Behaviorismo Radical e Análise do Comportamento.

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Psicologia Comportamental – 3 horas – comportunip (código)
EMENTA - Os pressupostos ontológicos e epistemológicos, o modelo
conceitual e aplicado da análise do comportamento e do
behaviorismo radical para compreensão do comportamento
humano.
OBJETIVOS GERAIS - Reconhecimento da psicologia
comportamental como um saber que compreende o homem como
um fenômeno do mundo natural e a partir da multideterminação
ambiental e do modelo de seleção por conseqüências.
Apropriação e compreensão do comportamento humano a partir do
referencial teórico da análise do comportamento.
Formulação de análises funcionais e de contingências e
compreensão de intervenções em psicologia comportamental.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Ontologia e epistemologia do behaviorismo: A gênese do
comportamento (filogênese e ontogênese) 2.Controle
comportamental, 3.Controle aversivo, 4.Conhecimento e controle
de estímulos, 5.Comportamento verbal, 6.Comportamento
controlado por regras, 7.Eventos privados, 8.Análise funcional em
ambiente clínico, 9.Modelos de intervenção em análise do
comportamento
Avaliação – prova e trabalhos (1 ponto) - Bibliografia
BANACO, R. A. Sobre Comportamento e Cognição. Aspectos
teóricos, metodológicos e de formação em Análise do
Comportamento e Terapia Cognitivista. Vol. 1. Santo André:
ESETec, 2001
BAUM, W. M. Compreender o behaviorismo: comportamento, cultura
e evolução. Porto Alegre: ARTMED, 2ª edição, 2006.
SIDMAN, M. Coerção e suas implicações. Campinas: Editora livro
pleno, 2003
COSTA. S. E. G. C; MARINHO. M. L. Um modelo de apresentação de
analises funcionais do comportamento. Estud. Psicol. (Campinas),
v. 19, n. 3, Set./Dez., p. 43-54, 2002.
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Discussão: A ciência do comportamento pode ajudar a
humanidade? como?
Behaviorismo e Análise do Comportamento: fazer ciência
Psicologia científica: objetiva (observação e experimentação) e
comparativa (seleção natural, origens comuns)
Watson: ataque a psicologia como ciência da mente. Apenas
através do estudo do comportamento a psicologia será ciência
natural.
Problemas e controvérsias: livre arbítrio? (civil ou religioso)
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Como atribuir algo ao livre arbítrio? Mistério. Como o não
natural causa o natural? (ciência: eventos naturais provêm de
outros eventos naturais)
O que é ciência? (estudo do universo natural) Qual visão de
ciência se aplica ao comportamento?
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Realismo - mundo real fora de nós e nossas experiências.
Objetivo e subjetivo. Verdades.
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Pragmatismo – compreender as experiências. Verdade =
capacidade de compreender / organizar.
Behaviorismo radical: busca descrições úteis e econômicas para a
compreensão e discussão do comportamento.
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Descrições pragmáticas: consequências e contexto
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Explicação = definição = descrição
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Ideias Básicas: Estudamos comportamento dos seres vivos
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Causas mentais = ficção. Origens do comportamento:
hereditariedade e ambiente , presente e passado
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Ficções mentais impedem a investigação das origens ambientais
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Evita-se falar e pensar em termos mentalistas
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Eventos privados (pensar e sentir) são naturais e compartilham
todas propriedades do comportamento público.
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Revisão – PGE - Behaviorismo Radical e Análise do
Comportamento. Seleção por consequências em 3 níveis:
Espécie (filogenético) – indivíduo (ontogenético) – cultura
Objetivos: preocupação com questões humanas. É possível
estudar o comportamento cientificamente. Complexo: processo,
fluído, mutável. Objeções: liberdade
Pensamentos e Sentimentos: comportamentos e não causa
(neural e psíquica). Ambiente externo e interno (em relação ao
comportamento)
Controle: Variável independente (ambiente) e dependente
(comportamento). Observação, Leis, modelos, tecnologia /
aplicação
Metodologia de sujeito único (sujeito como seu próprio controle)A-B-A - linha de base – intervenção - retirada
Observação, Inferência e Rótulo. Controle de variáveis – relação
se-então (contingências)
Reflexos Inatos (S-R) (inocondicionados) repertório
comportamental, reflexo, estímulo, resposta,
Reflexos condicionados: condicionamento pavloviano
comportamento respondente, extinção respondente, respostas
emocionais, respostas emocionais condicionadas,
dessensiblização sistemática
Aprendizagem pelas consequências: o reforço –
condicionamento operante. (R - C) comportamento operante,
consequência, reforço,contingência de reforço, frequência e
probabilidade, topografia da resposta, extinção operante,
manipulação de variáveis, resistência a extinção, custo da
resposta, recuperação espontânea, aproximações sucessivas,
reforço diferencial, modelagem, frequência simples, frequência
acumulada, privação, saciação
Nome
Reforço Positivo (R+)
Reforço Negativo (R-)
Punição Positiva (P+)
Punição Negativa (P-)
Extinção (ausência do reforço)
Recuperação (ausência da punição)
Efeito no Cpto
Aumenta a frequência
Aumenta a frequência
Diminui a frequência
Diminui a frequência
Diminui a frequência
Aumenta a frequência
Tipo da Operação
Apresentação de estímulo
Retirada (fuga) ou evitação (esquiva)
Apresentação de estímulo
Retirada de um estímulo
Suspensão do reforço
Suspensão da punição
Controle aversivo: se comporta para não acontecer
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Estímulo aversivo: reduz cpto na apresentação, aumenta cpto na
retirada
Efeitos colaterais do controle aversivo: elicia respostas emocionais
(aversivo condicionado, interfere no desempenho). Suprime outros
comportamentos, estimula outros comportamentos incompatíveis,
estimula contra-controle (fuga, esquiva)
Por que punimos tanto? imediato, não depende de privação,
facilidade
Alternativas: R+ ao invés de R-, reforçamento diferencial, extinção
Controle de Estímulos: o papel do contexto. O contexto em que
o comportamento ocorre (o que acontece antes) também controla
o comportamento
Contingência de três termos – contingência tríplice: unidade
básica de análise do comportamento SD – R > C .Ocasião –
resposta – consequência
Estímulos discriminativos (SD) sinalizam que uma dada resposta
será reforçada. Estímulos delta (SΔ) sinalizam não reforço ou
extinção
Treino Discriminativo: reforçamento em SD e extinção em SΔ . SD
não produz ou elicia respostas: apenas fornece contexto, sinalisa,
dá oportunidade
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Generalização: teste e gradiente
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Encadeamento de Respostas e Reforço Condicionado
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Reforços incondicionados (lógica similar aos reflexos
incondicionados) – água, sexo, comida, temperatura, etc
Maioria dos comportamentos em ambiente natural não produzem
diretamente os reforços incondicionadas
Cadeia comportamental ou de respostas
ex: laboratório – Se pressionar barra 1 > luz – Se luz – pressiona
barra 2 > comida
Luz – Reforço Condicionado: é reforçador para a resposta que o
produz e pode ser SD para outra resposta. É pareado com
Reforçadores condicionados generalizados ( menos dependentes de
privação específica)e simples : Dinheiro e atenção social
Esquemas de Reforçamento – as diferentes formas (esquemas)
como as consequências são apresentadas
5 esquemas básicos: 1 contínuo (CRF) e 4 intermitentes (razão e
intervalo,- fixo e variável)
Razão Fixa (FR) e Razão Variável (VR) – dependem apenas do
número de respostas
Intervalo Fixo (FI) e Intervalo Variável (VI) – dependem da resposta e
passagem do tempo
Comparação entre os esquemas
Freqüência de respostas: CRF em geral menor freqüência. Saciação
mais rápida no CRF
Aquisição de comportamento (aprendizagem): CRF mais eficaz.
Manutenção e resistência a extinção: CRF menos eficaz.
Padrões Comportamentais. (transição e adaptação)
FR (razão fixa): taxas altas e pausa pós reforço
VR: (razão variável): taxas altas e sem pausa (ou curta)
FI (intervalo fixo) – taxas baixas, grandes pausas, aceleração próxima
ao reforço (scalop).
VI (intervalo variável) – taxa moderada e constante.
Esquemas não contingentes: tempo fixo (FT) e variável (VT) –
comportamento supersticioso e “não” comportamento
Notas:
esquemas de comportamento e personalidade: teimoso, chato
perseverante, persistente, preguiçoso, fraco, etc
Aprendizagem: falar, ler, pensar, sentir, relacionar-se, etc – Papel do
psicólogo:entender aprendizagem, intervenção para aprender e reaprender
PGE – princípios básicos
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