Filosofia Hoje: Introdução

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A Filosofia Hoje
A
filosofia
atual
começa
com
um
afastamento do “EU” como chave para
entender a realidade.
O pensadores passaram a investigar as
“estruturas” humanas. Língua, ciência e a
própria sociedade entraram na investigação.
O
PENSADOR
FRANCÊS
MICHEL
FOUCAULT ESTAVA INTERESSADO EM
COMO o passado é colorido por
atitudes sociais. Ele escavou a história
do pensamento e expôs a outra face da
natureza humana. Foucault apontou,
por exemplo, como os loucos já foram
considerados profetas e tratados com
respeito. Hoje a loucura é tratada como
uma doença e o insano é isolado da
sociedade.
Foucault acreditava que nossa opinião sobre o passado muda de
uma época para outra. O jeito como pensamos sobre a história nunca
é neutro ou despreocupado. Foucault enfatizou o papel central que o
poder exerce em nossa compreensão sobre o passado. O velho ditado
"a história é escrita pelos vencedores" significa que os que estão no
poder fazem ouvir apenas a sua versão sobre os acontecimentos. O
trabalho de Foucault mostra que não há continuidade na história. As
regras que estruturam a sociedade e governam a vida das pessoas
estão em constante mudança. E aqueles que determinam as regras
são os que detêm o poder.
Foucault também se interessou pelo "micropoder", o poder que
opera em uma escala muito menor. Ele mostrou como as autoridades
de prisões, escolas e hospitais exercem o poder sobre os "internos" por
meio de um sistema de regras: os que desobedecem as regras são
punidos.
Das investigações sobre o passado, Foucault obteve pouca
esperança no futuro, dado que os avanços tecnológicos oferecem
temíveis possibilidades de mal uso do poder.
JACQUES DERRIDA, MARROQUINO EDUCADO NA
FRANÇA, CRIOU UM MODO de pensar chamado
"desconstrução".
Questionou
as
principais
ferramentas usadas para descrever o pensamento
filosófico, as palavras. Ele "desconstrói", ou
desmancha, a língua para mostrar como não pode
ter significado fixo. As palavras são pedras no
caminho da busca pela verdade.
KARL POPPER DEIXOU VIENA E FOI PARA A
INGLATERRA NOS ANOS 30. DISSE QUE a
ciência, longe de ser precisa, era apenas
conjeturas. Para ele, só se pode acreditar em
algo passível de verificação (ou refutação) na
prática.
Seu
método
de
"falseamento"
(refutação) começa com fatos verificáveis como
"Há uma vaca branca no pasto". Se for verdade,
pode tornar falso (refutar) "Todas as vacas são
marrons."
COMO O TRABALHO DE KANT, O DO AMERICANO THOMAS
KUHN RESULTOU em uma revolução no pensamento. Disse que a
pesquisa científica não é objetiva, por depender de seu contexto
histórico. Isso limita o campo da evidência disponível para a
ciência. Por exemplo, os cientistas pensavam que a Terra era o
centro do universo — até Copérnico vir com outra idéia.
MESMO ALEIJADO POR UM FERIMENTO DE GUERRA, ERA
FAMOSA A JOVIALIDADE de Paul Feyerabend. Ele pensou que a
filosofia não deveria ser levada tão a sério. Até estudar com Popper,
acreditava que a ciência era a base do conhecimento. Depois,
chamou toda a ciência de teorética, dizendo que os cientistas
defendem suas crenças como uma tribo defende seus deuses.
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