Aula 4 Arquivo - Professores FACCAT

Propaganda
Linguagem oral e verbal
Linguagem
O homem dispõe de vários recursos para se expressar e se
comunicar. Esses recursos podem utilizar sinais de diferente
natureza. Tais sinais admitem a seguinte classificação:
a) Verbais;
b) Não-Verbais;
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nguagem, portanto, é todo sistema organizado de sinais
ue serve como meio de comunicação entre os indivíduos.
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Quando se fala em texto ou linguagem, normalmente se pensa em texto e
linguagem verbais, ou seja, naquela capacidade humana ligada ao
pensamento que se concretiza numa determinada língua e se manifesta
por palavras.
Mas, além dessa, há outras formas de linguagem, como a pintura, a
mímica, a dança, a música e outras mais. Com efeito, por meio dessas
atividades, o homem também representa o mundo, exprime seu
pensamento, comunica-se e influencia os outros.
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Tanto a linguagem verbal quanto à linguagem não-verbal expressam sentidos e,
para isso, utilizam-se de signos, com a diferença de que, na primeira, os signos
são constituídos dos sons da língua (por exemplo, mesa, fada, árvore), ao
passo que nas outras exploram-se outros signos,como as formas, a cor, os
gestos, os sons musicais, etc.
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Semelhanças e Diferenças
Uma diferença muito nítida vai encontrar no fato de que a
linguagem verbal é linear. Isto quer dizer que seus signos e os
sons que a constituem não se superpõem, mas se sucedem
destacadamente um depois do outro no tempo da fala ou no
espaço da linha escrita.
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Semelhanças e Diferenças
Em outras palavras, cada signo e cada som são usados num momento
distinto do outro. Essa característica pode ser observada em qualquer tipo
de enunciado lingüístico. Na linguagem não-verbal, ao contrário, vários
signos podem ocorrer simultaneamente. Se na linguagem verbal, é
impossível conceber uma palavra encavalada em outra, na pintura, por
exemplo, várias figuras ocorrem simultaneamente.
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Os textos verbais podem ser figurativos (aqueles que reproduzem
elementos concretos, produzindo um efeito de realidade) e não-figurativos
(aqueles que exploram temas abstratos).
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Também os textos não-verbais podem ser
dominantemente figurativos (as fotos, a escultura
clássica) ou não-figurativos e abstratos. Neste caso,
não pretendem sumular elementos do mundo real
(pintura abstrata com oposições de cores, luz e
sombra; esculturas modernas com seus jogos de
formas e volumes).
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Níveis de Linguagem
A língua e os níveis da linguagem pertence a todos os membros de uma
comunidade e é uma entidade viva em constante mutação. Novas palavras
são criadas ou assimiladas de outras línguas, à medida que surgem novos
hábitos, objetos e conhecimentos. Os dicionários vão incorporando esses
novos vocábulos (neologismos), quando consagrados pelo uso. Atualmente,
os veículos de comunicação audiovisual, especialmente os computadores e
a internet, têm sido fonte de incontáveis neologismos
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Embora as variações linguísticas e níveis da linguagem sejam condicionadas
pelas circunstâncias, tanto a língua falada quanto a escrita cumprem sua
finalidade, que é a comunicação.
A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da
língua oral, mais espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica
e entonação, que preenchem importantes papéis significativos.
Sendo mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente difere
substancialmente do padrão culto, o que, segundo alguns linguistas, criou no
Brasil um abismo quase intransponível para os usuários da língua, pois se
expressar em português com clareza e correção é uma das maiores dificuldades
dos brasileiros.
Comunicação – Os processos da
comunicação
Teoria da comunicação - O esquema da
comunicação
Existem vários tipos de comunicação: as pessoas
podem comunicar-se pelo código Morse, pela
escrita, por gestos, pelo telefone, por e-mails,
internet, etc.; uma empresa, uma administração, até
mesmo um Estado podem comunicar-se com seus
membros por intermédio de circulares, cartazes,
mensagens radiofônicas ou televisionadas, e-mails,
etc.
Toda comunicação tem por objetivo a transmissão
de uma mensagem, e se constitui por um certo
número de elementos.
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a) O emissor ou destinador é o que emite a mensagem; pode ser um
indivíduo ou um grupo (empresa, organismo de difusão, etc.)
b) O receptor ou destinatário é o que recebe a mensagem; pode ser um
indivíduo, um grupo, ou mesmo uma máquina (computador). Em todos
estes casos, a comunicação só se realiza efetivamente se a recepção da
mensagem tiver uma incidência observável sobre o comportamento do
destinatário (o que não significa necessariamente que a mensagem
tenha sido compreendida: é preciso distinguir cuidadosamente recepção
de compreensão).
c) A mensagem é o objeto da comunicação; ela é constituída pelo
conteúdo das informações transmitidas.
d) O canal de comunicação é a via de circulação das mensagens. Ele pode
ser definido, de maneira geral, pelos meios técnicos aos quais o
destinador tem acesso, a fim de assegurar o encaminhamento de sua
mensagem para o destinatário
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e) O código é um conjunto de signos e regras de combinação destes
signos; o destinador lança mão dele para elaborar sua mensagem (esta
é a operação de codificação). O destinatário identificará este sistema de
signos (operação de decodificação) se seu repertório for comum ao do
emissor for comum ao do emissor.
f) O referente é constituído pelo contexto, pela situação e pelos objetos
reais aos quais a mensagem remete.
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Elementos da comunicação
Ao elaborarmos um texto, precisamos ter em mente que
estamos escrevendo para alguém.
Enquanto a redação literária destina-se à publicação em
jornal, livro ou revista, e seu público é geralmente
heterogêneo, a redação para vestibular tem em vista
selecionar os candidatos cuja habilidade discursiva toma-os
aptos a ingressar na vida acadêmica.
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Assim, através de um canal, o emissor transmite ao receptor, em
um código comum, uma mensagem, que se reporta a um contexto
ou referente. Nesse mecanismo, temos:
Num CONTEXTO,
o EMISSOR (codificador),
que elabora uma MENSAGEM
por meio de um CÓDIGO,
veiculada por um CANAL
para um RECEPTOR (decodificador).
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As funções da linguagem são seis:
a) Função referencial ou denotativa;
b) Função emotiva ou expressiva;
c) Função Fática;
d) Função conativa ou apelativa;
e) Função metalingüística;
f) Função poética,
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Função referencial ou denotativa
Certamente a mais comum e mais usada no dia a dia, a função referencial ou
informativa, também chamada denotativa ou cognitiva, privilegia o contexto. Ela
evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a linguagem da
comunicação. Faz referência a um contexto, ou seja, a uma informação sem
qualquer envolvimento de quem a produz ou de quem a recebe. Não há
preocupação com estilo; sua intenção é unicamente informar.
Exemplo:
Numa cesta de frutas temos um cacho de uvas,
uma maçã, uma laranja, uma banana e um
morango.
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Função emotiva ou expressiva
Quando há ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas
emoções e atitudes, temos a função emotiva, também chamada expressiva ou
de exteriorização psíquica. Ela é lingüisticamente representada por
interjeições, adjetivos, signos de pontuação (tais como exclamações,
reticências) e agressão verbal (insultos, termos de baixo calão), que
representam a marca subjetiva de quem fala.
Exemplo:
Nós te amamos!
Não tenho certeza disso...
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Função conativa ou de apelo
A função conativa é aquela que busca mobilizar a atenção do receptor,
produzindo um apelo ou uma ordem. Pode ser volitiva, revelando assim
uma vontade (“Por favor, eu gostaria que você se retirasse.”), ou
imperativa, que é a característica fundamental da propaganda. Encontra
no vocativo e no imperativo sua expressão gramatical mais autêntica.
Exemplos:
Antônio, venha cá!
Compre um e leve três.
Beba Coca-Cola.
Se o terreno é difícil, use uma solução inteligente: Mercedes-Benz.
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Função fática
Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Se a ênfase
está no canal, para checar sua recepção ou para manter a conexão
entre os falantes, temos a função fática. Nas fórmulas ritualizadas da
comunicação, os recursos fáticos são comuns. Tem por finalidade
estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em
situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se
fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor.
Exemplos:
Bom-dia!
Oi, tudo bem?
Ah, é!
Huin... hum...
Alô, quem fala?
Hã, o quê?
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Função metalingüística
A função metalinguística visa à tradução do código ou à elaboração do
discurso, seja ele linguístico (a escrita ou a oralidade), seja extralinguístico
(música, cinema, pintura, gestualidade etc. — chamados códigos complexos).
Assim, é a mensagem que fala de sua própria produção discursiva. Um livro
convertido em filme apresenta um processo de metalinguagem, uma pintura
que mostra o próprio artista executando a tela, um poema que fala do ato de
escrever, um conto ou romance que discorre sobre a própria linguagem etc.
são igualmente metalingüísticos. O dicionário é metalingüístico por
excelência. É a utilização do código para falar dele mesmo.
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Função poética
Quando a mensagem se volta para seu processo de estruturação, para os seus
próprios constituintes, tendo em vista produzir um efeito estético, através de
desvios da norma ou de combinatórias inovadoras da linguagem, temos a função
poética, que pode ocorrer num texto em prosa ou em verso, ou ainda na
fotografia, na música, no teatro, no cinema, na pintura, enfim, em qualquer
modalidade discursiva que apresente uma maneira especial de elaborar o código,
de trabalhar a palavra.
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