Quais são os sinais e sintomas da depressão? Mas primeiro, como definir sintoma? De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa, sintoma é um fenômeno como dor, mal-estar, alterações psicológicas ou fisiológicas que é produzido pela a doença de um referido paciente e, é freqüentemente analisado para se estabelecer o diagnóstico, a classificação da doença, e possíveis tratamentos. Entretanto, antes que uma doença se estabeleça ou possa ser identificada como tal, uma pessoa pode apresentar sinais que indicam a sua eminência. Assim sendo, estes sinais indicariam o primeiro alerta e, a sua pronta identificação, o melhor momento para se tomar as necessárias providências antes do agravamento ou instalação de uma doença ou transtorno, como a depressão. Antes que a depressão seja consolidada, alguns sinais de alarme podem ser identificados como: a pessoa passar a sofrer acidentes freqüentes e arriscar mais que de costume. Esses episódios podem esconder a vontade de se ferir ou de se autodestruir. Ela pode escrever em alguns lugares ou manifestar de alguma forma o seu desejo de sumir ou morrer. Outros sinais podem ser: sofrer exageradamente e desproporcionalmente na ocorrência de uma perda ou frustração; sentir-se envergonhado, fracassado ou derrotado facilmente e freqüentemente; aumentar a necessidade de carinho e amor; repentinas e não justificadas mudanças de humor; queda de desempenho nas atividades como trabalho, estudo, esporte; começar a escrever um diário ou, se já escrevia, passa encher mais suas páginas; ficar mais agressivo principalmente com a família; passar a sair de casa em horários não esperados, ou ameaça abandonar a família; passar a dar presentes valiosos, abandonar ou dar objetos estimados com os quais tinha cuidado e apego. Depois que a depressão está instalada, os sintomas mais comuns que podem ser identificados são classificados em fisiológicos, cognitivos, comportamentais, afetivos, interpessoais, e simbólicos. Os fisiológicos são aqueles ligados ao funcionamento físicoquímico normal dos seres vivos, como: alteração do sono, alteração do apetite, cansaço, dores físicas vagas e sem origem orgânica aparente. Os cognitivos são os ligados a percepção, memória, juízo e raciocínio, como: expectativas negativas, auto-depreciação, interpretação negativa dos eventos. Os comportamentais são ligados a forma de proceder e comportar mediante estímulos, sentimentos e necessidades, como: perda de interesse por aquilo que antes gostava, atos agressivos ou destrutivos, abuso de drogas. Os afetivos são ligados a reação sentimental e emocional, como: humor deprimido ou irritável, sentimentos de tristeza, angústia e ansiedade. Interpessoais são ligados a interação com as outras pessoas, como: dependência dos outros para tudo, retraimento social e isolamento. Os simbólicos são ligados a expressão através de sinais indicativos ou interpretação destes, como: pobreza de simbolização com redução do vocabulário e das expressões, imagens e fantasias destrutivas, pesadelos recorrentes. É importante salientar que os sintomas costumam variar muito de uma pessoa para outra e, sintomas fortes para algumas pessoas podem estar ausentes em outras. Entretanto, uma base comum pode ser definida como sendo a maneira como a pessoa se sente em relação a ela mesma e, como percebe a qualidade e a satisfação de sua vida. Uma boa avaliação dos sintomas é assim muito importante para o tratamento, pois pode influenciar na condução do processo. Quando os sintomas são bem identificados torna-se mais provável encontrar as melhores estratégias para o tratamento como um todo.