexual e ganho
ponderal
Depressão e Reumatologia
Lúpus Eritematoso Sistêmico
• Síndromes neuropsiquiátricas extremamente variadas em
14 a 75% dos pacientes lúpicos
• Sintomas depressivos em torno de 50% dos pacientes
(em instrumentos de auto-avaliação, variação de 35 a
85%)
• TDM entre 10,8 a 39,6%
• Manifestações psiquiátricas podem ser independentes à
atividade da doença
Depressão e Reumatologia
Lúpus Eritematoso Sistêmico
• Sintomas neuropsiquiátricos no Lúpus tem
etiologia enigmática, podendo estar relacionado
a:
– auto-anticorpos
– estresse da doença crônica
– altas doses de corticosteróides
• O TDM e sua gravidade estão relacionados à
atividade lúpica, sendo independente da
suscetibilidade ao TDM recorrente e de
estressores externos
Depressão e Reumatologia
Lúpus Eritematoso Sistêmico
• 5 auto anticorpos foram identificados e parecem estar
associados com a ocorrência de TDM no LES:
–
–
–
–
–
anti-NMDA
antigangliosídio (AGA)
antiendotelial (AECA)
anticardiolipina (ACL)
anti-ribossomo P (anti-P)
• Os sintomas depressivos estão significativamente
relacionados com o envolvimento do SNC, como
calcificações cerebrais observadas em TC
Depressão e Reumatologia
Artrite Reumtóide
• TDM é mais frequente: 17 a 25%
• O TDM tem sido evidenciado como melhor
preditor de incapacidade em pacientes com AR
do que a atividade da doença
• Síndromes psiquiátricas estão diretamente
associadas somente em quadros de AR mais
grave e incapacitante
Depressão e Reumatologia
Artrite Reumtóide
• A maioria dos episódios não pode ser explicada por
modelos clínicos, ou seja, relacionados à doença
• A farmacoterapia produz resposta em 65 a 70% dos
pacientes
• A TCC em 55% dos pacientes
Depressão e Doença Cardíaca
• Prevalência de 30 a 50% de sintomas depressivos e de
15 a 20% de TDM entre pacientes cardiológicos
hospitalizados
• Presença de depressão acarreta em pior prognóstico em
pacientes com doença coronariana estabelecida
• Depressão é fator de risco independente para eventos
cardiovasculares mesmo entre indivíduos a princípio
saudáveis
Depressão e Doença Cardíaca
• São vários fatores relacionados na comorbidade:
– elevação de marcadores inflamatórios (PCR, TNF-alfa,
IL-1beta, IL-6, sCD40L)
– Maior reatividade plaquetária (FP4 e betaTG bem
elevados)
– Diminuição de ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs)
– Aumento do tônus simpático
– Redução do tônus parassimpático
– Redução da variabilidade da frequência cardíaca
(avaliação com HAM)
Depressão e Doença Cardíaca
• Um estudo com 2731 pares de gêmeos sugere que
mecanismos genéticos comuns podem estar relcaionados
à comorbidade entre depressão e doença cardíaca:
depressão, HAS e cardiopatia podem ser expressões
fenotípicas diferentes para uma mesma vulnerabilidade
gnética comum
• Sugere-se correlação da não-adesão ao tratamento
cardíaco e a gravidade do quadro depressivo (avaliação
por meio de auto-relato; 5% para não-deprimidos, 7%
para deprimidos leves e 14% para deprimidos graves)
Doenças Gastrintestinais
Doença Inflamatória Intestinal
• Maior frequência de depressão e ansiedade em
pacientes com Doença de Crohn (DC)
• Sintomas ansiosos podem ser justificados por
um transtorno de adaptação
• Sintomas psiquiátricos também podem surgir
decorrentes do uso de corticosteróides no
tratamento clínico
Doenças Gastrintestinais
Doença Inflamatória Intestinal
• Os escores de qualidade de vida correlaciona-se
com a atividade da doença e com a presença de
sintomas psiquiátricos associados
• A Retocolite Ulcerativa (RCU) pode apresentar,
na remissão, sintomas compatíveis com
síndrome do cólon irritável
• Sintomas de colon irritável nas DII são
responsáveias por apresentar altos níveis de
ansiedade e depressão e piora do bem-estar
Doenças Gastrintestinais
Doença Inflamatória Intestinal
• RCU apresenta, discretamente, melhor qualidade de vida
e menos sintomas de ansiedade e depressão que DC
• Ansiedade e redução da vitalidade foram encontradas na
DII indepndentemente da presença dos sintomas
gastrintestinais
• Na avaliação de pacientes na infância e adolescência,
60% apresentavem algum transtorno psiquiátrico, sendo
depressão e ansiedade os mais frequentes
Doenças Gastrintestinais
Úlcera Duodenal
• A depressão foi detectada como um dos fatores de
perpetuação dos sintomas dispépticos (2x mais)
• As taxas de recidivas apresentavam-se mais relacionadas
à presença de H. Pylori: o tratamento antibacteriano
reduziu as recidivas para 0,3% ao ano
• Possibilidade de influência dos níveis elevados de cortisol
decorrente de desregulação do eixo HHA, com
hipersecreção ácida
Doenças Gastrintestinais
Síndrome do Intestino Irritável
• SII: 10 a 22% na população geral
• SII: 26,79 a 29,1% em deprimidos
• 59,32% de pacientes distímicos satisfaziam
critérios para SII quando comparados com
1,85% do grupo controle
• Em outro estudo, diagnosticou-se SII em 2/3
dos pacientes com Depressão Dupla
Doenças Gastrintestinais
Síndrome do Intestino Irritável
• O uso de tricíclicos foi implicado na
melhora do distúrbio funcional do intestino
• Não é possível estabelecer uma relação de
melhora da doença intestinal e melhora da
patologia psiquiátrica
Doenças Neurológicas
Epilepsia
• Sintomas depressivos em 40 a 60% dos
epilépticos
• TDM em 20 a 30% dos pacientes
• Risco de suicídio 5 a 25x maior que a população
geral
• Patogenia multifatorial
Doenças Neurológicas
Epilepsia
• Depressão mais descrita em pacientes
com crises do tipo parcial e nos casos de
difícil controle
• A depressão é mais frequente e muitas
vezes mais grave no período interictal,
podendo também preceder ou compor o
quadro ictal
Doenças Neurológicas
Epilepsia
• Descrevem-se auras epilépticas com alterações
do afeto em 15% do pacientes
• A ideação suicida pode ocorrer dirante as fases
ictal e pós-ictal
• Observar no tratamento possíveis interações
medicamentosas de ambos tratamentos, assim
como alterações do humor na mudança de
anticonvulsivantes
Doenças Neurológicas
TCE
• A síndrome pós-concussional é uma
sequela comum no TCE e os transtornos
de humor são frequentes neste quadro,
relacionando-se com risco de suicídio
• Relações causais complexas: abuso de
substâncias, história prévia de depressão e
ideação suicida são mais comuns em
pacientes com TCE
Doenças Neurológicas
TCE
• A síndrome pós-concussional é uma
sequela comum no TCE e os transtornos
de humor são frequentes neste quadro,
relacionando-se com risco de suicídio
• Relações causais complexas: abuso de
substâncias, história prévia de depressão e
ideação suicida são mais comuns em
pacientes com TCE
Doenças Neurológicas
TCE
• Possíveis diferenças da manifestação sindrômica
de acordo com o tempo de instalação do TCE:
– Insônia inicial sintomas ansiosos e maior gravidade
dos sintomas depressivos durante a manhã nos
primeiros 6 meses
– Perda da libido, insônia terminal e déficit de
concentração em períodos mais tardios
Doenças Neurológicas
TCE
• No tratamento:
• atentar para a ocorrência de efeitos colaterais
• risco de consulsão
• Tremor
• estimular atividades
• Fisioterapia
• Terapia ocupacional
• psicoterapia
Doenças Neurológicas
Esclerose Múltipla
• Depressão em 40% dos casos
• Sintomas depressivos podem estar
presentes na fase inicial
• Não parecem se relacionar com o graus de
comprometimento neurológico
Doenças Neurológicas
Esclerose Múltipla
• Sintomas depressivos contribuem:
– Para o baixo desempenho em provas
neuropsicológicas
– No maior prejuízo na adesão ao tratamento
– Na qualidade de vida do paciente
– Elevando o risco de suicídio principalmente
em jovens masculinos
Doenças Neurológicas
Esclerose Múltipla
• Fisiopatologia multifatorial
– lesões em substância branca (regiões frontotemporais
anteriores do hemisfério esquerdo)
– aumento de atividade de citocinas (TNF-alfa, INFgama)
• Observar pacientes em uso de interferon-beta,
principalmente se história de depressão prévia
Doenças Neurológicas
Sinucleinopatias
• Grupo diverso de proteinopatias
neurodegenerativas (Doença de Parkinson,
Demência de Corpos de Lewy e Doença de
Huntington)
• 25 a 40% de TDM no Parkinson (DP)
• Pior qualidade de vida, mas com risco de suicídio
10x menor
Doenças Neurológicas
Sinucleinopatias
• Fatores de risco:
– Início precoce da DP
– Predomínio de rigidez e/ou acinesia
– Sintomas motores predominantes à direita
– Disfunção cognitiva
Doenças Neurológicas
Sinucleinopatias
• Diagnósticos difícil pelo sintomas em comum:
sugerido uso de instrumentos (Beck e Hamilton)
• Estão envolvidos na fisiopatologia:
– Vias mesolímbicas
– perda neuronal no locus ceruleus
• Hipoatividade noradrenérgica
– Perda neuronal nos núcleos dorsais da rafe
• Hipoatividade serotoninérica
Doenças Neurológicas
Sinucleinopatias
• Incluir na avaliação:
– Hemograma completo
– perfil tireoidiano
– cobalmina sérica
– rastreio de hipogonadismo nos casos
resistentes (homens > 60 anos)
• Na Doença de Huntington (DH), até 50%
desenvolve transtorno de humor
Doenças Neurológicas
Sinucleinopatias
• a degeneração do estriado e atrofia na cabeça
do núcleo caudado são associadas ao quadro
• possível disfunção de circuitos subcorticofrontais
associada às alterações psiquiátricas
• A comorbidade se associa a piora do prognóstico
da doença e risco de suicídio 4x maior
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