Caso Clínico - Paulo Margotto

Propaganda
Variante das Tetralogia de Fallot
Pediatria-HRAS/HMIB
Internato
6 ano ESCS/SES/DF
Bernardo Oliveira
Coordenação: Dra Sueli Falcão
Brasília, 4 de outubro de 2012
www.paulomargotto.com.br

CSER, 09 anos, masculino, negro, natural de
Luziânia-GO, procedente de Jardim Ingá-GO,
estudante. Informante mãe

Dor precordial há 04 horas
•
Mãe refere que paciente apresentava-se apenas
com a cianose que é constante desde o
nascimento quando desenvolveu um quadro
de precordialgia em pontada, classificada em
9(0-10), sem irradiação, desencadeada após
intensa atividade física, sem fator de melhora,
associado a precordialgia apresentou-se com
intensa palidez e cianose significativa, nega
dispnéia, sudorese, diaforese, náuseas e
vômitos. Angustiada com o quadro procurou o
HMIB.
•
Realizado pré-natal sem nenhuma
intercorrência com mais de 06 consultas, e 02
USGs, nascido de parto normal, à termo,
APGAR 8/9, pesando 03Kg, medindo 45 cm e
PC de 34 cm, recebeu alta no 2 DIH em
amamentação exclusiva. Submetido a
estimulação precoce por atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor, sem
nenhuma outra intercorrência no CD,
vacinações em dia.
•
•
Paciente apresentou aos 04 meses durante o
banho um episódio de dispnéia, cianose e
síncope, procurou o hospital aonde foi
diagnosticado determinada cardiopatia e
encaminhado ao HBDF aonde foi realizado
uma cirurgia cardíaca paliativa, abandonando
prosseguimento.
Refere ter sido internado uma segunda vez
com diagnóstico de GECA.



Mãe 31 anos hígida
Pai 29 anos hígido
Irmã 06 anos hígida

Mãe refere que reside em casa de alvenaria,
com fossa e água encanada, 4 moradores em 06
comodos, alimentação balanceada com salada,
verdura, proteínas, nega tabagismo passivo e
animal doméstico. Relata comprometimento
escolar.

Mãe angustiada diante do quadro clínico do
filho, disposta a seguir o tratamento completo
sem abandonar para que possa ser solucionado
e que o filho possa crescer sem queixas e
intercorrências.
•
REG, ativo e reativo, corado, hidratado, anictérico, afebril,
sem exantemas e púrpuras, cianose de labios e falanges
distais de pés e mãos.
AR: Sem sinais de desconforto respiratório, tórax com
expansibilidade preservada, MVF, sem RA, sem TSC, TIC,
ou retração de fúrcula, FR 22irpm.
ACV: RCR, em 2 tempos, BNF, apresentando estalido de
abertura em válvula aórtica, ausência de desdobramento
fisiológico de B2, com sopro contínuo em foco pulmonar, FC
80 bpm, PA: 85/50 mmHg
Abdome: plano, normotenso, indolor, sem VMG, RHA
normoativos, sem sinais de irritação peritoneal.
Extremidades: pulsos periféricos palpáveis e simétricos, sem
edemas, bem perfundidas. TEC: <3 seg, baqueteamento
digital presente. Sem sinais de congestão
SNC: Sensório livre.

Alteração estrutural grave do coração ou dos
grandes vasos da base, desde sua formação e
que apresenta significância funcional real ou
potencial

Descoloração azulada dos tecidos como
resultado do incremento da Hb reduzida
3g/dL.



Central é a insaturação arterial excessiva, com
consumo periférico inalterado.
Avaliado em tecidos bem perfundidos.
Causas: Shunting DE
Alteração V/Q
hemoglobinopatias
Estenose de
Aorta
Hipofluxo
Coarctação da
aorta
Acianóticas
CIA
CIV
Hiperfluxo
Defeito do septo
atrio-ventricular
PCA
Fallot
Baixo fluxo
Tricúspide
Cianótica
TGV
Alto fluxo
Tronco arterioso
Drenagem
anômolas total das
veiaspulmonares

Caracterizada por:
- Desvio da aorta para direita
- Estenose de artéria pulmonar
- Hipertrofia concêntrica de VD
- Comunicação interventricular
*Estenose
infundibular
*Colaterais
*canal areterial
patente


Mais comum cardiopatia congênita
Genética:
-Mutação do fator de transpição NKX2,5
-Polimorfismo MTHFR
-Síndrome de Down
-Síndrome de Alagille
-Síndrome DiGeorge e velocardiofacial









Início variável.
Cansaço e cianose após estresse.
Ictus VD
B2 única com estalido aórtico
Sopro crescendo e decrescendo em rebordo
esternal esquerdo
Baqueteamento digital
Hipodesenvolvimento ponderoestatural
Atitude de cócoras
Trombose cerebral



Ocorrem nos primeiros 02 anos de idade.
Mais frequentemente pela manhã, durante o
banho -aumento da pós-carga de VD ou
redução da de VE.
Espasmo da estenose pulmonar no infundíbulo

Radiografia de tórax

Ecocardiograma

Eletrocardiograma

Cateterização cardíaca
Obs: Importante para avaliação das artérias coronárias com os
grandes vasos da base





Posição genopeitural
O2
Morfina (0,2 mg/Kg)
Betabloqueador
Aminas vasoativas

Blalock-Taussig-modificada
- Subclavia a a. Pulmonar

Reparo Intracardíaco

Atresia  Não há comunicação entre AD e VD
Shunting D>E: atrial, ventricular
estenose pulmonar e TGV


Cianose precoce ou tardia se PCA
Hipertrofia biauricular, sobrecarga de VE, VD
hipoplásico
Ecocardio evidencia dimensões de VD e CIV


Aumento CIA
Criar CIA




Anastomose subclavio-pulmonar
Anastomose cavo-pulmonar (Gleen)
Anastomose cavo-pulmonar com valvula
inferor(fontan)
Anastomose átrio-pulmonar(FontanII)



Hipoplasia de VD e defeito no septo atrial
Clínica mais branda
Tratamento pouco mais conservador

Malformação da válvula tricúspide
- Deslocamento da válvula com folheto
septal e posterior deformado e aderido ao VD



Insuficiência valvar
Dispnéia e cianose
Sopro sistodiastólico





Radiografia
Eletrocardiograma
Ecocardiograma
Substituição da válvula tricúspide
Plicatura atrio-ventricular com valvuloplastia
Fallot
Baixo fluxo
Tricúspide
Cianótica
TGV
Alto fluxo
Tronco arterioso
Drenagem
anômolas total das
veiaspulmonares


Aorta emerge de VD e pulmonar de VE
Dextroversão
circulação em paralelo
Vida dependente de mistura sanguinea
forame oval patente
CIV – 33%
PCA





Cianose
Taquipneia
B2 desdobrada ou única
Acidose metabólica
Morte



Radiografia
Eletrocardiograma
Ecocardiograma

Tratamento clínico


PGE2
Tratamento cirúrgico
Atrioseptostomia com balão de Rashkind
 Cirurgia de Blalock-Hanlon
 Cirurgia de Blalock-Taussing
 Cirurgia de Waterston-Cooley (Shunt aortopulmonar com ou sem bandagem pulmonar)


Técnica de Rastelli

Técnica de Jatene




Vaso único emergente do ventrículo
Associado a defeito do septo ventricular
Válvula aórtica pode conter de 3-6 folhetos
Subtipos variam de acordo como padrão de
ramificação da pulmonar








Cianose leve
Pulsos periféricos acentuados
Abaulamento do precordio
Frêmito sistólico em BEE
Estalido de ejeção
B3 presente
Sopro sistóco em BEEI
Sopro diastólico em FM

Tratamento Clínico


Diuréticos
Tratamento Cirúrgico
Bandagem
 Correção cirúrgica definitiva


Drenagem das veias pulmonares ao átrio
direito ou a circulação sistêmica
Tipo 1 – Supracardíaco – é a forma mais
frequente
Drenagem faze para VCS.
Tipo 2 – Drenagem direta AD ou seio
coronário.
Tipo 3 – Infracárdico – ocorre
Drenagem infradiafragmática – VCI, Sistema
Porta, Ducto venoso, veias hepáticas
Tipo 4 – Misto





CIA e estenose pulmonar- assintomático
Obstrução venosa pulmonar- cianose precoce
Taquipnéia
Hiperfonese de segunda bulha com
desdobramento fixo com sopro sistólico ejetivo
Sinais de ICC até os 6 meses.

Tratamento Clínico
O2
 Ventilação mecânica
 Suporte Inotrópico
 PGE1


Tratamento Cirúrgico corretivo



Ventrículo único
Aorta e Pulmonar podem emerger deste
ventrículo único ou de uma câmara rudimentar
Estenose ou de atresia pulmonar é comum

Clínica com efluxo pulmonar obstruído
Cianose
 Dispnéia
 Fadiga
 Baqueteamento digital


Clínica com efluxo pulmonar desobstruído



Cianose mínima
ICC
Segunda bulha alta e com sopro ejetivo

Tratamento cirúrgico


Anastomose cava superior-artéria pulmonar
Anastomose átrio direito-artéria pulmonar
Download