Slide 1 - RExLab

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TRATAMENTO E PREVENÇÃO DAS DORES LOMBARES
ATRAVÉS DE ALONGAMENTOS (PUIC) Área de conhecimento a que
pertence o trabalho.
Fernanda Naspolini Nascimento, Ralph Fernando Rosas (orientador)(PUIC).
Campus Tubarão
Introdução
Resultados
A lombalgia, ou dor lombar é uma patologia importante de saúde pública atingindo
muitos trabalhadores e levando a um grande impacto socioeconômico. Isso faz com
que haja uma necessidade de prevenção e tratamento dessa patologia.
Quanto à epidemiologia da dor lombar, estimativas mostram que cerca de 70 a 80%
da população irá sentir dor lombar em alguma época de sua vida. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) corrobora com a estimativa, dezenove em cada vinte
seres humanos têm, tiveram ou terão dores na coluna ao longo de suas vidas.
(OMS)
Com a rotina diária, as pessoas têm cada vez menos tempo para cuidarem de si e
conhecendo que as dores lombares são um problema de saúde pública importante
e sério, pois pelo menos 35 adultos em 1000 realizam consultas médicas por esse
motivo ao ano.
De acordo com Moseley (2002), um programa de exercícios específicos de
alongamento que objetivam restaurar a função normal dos músculos do tronco é
efetivo na redução da dor, incapacidade e aumento do desempenho. Percebe-se
então, a necessidade de se instituir um programa específico de tratamento e
prevenção dessas patologias com uso de técnicas simples e eficientes como
métodos de alongamento.
O presente estudo resultou num estudo de caso. Um indivíduo, 35 anos, dor
lombar há mais de 2 anos, atuante na sua profissão, é sedentário, trabalha
mais de duas horas por dia sentado, nunca foi internado devido à sua dor, e
não pratica nenhuma atividade física na semana. Ocupações em que os
trabalhadores passam muito tempo sentados seria um fator positivamente
associado com a lombalgia. (ALMEIDA, 2008 apud ANDRUSAITIS, 2006)
Os resultados dos testes de flexibilidade na avaliação foram Ott 31 cm, Fingerfloor 16 cm, Banco de Wells 28 cm, e Shober 14,5 cm. A Escala Visual Analogia
(EVA) foi de 5. Na reavaliação os testes de flexibilidade foram Ott 30,5 cm,
Finger-floor 8 cm, Banco de Wells 37 cm, Shober 17 cm, e a EVA foi de 4. Notase aumento nos valores de resultados dos testes de flexibilidade,
consequentemente melhora da flexibilidade do paciente. Quando à
porcentagem subjetiva de melhora, o paciente respondeu que teve melhora de
60 % no alívio da sua dor. E após 2 meses, ao contatar novamente o paciente,
relatou EVA 4.
França (2009), no seu estudo comparativo no tratamento da dor lombar com
estabilização segmentar lombar, fortalecimento e alongamento concluiu a
eficácia do alongamento e fortalecimento nos resultados obtidos para dor.
Apesar da melhora da dor, Polizelli (2010) menciona em sua pesquisa com
trabalhadoras com sintomas de lombalgia que a dor provoca a sensação de
medo, insegurança para qualquer tarefa, e que requer adaptações adotando
posturas que defendem seu corpo da dor.
Objetivos
Os objetivos desse estudo foi verificar o comportamento da dor lombar dos
pacientes, descrever o nível de flexibilidade do tronco ao fim do programa de
alongamentos, verificar a porcentagem subjetiva de melhora dos pacientes em
relação ao quadro geral de dor na coluna, ensinar os pacientes a praticar a
seqüência de alongamentos em domicilio, acompanhar a coorte de pacientes por
pelo menos 2 meses, via telefone.
Metodologia
A amostra foi composta de quatro indivíduos homens da lista de espera da Clínica
Escola de Fisioterapia da UNISUL encaminhados com dor na coluna lombar e que
se enquadraram nos critérios de inclusão. Porém, ao final, permaneceu somente um
indivíduo.
Quanto aos critérios de inclusão: Idade entre 20 e 45 anos; prescrição de
fisioterapia para dor lombar; ter dor lombar pelo tempo mínimo de 2 meses; estar
atuante em sua profissão; ser sedentário; trabalhar sentado por pelo menos 2 horas
por dia.
Critérios de exclusão: Faltar duas consultas (uma somente foi permitida); faltar à
reavaliação; já ter sido internado (em um ambiente hospitalar) alguma vez por
motivo de dor lombar; praticar atividade física nos finais de semana; não conseguir
realizar corretamente a posição de algum alongamento (por motivo de dor forte ou
qualquer outro); ter dor menor que 5 à escala visual analógica de dor (EVA) na
avaliação.
Os pacientes foram recrutados e fizeram uma avaliação fisioterapêutica, onde foram
feitos a EVA e os testes de flexibilidade.
O indivíduo da amostra realizou 10 (dez) consultas fisioterapêuticas, três vezes por
semana. Cada consulta teve tempo médio de 30 minutos. No programa de
alongamentos utilizado haviam um seqüência de 10 alongamentos, sendo que o
paciente permanecia na posição por um minuto e no intervalo um minuto parado.
Ao fim destas, foi feita uma reavaliação nos mesmos moldes da primeira avaliação
para fins de comparação e onde foi questionado ao paciente o quanto achou que
melhorou com o tratamento.
Na avaliação e reavaliação foram realizados 4 (quatro) testes de flexibilidade:
Finger-floor, banco de Wells, teste de Ott e teste de Schober.
Para a porcentagem subjetiva de melhora foi perguntado ao paciente: “De 0 a
100%, sendo que 0% o sr.(a) não teve melhora nenhuma e 100% o sr.(a) teve total
alívio da sua dor, quanto o sr.(a) acha que melhorou?”. O valor fornecido pelo
paciente foi utilizado como o valor para a porcentagem subjetiva de melhora.
O paciente foi instruído após isso a realizar os alongamentos em casa, e após 2
(dois) meses do término do tratamento foi feito contato telefônico questionando
sobre suas dores lombares e a porcentagem subjetiva de melhora após esse tempo.
Conclusões
Diante dos resultados foi possível concluir que o alongamento, ou melhor,
um programa correto de alongamento aumenta o nível de flexibilidade,
diminui o quadro álgico, e ainda há uma porcentagem subjetiva de
melhora em relação ao quadro geral de dor na coluna. Com essa pesquisa
ainda percebemos que o paciente sujeito à um programa de alongamento
à domicilio tem êxito quando realizado de maneira correta.
Bibliografia
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em 07 ago. 2010. doi: 10.1590/S1517-86922001000400004.
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