Informativo Agronômico no 14 v1.0 NETAFIM BRASIL IRRIGAÇÃO LOCALIZADA NA CULTURA DO CACAU INFORMAÇÕES DE CULTIVO 1. CULTURA Cacau – Nome Científico: Theobroma cocoa – Família: Malvaceae – Origem: De origem do continente americano, provavelmente das bacias do Amazonas e do Orenoco – Cultivo: Perene 2 Netafim Brasil 2. INTRODUÇÃO O cacau é utilizado principalmente para fabricar chocolates, feito das sementes secas Da mucilagem que envolve as sementes, misturando-se com água, faz-se o suco de cacau O mel que sai do cacau no processo de fermentação é usado para fazer geléias, álcool, vinagre, vinho, ácido cítrico e licores Das sementes sai ainda a manteiga de cacau, usada para fazer o chocolate branco, medicamentos e cosméticos 3 Netafim Brasil 2. INTRODUÇÃO Classificação do cacau Defeitos (%) Classificação do Cacau Mofado Queimado Danificado por insetos Grãos não fermentados Germinados Achatado Tipo I 0–4 0–1 0–4 0–5 0–5 0–5 Tipo II 4–6 1–4 4–6 5 – 10 5–6 5–6 Tipo III 6 – 12 4–6 6–8 10 – 15 6–7 6–7 Sem classificação 12 - 25 Mais de 6 Mais de 8 Mais de 15 Mais de 7 Mais de 7 4 Netafim Brasil 2. INTRODUÇÃO Principais países produtores – Costa do Marfim, Indonésia, Gana, Nigéria, Camarões, Brasil, Equador, Togo, Papua Nova Guiné, República Dominicana – A produção de cacau no mundo em 2010 foi de 4,23 milhões de ton, a Costa do Marfim foi o maior produtor do mundo com 1,24 milhões de ton – Maiores consumidores de cacau no mundo são EUA, Alemanha, França, Reino Unido, Rússia, Japão, Itália, Brasil, Espanha e México Mercado mundial − Principais exportadores: Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Indonésia, Países Baixos, Equador, Bélgica, Malásia, Peru, EUA − Principais importadores: Países Baixos, EUA, Alemanha, Malásia, Bélgica, França, Itália, Reino Unido, Espanha, Cingapura Fonte: GTIS / ICCO / FAO 5 Netafim Brasil 2. INTRODUÇÃO Mercado Brasileiro – safra 2011* – Área plantada: 680.484 ha – Produção: 248.524 ton – Produtividade média: 365 kg/ha – O estado da Bahia é o maior produtor com 156.289 ton na safra de 2011, seguido pelo estado do Pará com 63.799 ton * (Fonte: IBGE) A baixa produtividade nacional é devido à inclusão da produção das áreas de sequeiro, sujeitas aos riscos da irregularidade das chuvas 6 Netafim Brasil 2. INTRODUÇÃO Maiores estados produtores de cacau – safra 2011 Estados Produção (ton) Área cultivada (ha) Produtividade (kg/ha) Bahia 156.289 533.315 293 Pará 63.799 85.041 750 Rondônia 15.770 28.670 550 Espírito Santo 8.101 22.035 367 Amazonas 3.767 9.901 380 Mato Grosso 687 1.354 507 Minas Gerais 111 168 660 Brasil 248.524 680.484 365 Fonte: IBGE 7 Netafim Brasil 2. INTRODUÇÃO Modelos de produção – “Extrativismo” − O cacau é retirado diretamente das plantas encontradas na mata − Modelo de produção ultrapassado e em desuso 8 Netafim Brasil 2. INTRODUÇÃO Modelos de produção – “Cacau Cabruca” − Cacau cultivado sob a floresta − Sem alinhamento, irrigação e fertilização − Plantas mais velhas e baixo estande 9 Netafim Brasil 2. INTRODUÇÃO Modelos de produção – “Cacau Cabruca” 10 Netafim Brasil 2. INTRODUÇÃO Modelos de produção – “Cultivo Intensivo” − Material genético autocompatível − Cultivo a pleno sol e/ou consorciado − Sistema eficiente de poda e quebra vento − Com Fertirrigação ou NutrirrigaçãoTM − Áreas mecanizadas − Sistema de plantio multiclonais com glebas monoclonais 11 Netafim Brasil 2. INTRODUÇÃO Modelos de produção – “Cultivo Intensivo” 12 Netafim Brasil 2. INTRODUÇÃO Sistema de cultivo x produtividade Sistema de cultivo Produtividade (kg/ha) Mínima Máxima Semi-extrativista 105 225 Tradicional pouco tecnificado 225 375 Tradicional medianamente tecnificado 375 675 Tradicional clonal tecnificado 675 1.350 Intensivo clonal tecnificado 1.350 2.250 Intensivo altamente tecnificado 2.250 3.750 Fonte: José Basílio Vieira Leite 13 Netafim Brasil 3. CLIMA Cultivo adaptado ao clima tropical Temperaturas − Temperaturas médias superiores a 21°C − Em períodos curtos de tempo, podem suportar temperaturas mínimas próximas a 7°C, porém podem ocorrer injúrias nas sementes Altitude − Recomenda-se o cultivo do cacau em regiões de até 600 m de altitude Fonte: Ceplac / Seagri 14 Netafim Brasil 4. SOLO Tipo de solo – Solos profundos (mínimo de 1,0 m) e bem drenados – A irrigação localizada por gotejamento permite o cultivo do cacau em diferentes tipos de solo Ph ideal: em torno de 7,0 Fonte: Ceplac / Seagri 15 Netafim Brasil 4. SOLO Sensível a salinidade da solução do solo – Condutividade Elétrica máxima de 2,0 dS/m – Acima deste valor a produtividade passa a ser decrescente Fonte: Ceplac 16 Netafim Brasil 5. SISTEMA DE PRODUÇÃO Cultivo a pleno sol − Desenvolvimento inicial sob sombreamento (Banana, Mamão, Pupunha, entres outros), seguido de cacau a pleno sol − Após o cacau entrar em produção a cultura deve ser removida para evitar a competição por água, luz e nutrientes − Utilização de clones adaptados − Maior densidade de plantas − Rendimento inicial extra ao produtor pelo cultivo consorciado 17 Netafim Brasil 5. SISTEMA DE PRODUÇÃO Cultivo a pleno sol Cacau com Banana 18 Netafim Brasil Cacau com Coqueiro Cacau com Mamão 6. PRINCIPAIS CLONES Clones recomendados pela Ceplac Clones de cacau CA 4.1 CEPEC 2005 PS 1319 TSH 1188 VB 1151 (CEPEC 2002) CCN 10 CEPEC 2006 RVID 08 TSH 516 VB 514 (CEPEC 2008) CCN 16 EET 397 SJ02 TSH 565 VB 663 (CEPEC 2009) CEPEC 42 Ipiranga 1 TSA 654 TSH 774 VB 681 (CEPEC 2010) CEPEC 2003 PH 09 TSA 656 VB 276 VB 892 (CEPEC 2011) CEPEC 2004 PH 16 TSAN 792 - VB 900 (CEPEC 2001) Clones da linha VB apresentam diferentes graus de resistência para a Vassoura de bruxa (Crinipellis perniciosa) 19 Netafim Brasil 6. PRINCIPAIS CLONES Clones recomendados para cultivo intensivo em regiões não tradicionais 20 Netafim Brasil PH 16 PS 1319 SJ 02 CEPEC 2002 6. PRINCIPAIS CLONES Clones recomendados para cultivo intensivo em regiões não tradicionais CP 49 21 Netafim Brasil CCN 51 SALOBRINHO 3 6. PRINCIPAIS CLONES Principais características dos clones Clones CEPEC 2002 CEPEC 2003 CEPEC 2004 CEPEC 2005 CEPEC 2006 CEPEC 2007 CEPEC 2008 CEPEC 2009 CEPEC 2010 CEPEC 2012 Característica Tamanho do fruto* M M M M M M G G M G Peso médio de semente seca/fruto (g) 38 35 65 35 41 58 75 59 45 63 Peso médio de semente seca (g) 1,0 0,8 1,2 1,1 1,1 1,3 1,4 1,3 0,9 1,4 Número médio de sementes por fruto 38 44 49 32 37 45 52 45 48 45 Número de óvulo na flor 50 63 66 49 52 50 60 48 54 53 Resistência a podridão-parda (P. palmivora) MR MR S MS MS S - MR - R Resistência a podridão-parda (P. citrophthora) MR MS S S S MR MR MS MS MS - - - - - MR MR R R R Resistência a podridão-parda (P. capsici) *Tamanho do fruto: P – pequeno, M – médio, G – grande R – resistência, MR – moderadamente resistente, S – susceptível, MS – moderadamente susceptível Fonte: Ceplac 22 Netafim Brasil 7. PLANTIO Principais mudas de cacau Estaca enraizada 23 Netafim Brasil Enxertia 7. PLANTIO As mudas são transplantadas entre o sexto e oitavo mês ao local definitivo Comprimem-se a terra sobre as raízes e ao redor das plantas Fazer o replantio o mais rápido possível para evitar desuniformidade no estande O plantio de cacau pode ser realizado em consórcio com outras culturas, atualmente a cultura da banana vem apresentando maior destaque no consórcio com o cacau 24 Netafim Brasil 8. ESPAÇAMENTO Espaçamentos recomendados para cacau − Entre linhas de 4,0 m − Entre plantas de 2,0 a 2,5 m − Densidades de 1.000 a 1.250 plantas/ha 25 Netafim Brasil 9. TRATOS CULTURAIS Formação de mudas Plantas Ortotrópicas – – – – Ramos ortotrópicos (ramos ladrões) ou seminal (sementes) – plantas desenvolvem um ramo ortotrópico para depois desenvolver os plagiotrópicos (produtivos) Produção de mudas de cacau através de enraizamento de estacas de ramos ortrotrópicos Vantagem: Sistema radicular pivotante, conferindo forte sustentação as árvores e bom rendimento, onde, cada broto ladrão (basal) confere de 6 a 7 gemas (cada gema 1 muda) Desvantagem: menor área produtiva e dificuldade de mecanização 26 Netafim Brasil 9. TRATOS CULTURAIS Formação de mudas Plantas Plagiotrópicas – Ramos plagiotrópicos – plantas apresentam um crescimento lateral e não vertical – Enraizamentos de estacas ou enxertia – Vantagem: maior área produtiva – Desvantagem: sistema radicular fasciculado (superficial) 27 Netafim Brasil 9. TRATOS CULTURAIS Quebra ventos − Injúria mecânica − Ruptura do pulvino − Diminuição da área foliar − Emponteiramento dos ramos − Fendilhamento de folhas novas − Retardamento do crescimento do cacau 28 Netafim Brasil XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX X X X X X X X X X X X X X X X X X X XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Quebra Ventos Área de cacau 9. TRATOS CULTURAIS Controle de ervas daninhas: muito importante para o cacaueiro, pode ser feito através de capinas manuais ou herbicidas na linha de plantio e roçagem nas entrelinhas Fonte: Ceplac 29 Netafim Brasil 9. TRATOS CULTURAIS Tipos de Poda Poda de Formação − Poda utilizada para formar a arquitetura do cacau − Não deve ser drástica, uma vez que, impedem o acúmulo de reservas para desenvolver precocidade de produção − Com as primeiras podas deve-se fazer a seleção dos ramos estruturais , de 3 a 4 ramos, definindo então a base da futura arquitetura das árvores 30 Netafim Brasil 9. TRATOS CULTURAIS Tipos de Poda Poda de Manutenção − Auxilia na produção da planta, por eliminação de ramos doentes, secos, malformados e sombreados − Deve-se eliminar ramos desorientados, ramos dirigidas para baixo, ramos que se cruzam e que sejam obstáculos para ramos melhores e em desenvolvimento − Caso encontrado ramos com sintomas de vassoura de bruxa estes deveram ser eliminados 31 Netafim Brasil 9. TRATOS CULTURAIS Tipos de Poda Poda de Desbrota − 32 Netafim Brasil Poda superficial para retirada de brotos ladrões 10. GOTEJAMENTO Sistema: gotejamento superficial com fertirrigação ou nutrirrigação Emissores: Autocompensado: Dripnet PC 16250 Uniram RC 16009 Número linhas: Linha simples ou Linha dupla (conforme região de cultivo) Espaçamento dos gotejadores: 0,50 a 0,70 m (conforme textura do solo) Vazão: 1,0 – 1,6 – 2,0 – 2,3 L/h 33 Netafim Brasil 11. COEFICIENTE DE CULTIVO Evapotranspiração de referência - ETo Coeficiente de cultivo - Kc ETo x Kc Kc − Inicial – 1,00 − Médio – 1,05 − Final – 1,05 Fonte: FAO 34 Netafim Brasil Kc calculado para irrigação de aspersão em área total 12. DEMANDA HÍDRICA Demanda hídrica: 1.500 mm/ano Demanda crítica: 4,0 a 8,0 mm/dia (depende das condições climáticas da região) Período crítico: Pegamento das mudas, pegamento das flores e frutificação Tensiômetria: excelente ferramenta de monitoramento D = ¼ da distância entre gotejadores 35 Netafim Brasil 13. SISTEMA RADICULAR Sistema radicular pivotante – Profundidade de até 2,0 m – Sistema radicular efetivo: 90% da água e nutrientes são extraídos nos primeiros 0,4 m 36 Netafim Brasil 14. NUTRIÇÃO Exportação nutricional Exigência de nutrientes pelas plantas de cacaueiro nos diferentes estádios de desenvolvimento e para produção de 1.000 kg de sementes secas Requerimento médio de nutrientes (kg/ha) Idade (meses) N P K Ca Mg Mn Zn 5 – 12 2,4 0,6 2,4 2,3 1,1 0,04 0,01 Desenvolvimento 28 135 14 151 113 47 3,9 0,05 Início da produção 39 212 23 321 140 71 7,1 0,09 Plena produção 50 – 87 438 48 633 373 129 6,1 1,5 Sementes* 50 – 87 20,4 3,6 10,5 1,1 2,7 0,03 0,05 Casca* 50 – 87 31,0 4,9 53,8 4,9 5,2 0,11 0,09 Fase da planta Viveiro * Nutrientes extraídos em sementes e casca de uma plantação com 50-87 meses de idade e produtividade de 1000 kg/ha de sementes secas de cacau Fonte: Thong e Ng, 1978 37 Netafim Brasil 14. NUTRIÇÃO Níveis ótimos de nutrientes nas folhas Macronutrientes (%) Micronutrientes (ppm) N P K Ca Mg S 20-25 1,7-2,5 18-24 8-15 4-8 1,0-2,5 Fonte: Ceplac 38 Netafim Brasil B Cu Fe Mn Mo Zn 30-70 10-20 50-250 150-750 0,5-1,5 80-150 14. NUTRIÇÃO Concentração de nutrientes dos adubos FONTES N P 2 O5 K2 O CaO MgO S B Fe Mn Uréia 44% - - - - - - - - Nitrato de amônio 32% - - - - - - - - Sulfato de amônio 20% - - - - 22% - - - MAP purificado 11% 60% - - - - - - - Cloreto de potássio - - 60% - - - - - - Sulfato de potássio - - 50% - - 17% - - - Nitrato de potássio 13% - 44% - - - - - - Nitrato de cálcio 15% - - 26% - - - - - Sulfato de magnésio - - - - 16% 32% - - - Ácido bórico - - - - - - 16% - - Sulfato de ferro - - - - - - - 19% - Sulfato de manganês - - - - - - - - 26% Fonte: Netafim 39 Netafim Brasil 14. NUTRIÇÃO Solubilidade dos fertilizantes Fertilizante (kg para formar 100 L de solução) 0°C 10oC 20oC 30oC Uréia 40 45 51 62 Nitrato de Amônio 54 61 66 70 Nitrato de Cácio 45 - - - Fosfato Monoamônico (MAP) 23 - - - Nitrato de Potássio 11 17 24 31 Cloreto de Potássio 22 23 25 27 Sulfato de Potássio 6 8 10 11 Sulfato de Magnésio 45 - - - Ácido Bórico 30 - - - Fonte: Netafim 40 Netafim Brasil 15. PRAGAS Principais pragas Nome Comum Tripes Monalonion ou chupança Vaquinhas Broca-do-tronco Espécie Selenothrips rubrocinctus Monalonion spp Colaspis spp, Taimbenzinha theobromae e Percolaspis ornata Xilosandrus morigerus e Theoborus villosulus Lagarta Enrola-folha Sylepta prorogata Formiga-de-enxerto Azteca paraensis bondarí Formiga caçarema Azteca chartifex Formiga pixixica Formiga quem-quem Saúva-da-mata Fonte: Boletim Técnico, UPIS 41 Netafim Brasil Wasmannia auropunctata Acromyrmex subterranneus brúneus Atta cephalotes 16. DOENÇAS Principais doenças Nome Comum Vassoura de bruxa Monilíase Agente causal Crinipellis perniciosa (Moniliophthora perniciosa) Moniliophthora roreri Podridão parda Phytophthora spp. Podridão carvão Lasiodiplodia theobromae Mal rosado ou rubelose Queima de fios Galha de pontos verdes Fonte: Manual de fitopatologia, 1997 / Embrapa 42 Netafim Brasil Phanerochaete salmonicolor Pellicularia koleroga Calonectria rigiduscula 17. NEMATÓIDES Principais nematóides na cultura do cacau Nome comum Nematóide espiralado Helicotylenchus dihystera Nematóide das galhas Meloidogyne incognita Fonte: Agrolink 43 Netafim Brasil Espécie 18. COLHEITA Na Bahia, a safra principal costuma ir do início de outubro ao fim de abril, e há também a safra temporã, a partir de maio A colheita deve ser planejada de maneira que os frutos sejam colhidos na época que estiverem maduros, colhem-se só esses frutos, os ainda verdes são colhidos depois quando já estiverem maduros 44 Netafim Brasil 18. COLHEITA Utiliza-se para colheita uma faca recurva, chamada podão. Mesmo os que estiverem ao alcance da mão devem ser cortados com instrumentos bem afiados, nunca por simples torção O corte do talo não deve prejudicar a sua base na árvore, pois ele será ponto de origem de novas flores e frutos Fonte: Seagri 45 Netafim Brasil 19. PRODUTIVIDADE Com a utilização da irrigação localizada (gotejamento + fertirrigação ou nutrirrigação) pode-se alcançar produtividades acima de 200 @/ha Irrigação localizada por gotejamento vs sequeiro Produtividade média (@/ha) Concepção do Projeto Local 82,06 Irrigação superficial por gotejamento combinada com Fertirrigação CEPLAC 0 Irrigação superficial por gotejamento combinada com Fertirrigação Eunápolis - BA Gotejamento Sequeiro 92,80 236,0 46 Netafim Brasil 20. FOTOS 47 Netafim Brasil 20. FOTOS 48 Netafim Brasil OBRIGADO Netafim Brasil