Causas de cegueira no Mundo – OMS 2002 Cegueira na Infância Ambliopia Xeroftalmia Retinoblastoma Glaucoma Gonococcia Catarata • Prevalência de 0,3 – 1,5/1000 crianças (< 5 anos) • 1,4 milhões de crianças cegas no mundo • ¾ regiões pobres da África e Ásia Gilbert and Foster (Bulletin of the World Health Organization, 2001, 79) Acidentes Oculares Corpo estranho superficial conjuntival e corneano Abrasão de córnea Trauma ocular contuso Hemorragias subconjuntival e intra-ocular Ferimento perfurante Mordedura de cães Maltrato da criança Queimaduras térmica química radiação CVE - SES - SP Trauma ocular na infância Principal causa de cegueira unilateral na criança de causa não congênita Literatura: alta gravidade (pior quando mais posterior) 3 - 5 meninos : 1 menina esportes e atividades recreacionais ambiente domiciliar prevenção inadequada - questão educacional Trauma ocular na infância Peculiaridades Desenvolvimento da visão ambliopia Exame com características específicas (medo, dor): Metodologia (ocular e sistêmico) reconhecer risco de vida exames subsidiários condições de emergência ocular estratégia terapêutica Visão do dano e de outras estruturas menos cooperação, abordagem com paciência e sem ameaças! hemorragias, opacidade de cristalino Suspeita perfuração oculta e CE intra-ocular Corpo estranho superficial (conjuntiva e córnea) Presença de corpo estranho na conjuntiva palpebral, bulbar ou na córnea (metal - esmeril, terra, areia etc) Pode ser reconhecido pelo exame externo CVE - SES - SP Corpo estranho O que fazer: conjuntival Retirada com cotonete, algodão ou pano limpo umedecido CVE - SES - SP Corpo estranho corneano O que fazer: Referir o caso NÃO USAR / RECEITAR ANESTÉSICOS TÓPICOS! Importância: Situação freqüente, sendo muitas vezes de fácil resolução Orientar a prevenção Abrasão de córnea O que é: Lesão superficial causada por agente de contato, atrito ou raspão com a córnea Reconhecimento: Antecedentes Observação dos sinais e sintomas (fotofobia, dor, perda do brilho corneano e ulceração) CVE - SES - SP Abrasão de córnea Conduta: Analgésicos, limpeza da região com soro fisiológico ou água limpa, curativo oclusivo e referir o caso Lembrar: Reconhecer a lesão, tranqüilizar o paciente, orientar e referir o caso CVE - SES - SP Trauma ocular contuso O que é: Lesão ocular causada por trauma em graus de intensidade variável, sem a ocorrência de perfuração ocular Reconhecimento: Antecedentes Sinais e sintomas - (olho vermelho, dor, sangramento intra-ocular, embaçamento visual) Trauma ocular contuso O que fazer: Medida da acuidade visual avaliar gravidade do caso Acuidade visual preservada tranqüilizar o paciente Acuidade visual alterada repouso e referir o paciente Lembrar: Reconhecer a gravidade do caso Referir quando necessário CVE - SES - SP HEMORRAGIAS SUBCONJUNTIVAL E INTRA-OCULAR SUB-CONJUNTIVAL INTRAOCULAR - Sangramento entre a conjuntiva e - Sangramento dentro do Reconhecimento: olho - Causas: traumas graves, hipertensão, diabetes a esclera - Causas: traumas leves e espontânea - Observação do olho (olho vermelho) - Não altera acuidade visual Reconhecimento: - Observação dos sinais e sintomas - Medida da acuidade visual CVE - SES - SP Hemorragias subconjuntival e intraocular SUBCONJUNTIVAL - Tranqüilizar o paciente - Esclarecer que não tem gravidade - Desaparece espontaneamente INTRA-OCULAR - Paciente deve permanecer em repouso - Referir o caso para exame e tratamento oftalmológico Lembrar: Reconhecer a gravidade do caso e referir quando necessário CVE - SES - SP Ferimento ocular perfurante Acidente ocular grave, onde ocorre perfuração ocular Ocorre por vários agentes (prego, vidro, grampos, estilete, ...) CVE - SES - SP Ferimento ocular perfurante Reconhecimento: Antecedentes Observação dos sinais e sintomas (dor, sangramento, alteração da visão, ...) Conduta: Analgésico, limpeza “suave” da região, curativo oclusivo não compressivo sem medicação (colírios ou pomadas) e referir o caso Ferimento ocular perfurante Lembrar: Prevenção no lar, escola, trânsito e no trabalho Proibir: manuseio de garrafas carbonadas (tampas) objetos pontiagudos Mordedura de cães Casos mais graves crianças estatura, inexperiência, presa área alvo central: lábios, face e nariz 4 a 8 % acometem área peri-orbitária e orbitária Lesão no segmento cefálico exposição grave Olho e anexo cortante + contuso ferida contaminada Mordedura de cães Tratamento Limpeza da ferida Correção cirúrgica Terapia adjunta (ATB; tétano) Manter o animal agressor em observação (10 dias) Prevenção Diminuir exposição cão x criança (pp as menores) Não deixar animais soltos na rua Crianças: respeito ao animal Cães sempre vacinados Mordedura de cães www.pasteur.saude.sp.gov.br Maltrato da criança Violência física Tapas, agressões com objetos, queimaduras, mordidas etc História incompatível e múltiplas admissões hospitalares Deterioração das atividades escolares e sociais Áreas de alopécia Fraturas diversas em diferentes fases de cicatrização Cegueira, retardo mental e morte Shaking baby syndrome Crianças < que 3 anos Sacudidas violentas e repetidas Hematoma craniano subdural, sem sinal de trauma Fraturas ósseas ocultas 1 : 4 vítimas com óbito > 50% seqüela neurológica e/ou visual Shaking baby syndrome Lesões externas: Equimose palpebral Hemorragias subconjuntivais Hifema Lesões internas: Subluxação do cristalino Formação de catarata Hemorragia vítrea Descolamento de retina Atrofia óptica Shaking baby syndrome Diagnóstico diferencial: trauma de parto, leucemia, anemia, septicemia, distúrbios de coagulação, tumores ósseos etc Maltrato da Criança - Suspeita Internação mandatória Pesquisa radiológica óssea completa Estudo por imagem do cérebro (TC, RNM) Testes neurológicos Exame oftalmológico completo Aspecto médico-legal Maltrato da Criança- Aspecto legal Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece ser dever e responsabilidade do profissional notificar às autoridades competentes os maus-tratos sofridos prevê multa de 3 a 20 salários mínimos para médicos, professores e responsáveis por unidades de saúde, de ensino e creches que deixam de fazer essa notificação Código penal também prevê outras punições para o caso Queimadura ocular Comprometimento ocular por agentes como: térmico (fogo, gases, explosões) químico (ácidos / bases - maior gravidade) radiação (infra-vermelho, ultra-violeta) Reconhecimento: Antecedentes de exposição Observação dos sinais e sintomas (dor, alteração do brilho e transparência da córnea, diminuição da acuidade visual) CVE - SES - SP Queimadura ocular Queimadura química ocular grave Queimadura química conjuntival CVE - SES - SP Conduta: Queimadura ocular Térmica: limpeza ocular, curativo oclusivo sem medicação e referir com urgência Química: lavagem abundante com água corrente, não ocluir e referir com urgência Radiação: curativo oclusivo e referir Analgésico NÃO USAR ANESTÉSICOS LOCAIS Lembrar: Prevenção no lar, escola e nas indústrias CVE - SES - SP