Cardiopatias Congênitas

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CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
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Definição:
Anormalidades tanto na estrutura como na função
cardiocirculatória, presentes já ao nascimento, mesmo
que sejam identificadas muito tempo depois.
Etiologia:
Não é definida.
Interação entre sistemas multifatorial genético e
ambiental (alterações cromossômicas, rubéola materna,
drogas teratogênicas, exposição à radiação e etilismo).
(BRAUNWALD,1999)
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Exame clínico:
 Sopro cardíaco;
 Respiração rápida e curta que piora com a sucção
alimentar;
 sudorese excessiva;
 Anormalidades nos pulsos periféricos;
 Cianose central (periorbital e periorbicular) e cianose de
extremidades; prostração, apatia, palidez cutânea;
 Sinais e sintomas de Insuficiência Cardíaca;
 Alterações do tamanho do coração ao Rx.
(KOPEL & NORONHA, 1995)
FISIOPATOLOGIA
Classificação:

-
-

-
Presença de cianose:
Acianogênicas;
Cianogênicas.
Fluxo pulmonar:
Hiperfluxo;
Normofluxo;
Hipofluxo.
Cardiopatias Congênitas Acianogênicas
Shunt esquerda - direita
Hiperfluxo no território pulmonar
Hipertensão pulmonar
Alterações estruturais nas arteríolas
Síndrome de
Eisenmenger
Aumento na RV Pulmonar
Cianose
Comunicação interatrial (CIA)
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Corresponde a 10 a 15% das cardiopatias congênitas e é
mais freqüente no sexo feminino.
Defeito no septo interatrial. Tipos anatômicos de CIA:
Ostium primum: porção inferior do septo IA;
Ostium secundum: região da fossa oval;
Seio venoso: abaixo do ósteo da v. cava inferior
P atrial D < P atrial E
Shunt E - D
Hiperfluxo pulmonar
Comunicação interatrial (CIA)
Comunicação interatrial (CIA)
Tratamento:
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É indicado quando o defeito é muito
grande
e/ou
quando
as
repercussões
clínicas
são
importantes (dispnéia e infecções
pulmonares de repetição).
Cirurgia: esternotomia mediana com
CEC. Sua duração está relacionada
com a dificuldade técnica da
correção.
Comunicação interventricular (CIV)
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É a cardiopatia congênita mais freqüente (20-25%
dos casos).
Etiologia: rubéola materna nos 3 primeiros meses de
gestação é a maior causa de CIV.
É caracterizada por 1 ou mais orifícios no septo IV.
Shunt E-D ventricular = hiperfluxo pulmonar = aumento
da pressão capilar pulmonar = aumento da RVP
rapidamente.
Sintomas: pode ser assintomática (leves), ou
apresentar: cansaço às mamadas, tosse irritativa e
infecções pulmonares de repetição (graves).
Comunicação interventricular (CIV)
Comunicação interventricular (CIV)
Tratamento:

-


Cirurgia: esternotomia mediana com CEC. Sua indicação
está relacionada ao grau de hipertensão pulmonar.
Pequenos defeitos = sutura do septo.
Maiores defeitos = interposição de um retalho de pericárdio
bovino.
Se a pressão pulmonar estiver muito elevada e o defeito
corrigido, o VD trabalhará contra um território vascular
muito resistente, podendo dilatar-se e levar a criança à
grave ICC.
Correção: cirurgia sem CEC, bandagem no tronco pulmonar
para diminuir fluxo até a correção total.
Persistência do canal arterial (PCA)
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É a ausência do fechamento fisiológico do canal
arterial após o nascimento, permitindo um fluxo
contínuo de sangue da aorta para o pulmão e,
portanto, hiperfluxo pulmonar.
Prematuros – utiliza-se o inibidor das prostaglandinas
para acelerar seu fechamento.
Repercussão hemodinâmica: depende do tamanho
do canal, podendo provocar sobrecarga de volume no
coração E, e insuficiência cardíaca.
Tratamento cirúrgico: toracotomia posterior E e sutura.
Persistência do canal arterial (PCA)
Estenose pulmonar (EP)
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Incidência: 9 a 12% das cardiopatias congênitas.
Gravidade: varia de acordo com o grau de
obstrução.
Fusão dos folhetos valvares (formando uma
membrana em forma de cúpula com pequena
abertura central, levando a uma diminuição do fluxo
pulmonar.
Tratamento: cateterismo com dilatação por catéter
balão.
Estenose pulmonar (EP)
Estenose valvar aórtica (EAo)
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Obstrução ao fluxo de sangue do VE, por conta da
fusão de folhetos da valva aórtica ou estenose na
via de saída do VE ou artéria ascendente.
Repercussão depende do grau de estenose.
Estenose importante: tratamento precoce = cirurgia
com CEC, podendo ser colocada prótese valvular.
Caso isso ocorra, as trocas de válvulas ocorrerão
durante todo o processo de crescimento da criança.
Estenose valvar aórtica (EAo)
Coarctação da aorta (CoAo)
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Incidência: 8% dos casos de cardiopatia congênita.
Caracteriza-se por estreitamento da aorta, mais
freqüentemente localizada na transição entre a aorta
transversa e descendente.
Classificação: pré-ductal, justa-ductal e pós-ductal
(relação com canal arterial).
O aumento da pós-carga do VE pode levar à
hipertrofia e dilatação, causando IC (insuficiência mitral
e congestão pulmonar).
Hipertensão em MMSS (AVE? – dissecção?) e hipotensão
em MMII
Coarctação da aorta (CoAo)
Comunicação interatrial (CIA)
Tratamento:
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Entre o primeiro e terceiro ano de vida, pois após esse
período, a hipertensão arterial se torna irreversível.
As alternativas cirúrgicas dependem da localização e
extensão da coarctação. A mais comum consiste na
ressecção e da estenose e anastomose término-terminal
(com ou sem ampliação da luz da aorta.
Incisão: toracotomia esquerda sem CEC ou cateterismo.
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