Transtorno do Pânico “Tenho medo. Toda vez que me preparo para sair, tenho aquela desagrável sensação no estômago e me aterrorizo pensando que vou ter outra crise de pânico.” “De repente, eu senti uma terrivelonda de medo, sem nenhum motivo. Meu coração disparou, tive dor no peito e dificuldade para respirar. Pensei que fosse morrer.” Quais os sintomas físicos de uma crise de pânico? • • • • • • • • • • • Contração / tensão muscular, rijeza; Palpitações (o coração dispara); Tontura, atordoamento, náusea; Dificuldade de respirar (boca seca); Calafrios ou ondas de calor, sudorese; Sensação de "estar sonhando" ou distorções de percepção da realidade; Terror - sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a acontecer e de que se está impotente para evitar tal acontecimento; Confusão, pensamento rápido; Medo de perder o controle, fazer algo embaraçoso; Medo de morrer; Vertigens ou sensação de debilidade; Uma crise de pânico dura caracteristicamente vários minutos e é uma das situações mais angustiantes que podem ocorrer a alguém. A maioria das pessoas que tem uma crise terá outras (se não tratar). Quando alguém tem crises repetidas ou sente muito ansioso, com medo de ter outra crise, diz-se que tem transtorno do pânico. O que é o transtorno do pânico? Transtorno do pânico é um problema sério de saúde. Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, o distúrbio do pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana de uma pessoa como outras doenças mais graves - a menos que ela receba tratamento eficaz e seja compreendida pelos demais. O que causa o transtorno do pânico? Por que ele ocorre? • De acordo com uma das teorias, o sistema de "alerta" normal do organismo • tende a ser desencadeado desnecessariamente na crise de pânico, sem haver perigo iminente. • O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas totalmente inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-se em desequilíbrio são: a serotonina e a noradrenalina. O transtorno do pânico é um problema sério? • O T.P. já é considerado um problema sério de saúde. Atualmente 2 a 4% da população mundial sofre deste mal, que acomete mais mulheres do que homens em uma proporção de 3 para 1. • Por vezes esta situação dramática é reduzida a termos evasivos como: estafa, nervosismo, stress, fraqueza emocional ou problema de cabeça. Isto pode criar uma incorreta impressão de que não há um problema de fato e de que não existe tratamento para tal patologia. O T.P. é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado com tratamentos específicos. Por causa dos seus sintomas desagradáveis, ele pode ser confundido com uma doença cardíaca ou outra doença grave. Frequentemente as pessoas procuram um pronto-socorro quando têm a crise de pânico e podem passar desnecessariamente por extensos exames médicos para excluir outras doenças. Os médicos em geral tentam confortar o paciente em crise de pânico, fazendo-o entender que não está em perigo. Mas estas tentativas podem às vezes piorar as dificuldades do paciente: se o médico usar expressões como "não é nada grave", "é um problema de cabeça" ou "não há nada para se preocupar", isto pode produzir uma impressão incorreta de que não há problema real e de que não existe tratamento ou de que este não é necessário, conforme já comentado. Qual é a população atingida? • As pessoas que tem o T.P., em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 a 40 anos), que encontram-se na plenitude de suas vidas profissionais. Qual é a população atingida? • Geralmente são pessoas extremamente produtivas à nível profissional, • Costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, • São bastantes exigentes consigo mesmos, • Não convivem bem com erros ou imprevistos, • Têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, • Alto nível de criatividade, • Perfecionismo, Qual é a população atingida? • Excessiva necessidade de estar no controle e de aprovação, • Auto-expectativas extremamente altas, • Pensamento rígido, • Competente e confiável, • Repressão de alguns ou todos os sentimentos negativos (os mais comuns são, o orgulho e a irritação), • Tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, • Entre outras. • Vale ressaltar ainda que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc), podem aumentar a atividade e o medo promovendo alterações químicas que podem levar ao T.P.. Existe tratamento para este problema? • Existe uma variedade de tratamentos para o T.P.. O mais importante neste aspecto é que se introduza um tratamento que vise restabelecer o equilíbrio bioquímico cerebral numa primeira etapa. Isto pode ser feito através de medicamentos seguros e que não produzam risco de dependência física dos pacientes. • Numa segunda etapa prepara-se o paciente para que ele possa enfrentar seus limites e as adversidades vitais de uma maneira menos estressante. • Em última análise, trata-se de estabelecer junto com o paciente uma nova forma de viver onde se priorize a busca de uma harmonia e equilíbrio pessoal. Uma abordagem psicoterápica específica deverá ser realizada com esse objetivo. • O sucesso do tratamento está diretamente ligado ao engajamento do paciente com o mesmo. É importante que a pessoa que sofre de T.P. entenda todas as peculiaridades que envolvem este mal e que queira fazer uma boa "aliança terapêutica" com seu médico no sentido de juntos superarem todas as adversidades que poderão surgir na busca do seu equilíbrio pessoal. Para as pessoas que não tem, e para as que possam vir a conviver com o problema: O Transtorno do Pânico é comum, pode ser claramente definido, diagnosticado e tratado; O conhecimento obtido através da pesquisa está resultando num aperfeiçoamento da diagnose, tratamento e qualidade de vida das pessoas que sofrem do distúrbio do pânico; Preparação profissional: Com o aumento da informação, tornando as pessoas cientes do distúrbio, assim médicos e profissionais de saúde mental, devem se preparar para o diagnósticar e/ou tratar do distúrbio do pânico. “A indicação de esportes, caminhadas ou outros tipos de exercícios físicos podem auxiliar no tratamento, pois exercícios físicos liberam endorfinas(antidepressi vos naturais) que aumentam o bem estar do paciente e deixam mais dispostos para o tratamento”. OBRIGADA!!!